Se Voce Chora eu Choro
Não importa quantas vezes mais meu coração me sabote, quantas vezes eu me defenda de todo amor que ele pode sentir, não importa quantas dores eu imagine que nunca acabem, não importa quantas mil vezes isso aconteça... sempre dói... dói de um jeito que eu chego a pensar que não vou suportar. Dói ao ponto de eu olhar pros lados e mais uma vez, não saber por onde começar, e mesmo sabendo que eu já passei tantas e tantas vezes por isso, é sempre uma dor tão forte, que me faz afundar no máximo de toda a minha loucura tentando encontrar alguma coerência pra viver nesse mundo tão falso e tão cruel.
Queria um pouco de ingenuidade, um pouco de ilusão, ser fria e realista é cruel comigo mesmo, porque não sei enfeitar as inverdades, não sei viver de meio termo, não sei fingir que está tudo bem... como eu queria não saber, como eu queria acreditar mais nas pessoas, só um pouco, precisava só de um pouco mais de maldade, uma certa falta de lealdade, pra que quando elas me traíssem, eu não me sentisse tão imbecil, tão ridícula, e tão frágil por ter dado a elas, toda a minha verdade.
E agora? Pergunto a Deus. Mais uma vez estou afundada no abismo da mentira, e Deus, eu não quero mais lidar com isso, eu não consigo mais, me ajuda a carregar essa cruz, me ajuda me dando um pouco mais de frieza, um pouco mais de indiferença, para que seja isso e apenas isso que eu devote a todas as pessoas que eu preciso esquecer.
Tira esse passado que bate na minha porta todas as vezes que eu penso estar livre, tira esse presente que me machucou, tira Deus, essa dor que eu não sei lidar.
Amanhã, quando eu acordar, e meus olhos já estiverem secos a ponto de eu enxergar o sol... amanhã quando eu conseguir dar risada de qualquer piada idiota a ponto de não me espantar por estar rindo... amanhã, quando eu ajoelhar, vai ser pra agradecer, que não há mal que dure pra sempre. E quem sabe assim, eu consiga entender, o porque de apesar de doloroso, eu precisava deixar algumas pessoas morrerem dentro de mim.
Não se aborreça, nem entristeça o seu olhar!
Eu sou assim, cheia de maneiras, dificilmente eu marco bobeira
Eu levanto a guarda sempre que precisar.
Não perca o rumo, nem olha no fundo dos meus olhos tentando encontrar
Qualquer sinal de passado, qualquer desejo de um contrato de amor
Eu não posso te dar.
Segue sua vida e solta minha mão... deixa eu continuar
Eu me entristeço, mas enriqueço a minha alma
quando desce uma lágrima do olhar
Não se deixe aflito, senta aqui comigo
Deixa eu te contar
Eu tenho todas as cicatrizes do passado
Mas optei recomeçar
Não chores pelo meu exílio
Mas sou pássaro que se afugenta do ninho
Sou rosa bonita cheia de espinhos
Não sofras por eu ter que te deixar.
Hoje quando amanheceu eu caí da cama. Me deparei com todos os restos, tudo jogado. E então eu passei horas, recolhendo cada página, cada memória, cada sorriso, cada pedaço do que foi nosso. Não me conformando, fiquei horas pensando, matutando, me perguntando: O que foi que você fez com a gente?
Eu preciso entender como você pôde me jogar em qualquer esquina? Como você conseguiu ir embora, e largar, esnobar e se lixar pra mim?
Logo eu. A pessoa que você acolheu, protegeu, defendeu do mundo todo. Logo eu, a responsável pela sua mente adoecer quando pensa em me perder. A pessoa que mudou o mundo e reescreveu aos fundos, desatou cada nó.
Justo eu?
E a gente? O que você fez com a gente? Em qual gaveta da sua alma está cada sorriso, cada abraço, cada palavra? Fala pra mim. Onde foi que você deixou cada pedaço dos melhores dias da minha vida? Onde você deixou o meu sorriso? Em qual buraco você enterrou cada manhã, cada bilhete, cada detalhe? Pelo amor de Deus, me fala, onde é que está cada pôr do sol que você viu ao meu lado?
Covardia. Eu te peço quase implorando pra que me liberte. E você? Você me segue, e aparece, questiona e fortalece cada milímetro do meu amor. E você? Continua na sua vida medíocre se perguntando em cada amanhecer como as coisas seriam, o que então mudaria, se eu voltasse pra você.
E você? O que você fez com a gente?
