Ser Exatamente aquilo que a Gente é
Não nasci para disputar algo que eu não tenho e nem superioridades sobre aquilo que não sou e não posso ser. Mas apenas expor o meu ponto de vista com humildade dentro da verdade.
Eu sou aquilo que te deixo ver.
Crio pistas falsas.
Logo, tu não podes me desvendar.
Sou aquele mar
exposto ao céu.
Aquele véu.
Me joguei na tua visão,
apenas pra roubar tua atenção,
e fazer do teu coração meu lar.
Provavelmente, sou o seu fracasso.
-Aquele que você tentou ter e não o conseguiu.
-Aquilo que você tentou controlar e não conseguiu.
Más, você tentou.
Quando escrevo algo, frequentemente penso que aquilo é muito importante e que eu sou uma grande escritora. Acho que acontece com todos. Mas há um cantinho de minha alma onde sempre sei muito bem o que eu sou, isto é, uma pequena, pequena escritora.
Sou poetisa...
E tento tecer em palavras
Aquilo que o corpo vivencia...
E exprimir o que está no interior em poesias...
Sempre procuro racionalmente saber o que acontece dentro do ser...
A ciência será capaz de nos dizer muitas coisas sobre a química e os mecanismos cerebrais envolvidos no amor...
Mas não nos fará entender sua magia...
Isso só se pode entender estando apaixonado.
É essa paixão que faz moradia na minha alma...
Sou uma eterna apaixonada pela vida...
Uma singela gotícula de sereno eleva meus pensamentos...
Esbraveja meus sentidos...
Uma simples maneira de olhar...
Ou será apenas uma voz...
Ou um jeito da mão... que sem razão... me faz poetizar....
Usando recursos linguísticos...
Na volatilidade das falas
Sua beleza é triste e nostálgica
Mesmo melancólica, ilumina os olhos de quem sente...
Emerge os sentidos...
Fica exótico, torna erótico...
Então... eclipse...
Sou sonhador no que não consigo alcançar
Apaixonado por aquilo, intangível que nem consigo falar
Me expresso com a emoção, exigido pelo meu coração
Com particularidade entendido pela razão...
Eu só preciso ter o amor próprio como um analisador, então me defino apaixonado com um sentimento único chamado de amor!
Esvazio copos, venço a madrugada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada
Aquilo tudo parecia uma vitrine
A cada pedalada essa avenida parece mais íngreme.
Gasto minha sanidade a esmo
Cada garrafa simboliza um erro, tenho errado bastante nos últimos meses
Penso no que tenho feito, mais uma pessoa magoada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
As luzes dos postes mostram onde preciso ir
Os copos me respondem o que preciso ouvir
Desgraçados hábitos noturnos guiam-me por lugares os quais jamais imaginei existir.
Aceito a instabilidade presente em mim, mais uma janela quebrada
Rostos sem expressão, falta tinta na fachada
Olho minhas mãos para não esquecer da caminhada
Deixo meu corpo às vezes, sou uma casa alugada.
Sou um receptáculo do amor guardando aquilo que tanto mexe com o seu querer
O conteúdo do meu coração tem a capacidade de oferecer prazer
E com jubilo no seu acreditar despertará o meu amor à você
Nessa pele que tu tocas há sentimentos. Não sou essa aparência, mas aquilo que habita essa forma de modo tão profundo que somente a sensibilidade seria capaz de decifrar.
Sou aquilo que só se pode especular, porque saber constitui uma missão impossível;
Convém que nunca tentem;
In, além do aqui
Não sou aquilo que vê, não sou aquilo que você pensa, tolo em um mundo de aparências, quem vê apenas o exterior nunca verá o interior...