Se for Triste Carlos Drummond
E se eu enterrar o meu amor? Será que conseguirei florece-lo novamento? Não sei! Só sei que ele está cada dia mais fragil. Triste!
Acreditar na morte novamente, é gritar quando se está sozinho, na escuridão, sem tempo pra acreditar novamente.
Acreditar que a morte é um estrangeiro, é viver livre de pensamentos e novamente sentir o peso, pessoas normais com hábitos normais, resultados normais.
O conhecimento ninguém jamais vai te tirar, o resto tudo você pode perder.
Levamos pra frente o conhecimento.
A família paga o preço muito grande por tomarmos um rumo diferente, abrir mão de coisas que pessoas normais abrem mão, dormir o necessário, fazer oque tem que ser feito. O preço é caro e a família paga o preço, inúmeras vezes em que erramos, o preço foi cobrado em cima deles, é difícil e diferente.
Nesses momentos, as frustrações, metas e dias difíceis é outra história que ninguém sabe, porém, "os acertos as pessoas não julgam mas os erros sim."
É errar menos quando a imagem é uma delas, é imprescindível, o homem tem que zelar pela imagem e a imagem é a primeira impressão e causa boa reputação, as pessoas vão dizer de você pela imagem que você tem.
A carreira tem que ir pra frente, temos que zelar por nós, sou novo e fiz coisas que adultos não fizeram.
Eu estava arrumando minha casa, minha vida, fiz por mim e ninguém pode tirar isso ou mudar.
Eu perdi muitas coisas,
A desconstrução foi essencial.
Deus está me transformando.
Uma distração num dia de inverno, isso que notei ser. Nunca fui realmente importante, servi apenas como um brinquedo enquanto não havia algo melhor, mais compatível ou interessante.
Até hoje, até hoje, não consigo deixar de lembrar a forma como eramos compatíveis.
Tão íntimos, tão companheiros, em tantas formas diferentes. Nos entediamos e parecia que tudo ia durar pra sempre. Que você nunca ia desaparecer.
Mas foi naquela noite de janeiro que eu te dava o ultimo até logo.
Se eu soubesse que eu nunca mais te veria, eu faria mais, eu diria tudo o que sempre quis dizer. Mas não disse. Já passou, acabou.
Daquele dia em diante você se tornou alguém que eu não conhecia mais. Esses sete anos que passamos juntos não valeram de nada? Eu pensei que eramos irmãos, eu jurei que te protegeria, que estaríamos juntos até ficarmos velhinhos, mas não foi...
Você não está mais aqui e eu sinto falta, mesmo você tendo me feito tão mal. Mesmo você tendo me feito se sentir maluco e obsessivo. Bem, talvez eu seja. Mas você se foi, sem avisar, nem uma ligação, nenhuma mensagem, nenhuma palavra... Você me abandonou primeiro, eu só te correspondi.
Dói tanto perceber que eu nunca signifiquei nada, que eu nunca fui ninguém importante em sua vida. Eu não era suficiente pra você, nunca fui. Você foi embora e depois agiu como se nada tivesse acontecido, como se eu não fosse uma pessoa, com fragilidades que você conhecia tão bem.
Você virou meu mundo de ponta cabeça, mesmo com sua ausência. Você acabou comigo, você sabe disso.
E eu aqui, tentando fingir que tá tudo bem, que não tem nada de errado, tentando ser forte por todos e por mim. Mas acabou me deixando marcado, de uma forma que eu não consigo apagar.
Eu sei, eu não era fácil, mas, por Deus, eu sempre demonstrei tanto meu amor. É esse o pagamento que eu recebo?
Como você tinha tanto poder sobre mim? Como eu deixei isso acontecer? Porque eu me deixei levar por seu sorriso e sua cara de bobo? Algo entre nós foi real? Existiu amizade de verdade? Ou você só me usou?
No final das contas só restaram dúvidas e inseguranças.
Eu não consigo confiar, não consigo me entregar a nenhuma relação humana e tenho muito medo de no final da minha vida não ter ninguém ao meu lado. Eu não quero ficar sozinho.
Mas esse sentimento um dia vai passar, um dia eu vou voltar a ser eu mesmo.
Tem dias que os dias se arrastam em findar,
Tudo dói,
De dor de alma sabe?
Nada físico...
A vergonha me transpassa,
Me sinto a própria vergonha,
Falo demais,
Tropeço nas minhas próprias palavras,
Prolixa,
Na intensidade,
Me sinto em maldade,
Mesmo sabendo dentro do coração,
Que não sou assim não,
Sinto que firo,
Sem querer cometo Sincericídios,
Me acho dura com quem amo,
Me acho exagerada com pessoas que admiro que nem notam minha existência,
Tortuosa,
Cercada de más escolhas,
Escorada naquilo que me satisfaz e ao mesmo tempo me desfaz...
Desmerecida,
Desmedida,
Destempero,
Como se fosse o último dia,
E no final...
Tudo se transforma em nada,
E mais do mesmo,
Vazio,
Pó.
UMA DOSE
(Crônica)
Deprê, Joana vai ao bar.
- "Vou querer uma dose."
- "De quê, senhorita?"
- "Esperança."
- "Desculpe, não temos essa bebida."
- "Que absurdo!"
- "Só temos uísque e vodca."
- "Esse bar é uma droga!"
- "Ainda vai querer sua dose?"
- "Sim."
- "De quê, senhorita?"
- "Dias Melhores."
Sobre os trilhos
Caminhei desencontrado
Dispus do frescor cortante da noite
Diante a busca de reconhecer-me
Fui, ao encontro dentre o túnel
De subir ao céu ou sucumbir
Ao inferno meu.