O tempo passou e cada um de nós foi reescrevendo o próprio destino. Aquelas músicas? Pois é, ainda me fazem chorar. Mas, eu fui aprendendo. Aprendendo a sobreviver.
Enchi a minha vida de relações vazias e copos cheios. Festas lotadas e cama vazia. Enchi o meu mundo de bolhas de sabão que explodiam na minha cara pra que eu não conseguisse enxergar o quão amarga e fria a sua ausência me tornou.
Lutei dia após dia pra sobreviver nessa condição desumana, impiedosa que você me impôs. Que me faz andar, rastejar e atuar em cada lugar, em cada mísero dia, com essa ferida aberta, sangrando, jorrando dor e padecer. Eu aprendi a sobreviver e sorrir pro mundo, mancando metade, porque a outra metade ficou com você.
Chega! Eu cansei dessa sua brincadeira de atuar. Eu cansei de competir com você, quem foge mais, quem esnoba mais, quem mente mais. Cansei! Eu não vou mais fingir, mas eu vou suplicar: Não sufoque a gente, não esconda a gente, não odeie a gente, não enterre a gente, pelo amor de Deus eu imploro, NÃO APAGUE A GENTE.
Em troca? Eu te perdôo por deixar a gente se perder, e eternamente vou te agradecer por você existir, por você me fazer tão e tão feliz. Eu prometo o infinito, o amor mais bonito. Eu prometo que nunca mais minto dizendo que um dia vou te esquecer.
Em troca? Eu prometo que tudo mudou, eu dou o mundo e modifico as estrelas, eu mudo os decotes, melhoro as maneiras. Eu termino a vida amando você.
Vem pra cá, vem salvar a gente. Vem salvar o meu coração, devolver meu ar.
Confessa pra mim que você sabe que ninguém nunca vai te amar como eu.
Devolve a vida. Traz de volta a alegria.
ADMITA QUE NUNCA ME ESQUECEU!
Prepara a embarcação, já contei a tripulação... Sou eu e só.
Segura de novo a minha mão, canta pra mim aquela canção
Dá sopro no meu coração, desata logo o nó.
Enquanto eu costuro nas asas do meu destino cada segundo que ficou
Você me ajuda com as malas, pode ficar com o cobertor.
Ainda não consigo avistar terra firme
Te deixo no cais, acompanhado do oceano
Oceano de lágrimas que eu criei
Pra deixar pro mundo o legado
Do inferno de ter passado
Do martírio de partir.
Lembro e parece que foi ontem
Que eu te contei desenganos e planos que nunca pratiquei
Lembro e ainda sei que foi ontem
Que de tanto brigar contra eu me entreguei
E vem chegando a hora de partir
Em uma mala cabe toda a minha dor
Teu pequeno gesto, uma flor de lis
Deixo contigo o coração, e sim, o cobertor
Então vai, pega tua estrada
Tranca a porta, fecha a janela
Porque a vida todos os dias vai te mostrar
Rastros de mim que enfim é tudo seu
Nada meu, nada por mim.
Enfim, só vim pra me despedir
Sinto ser hora de partir
E nem sei, nada sei
Não consigo suportar
Ainda não posso avistar
O caminho que vou seguir
Só sei, que a viagem é longa
A peleja difícil
E os dias coloridos, eu deixo pra trás.
Contigo fica meu coração
Comigo a solidão
Uma fita de esperança
Uma palavra de fé.
Sem saber como suportar o amanhã sem você
Assim eu vou
Marinheiro sou
Sei os ângulos de quem deve ir
Ainda procuro a direção de quem fica
De saudade, fica meu afeto
De raiva, deixo minha dor
De propósito te deixo a certeza
Que onde quer que eu esteja
Sempre foi, sempre será, amor!
Foram inúmeras as vezes que a vida colocou em prova tudo aquilo que eu acreditava. Hoje, eu olhei pra trás e vi ô quanto me orgulho de mim mesma. Ô quanto eu me orgulho de ter superado tantas dores, por ter ido em frente quando a vida me rasgou no meio e me fez recomeçar do zero, pela centésima vez. Já dormi de tanto chorar, já dormi pra não querer acordar, já acordei de sonhos com um cuspe da realidade, já desisti por medo de tentar. Já desacreditei da existência de Deus por não conseguir entender, já pedi perdão... já ressuscitei meu coração, não consegui esquecer. Mas lembrar de tudo me mostra ô quanto o tempo é impiedoso, ô quanto aprendi com meus erros, ô quanto cresci com as derrotas.Obrigada meu Deus por me dar mais uma chance de tentar. Sopra Deus, eleva o meu ar, me dá sabedoria, que sabedoria alimenta meu crescimento, me dá asas pra voar. E amanhã, quando o sol sair, a vida vai sorrir de novo, e eu vou ressuscitar toda a vida dentro de mim. Quem sempre teve fé, nunca precisou de sorte! Deus sabe o que tá fazendo!
