Saudade de um Velho Amigo
Sapatinho velho...
Todo mundo tem um, é aquela pessoa, que você conhece a um tempão, que você está acostumado, que você anda confortável, que já conhece, que sabe que pode ficar a vontade, que não troca por qualquer outro sapato, você pode até tentar, mas acaba usando o mesmo sapatinho velho, porque gosta...
Só quem tem um sapatinho velho, sabe o que é isso...
Sou dessas, que ama um sapatinho velho...
Adoro saber que o tempo passa e melhor: não me espera...
Adoro estar ficando velho...
Adoro saber que a juventude esta partindo sem culpa...
Adoro saber que posso sorrir de todos os meus erros passados e escovar meus dentes para sorrir dos erros futuros...
Adoro saber que a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.
Adoro saber que depois de tanto tempo ainda irrito você.
Adoro saber que antes mesmo de me despedir já deixo um cheiro de saudade em você...
Não me importo que me achem vélho, afinal estou caminhando para isso com muito orgulho, desde a minha juventude ate o presente momento, porem erra profundamente quem me julga ser um moleque.
CAVALO MORTO
UMA JOVEM, UM VELHO E UM MORTO,
CADA UM COM SEUS PROBLEMAS,
TINHAM 3 GRANDES DESAFIOS,
USARAM SEUS ESTRATAGEMAS.
A JOVEM, BELA E PREGUIÇOSA,
TEVE QUE MATAR UM BOI,
O VELHO, TODO ARCADO,
TINHA QUE COMÊ-LO, E NÃO FOI.
O QUE FAZER COM A CARCAÇA?
PERGUNTOU O “MORTO” OLHANDO TORTO.
VAMOS QUEIMAR, FAZER FUMAÇA
E AS CINZAS PÔR NUM SACO,
DEPOIS JOGAR NUMA QUIÇAÇA,
LÁ NO MORRO DO MACACO.
DEPOIS DE MUITA DISCUSSÃO
POR FIM SE DECIDIRAM:
- VAMOS ENTERRAR O BICHO,
É MUITO MAIS DIVERTIDO
QUE PÔR NO SACO DE LIXO.
DECIDIDO, ENTÃO AMIGOS,
DEPOIS UM POUCO DE CONFORTO.
MAS ESPEREM, E O BURACO?...
...TEVE QUE CAVÁ-LO O MORTO.
"Quanto mais você fica velho, Mais Você percebe que quando você era novo, Faltavam dedos para contar quantos amigos você tinha.
Agora que você está mais velho, Você para pra pensar e vê que sobram dedos em uma mão pra contar quantos amigos você realmente tem."
Não me importa que seja mais velho que eu. Que diferença faz? Eu não quero nada mais. O que importa é que você me faz bem, meu bem.
Renove sua fé e coloque-a em ação... Abra as gavetas do seu cérebro e pegue aquele velho projeto, aquele velho sonho que você deixou escondido ai dentro por medo de tentar e falhar... Abrace-o! Mentalize boas energias e vá em frente, porque quando a gente tem fé, a gente vence!
Lindo dia! Priscilla Rodighiero
Sombra do tempo
Vento esquecido
Escuro da noite
Cemitério escuro
Velho antigo
Cheio de lembranças.
Anjos caídos
Figuras irreais
Tristes e gastas
Onde nos leva ao presente
Horizonte longínquo
Noites mal dormidas
Futuro de um abismo escuro
Onde as tábuas do caixão
Estão de molho no rio
Murmuram as suas águas,
Na sombra da dor e saudade
Como trapos ambulantes cheios
De agonia chegada ao fim da linha.!!
SONHO DANTESCO
A gata preta fugiu para o telhado.
Largou-me por ver velho curvado.
A maldita influencia vem e contamina
Aos poucos ela vai vem e me elimina.
A gata preta no telhado ira me abandonar.
Pois a maldita influencia vai me eliminar.
É uma questão de tempo para o sofrimento,
Talvez seja após festa o exato momento.
No sonho dantesco a cabelos voando,
E muita bebida transbordando.
Na premunição que um sonho dantesco,
Minha alma sem ter nenhum refresco.
Sou trocado por um plebeu anão
E gata vai para ele sem ter razão.
