Se Fosse eu
É que tua vida não tem sentido. E por meses, eu quis que o sentido da tua vida fosse eu. Ou nós. E como isso não aconteceu, me tornei frustrada. Frustrada por achar que a culpa toda foi minha. Só que hoje, eu percebi que eu não devo me culpar por tudo. E tentei te mostrar que você também não deve se culpar por achar que tua vida é vazia. Quero que saiba que tentei. E não me arrependo de ter tentado. Porque eu não deixei te amar e querer que você seja feliz.
Se fosse eu a mulher que tu ama e vive, hoje chegaria nos teus ouvidos, colaria nos teus olhos, grudaria no teu corpo e diria: deixa tudo pra lá e vamos deixar rolar as ondas nos nossos corpos, a areia em nossas peles, a brisa em nossos cabelos...a música no ar, o vinho na taça, o perfume no vento. Vamos amar, amar, amar, amar, amar...até que não sejamos mais dois. Um só somente, sós !
Deixaria teus cabelos desarrumados, roubaria a tristeza do teu olhar, levaria tuas mãos em meu corpo, te jogaria no mato...e loucamente te amaria...até ouvir o teu cansaço, sentir o teu gemido, te descansar em mim. Depois de tudo isso, nos intrigaríamos com um apaixonante e infinito abraço !
Vamos nos intrigar ?
Sempre que adiciono Música aos meus dias mais nublados, sinto como se não fosse eu que a ouvisse, mas como se ela pudesse me ouvir. Sinto-me bem acompanhada.
EPÍSTOLA APOCALÍPTICA SOBRE ESSA BOLHA DE OCEANOS
Não fosse eu um corpo etéreo, um alien grafite,
Na nebulosa; labirinto intracelular cósmico,
Um vírus, um bacilo no azul marinho gasoso
Da inviável via láctea, efêmera vaidade,
Desfilando colar de constelações
E jogando poeira de estrelas nos nossos bolsos...
O terror cósmico dessa solidão intergalática,
Trazendo auroras boreais
De tempestades solar apocalípticas...
Rebelde sagitário se dilui na acidez sideral
E júpiter se avoluma em gases, aqui no meu quintal...
Atormenta-me a fobia de te ver na esquina,
pefil frágil e andrógino,
Túnica lilás, bastão incandescente e cabelos de ouro,
Cantando “chuva púrpura” profetizando um armagedom,
Fazendo-me imaginar,
Praga, New York e Belford Roxo, roxas de melancolia
Solidão e medo da alcaida,
E possíveis ataques norte-coreanos...
Mas não é isso que me leva a consultar
O zodíaco e previsões climáticas,
Que me fazem supor catástrofes e cataclismas
Sobre a caatinga esparsa e escaldante
De Jericoacoara e quixeramobim...
Se eu não fosse essa lua de insegurança,
E assimilasse ensinamentos de epístolas, salmos
E o sermão da montanha...
Mas sou apenas um cervo feérico, numa floresta primitiva,
Contemplando estrelas sob a noite eterna
Há mil anos luz de um dinossauro,
Tentando entender a ternura débil e insana de um t-rex
Estudando a sua caça e farejando sangue
Percebo que o que me sustenta sobre esta esfera,
Sobre esta bolha de oceanos,
Que viaja trágica e inconsequente,
Entre meteoros, meteoritos e cometas reluzentes,
Na harmonia do sistema planetário
E no descompasso de moléculas de hidrogênio e oxigênio
Realizando o milagre da vida...
Ainda é essa eterna e inexplicável força estranha...
Se você fosse eu, talvez até fosse capaz de me entender, mas se eu fosse você, não daria atenção para um cara como eu.
"Por mais sem sentido que fosse, eu simpatizava muito com a ideologia de esconder-se num mundo irreal e imaginário. Nele eu invento. Sou rainha, dama da noite, a peça que se encaixa em todos os quebra-cabeças. Nele eu te moldo. Reestruturo tua sensibilidade e altero o status da tua liberdade. Nesse mundo perfeito, viajamos através das cores do arco-íris e Sofrimento é o nome de um reino distante. Aquela valsa só não é mais bonita que o pôr do sol refletindo a cor do teu olho, aquele sol não é tão mais puro quanto o sossego entorpecente que tua presença me traz. Entretanto nunca saberás deste lugar. Não correrás comigo na chuva de algodão e não saberás que as flores do campo se abrem devido ao teu sorriso e não por culpa da primavera. Neste espaço, te esculpo em mil faces, mil trejeitos. Te sequestro de mil maneiras, te roubo, me envolvo precipitadamente, contudo não me precipito em querer-te tanto só pra mim. Ficas perdido em meus labirintos, na trama dos meus cabelos e nas curvas do meu corpo.
