Se eu Fosse Algum Rei
Eu poderia me arrepender se tivesse tido escolha. Mas eu não tive uma.
Eu não sou seu segredo. Sou sua verdade.
Tanto lutei, busquei, sonhei..., mas nada adiantou
Só me perdi no caminho que eu mesmo escolhi trilhar
Tudo é tão mutável, que nos perdemos
E o coração não é capaz de aceitar um sentimento pela metade
E o que sentimos? E o que acreditamos? Morre!
Nesse momento nos agarramos em algo para não desistir do caminho escolhido em outrora
Mas de repente, o que nos fez ficar..., já não é o bastante para continuarmos a tentar
Buscamos o amor, a sinceridade, a lealdade...
Tudo isso se tornou tão antiquado e não importam mais
O tempo já passou e tudo mudou depressa demais
É nesse momento que queremos voltar ao início e recomeçar por outro caminho
Mas existe o medo, as incertezas: Você não é mais o mesmo, o caminho não é mais o mesmo.
Como trilhar um novo caminho? Como acreditar ser o que você deve seguir?
Não importa, o seu coração já perdeu tempo demais, e você já nem mesmo sabe quem você é!
Solidão
Em silêncio, eu me perco,
Em meio ao vazio, eu me encontro.
A solidão me envolve,
Como uma sombra sem fim.
Meus pensamentos são meus amigos,
Minha companhia mais fiel.
Mas até eles me deixam,
E o silêncio é tudo o que resta.
A solidão é um mar,
Profundo e sem margens.
Eu me sinto uma gota,
Perdida em sua imensidão.
Mas ainda assim,
Eu encontro um refúgio.
Em meio ao vazio,
Um espaço para sonhar.
Eu gosto da delicadeza poética revelada nas palavras, mas gosto muito mais da força ordinária contida na atitude.
Amor caduco
Quando eu amo alguém, eu amo de verdade
Eu não minto, eu digo que está tudo bem
Que essa pessoa é para toda eternidade
Que eu sou dela e ela é minha também
Eu não amo sem amar, se soubesses
As voltas que já dei ao quarteirão
Sem sair do mesmo lugar, não me conheces
E se me conhecesses saberias como anda o meu coração
Umas vezes bem, outras vez mal
Muda conforme o dia, muda conforme a estação
Hoje está caduco careca, com o outono, mesmo a combinar
Oxalá as folhas deixem de cair
E o meu coração volte ao seu lugar
O teu, onde sempre foi feliz
Eu tenho saudades, saudades de coisas vividas, de pessoas que passaram pela minha vida...mais eu tenho muita saudade de mim, do que já fui um dia, do meu sorriso fácil, da empolgação com vida de acreditar nas pessoas, nós sentimentos. Que saudade..hoje definitivamente eu defino a saudade como um Fazio ...e a pergunta é há sentido em uma vida vazia?...e se a morte chegar e eu não estiver mais viva!
Quero saber se você vai correr atrás de mim
Num aeroporto
Pedindo pra eu ficar, pra eu não voar
Pra eu maneirar um pouco
Que vai pintar uma tela do meu corpo nu.
Você já decorou quantas tatuagens tenho?
Se eu ligo pra cartoon ou rabisco os meus desenhos
Quantos shows tem na minha agenda, meu disco favorito
O peso do meu coração
Onde serão as férias? Qual tamanho da demanda?
No samba, sei que samba, e o que será que faz chorar?
Será que você sabe que, no fundo, eu tenho medo
De correr sozinha e nunca alcançar?
Eu deixares-te ir
Já que nada lhe darei
Senão a dor de minha ausência
É o sofrimento de minha angustia...
Naquele dia eu sonhei com você sem te conhecer,
Vi o seu sorriso em um vislumbre de esperança,
Tudo o que pedi a Deus foi que pudesse te ter,
E senti, em meu peito, a promessa de uma dança.
Ah, aquele frio que sentimos,
Quando uma mensagem chega e o coração palpita,
Foi o mesmo que senti naquele sonho,
Despertando a vontade que o tempo não limita.
Por anos, carreguei sonhos que pareciam distantes,
Tão preciosos, tão grandes, que quase se perderam,
Até que um dia, com o coração cansado e sem brilhos,
Entreguei a Deus meus desejos, que em fé floresceram.
Então, vi milagres, testemunhos sagrados,
Acredite, a fé é um fôlego, um novo nascer.
