Saudade de um Velho Amigo
Demitir um profissional aos 58 anos é condená-lo a um destino cruel: velho demais para o mercado, novo demais para a aposentadoria, e invisível para a sociedade.
O Peso da Lealdade
Quando Davi encontrou o velho cão na estrada, pensou em deixá-lo ali mesmo. Era magro, mancando e tinha os olhos cansados de quem já vira muita ingratidão. Mas bastou um olhar para entender: aquele animal não conhecia outra vida senão a de esperar por alguém.
Davi levou-o para casa, deu-lhe água, um cobertor e um nome — Faro. Em poucos dias, percebeu que a presença silenciosa daquele companheiro era mais honesta que muitas promessas humanas. Faro não pedia nada além de um canto e uma mão que o afagasse.
Certa madrugada, um ruído despertou Davi. A porta dos fundos se abria devagar. Faro rosnou baixo, depois latiu tão firme que o ladrão se assustou e fugiu. Quando o silêncio voltou, o cão encostou o focinho na perna de Davi, como quem dizia: Estou aqui, sempre estarei.
Naquele momento, ele compreendeu que lealdade não é barulho nem jura em voz alta. Lealdade é permanecer. Mesmo cansado, mesmo ferido, mesmo quando ninguém mais vê.
Falei mil vezes, num tom sereno,
pedi silêncio onde havia grito,
mas ecoou o velho veneno
e a paz virou precipício.
Engoli farpas, disfarcei dor,
apaguei brasa antes do incêndio,
me vesti de calma, domador,
mas o caos fez do amor, remendo.
Agora basta, já não insisto,
meu silêncio virou limite,
quem só fere, perde o visto
de morar no peito triste.
“Sentinela do Mar”
No aço da farda e no olhar de aço,
carrega o peso de um velho compasso.
Homem do tempo, da guerra e da fé,
de alma erguida, firme como é.
Ao fundo, o navio — gigante a vagar,
no peito, o silêncio de quem vai lutar.
Não por glória, medalha ou canção,
mas por amor, por missão, por nação.
Fuzil em punho, destino em silêncio,
vigia as ondas, o vento e o tempo.
Na mente, memórias — no peito, calor,
de um lar distante que o espera com amor.
Não há medo onde habita coragem,
nem recuo em sua passagem.
Ele é ponte entre o caos e a paz,
soldado do mar, que nunca se desfaz.
Do chão sofrido, a poeira batendo na cara, eu lembro de cada gemido do velho pau de arara.
Era sede e dor, fome e desespero, em meio a tudo um sorriso, que durava quase o dia inteiro.
Às vezes a vida nos surpreende com acontecimentos que nos tira do chão. É o velho ditado popular, nos pega de calças curtas. Como somos responsáveis por aquilo que cativamos, damos a volta por cima.
Sonhos
Nunca é tarde demais para você tirar o seu velho sonho do adormecimento e/ou, começar a sonhar um novo sonho.
Enquanto vivermos há a possibilidade de realizarmos cada um deles e principalmente, de tentarmos.
Aquele homem da rua me ensinou a sorrir. Um velho sábio um dia me falou: "seja honesto e aprenda por onde for."
Ora! Ninguém dorme
novo eacordavelho, mas
quando nosdamosconta
do tempo,estamos com
oscabelos brancos, e
apele enrugada.
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.
Percepções de estupidez.
Entrar sem ser convidado.
Não da passagem ao outro e não importa se velho ou novo, deficiente ou não.
Julgar por pressupostos pessoais!
Se achar azarado ou sem sorte.
Deduzir tudo pela primeira vista ou impressão.
Acovardar-se diante de algo que poderia interferir sem ferir nenhum dos lados.
Calar-se mesmo quando julgar está sendo injustiçado.
Retroceder ao perceber que a discurso não levará a lugar algum.
Entender que ambos estamos do mesmo lado e que não há lado oposto.
Tudo emerge do centro do Todo!
E principalmente calma, respirar fundo mostrando pra situação ou pessoas, que não há vencedores, só existe a mente, ao que se referem como Vida e vivenciamentos.
...e Namastê!
O legado
Aurélio era o mais velho dos irmãos, tornou-se arrimo de família.
Aos 16 anos trabalhava como ajudante numa oficina mecânica de máquinas agrárias.
Morava com sua avó paterna...e uma tia.
Seu pai era agricultor e morrerá ainda jovem.
Sua mãe já viúva... morava com os seus outros filhos.
Aurélio herdara do avó uma caixa de ferramentas de carpintaria e muito habilidoso fazia consertos em portas e janelas. Passou a fabricar mesas, tamboretes e bancos de igreja.
De ajudante a "Mestre" e, assim o chamavam...
Aos 27 anos viajou para São Paulo e realizou o Curso de Mecânica Agrícola Manutenção de Tratores e Colheitadeiras, tornou-se funcionário público.
Casou-se, teve filhos, os dois primeiros também se tornaram mecânicos.
O Mestre, além de muito capacitado era solícito e não media esforços para ajudar as pessoas, foi sempre indicado por realizar um serviço de excelência.
Repleto de verbos e lembranças, contava sempre suas histórias.. fazendo referências a diversas situações... umas engraçadas, outras nem tanto!
Aurélio...levantava todas as manhãs ...muito cedo e mesmo aposentado era sua rotina. No galpão construído por ele, no quintal de sua casa, expunha suas ferramentas...como uma coleção.
Pontualidade era uma de suas maiores qualidades, seus dias eram resumidos....entre o trabalho e a família. As vezes brincalhão outras vezes muito bravo..
Mesmo doente, Aurélio não perdeu sua vitalidade, seu senso crítico e sua imensa vontade ajudar. Fez muitas doações e, uma de suas últimas para o hospital onde fazia seu tratamento..
Era hora de parar... Aurélio sabia que, como uma máquina, tudo tinha seu tempo.
O velho instruído
Seus passos agora já são lentos. Sua postura está curvada devido a tanto tempo inclinada. Seus olhos olham, mas não enxergam como antigamente. Seus ouvidos tentam escutar os movimentos dos lábios. A memória agora não traz na lembrança as situações não tão marcantes. Tantos anos se passaram, tantas lutas, tantas vitórias e também muitas derrotas. A vitória enobrece e a derrota instrui. O que será melhor, ser nobre ou ser instruído?
O mais velho sabe te responder. A nobreza traz alegria, destreza, se torna notável, superior sublime, distinto e poderoso em tudo noque faz, ou que pede para fazer. O instruído é luminar, literado, letrado, culto, pontificado. Consegue decidir situações por si mesmo. Muitas das vezes, a instrução te leva mais longe, pela sede do saber e a vontade de desbravar o desconhecido, em prol de outros. Observe os idosos de passos lentos que escolheram a instrução. Seus passos estão lentos, mas o conhecimento de vida abunda em todo o espaço em que se encontra. Ele nesta situação tem postura de gigante. Seus olhos não precisam enxergar para ver. Ele agora está instruído a desvendar mistérios. Seus ouvidos ouvem a voz que orienta toda a humanidade. Neste estágio, este homem de idade avançada, alcançou e liberdade espiritual. Ele está junto com Cristo
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