Ás vezes me pego perguntando ao meu reflexo “que diabos aconteceu comigo?” Há algum tempo atrás eu era umas daquelas garotas que ficavam no meio de rodinhas, observando como o cabelo de fulana era feio e como o professor andava engraçado. Saia nos finais de semana, curtia com a galera e até paquerava aquele gatinho da escola. Dançava ao som de Rihanna e Lady Gaga e mandava a ver no refrão de Last Friday Nigh, da Katy Perry. E veja agora, perdi toda a vontade de sair da cama. Comer virou uma obrigação, uma obrigação rotineira. Ando com a pele pálida, com olheiras debaixo dos olhos, mesmo tendo dormido o suficiente. Que a verdade seja dita, nem me reconheço mais. Nem ao menos me lembro qual foi a última vez que ri de uma piada, que escovei meus cabelos ou passei um batom. Num momento eu estava ali fofocando com algumas amigas, no outro eu estava no meu quarto debruçada sobre o travesseiro, chorando quietinha pra ninguém ouvir, por um motivo que não fazia nem idéia de qual era. Completamente perdida, e confusa. Assim que eu passei a me descrever. A única certeza que tinha, é que estava ali viva .. respirando, ainda. A tristeza batia de repente e de uma forma grosseira, era como uma depressão, vinha sem motivo e ia sem explicação, era tão confuso, eu cheguei á pensar que estava enlouquecendo. Qual é, eu sempre fui uma guria forte, nunca deixava-me abalar por qualquer coisa que fosse, e agora, logo agora, no auge da minha vida, o momento em que eu deveria estar agindo como uma garota normal, deveria estar no shopping comprando aquelas roupas de grifes, mas ao invés disso eu estou trancada nesse cômodo escuro, com as janelas fechadas e o meu travesseiro encharcado. Mamãe acha que estou ficando depressiva, vamos colocar as cartas na mesa: concordo com ela. Mas assim, sem motivo? Como pode meu Deus, eu procuro alguma luz que possa me tirar desse abismo que caí, mas parece que quanto mais eu tento, mais escuro se torna o túnel. Eu tento levar uma vida comum, tento sorrir quando me cumprimentam ou quando elogiam a minha cor de cabelo, mas é um saco ter que fingir algo que não sou ou melhor já fui. Mas deixei de ser assim, há tempos. Se alguém souber a fórmula para a felicidade, favor avisar-me, antes que seja tarde, o coração ainda bate, mas não sei por quanto tempo nós vamos resistir. É como um fio prestes a se arrebentar, e como não há ninguém segurando a outra ponta, está sugestível a se romper.
Desculpe, fui fraca demais e logo me rendi ao abismo que a vida me ofereceu. Eu cai do precipício mais alto e não obtive nem sequer um aranhão. Não apenas escolhi o precipício mais alto como escolhi o errado. Escolhi o precipício da alma onde infelizmente meu estado de espirito se acolheu ou melhor adoeceu. Evitei por um longo período de tempo pessoas e quaisquer maneira de contato com as tais. Evitei a academia, o bar, a praça, supermercados e até a esquina de casa. Desliguei meu telefone e apaguei a agenda do meu celular, para assim eu não recorrer a ninguém. E não recorri até agora. No tempo em que estive afastada, ninguém me procurou, nem um recado na caixa postal, nenhum telefonema .. nada. Sou um tanto faz na vida das pessoas, sou como um enfeite pra mesa cuja serventia é apenas destaca-lá. Pelo menos, posso garantir que fui uma boa filha de Jesus, sem envolvimento com drogas ou bebidas alcoólicas. Sem dizer nenhuma palavra ”feia” sobre o teto dos meus pais e acima de tudo, virgem. Você deve ter notado que isso está longe de ser uma ”despedida” ou uma simples nota de suicídio. A questão é que nunca me senti inteira ou completa, que a verdade seja dita nunca senti como se pertencesse a esse mundo. Tal dor, magoa e rancor apagaram de mim qualquer sentimento bom ou puro relacionada a minha forma de agir ou viver. Papai e mamãe sempre me deram tudo, nunca deixaram me faltar alimento ou cobertor no frio. Mamãe até me ensinou a falar e o papai me ensinou a andar de bicicleta. Papai e mamãe não perceberam que a filha deles tinha algo de errado, que talvez precisaria de umas 12 sessões com uma psicologa que só traria mais problemas, como se eles já não fossem o suficiente. Teriam que bancar uma