Se for Triste Carlos Drummond
Deixem-me sonhar
Sonhar nesta nave
triste...
Sonhar que a liberdade
Existe...
E que a paz e o amor
Não são utopias.
Presa em um corpo emprestado,
Neste teatro dúbio e triste.
Há dias em que a
"Alma"
Esbraveja, se sacode...
Como em um ato de rebeldia.
Fúria...
Devaneios, ideias vãs...
Sem lembrança do antes.
Sem esperança no depois.
Na certeza que ao apagar as luzes.
Estará voltando pra casa.
Ela é poesia pura, é quente e fria, doce e amarga, feliz e triste, é uma mistura louca de bem e mal com um toque de solidão.
Existem pessoas dignas de pena, e isso é uma coisa muito triste. Quando alguém me olha com pena, sinto que perdem o respeito pela minha história e enxergam apenas a figura fragilizada. Essa “solidariedade” envenena mais do que auxilia, pois revela preconceito velado, acham que minha existência se resume ao sofrimento, e não ao ser humano que ainda resiste.
Não sou frio, sou triste.
Mas tristeza profunda não faz barulho. Ela aprende a se disfarçar em silêncios longos,
em olhares vazios que já desistiram de explicar.
A dor me faz triste. Cada fibra em mim lateja memórias que nem a medicina apaga. Sou um retrato ambulante de perdas, do movimento, da autonomia, da esperança. E assim… Atristeza brota sem cessar,
como uma secura interna que nenhum afago alcança.
"Não fique triste porque ninguém lhe trouxe flores, Deus está preparando alguém para lhe dar um jardim."
Todos os sonhos devem ser perfeitos, lindos e impossíveis pois a triste e amarga realidade cada vez mais nos castra com suas factíveis e coerentes impossibilidades.
Fico triste em saber que o amor de meus sonhos, vive triste, incompleto, em sobreviventes suspiros por esperança, por que ainda não nos sorrimos por olhares e não nos conhecemos.
Triste momento planetário que vivemos, onde os ignorantes e perversos tem certezas e os cultos e generosos de alma, duvidas se lutar vale a pena.
Tenho um medo terrível da sanidade, triste, previsível e efêmera. A loucura imaginativa das cores e formas me alimentam todos os dias, diante dos desconfortos da vida, como ela é. Sinceramente creio na maior liberdade do hospício muito mais que entre o zig zag dos autômatos fantasiados de gente nos escritórios contábeis, enforcados e engravatados.