Apenas te perco quando desperto. Meus dedos sempre dançam nas teclas da máquina de escrever, enquanto te desenho com minhas palavras. A realidade é perturbadora, assim como aquela saudadezinha que bate na janela de madrugada de vez em quando. Eu não me adaptava a isso tudo, só assim eu pudera perceber que as ilusões escaparam pelas frestas do pensamento e assumiram um papel real. Era engraçado como eu amava sozinha. Era engraçado alimentar um animal sedento por afeto, atribuindo qualquer pequeno gesto como um sinal de esperança serena. Realidade é olhar para uma estrela cadente e querer desejar qualquer coisa, no entanto sempre acabar comparando o sorriso dele com o brilho de uma constelação. Inevitável não pensar. É dançar conforme uma música desregulada onde sabes que os passos estão errados, mas sabes que não se pode modificá-la ou trocar o disco por não seres tu o ser dominante. Queria reviver aquele ensejo onde não precisava visitar esse mundo paralelo com frequência para sentir teu semblante, aquela ocasião onde eu não precisava decorar o teu cheiro e lembrá-lo todo dia, pois eu podia senti-lo a cada madrugada quando estavas ao meu lado. Ah que frenesi. Te desfaz nos meus braços de novo e me mostra que o infinito é quando nossas almas entram em sintonia e se reconhecem. Infinito era aquela tatuagem discreta no antebraço que ele possuía. Era como eu definia aquele pequeno instante que passava mais que depressa. Era como se perder num universo colateral e não se importar se a eternidade perpetuasse. Era veracidade e virou quimera. Era exatidão e transformou-se em teorias impraticáveis. Aquilo que existe de fato nunca fora bem-vindo, converteu-se em infortúnios cercados de linhas cruzadas e reviravoltas inimagináveis. Quem diria que trazendo nosso mundo à baixo eu conseguiria sorrir amarelo para as possibilidades reais da vida? Mas é assim mesmo, ninguém se alimenta de presenças e lembranças não te fazem respirar. Não tem volta e eu já me conformei. Faço do teu silêncio um argumento e da tua ausência um contrato com o sossego, enfim."
O eu - objeto
Qual a objetividade dos objetos?
Para que são feitos?
Se fosse eu um, notável seria?
Não sei... mas seria eu um reflexo do meu modo de pensar ou as pessoas me veriam como elas quisessem?
E se eu fosse um objeto? Talvez eu fosse um lápis, acordando com a minha vontade de mudar a minha própria história.
Ou talvez uma borracha? Se você me ver como uma pessoa que finda, sem a sua aceitação?
Acredito que talvez eu nada seria, como um vácuo... mas o que é o vácuo?
É diretamente importante o que eu faço aqui? E se for para mim, é para a pessoa ao meu lado?
Seria o objeto eu ou o próprio sendo observado?
Talvez eu fosse um dinheiro, mas bem pouco, como pagamento pela minha alta ambição, mas dinheiro em objeto, tocável, palpável...
E se fosse para ser o objeto que eu quisesse ser?
Escolheria ser um livro-objeto, não para que mostrasse outras histórias, mas para que lessem a minha, a história de um grande bobo que já pensou em ser um homem-objeto.
Desejoso
Queria um tempo nesta vida
Em que me fosse eu a te entregar
Com todo amor em que me há.
Deixai o tempo conhecer
Que dele sou imune
Por eu muito te amar...
O que o amor não te me deu
O tempo nunca pode apagar,
Serei sempre seu
Se quiseres me amar.
Todo tempo que eu tivesse
Dele eu te daria o meu amor,
É assim que neste tempo eu vivo
Desejoso por te amar...
Edney Valentim Araújo
1994...
Quando eu me olho no espelho eu me sinto como se fosse eu mesmo, mas quando quando tiro uma foto de mim ou alguém tira uma foto de mim, é como se eu fosse um completo estranho, da minha própria perspectiva eu sou alguém, mas por outro lado eu sou algo totalmente diferente daquilo que eu penso ser...
Ela é tão bonita, e mesmo se não fosse, eu teria me apaixonado facilmente por ela. É que meu coração conseguiu senti-la muito antes dos olhos, mas convenhamos né, ele teve um puta bom gosto.
APARÊNCIA
Eu não sou os outros
Não me trate como se eu fosse
Eu só sou eu sozinha no meu quarto
E dentro da minha cabeça
Não me julgue pela aparência
Eu posso ser melhor
Ou pior do que você imagina
Não me engane
Pois eu vivo me enganando
Posso parecer fria
Mas sou muito sensível
Nunca julgue uma mulher pela aparência
"Ainda que mais nada eu fosse, Eu sou Mãe, plantei a semente da vida."❤💗💝
Eu agradeço a Deus por essa dádiva maravilhosa, pelo privilégio de ser MÃE!
Feliz dia das Mães pra todas nós que recebemos esse dom de Deus. 👭😚😙😍
Se eu fosse eu, eu seria eu!+ se eu não sou eu... quem é eu? será q eu sou eu...? ou existe outro eu que não sou eu....?
Será q eu sou doida...? ou será q não sou eu?
hoje, foi como qualquer outro dia normal; não fosse, eu amar você mais que ontem. o amor não mata, nem sufoca.
Liberta-nos para voar a um horizonte tão mais profundo que o do oceano.
