Saudades da minha Cidade
Pintei teu nome em todos os muros da cidade. Usei minhas lágrimas, todas elas de saudade. Sei que ninguém pode vê-las como eu, mas, simplesmente, sinto. Hoje percebo que se tivesse usado sangue todos veriam e sentiriam o horror, mas como não entendi sua partida, por que entenderia o mal desse "amor" ?
MADRIGAIS
(POEMA CANÇÃO)
Tudo aqui lembra você
Mesmo quando a cidade
Me sufoca de saudade
Bem dentro de mim...
Toda cidade é você!
Até a brisa do mar
Que soprava sem parar
Aquecendo nossos corpos
Acordando o prazer
Em mim toda cidade é você!
Eu te tocava como quem toca uma arpa
Eu te queria como a noite quer o dia!
Corpos trêmulos de amor
Na suave brisa da manhã!
Quando era noite...
Tinha você como um açoite
Corpos, canções, recitais
Despertávamos mais um dia...
Pois, sabíamos que outros dias...
Eram noites em madrigais!
URANDI ANTIGA
No encontro dos rios
nasceu a cidade;
ainda tinha a lagoa
que deixou saudade.
Tinha os casarões
cheios de janelas,
comércio com portas
e fachadas muito belas.
As casas eram artes
de platibanda portuguesa;
símbolo de riqueza,
pois a família era burguesa.
As casas eram geminadas
sem janelas dos lados,
com quartos interligados
pra serem ventilados.
Não tinha casa recuada,
usava grade na porta
para barrar cachorro
ou gente que não suporta.
Tinha casas muito bonitas
construídas na praça,
de incomparável beleza,
enfeitadas com vidraça.
Tinha suntuosos sobrados,
sinônimo de muita riqueza.
O mercado era um barracão
com maior feira da redondeza.
A cidade tá na mesma e eu volto pro mesmo abraço
Eu sei muito bem o traço da saudade
E quando eu chegar
Me espere em sua porta
E não me deixe ir
Se sabe que eu não volto
Então, o que vai ser?
Dispenso sentir saudade;
Prefiro o amor perto;
Quero andar na cidade;
E ver teu sorriso aberto.
O calor da estação;
Anuncia que virão flores;
Ainda antes do verão;
Florescerão os amores.
Saudade
Quando meus ouvidos doem com os ruídos da cidade grande, nasce um desejo de ouvir o balanço do vento, o canto dos pássaros e o caminhar das águas dos rios.
Pra acalmar as tempestades internas do meu coração.
Em Brasília, a cidade moderna,
Onde o concreto é sua marca,
A saudade me visita e me inquieta,
Como em "O Livro do Desassossego" de Pessoa.
As linhas de Niemeyer, a imensidão da Esplanada,
O amor também habita essa capital,
Mas em suas ruas, o coração se despedaça,
Tal qual a "Poesia Completa" de Drummond.
Brasília, lugar de sonhos e utopias,
De uma nação que queria se erguer,
Mas que não conseguiu se livrar
Da solidão, como em "Grande Sertão: Veredas" de Rosa.
Nessa cidade sem passado, sem memória,
O amor persiste, ainda que incerto,
Como em "A Paixão Segundo G.H." de Lispector,
Em busca de um sentido, um destino certo.
Brasília, símbolo da contradição,
Onde a saudade e o amor se encontram,
Como em "O Amor nos Tempos do Cólera" de García Márquez,
Em um labirinto de concreto, onde tudo se transforma e se desfaz.
Brasília, cidade sem passado,
Criada para ser a capital do futuro,
Onde a saudade e a paixão se misturam,
Como em "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Marquez.
Entre o concreto e o vazio,
Surge o amor, como um raio,
Que ilumina a alma e o coração,
Como em "O Amor nos Tempos do Cólera" de Márquez.
A paixão arde, como o sol do cerrado,
Envolvendo os amantes com seu fogo,
Mas também se esconde, como a lua no céu,
Como em "O Labirinto da Saudade" de Eduardo Lourenço.
Brasília, cidade das linhas e curvas,
Onde o passado e o presente se encontram,
E a saudade se torna poesia,
Como em "Fernando Pessoa: Obra Poética" de Pessoa.
