Santa
Sexta-feira santa, será que é santa mesmo? A gula por chocolate, o alto consumo de vinho, e a mercantilização do consumo do peixe em nada demonstra um sentimento santo.
Hoje é sexta-feira santa! Dia de fazer jejum e abstinência de carne, rezar e agradecer a Deus por ter nos dado o seu filho amado, Jesus Cristo, o qual morreu por nós numa cruz para apagar os nossos pecados. É bom que façamos neste dia bastante silêncio, e uma boa reflexão sobre o que temos feito em agradecimento a Deus, Nosso Pai, por tudo isso que Ele bondosamente nos tem dado. Abraços fraternos.
Haverá um dia que uma santa padroeira do Brasil, na maior população católica do mundo , será negra por etnia e vida, não mais uma imagem da virgem branca escurecida pelo agir do tempo que esteve em esquecimento, perdida e submersa. Afinal com o avançar dos anos, o próprio povo vai aprender que somos todos bem mais amulatados, pardos e negros, do que brancos.
Ninguém perguntou quem prefiro entre as escritoras — mulheres –, mas eu respondo: Santa Catarina de Siena, Sigrid Undset, Selma Lägerloff, Simone Weil, Régine Pernoud e Susanne K. Langer. Não tem pra mais ninguém.
Você trocou o certo pelo incerto, à quase-santa pelas putas, e uma vida talvez tranqüila pela adrenalina das noitadas e das cantadas incertas.
Santas noites na santa paz da anarquia
Um violão e destilados, cigarros e uma singela anarquia
Santa santa
Na santa, a santa paz
E que esses tempos descansem em paz
Continuo te amando, nada poderá me fazer esquecer. Esta mulher que é uma Santa, sei que existe, sinto ao meu lado. Tenho visões e miragens. Mais como um sonho, abro os olhos e não te vejo mais. Mario Zainna
Não sei porque faz isso comigo, você gosta de me provocar, falando outros garotos, se finge de santa, vive brigando comigo, será porque eu queria entender o que as garotas tem na cabeça, será que você fazendo isso só me deixa mal, ou você faz por puro prazer? são perguntas não se calam, fico pensando procurando maneiras para poder desvendar esses mistérios da sua mente, fico correndo atrás de respostas que até esqueço da minha realidade, só tenho certeza de uma coisa até hoje, que você deixou marcas permanentes em mim, são marcas de coisas ruim, porque me faz lembra do passado destrutível que tivemos, mas também é bom pois lembro que você é capaz de mudar e eu espero que mude, mas se não mudar, eu sei que mesmo assim vou continuar te amando
Toda santa noite a insanidade da minha alma te visita e te desnuda em sonhos tudo aquilo que a castidade condena.
já fui louca
já fui menina
já fui santa
já fui traquina
já fui alvorada
já fui penar
já fui estrada
já fui alienar
já fui esquina
já fui caminho
já fui adrenalina
já fui sozinho
já fui escuridão
já fui laço
já fui imensidão
já fui descompasso
já fui ousadia
já fui palhaço
já fui fantasia
já fui cansaço
já alento
já fui dor
já fui vento
já fui desamor
já fui presença
já fui saudade
já fui crença
já fui vontade
já fui deserto
já fui mar
já fui incerto
já fui amar
já fui calmaria
já fui ilusão
já fui poesia
já fui trovão
já fui festim
já fui contramão
já fui sim
já fui não
já fui tudo que pude ser
já quis ter e não poder ver
já quis sentir e não poder amanhecer
já vi o céu esmorecer
hoje apenas vivo
e respiro o ar do que apenas
posso ler.
Não sou Santa,longe de mim! Também fico indignada e profiro alguns impropérios,bem impróprios para menores,mas prefiro ser vidraça a ser pedra! Com certeza!
Purgatório
Estava andando perdida no purgatório
Sem saber pra onde ir
Em vida nunca fui santa
Por isso vim parar aqui
Não era quente
Não era frio
Havia lama em todos os lugares
Pares sem seus pares
Muitos pesares
Andei muito
Muito mesmo
Até que te vi dançar aqui
Ora, quem é que dança por aqui? Eu questionei, então conheci a sua história
- Por acaso conhece o inferno?
- O fogo queimando, o desejo não correspondido, o amor desperdiçado pelos dedos
- A sensação de que não há mais volta
- Até que um dia
- Vi as cinzas da bondade perdidas dentro do fogo, ele trepidava
- Cada um vê na chama o que falta dentro de si
- Pensei em dançar ao som do fogo
- Marcando o ritmo, dando meia volta a carne exposta
- Dores e medos a dançar!
- E fui expulso, por sem querer o inferno alegrar
- Dance comigo, sinta o ritmo tente algo de bom enxergar
Estou aqui a muito tempo tudo aqui é quietude
Me diga como se dança ao som do silêncio?
- Aprenda que a música também é silêncio
- Dançar é redenção, estar aqui é benção!
- Você quer dançar mariposa?