clinica de reabilitação ou até um reformatório. Decidi me tornar uma atriz, sucumbi meus sentimentos mais prolíferos no canto mais obscuro que havia em mim, e lá os tranquei. Sobre tudo, passei um longo tempo sorrindo quando meus demônios internos me dilaceravam por dentro. Diga-me papai e mamãe vocês perceberam? Não. No momento em que me dopei, me dei conta que as coisas nunca mais seriam a mesma, que estaria deixando pra trás todo sofrimento e angústia que habitava em mim. Dei-me conta também que aquela garotinha que ficou toda contente com o presente de aniversário de 10 anos, morreu. A ”eu” de agora nunca se sentiu tão viva e perplexa, meus órgãos internos estão mortos á muito tempo, as olheiras embaixo dos meus olhos entregavam isto. Por favor não chorem sobre meus restos mortais, nem ao menos sussurrem que farei falta. Comprem apenas um caixão que me caiba. Estou ansiosa pra conhecer o céu.
Eu sou frágil demais, boba demais, qualquer ventania me derruba, qualquer chuva me inunda e a solidão anda me castigando demais. E esses são só alguns dos meus pequenos defeitos, sou ciumenta em relação á coisas e pessoas que não me pertencem. E como se não bastasse sempre acabo me apegando rápido demais, e o problema disso é que nunca dou tempo pra as pessoas fazerem o mesmo. Mas talvez o problema não seja isso, e sim eu .. meu jeito de viver e ver as coisas ou minha incrível capacidade de estragar tudo. Já me aconselhei a mudar como já me aconselharam também, mas a verdade é que não sei por onde começar pois que eu saiba não se recomeça uma obra que nem ao menos foi concluída.
Eu costumava tantas coisas antes, costumava fazer falta pra algumas pessoas, costumava existir também, costumava realmente ser feliz . Mas hoje eu meio que me acostumei, a estar sozinha presa em pensamentos e momentos que nunca voltarão a ser como antes.
Permita que eu continue assim, acreditando no SONHO, sorrindo dos tropeços, aplaudindo cada dia que passa, abrindo todas as janelas para o sol do amanhã, ensurdecendo o mundo com as minhas verdades. Quem sabe eu chegue sorrindo e abrace o que sonhei. Quem sabe? Ainda há passos que não ousei dar e pontes que não consegui cruzar. Ainda há canteiros de flores com botões a desabrochar e muitas mudas novas para plantar.
"Enquanto houver o SONHO eu terei a ousadia de SONHAR."
Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
Eu poderia pensar nessa história de várias maneiras, e na forma mais assustadoramente temível, seria acreditar que eu devo esperar um destino intermediar por mim e pela minha felicidade; seria como jogar todas as minhas expectativas para o alto, e esperar ansiosamente que todas elas caíssem no terreno certo. Não que eu não tivesse uma parte de mim que acreditasse absurdamente que não importa o que façamos para alcançar alguma coisa, se não estiver escrito no nosso possível "livro", não vai rolar. Mas por outro lado, e bem mais benéfico e mais trabalhoso também, é perfeitamente possível e plausível que tudo depende - exclusivamente de nós. Da nossa força de vontade, de nossa intuição, de nossa capacidade para acreditar. E é aí que mora o problema. Mas afinal, e quer saber? que se dane as normas que nos ditam boas maneiras e regras de conduta padronizadas. Quem somos nós? E o que nós queremos? Se existe um destino para ajudar ou para impedir, existe mais ainda alguém que mora do outro lado daquela rua, e que sabe exatamente aonde quer chegar. E se isso não for o suficiente, mudaremos mais uma vez. E mudaremos quantas vezes for necessário para encontrarmos o significado daquilo que procuramos. Porque tudo é assim. E tudo não vai ser assim para sempre.
Estou indo de novo. Não sei se é o caminho certo, mas concerteza é um novo caminho. Eu vou seguir por mim mesma, eu vou precisar me convencer mais uma vez que eu sou sim capaz. Parar de culpar terceiros por erros de cálculos. Tentar ver o mundo por uma nova perspectiva. Uma perspectiva mais otimista, que não se desespera por fatos inesperados e imodificáveis. Entender que toda a mudança acontece quando eu mudo primeiro, quando eu reajo diferente, quando eu tenho forças para lutar pelo que quero.
