Se se morre de Amor, não se Morre

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O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.

Mark Twain

Nota: Adaptação de outro pensamento do autor, por vezes erroneamente atribuído a Charles Chaplin.

O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho.

ETERNO
Um Sentimento verdadeiro não morre.
Por decepcionado que fique, por machucado que seja
Pode até esfriar
Ou adormecer
Mas tal como o vento, jamais deixa de soprar:
Um Amor de verdade retém em si a própria essência do Tempo e do Universo
- É imortal, é Infinito
É Eterno...

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.

Fernando Pessoa
Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. São Paulo: Montecristo, 2012

Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.

Pablo Neruda

Nota: Trecho de "Soneto XLVIII" de Pablo Neruda

Antes de se amar profundamente, não se viveu ainda; e, depois, começa-se a morrer.

Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão. Poderá morrer de saudades, mas não estará só.

Amyr Klink
Livro: Cem dias entre céu e mar

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade
"Lição de Coisas: poesia". São Paulo: J. Olympio, 1965

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

Cecília Meireles
MEIRELES, C. Poesia completa: Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

Onde aprender a odiar para não morrer de amor?

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco. 1998

Não quero mais amar a ninguém
Não fui feliz, o destino não quis
O meu primeiro amor
Morreu como a flor
Ainda em botão,
Deixando espinhos
Que dilaceram meu coração

Cartola

Nota: Trecho da música "Não Quero Mais".

Ninguém venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferido,
que não me quero curar,
que estou deixando de ser,
e não quero me encontrar,
que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar,

já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo,
e estava apenas no fim.

Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e os corais.

Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis quem não me quis.

Química

Sublimemos, amor. Assim as flores
No jardim não morreram se o perfume
No cristal da essência se defende.
Passemos nós as provas, os ardores:
Não caldeiam instintos sem o lume
Nem o secreto aroma que rescende.

José Saramago
Memorial do Convento

Não é tão comum morrer de amor, mas, neste momento, em todas as partes do mundo, milhões morrem por falta dele.

“Uma coisa que a vida me ensinou é que se eu não morro de ressaca eu vou lá morrer de amor?!”

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes
Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960

Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da música "Berimbau", composta por Vinicius de Moraes e Baden Powell.

Não morreria por nada deste mundo,
Porque eu gosto realmente é de viver.
Nem de amores eu morreria,
Porque eu gosto mesmo é de viver de amores.

O amor não envelhece, morre menino.

O verdadeiro amor não morre, dorme para acordar mais belo.