O amor e a paixão, a saudade e a reflexão,
Em Brasília, se misturam em um só ser,
Como em "A Insustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera,
Nessa cidade que não para de se reinventar.
Em Brasília, cidade única,
No cerrado se ergue a capital,
E no meio do concreto,
A saudade e o amor, em um equilíbrio vital.
Os sociólogos estudam a cidade,
E suas complexas relações,
Mas não podem explicar a poesia,
Que a saudade e o amor trazem às nossas emoções.
Em Brasília, o cerrado é resistência,
E a cidade é uma força em constante movimento,
Assim como o amor e a paixão,
Que se renovam a cada momento.
São as palavras de Gilberto Freyre,
Que ecoam nessa cidade moderna,
Onde o passado se mistura com o presente,
E a saudade é a marca de uma história que ainda governa.
Mas é também em Brasília,
Que o amor e a paixão se mostram mais intensos,
Como em Pierre Bourdieu, que estudou as relações de poder,
E percebeu que o amor é uma das armas dos indivíduos em sua luta pelos seus interesses.
Assim, em Brasília, a saudade e o amor,
São o que fazem a cidade ser única,
E enquanto o cerrado resiste,
E a cidade se reinventa,
O amor e a paixão se fortalecem,
E a saudade se transforma em poesia.
Se pensar em você me remete saudade, então só pensarei em nós vagando pela cidade como se não houvesse amanhã, sem pressa ou medo, apenas duas almas que se perdem juntas em liberdade.. Todas as esquinas se fazem nas curvas do seu corpo, depois de tudo e todos que passaram nele, as marcas que deixa em mim estão mais profundas e lindas, então saudade se é dor, o que me remete é gratidão! G.G
Foi com saudades daquela cidade, daquela gente que quase me viu nascer que parti e fui parar no sul do Maranhão.
Quase...
Eu quase morri de saudade...
Eu quase bebi a cidade inteira...
Eu quase perdi a cabeça...
Anderson_rosa
Manaus ícone de nossa cidade que trazia a alegria e que hoje nos deixou com muitas saudades, estatua humana que parou no tempo mais um cara que nunca esqueceremos se que um momento.
23/03/2012
Àquela quina -
Àquela quina da cidade
onde a mágoa se alevanta
moro eu, mora a saudade
e também Florbela Espanca.
É o nome da Praceta
ali de fronte à minha casa
que um dia foi eleita
pelo nome que hoje abraça.
E porque escuto a condenada
que tanto fala na Praceta?!
Tantos versos pela estrada.
Uma voz que não se deita.
Madrugada quente, cidade parada, rua sem gente, saudade danada, que não quer me deixar, procurei a lua para conversar.
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça!Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
O HOMEM BOM
Conta a estória que um dia Jesus visitava uma cidade junto com dois de seus Apóstolos, quando lhes perguntou:
- O que é pra vocês ser bom ?
- Responderam: Vamos naquela casa agora pedir para que o dono nos de o que comer pois estamos famintos e nos de dormida por essa noite para que possamos descansar da longa caminhada e se essa pessoa nos conceder o que pedimos, digo que ele é bom.
- Então Cristo lhes disse:
- Se chegássemos naquela casa e lhe pedíssemos tudo o que você disse, e ao contrário, fossemos repugnados e expulsos pelo dono da casa, e ainda assim saíssemos de lá amando a esse nosso irmão, isso seria ser bom.
Foi
Foi numa noite bela
Foi dentro de um coreto
Foi uma moça de preto
Foi lá na cidade certa
Foi tão bom com ela
Foi de fronte aos lábios
Foi, mesmo sendo fraco
Foi valioso, de verdade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
Foi muito tarde, já cedo
Foi com cheiro de cigarro
Foi fingindo ser amado
Foi na data de Dom XI
Foi sem precisar de beijo
Foi como fogo no celeiro
Foi sim, por todos os lados
Foi, deixando-me em trapos
Foi embora, sem vaidade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
(Jefferson Moraes)
09/06/2014
Olinda, Pernambuco.
Pra te esquecer mudei de cidade, mudei meu telefone, mudei meu gosto musical, mudei meu cabelo, mudei meus sonhos. Fiz terapia. Agora só me resta um transplante de coração.