Os ultimos dias que passei não chegavam nem perto de como eu havia planejado. Talvez eu devesse simplesmente viver, em vez de imaginar como tudo deveria ser. Eu não sei. O caso é que essa minha forma despretenciosa de lidar com os imprevistos, deixou tudo muito mais interessante, e vivo. Tudo estava infinitamente melhor, e o que eu mais queria é que durasse para sempre, realmente.
O sol tinha voltado a brilhar na minha vida, e agora eu não precisava mais ter medo de dormir e ter pesadelos. Ele estava do meu lado.
No fundo, se você parar para pensar sobre a continuidade da vida e das pessoas, você vai perceber que não existe um destino intermediando por nós. Somos só nós por nós mesmos. São as nossas escolhas que moldam o nosso futuro, e são os caminhos que nós escolhemos que irão dizer aonde nós chegaremos. Mais do que isso: é o que nós estamos dispostos a investir para chegarmos a algum lugar.
Talvez eu devesse escrever um livro sobre maneiras de não quebrar o seu coração em mil pedaços. Porém, todos nós sempre achamos que seremos a exceção. Esse é o primeiro erro. Eu acho que ando realmente desacreditada em coisas que duram para sempre, e isso é algo desesperador. Onde está a esperança de que pode ser diferente? Será que a esperança é uma exceção despretensiosa que se esconde em algum lugar dentro de nós? Eu não sei. Mas falar que o tempo dirá e que resolverá esses problemas é a forma mais medíocre de não enfrentar o que está acontecendo. É talvez não conseguir conviver com a sensação de um dia olhar para trás e saber que foi VOCÊ que resolveu por nós. Mas talvez eu sobreviva, se eu me esforçar o suficiente o meu coração vai se recompor a ponto de voltar a sentir alguma coisa. Menos amor.
Ele disse que não faria diferença entre eu ir ou ficar. Que também não me pediria para pensar em nós dois, ou tentaria me convencer de que tudo poderia melhorar. Eu não pensei que ele usaria algum truque infalível para me impedir. Já fazia algum tempo que as coisas tinham mudado, e ele estava blindado para a dor, e qualquer outro tipo de sentimento.
Eu tentei pensar sobre tudo, tentei encontrar alguma forma para que eu pudesse estar errada, e então não precisar ir embora. Mas tudo que eu encontrei foram dias vazios - e sozinhos. Eu poderia falar que ainda sou forte e posso suportar mais um pouco; mas a verdade é que estou horrivelmente frágil e cansada de esperar o telefone tocar. Eu caminho por uma rua vazia esperando encontrar àquela em que nós dois caminhávamos juntos. Esperando encontrar os sonhos que perdemos em algum lugar. Eu sinto que não vou sobreviver. E como eu poderia continuar vivendo quando o meu coração foi partido em milhares de pedaços? Eu acho que estou errada por esperar que uma pessoa não se torne quem ela prefere ser. Vou tentar manter meu coração batendo.
Eu dormi tentando fazer com que o tempo passasse mais rápido. Meu coração estava batendo tão forte que eu cheguei a pensar que ele iria parar a qualquer momento. Morrer de tristeza não seria difícil nesse caso. Eu podia ouvir cada batida, acelerada, como quem suplica para essa dor insuportável ir embora, mas ela não iria. Eu rezei para conseguir suportar isso, porque eu realmente não sabia como iria enfrentar os dias daqui para frente. Sempre tive propensões a sofrer demais, sentir demais. Dores que ninguém nunca sentiu é o sentimento mais comum, eu estou vendo o fim do mundo agora e espero que em algum dia desses, que se diga " normal", as coisas possam ficar bem.
Eu nunca pensei em que categoria definiria o amor. Então talvez seja verdade que não existe nenhuma explicação para o fato de você considerar seriamente uma outra vida mais importante do que a sua. Como se todos aqueles livros de romance que você lia antigamente fossem apenas histórias menosprezadas pela intensidade do teu sentimento. E realmente eram.
Mas nem se eu quisesse voltar a ser a mesma de uns atrás. É muita gente entrando e saindo. É tanto movimento que a vida tem parecido uma eternidade. Há uns anos eu estava bem, mas agora eu estou melhor. Aprendi muito. E já sei que nada nunca vai deixar de ser novidade. Crescer é saudável.
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