Todos riem de mim no sonho dantesco
Num desfile de carnaval gigantesco.
Acordo chorando com um aperto na alma
E faço uma oração para não perde a calma.
Seria esse sonho dantesco uma premonição
Se for tenho dó da gata que cairá pelo chão.
Há tantas coisas invisíveis neste nosso mundo,
Talvez a dor da perda seja algo mais fecundo
Como o feto que rompe a fina placenta
E vem ao mundo sem nenhuma vestimenta.
Agora a ele resta caminhar e viver...
André Zanarella 26-10-2012
Dantesco Relativo a Dante, poeta italiano.
Que tem o caráter da obra de Dante: estilo dantesco.
De um horror grandioso: espetáculo dantesco.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4533098
Ebook? Não!
Prefiro cheiro novo de folhas límpidas,
Prefiro cheiro velho de folhas amareladas.
Novinho lacrado, velhinho amassado
Com páginas recicláveis ou comido por traças.
Aquece como um velho edredom remendado
Conforta como um velho suéter bordado
Querido como o velho jeans rasgado
Amável como uma velha camisa desbotada
Suave como o cheiro de café na caneca ao lado
Na fila, no ônibus, na varanda, na cama... O livro... Oh, livro!
A tecla do piano está solta
com sons agoniados, agonizados
Velho como um lavrador que cultiva
versos de mil palavras, notas soltas
Sonhos longos, profundos, eternos
castelos em traços que descrevo
Estrelas que iluminam e beijam o coração
piano velho, gasto que agoniza no tempo.!!
Nas Quedas da Cachoeira
CAPÍTULO 1:
Diego e eu morávamos na mesma cidade. Ele era mais velho que eu. Tínhamos 7 anos de diferença de idade. Eu o conhecia só de vista. Via ele passar pela rua vez ou outra. Eu conhecia seus pais de vista também. Nossas mães participavam de um clube. Às vezes eu meio que “pescava” a minha mãe para saber algo sobre o Diego. Algo que talvez a mãe dele tivesse dito.
Diego parecia interessante. Indagador, principalmente. Tinha um cabelo diferente. Eu gostava. Tentei procurar ele nas redes sociais. Para a minha grande felicidade, encontrei. Adicionei ele aos amigos. Mas ele não me aceitava. Eu não entendia por que. Resolvi enviar uma mensagem para ele. Depois de dias ele viu ela e respondeu. E então dali em diante a gente vivia conversando.
Ele me surpreendia a cada dia mais. Ele era demais. Muito mais que interessante. Era apaixonante. Ele parecia gostar da natureza, assim como eu. Uma vez comentei com ele sobre uma cachoeira. Ele ficou louco quando lhe mostrei uma foto. Amou o lugar. Então ele perguntou se um dia eu poderia o levar para conhecer o lugar. Fiquei um pouco tensa. A gente nunca tinha se falado pessoalmente. Mas eu concordei. Até porque nem tínhamos marcado o dia ainda. Com o tempo eu percebi que ele meio que dava indiretas querendo que eu o levasse lá. Imaginei se ele não estava com segundas intenções. Mas tirei isso de minha cabeça, se eu o conhecia o bastante, creio que ele não tinha segundas intenções. Então resolvi combinar um dia. Mas eu disse que levaria uma amiga junto. Então ele perguntou se poderia levar um amigo. Eu confesso que achei uma ótima ideia não irmos a sós. É claro que concordei.
Na semana seguinte nós iríamos lá. Quando pisquei os olhos, já tinha chegado a semana seguinte.
O tio manel o seu burro está coxo
está coxo, mas ele tem de trabalhar.
Está velho coitado, tem de pedir a reforma
já pediu mas não lha deram, dizem que é muito novo.
Somos muito novos para a reforma...
mas velhos demais para trabalhar
Vamos os dois morrer à fome se não formos
trabalhar, nesta terra onde ninguém dá nada
"tiram-nos é tudo, tio manel."..!!!
E o velho profeta perguntou para seu pupilo: ‘Você mistura suas fitas, meu rapaz?’
O jovem aprendiz o fixou, com um olhar carregado de dúvida, e disse com voz
trêmula e temerosa: ‘Sim mestre! Mas por qual motivo o senhor me faz essa pergunta?’