Punição Lunar
Atração atroz, arrebatador significado lunar
O enfermo debilitado, sem prazo estipulado
Não merece da Solução, ó pobre coitado!
Diziam minhas vozes mudas em frenesi atordoado
“ Quem eu seria. Se não possuo significado?
Da Solução não possuo olhos, sou apenas distração.”
Lua, assim advinda da magnifica Calitheya
Faz favor e abra teus lábios ruborizados
Entoando novamente a estes prados abandonados
Cobrindo-nos na penumbra de sua infinita angústia
Pois amas zombar das frustrações simplórias de meu ser
Odeio tanto quanto a venero
Sem lembrança amorosa, eu ainda te espero
Com a mesma esperança de ataque afetuoso
Faz-se lar suntuoso na imensidão verde.
Temo tanto quanto a venero, pois entendo.
Das atrocidades que me pune a te compor
Obrigado a ceder sanidade em prol da expiação
Abandonei, portanto, toda a razão sem menção do porquê
Se estou salvo ou acorrentado, sóbrio ou aprisionado
Coesão comum alguma faz parte de nossa ligação pálida e doentia
Se ela fosse minha, então quem eu seria?
Um atroz sem significado nesse mundo degradante
Feito da Solução uma mera distração conveniente
Mas ela. A Lua. Era tão pequena como eu.
Desespero Da Coroa
O liquido pungente chama
Sutilmente instiga o paciente
Ele obscurecera seus sentidos também
Pois é seu objetivo natural
Um dever que só o pertence
Peculiar, sua maneira e desejos são únicos
Ideais não te salvarão de sua cortina sedutora
Assim como agora me encontro, preso no seu dilema.
As visões atormentam consciência plena
Zombando de mim, a coroa deseja controle
Essência possessa é seu esqueleto, ofuscando significado grotesco
Aproveitando de meu reinado padecido em desprezo próprio
Corpo e alma permanecem intocados pelo júbilo nada comum
Alastrando, a doença é querida como roguei
Afogando crentes e descrentes em seu poder avassalador
O ouvir de dissonantes vozes em bramidos de ajuda
No jardim rasteiro, provendo a desesperada crença na cura
Pairando ramos venenosos sob vida, impedido de germinar
Há tempos insondáveis a noite rubra dominou a mente
A vontade não salvará o todo do perverso atraente
Regozijamos despreocupados do conteúdo latente
Crédulos, na tentativa inútil de renascer, nos vimos perdidos
Nascidos do pó cinzento, nossa salvação são gotas da coroa
Ó amargas gotas que bebo
Purificante da iniquidade incorpórea
Solva-me ao longo sono
Convoca-me em teu âmbito poderoso
Dando descanso aos meus olhos desfigurados
Põe descanso espectral sob meu fulminante ser
E reacenda minha vida na nova chama vindoura do carmim.
Fulgor da Manhã Gelada
Um frescor tão leve e estonteante a brisa trazia
Novamente esse mesmo aroma doce me envolvia
Clareza nessa menina de idade, eu assim a via
No macio caminhar abanando saia prateada
Um terrível significado fúnebre eu temia
O amanhecer gelado de minha manhã diminuía, onde agora está?
Em contraste, da terra áspera a seu toque sensível
Irreconhecível natureza ou apenas um ser aberracional?
Mas não importava o que fosse provido racional
Com afinco viril e totalmente irracional, demonstrava apreço a mil
Essa presença que agitava meu coração frágil, que dor imoral
Conversas sem proposito assinalado
Àquela mocinha eu dediquei manhãs tão nevoentas como gelo
Seu nome em euforia eu me arrisquei a pedir
“Lina. Meu nome é Lina. Qual o seu moço?”
De resposta simples em partes eu me dividi
Ouvido aquela voz que um dia já conheci
A manhã gelada, da qual tanto vivenciei sem fim
Esbravejando folia angustiante, ali pontuei como um preso infeliz
“Tão bom é conhece-la, mas tão tardia se fez”
A menininha em suspiro longo, proferiu só mudez
Acalentando-me com sua fria morbidez
Tinha importância como nenhum outro
Esse sentimento devastador que tanto logro no silêncio
De significado como nenhum outro
Minha dor seria certeira
Pois o certo é o certo
E meu ato de santidade não compensaria o tormento
Dessa frenesia que rasga-me nesse momento
Torne-se eterna ao meu lado, nesse banco frio
Dessa manhã que só me traz tanto desalento.
como uma tempestade
a minha vida anda como uma tempestade
os pingos d'água são as lagrimas que escorrem pelo meu rosto
os trovões são como pedidos de socorro
os raios são os problemas que eu não sei de onde vem e quando vão vir
o vento forte são o meu jeito de achar que tudo vai ficar bem se eu só me forçar a ir pra frente
afinal quando verei o sol de novo?
Meu querido lábios macios, você ter voltado para minha vida foi muito bom, tem horas que fico ansiosa, insegura, mas é por causa da minha ansiedade.
Eu te amo, te quero muito.. tudo que eu queria era ter o seu abraço, seu beijo, sua voz aqui comigo.. mas você não me quer e eu fico triste por isso.. você não me quer da forma que eu te quero de verdade. Eu quero como meu namorado, não quero ser uma opção pra você, pra ninguém, eu quero ser única nathan.
Garotos e garotas
Eu amei como louco entretanto;
Nunca fui santo,
Acabei pensando tanto,
E terminei em prantos...
Sonhei com tantas garotas,
Sonhei com tantos garotos,
Nunca soube se eu estava equivocado,
Ou se fui meramente enganado,
Talvez só fui afobado...
Provavelmente eles tenham se enjoado.
Nunca fui bom o suficiente
Acabei colocando os outros a frente...
