Se Existir Guerra que Seja de Travesseiro

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Se, por vezes, o juiz deixar vergar a vara da justiça, que não seja sob o peso das ofertas, mas sob o da misericórdia.

Talvez o amor seja apenas o reconhecimento do prazer.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

Seja no que for, apenas poderemos ser julgados pelos nossos pares.

travesseiro novo
primeiras confissões
a história do amigo

folha seca
sobre o travesseiro
acorda borboleta

curta noite
perto de mim, junto ao travesseiro
um biombo de prata

Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.

Charles Chaplin
Monsieur Verdoux (1947)

Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.

Quem teme ser vencido tem a certeza da derrota.

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas...

Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra as guerras.

A grande arte é mudar durante a batalha. Ai do general que vai para o combate com um esquema.

Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com a sua maior força.

Decididamente não compreendo por que é mais glorioso bombardear de projéteis uma cidade do que assassinar alguém a machadadas.

Divertir os outros é um dos modos mais emocionantes de existir.

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.

O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir?
Tudo existe, é um dos extremos.
Nada existe é o outro extremo.
Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos,
e seguir o Caminho do Meio.

Com duas pessoas eu já entrei em comunicação tão forte que deixei de existir, sendo. Como explicar? Olhávamo-nos nos olhos e não dizíamos nada, e eu era a outra pessoa e a outra pessoa era eu. É tão difícil falar, é tão difícil dizer coisas que não podem ser ditas, é tão silencioso. Como traduzir o profundo silêncio do encontro entre duas almas? É dificílimo contar: nós estávamos nos olhando fixamente, e assim ficamos por uns instantes. Éramos um só ser. Esses momentos são o meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isso de: estado agudo de felicidade.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Ao correr da máquina.

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Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar...

Khalil Gibran
Areia e Espuma (1926).