O sábio profeta, com voz forte e incisiva, motivado pela preocupação com as fitas de seu jovem aprendiz, blasfemou: ‘TOLO!’
Depois olhou atentamente o inexperiente rapaz, sabendo que o mesmo carregava um enorme potencial dentro de seu coração, e de forma gentil e instrutiva, profetizou: ‘Quem mistura suas fitas está condenado a perdê-las’. E com seu dedo indicador apontado para o céu, ressalvou: ‘Mas quem mistura suas fitas, e não as perde, é um sábio.’
(KENDIDU´S, Geizu. Forever Alone: Manual da eficiência na ideologia forever alonista. 1 ed. 1843.)
Sou demasiado velho para ter aquele tipo de morte espetacular. Para mim, cometer suicídio ou morrer de overdose seria... Inapropriado.
O HOMEM DO COBERTOR VELHO
Todos os dias no mesmo horário eu descia do ônibus e subia a passarela para pegar a segunda condução em direção ao trabalho. Quase sempre estava atrasado e passava feito um foguete, sem olhar para os lados. Naquele local, entre o ponto e a passarela, desviava de algo que atrapalhava o meu caminho.
Certa vez me esqueci de mudar o horário de verão, e saí de casa com uma hora de antecedência - fui perceber apenas quando estava no ônibus. Estava mais tranquilo e sereno, andando com calma e olhando o caminho percorrido, o que nunca acontecia. Ao descer do ônibus, reparei o que era aquela coisa que eu desviava todos os dias entre o ponto e passarela. Tratava-se de um velho cobertor, cinza, áspero, com um volume por baixo. Curioso, levantei o velho cobertor e dentro havia um homem dormindo, que nem percebeu que o descobri.
O homem debaixo do cobertor velho fedia a cachaça. Talvez por isso não tenha percebido que levantei o cobertor. Em frente ao ponto e a passarela havia uma padaria. Fui até lá e pedi um chocolate quente e um pão com manteiga na chapa, e levei ao homem debaixo do cobertor velho. Mesmo receoso, o rapaz agradeceu.
Passei a fazer do ato a minha rotina. Todos os dias eu comprava um chocolate quente e um pão com manteiga, e levava ao homem que sempre estava no mesmo local.
Um dia eu entreguei o pão com manteiga e fiquei olhando o homem degustá-lo. Ele, com a boca cheia e deixando cair migalhas no velho cobertor, indagou-me:
- Por que me ajuda?
Fiquei refletindo por um tempo antes de responder:
- Acho que não preciso de motivo para ajudá-lo.
Ele então se levantou e saiu andando pela primeira vez desde que o conhecera. Todos os dias eu o aconselhava a sair daquele local, procurar algo melhor para a vida. Queria que o homem reagisse, pois tratava-se de um bom rapaz, porém perdido.
Em um certo dia que desci do ônibus, segui em direção à passarela, e só estava o cobertor velho no chão. Mesmo assim, comprei o achocolatado e o pão com manteiga e deixei no mesmo lugar de sempre. Ele nunca mais apareceu no local.
Escolhi, então, pressupor que o homem melhorou de vida, pois, caso contrário, ele teria o alimento naquele cantinho.
Na padaria o proprietário me questionou:
- Por que você ajudava aquele homem? Era apenas um bêbado de rua.
Respondi:
- Porque aquele homem precisava de mim, mesmo que por apenas um tempo. E eu preciso de pessoas melhores no mundo.
Encostado nas paredes do além,
A olhar para o infinito azul do céu,
Ali está o triste velho Zé Manoel,
Tocando sua arpa dizendo amém.
Amém àqueles que o abandonaram,
Na vil encruzilhada da vida,
Pedindo a Deus rezando na ermida,
Perdoando àqueles que o abandonaram.
Entre soluços cantigas tristes,
Apenas triste olhando o infinito,
Olhando co'o coração contrito,
Sem uma palavra que inferiste.
Apenas uma esperança está em Deus,
Naquele asilo abraçando os irmãos,
Mui unidos todos eles dando as mãos,
E aos filhos não esquecidos último adeus.
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