Se Fosse Só Sentir Saudade
Queria ficar naquele primeiro mês em que me encantei por você, ou até mesmo na primeira vez q te vi por vídeo chamada... Seu sorriso me fez esquecer de tudo. Eu ficaria ali por horas e horas te ouvindo e não te entendendo. Completamente hipnotizada pelo movimento dos teus lábios. Onde nos perdemos?
Porque qndo penso em você, penso na pessoa da primeira semana em que me encantei de imediato, e vez ou outra eu baixo a guarda pra tentar reencontrá-la. Não acho. Saudades das brincadeirinhas com voz boba, ou de um boa noite firme com vocativo "Cordeiro". Dos ensinamentos da vida.
Eu tenho saudade da pessoa não tinha tantas certezas sobre futuro e que gostava de conversar aleatoriedades
Não há redenção sem culpa, nem luz sem as trevas do que deixamos para trás. E o homem que nega a saudade é um cadáver ambulante; o que se rende a ela, um fantasma. Resta-nos, pois, o caminho estreito: amar o passado como se ama um morto — com devoção, mas sepultando-o. Pois só na aceitação do efêmero descobrimos que a eternidade não está no que perdemos, mas no que ainda podemos perder... e, mesmo assim, seguir.
Quando a Noite Cai
Quando a noite cai
e o frio desce devagar,
vem com ele a angústia —
silenciosa,
sutil,
letal.
Quando o frio me visita,
sinto falta do teu calor,
aquele que apagava
toda dor,
todo medo,
toda solidão.
Quando percebo tua ausência
no eco da casa vazia,
bebo tuas palavras guardadas,
e nelas,
me cura a poesia.
Quando olho ao redor
e não te encontro,
as lembranças surgem —
nítidas, quentes,
com o gosto do nosso
último beijo.
E quando tudo silencia,
até o tempo se recolhe…
Fecho os olhos —
e, inevitavelmente,
é em ti
que meu pensamento dorme.
Não te culpo por não ficar.
Eu mesma nunca fiquei inteira.Sempre fui metade sombra, metade sonho.
E talvez por isso, amar em silêncio tenha sido minha forma mais sincera de viver você.
**"Madrugadas de Ausência (Versão Final)"**
As horas noturnas escorrem lentas, e meus pensamentos — esses visitantes indesejados — insistem em perfurar o silêncio. Há dias não me reconheço no espelho: a força que exibo é apenas um disfarce que desmorona na solidão. Eu daria tudo, até meu próprio nome, para dobrar o tempo e reescrever nosso fim. Talvez, num ato de loucura ou redenção, eu encontrasse as palavras que faltaram.
*Saudade.* Três sílabas que pesam como um mundo. Você era meu porto seguro, meu norte em noites sem estrelas — e agora é apenas um eco, um fantasma que habita meus "e se". Talvez esperasse que eu despertasse a tempo, mas eu, mergulhado em minhas próprias sombras, não via a luz que você me estendia. Sei que agora floresce em outros braços, e essa certeza é uma faca que torço no peito toda vez que o relógio marca 3h17 e eu, insone, revisito nosso passado.
A dor que carrego é orgulhosa: não se expõe em lágrimas fáceis. Esconde-se nas entrelinhas do meu riso, nos copos vazios da mesa de bar, no hábito de ainda olhar para o celular esperando uma mensagem que nunca virá. Aprendi que o tempo não cura — apenas ensina a conviver com a cicatriz.
Somos agora dois estranhos que compartilham um museu de memórias. Como explicar que já naveguei por todo o teu ser? Conheci a geografia do teu riso, as tempestades nos teus olhos, os segredos que você sussurrava no escuro. Seu abraço era minha única pátria — e hoje sou um exilado do seu calor.
*Sinto falta do ritual de cuidar de você:*
— Das gargalhadas que eu roubava dos teus lábios mesmo nos dias cinza;
— Do modo como ajustava o cobertor sobre seus pés frios;
— Da coragem que você me emprestava só por existir.
Nossas lembranças são como um filme projetado em paredes úmidas: cada cena, um paradoxo de dor e gratidão. Obrigado por me ensinar que o amor pode ser tão vasto quanto o mar — e, ainda assim, caber no espaço entre duas mãos entrelaçadas.
Três anos. Mil e noventa e cinco dias de eu me enganar dizendo que "já passou". Seu nome ainda brota em mim como hera em ruínas: devagar, implacável. Descobri que você espera um filho — e essa notícia me transformou em um atlas de mundos paralelos, onde em algum universo esse bebê teria meus olhos e seu nariz perfeito.