Se um dia chorei de tristeza, perdida,
Hoje as lágrimas vêm por saber que é verdade:
Deus cuida de tudo, Ele é meu abrigo, minha vida.
Em meus devaneios poéticos, sempre ouço meu eu lírico dizer: _Toma mais esta dose de versos, que passa!
Oceano da paixão
Eu me banhei no oceano da paixão
Só prá ter você comigo
Só prá ter o seu amor
Só pra você me dar abrigo
Eu a guardei dentro do meu coração
E quero ser mais que amigo
Estou ao seu dispor
Mas você! Eu duvido!
Vou creditar a nostalgia aqui
Presente no meu peito
A esse seu jeito de agir como criança
Me deixar só!
Enem sequer dá esperanças
De algum dia!
Voltar a ser mina amada
Nada que eu faça
Faz você mudar de idéia
Nem que eu lhe escreva
A mais linda odisséia
Você seguiu o seu caminho
E agora eu vou, pra minha vida
Encontrar um novo amor.
Recado
Bom dia princesa
Eu não estava lhe esperando
Mudaste de endereço
E agora estás voltando
Mas já que vieste
Me faça um favor
E leve este recado
Para um velho ou novo amor
Diz-lhe, que não adianta dizer,
Pra mim o que fazer,
Pois sem esse bem querer
Eu já sei viver
Mesmo sendo ruim
Assim sem ela
Aqui perto de mim.
Vem me completar
Eu sem você
Sou como céu sem luar
Sou jardim sem flor
Vem me completar
Já perdemos muito tempo
Buscando em nós perfeição
E esquecendo que somos
Simples de coração
Assim como as ondas
Partem os oceanos
Eu também cometo
Meus enganos,
Mudo meus planos
E só caminho agora
Pra ver um novo arrebol
Pra ver brilhar um novo sol
Pra em você achar abrigo
Assim como às nuvens
Que carregam a chuva
Eu carrego comigo, toda essa culpa.
Mas ela é só sua.
Se a gente muda, tudo muda.
Se eu pudesse te dar um conselho, eu diria: viva, seja você mesmo em todos os aspectos, seja simples, seja grato, aproveite as oportunidades que Deus te propõe, enfrente os medos que batem a sua porta mesmo que pareçam impossíveis, faça o filme da sua vida.
Havia um cachorro no quintal. Toda vez que eu me aproximava para alimentá-lo, ele vinha e me mordia. Eu levava petiscos, tentava ganhar sua confiança, mas a reação era sempre a mesma: um olhar desconfiado seguido de uma mordida. No começo, eu não entendia. Por que ele reagia assim? Eu só queria cuidar dele, mas parecia que ele via em mim um inimigo.
Com o tempo, fui descobrindo o motivo. Esse cachorro, antes de estar comigo, tinha um dono que o maltratava. Alguém que não o alimentava direito, não lhe dava carinho, e talvez só se aproximava para punir ou ignorar suas necessidades. Esse passado de dor e desconfiança se refletia em cada mordida que ele me dava, em cada vez que ele se retraía ao menor gesto de aproximação.
Mesmo assim, eu insistia. Dia após dia, voltava ao quintal, levando comida e esperando pacientemente que ele me visse como alguém diferente. Mas nada mudava. Ele continuava me mordendo, como se eu fosse a sombra do antigo dono.
Então, um dia, decidi não ir mais até ele. Resolvi deixá-lo sentir minha ausência, para que ele percebesse a diferença entre o que tinha sido e o que poderia ser. Por alguns dias, mantive distância. E foi só então que ele começou a entender. Senti sua falta e percebi que ele também sentia a minha. Ele finalmente compreendeu que eu não era aquele que o machucava, mas o que tentava lhe dar uma nova chance.
Mas, quando ele se deu conta, já era tarde. O tempo que passei tentando ganhar sua confiança foi também o tempo em que, pouco a pouco, fui me cansando de ser mordido. Agora, que ele parecia querer minha presença, já não sentia o mesmo. Eu não queria mais correr o risco, não queria mais me machucar.
Às vezes, mesmo com boas intenções, não conseguimos consertar as feridas que outros deixaram. A desconfiança, quando alimentada por muito tempo, pode ser mais forte que a vontade de recomeçar. E, assim, cada um seguiu seu caminho: eu, ainda com a lembrança das mordidas, e ele, talvez com o arrependimento de quem demorou demais para confiar.
