Saudade de um Velho Amigo
Escrever e chorar, velho caderno que absorve minhas lágrimas assim como ele se alimentou de minhas juras de amor. Pequenas letras que uma imensidão de dor guardam e me ajudam a suportar. Soluços que o travesseiro abafa por meus pais não poder acordar. Vontade de gritar chorar até perder a voz. por que dói, dói muito amor. sussurando seu nome disse adeus e eu te amo para o vento e que ele leve até você.
— Sua febre no calor de minhas lágrimas.
Colocar fora o que nos limita, deixar o novo reinar até que se torne velho também e assim, a cada pequeno espaço de tempo, permitir-se renovar.
do meu texto- Permitir-se renovar.
Quando eu estou sozinho
O velho barreiro me acompanha
Com limão espremidinho, e torresmo frito na banha
E segredou o velho no seu leito de morte:
- a vida que já é curta foi-se célere; passei-a ambicionando coisas, quase sempre supérfluas, ao invés de ser feliz com o que já tinha. Hoje troco tudo que tenho por mais tempo, mas infelizmente o mesmo não está à venda.
Lembro de uma frase que um velho me falou:
- dê amor, pra quem te da valor.
E eternizou, parei pra refletir e saquei tudo,
a gente mata e morre, por nada é um absurdo.
O problema e que a gente não tem nada e quer ter tudo,
não ajuda nem os de casa e quer salvar o mundo.
Tem medo dos revez, que pode retroceder,
mais na guerra é assim, tudo pode acontecer !
O deserdado
Um homem velho pede abrigo à sombra
trás consigo o resto do que foi
um mísero nada
tem o tronco empedrado
não se move
parece atado
suas pálpebras caídas
resguardam as trevas da luz
mantem o olhar fixo
tremeluzente
seus lábios não salivam
murmuram palavras cavernosas
que de súbito vem alarmar:
vou chorar, vou chorar, vou chorar!
ouve-se gargalhadas
tudo silencia
inspira fundo
abraça os dedos enquanto pensa
suas memórias transpiram
sobre a pele do rosto ósseo
maculado pela desonra do ser homem
sente saudades?
sente medo?
sente aversão?
liberdade imperativa
puro lirismo
olha para um lado, para o outro
reclama o prometido:
eu vou chorar, eu vou chorar!
ouve-se gargalhadas
o nada acontece
e o velho bufão de barba cinzenta
é feito invisível
aos olhares daqueles que o espiam
Negar o velho eu a todo momento para que o novo prevaleça,
ao ponto de irradiar o reflexo do amor de CRISTO em ti.
Propriedade alheia sendo Danificada, Depredada, Saqueada.., Nos faz lembrar Filmes do Velho Oeste,,; Onde esta o Xerife...
Que ruim né?
Crianças crescem tão rápido,
De repente a gente se sente velho,
Não tem mais jeito com crianças.
Elas, as crianças, tomam seu rumo,
A gente não será consultada.
Gente velha é coisa vencida.
Será que sou velho?
PERGUNTAS
Eu queria saber o que era amor
E a todos quantos via perguntava:
Ao velho, ao jovem que na vida entrava,
Ao inocente, ao justo, ao pecador.
De minha mãe às vezes, indagava.
Ela estranhando, repetia: "amor!"
"Leia o vocabulário" me ordenava
O meu velho e sozinho professor.
Fui percorrer então o dicionário:
Amor... amor... amor... sentido vário
De mil explicações em labirinto...
Não cheguei a entender. E fiquei triste.
Ou o amor em verdade não existe,
Ou só existe aquele amor que eu sinto.
As noites que perco o sono, pego um lápis velho e um caderno desfolhado. Nele coloco tudo o que me causa embaraço, transformo as letras em uma espécie de laço e vou juntando os pedaços, para que um dia possa concluir todo o parágrafo.
VELHA MORTALHA
Mar velho feito em mortalha
Que na fria carne rasgada
Embalsamas todas as dores
Entre os murmúrios tristes
Voz escura na calada garganta
Nas tramas obscuras da queda
Ondas serenas de maremotos
Nos carinhos remotos em fúria
Lágrimas tuas em gritos roucos
Tormentas tolas numa ambrósia
Vagos espaços nas lentes perdidas
Os arcanjos cantam proclamam amor
Pobres vidas perdidas nos enigmas
Velha mortalha feita no profundo mar
Entre os portões de ferro nos sonhos
Transladam o delírio no fim risonho
Velho mar que embalsamas a mortalha
Dos erros das tristezas em murmúrios
Voz calada nas tramas obscuras da vida.
certa noite eu caminhava por uma praça, e ao olhar pro lado vi em um banco um velho homem sentado.
ele usava roupas desbotadas e um chapéu preto.
ele estava curvado para frente e sua cabeça se inclinava igualmente.
curioso eu me aproximei e notei que ele chorava
então me aproximei e sentei ao seu lado, ambos não falamos nada pro um tempo até que euacabei por perguntar...
- por quê o senhor chora?
depois de alguns segundos em silêncio ele sem sair de sua posição me respondeu...
- eu amei a mesma mulher durante 50 anos confuso eu perguntei..
- e como um amor tão longo pode fazê-lo chorar?
ele com um meio sorrisso me respondeu
- eu a amei por 50 anos, pena que ela não sabe disso.
nesse instante minha gargante secou e minha voz sumiu
ficamos apenas parados naquele banco olhando fixamente para frente até que o homem quebrou o silêncio..
- rapaz, se você ama alguém, não importa o quanto impossível o mesmo pareça
não o guarde para si, exponha-o, declare-o e se preciso grite-o para o mundo.
eu fico aqui preso em um universo no qual vivo a imaginar como as coisas poderiam ter sido se eu tivesse tido coragem.
como a gente poderia ter sido feliz, como seriam nossos filhos.
eu lhe afirmo uma coisa com toda certeza filho.
pior que a dor de ser rejeitado, é a dor da incerteza de nunca ter tentado.
Coração
O que tem sido de você, meu velho companheiro, os batimentos quase imperceptíveis, sujeito de parcos sentimentos, sumido no horizonte arrítmico transcendendo em razão.
"Quando ele era mais novo tinha surtos de esquizofrenia galopantes. Hoje, mais velho, apenas surtos claudicantes"
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