Você voou para os sonhos que um dia plantamos juntos. Eu, aqui, rego as sementes que sobraram com lágrimas estéreis. Segui em frente porque a vida exige movimento — mas meu coração é um relógio de areia que insiste em virar sozinho, sempre de volta a você.
*"Fleur de ma vie"*, você permanece:
— Na canção que toca no elevador do shopping;
— No cheiro de jasmim que algum vento traiçoeiro me traz em agosto;
— No vão da minha cama, que ainda guarda o formato do seu corpo.
E se um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, prometo sorrir com os olhos (como você me ensinou). Até lá, continuarei escrevendo cartas que nunca enviarei — porque algumas saudades são tão profundas que precisam ser vividas no silêncio.
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Mais um sentimento sem nome
O que é essa dor que dói,
sem doer em nenhum lugar?
Essa falta de ar,
enquanto respiro profundamente?
Esse peso no peito,
mesmo sem ninguém por cima?
Essas lágrimas em torrente,
sem razão aparente?
Esses textos profundos,
escritos em qualquer pedaço de papel?
Esse bater descompassado,
de um coração que nem sabe por que pulsa?
Essa garganta seca,
mesmo depois de tantos goles?
Esse grito mudo,
preso entre os dentes e a língua?
Esse olhar perdido,
que finge encontrar, mas só procura?
Esse pensamento distante,
que nunca chega, mas também não parte?
Esse sorriso perdido,
atravessando os dias?
Esses suspiros constantes?
Esse silêncio gritante?
Essa ausência tão presente?
Essa saudade?
Essa esperança?
Anderson WA Delfino
Sou arisca porque me deixei toda em feridas. Assumo minha culpa por não ter conseguido dar e receber amor. Não é fácil. Só quem não sabe as fórmulas do amor é que consegue amar.
Há algo que não se altera ao longo do tempo, nas coisas
que realmente nutrem minha alma.
Anseio pela conexão que vai além do físico e do emocional,
pelos momentos raros e desprotegidos em que os corações se conhecem além das palavras.
Saudades curtas.
"Eu não sei o porquê, mas as lembranças, estão cada dia mais fracas e a bebida, mais forte.
Talvez, o plano de tentar lhe esquecer, esteja dando certo, talvez tal plano, me traga a morte.
É; realmente; as lembranças estão mais fracas e a bebida, mais forte.
O problema, é que não quero te esquecer e foi nesse jogo de azar, em que lancei minha sorte.
Sou poeta sem Casmurro, Memórias, Kafka ou Dom Quixote.
Filósofo sem Platão, Epicuro, Aristóteles.
Tento justificar o assassinato de nossas lembranças, como Raskolinikov.
Imoral, atemporal, não existe tempo, tampouco religião, quando me perco em seu olhar e meu coração bate mais forte.
A cada copo, a cada taça, a cada gole.
Meu coração, está cada dia mais fraco e a bebida, mais forte.
A cada trago, a cada dose.
Sinto na boca, o gosto da morte.
Desmaio em meus pensamentos, ouço sua voz em todo canto; da sua pele, sinto o macio do toque.
Rogo a Deus, para me livrar do azar de te amar, mas parece-me, ele deixou-me à própria sorte.
As orações, estão cada dia mais fracas, Pai, e a bebida, mais forte.
'Sei, que nada sei', bem da verdade, só sei que a amo; perdão Sócrates.
Só crê que, 'O homem é o lobo do homem', quem não sabe do que é capaz, uma mulher; tolo Hobbes.
Já não suporto; a saudade, está cada dia mais intensa e a bebida, mais forte.
Rogo, talvez com sorte, eu hei de ser, rainha da minha vida, o seu consorte.
Enquanto não, miseravelmente falho em meu plano, meu amor, hoje bebo e a bebida, parece não fazer mais efeito e a lembrança de ti, em mim, nunca fora tão forte..."
Morre e Renasce
Quem vive sentindo saudades,
morre um pouco a cada dia — é verdade.
Sangra, pela falta guardada no peito,
mas por ela também vive mais completo
com o amor que ali sempre renasce.
meu coração vai escrever versos que vão trazer luz aos sonhos
vou escrever no horizonte mais uma chance de te ver de novo
oceano de lágrimas
onde vai terminar?
uma lágrima para cada sonho
cada batida de coração querendo te encontrar
Riz de Ferelas