- Silencie o passado, silencie o presente, silencie o por vir
- Agora que tudo é silêncio, cante bem alto
- Cante bem forte
- Bata as asas mariposa, vamos voar juntos
A redenção esta no Som
A redenção Ele me traz
Somente em silêncio a verdadeira música se faz
Dançamos em meio a tantos medos
Dançamos no silêncio da imensidão
Encontrando você ali, percebi que não poderia estar melhor
Fechei os olhos por um momento e vi claramente
Eu sou Fogo e queimo sem par
Dançar é redenção estar ao seu lado é benção!
Abri os olhos
Estou no céu
Ao seu lado
O grito, do Ipiranga ao Santa Rita...
Às Margens do Ipiranga, D. Pedro recebe uma carta vinda de Portugal onde, Segundo ela, as Cortes de Lisboa, baseadas "no despropósito e no despotismo" buscavam impor ao Brasil "um sistema de anarquia e escravidão. No dia sete de setembro, o príncipe recebeu as cartas às margens do Ipiranga e concluiu que era a hora de romper com a metrópole. Depois de ler, amassar e pisotear as cartas, D.Pedro montou "sua bela besta baia", cavalgou até o topo da colina e gritou à guarda de honra:
- Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar... Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas.
Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, o príncipe sacou a espada e gritou: - Por meu sangue, por minha honra e por Deus: farei do Brasil um país livre.
Em seguida, erguendo-se nos estribos e alçando a espada, afirmou:
"Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou morte". Eram 4 horas da tarde de 7 de setembro de 1822.
Desde esta data, 1822, quando se deu o grito de Independência, nosso país, passo a passo, foi jogado em um lamaçal de erros e podridão. As sentenças proferidas, onde se apoiara, são dignas de nota. POR MEU SANGUE. Nosso pais está hoje submerso num mar de sangue, onde notamos uma completa desvalorização da vida. Pessoas se matam e morrem por absolutamente nada. Numa saída de uma festa, em um jogo de futebol, dentro de um ônibus, no trânsito. Basta uma frase mal posta e, de repente, surge a fúria, a agressão. Nem mesmo a sacracidade familiar escapou desta violência. POR MINHA HONRA. Onde está a honra deste país? A começar pelas nossas autoridades? Onde as pessoas trabalhadoras não conseguem um lugar para descansarem suas cabeças. Quando compram algum bem, à preço de suor, mal conseguem pagar os impostos do que adquiriu. Ligamos a televisão e vemos representante deste mesmo povo morando em um castelo! Os magnatas de colarinho branco tiram dinheiro de velhos e crianças e não vão presos. E quando são aprisionados, contratam um bom psicólogo, psiquiatra, neurologista, e providencia-se um laudo de insanidade mental. Pronto! Estão em seus castelos e com tudo que subtraíram. Há certas castas de políticos e poderosos que compram pessoas ou as pressionam para que se vendam por mil tijolos, um uniforme do time da vila, um piso, uma laje, até mesmo por uma cesta básica.
EU FAREI DO BRASIL UM PAIS LIVRE. Liberdade é uma grande utopia neste país. A cada dia que passa, descubro que somos escravos do analfabetismo, somos escravos da fome e do trabalho explorativo de menores, somos escravos da burocracia do sistema, somos escravos dos traficantes e ladrões, somos escravos de uma minoria que tem dinheiro e poder, somos escravos dos que detém o saber, somos escravos das pseudo-religiões que tentam nos vender um pedacinho do céu, somos escravos de hospitais e postos de saúde que, às vezes, nos tratam como subprodutos, como escória social, que nos consideram como estatística. O último, a quem D. Pedro pediu ajuda foi POR DEUS. Talvez a única frase que podemos ter esperança de D. Pedro, seja esta mesmo! Do jeito que as coisas andam, só mesmo por Deus. Fico preocupado quando vejo um maluco com sua espada desembainhada perto de algum rio montado em seu animal, mesmo que seja às margens do Ribeirão Santa Rita.
A igreja católica perde espaço, porque perdeu sua princiapal refinaria de mentes. A santa inquisição.
SOBRE ERIBERTO E SEU CÃOZINHO
Nesta semana santa, comovi-me diante de um catador de papel e morador de rua. Ele passa todos os dias em frente ao meu trabalho. Detalhe: sempre acompanhado de seu fiel e magérrimo cãozinho.
Eriberto, disse-me que não aceitou a oferta generosa de uma ONG que queria lhe dar um abrigo com dignidade. Razão de não ter aceito a generosidade: “ Eles me disseram que eu não poderia levar o Piloto para morar comigo”.
Vendo esta cumplicidade existencial entre o pequeno animal e seu dono entendi um pouco mais o poema do Drumond:
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas ainda tens um cão...
Interpretei a cena que vi como sendo mais uma lição de que nosso olhar não deve focar as nossas vias-sacras e sim as ressurreições constantes que a vida nos oferece. Noites que se transformam em manhãs, invernos que se tornam primaveras, lagartas que se metamorfoseiam em borboletas...Ou um cãozinho, com seu olhar de amigo, que nos comprova o valor da lealdade".
(Dedicado a Rita que sabe cuidar bem do seu cãozinho)
Tem mulher que se finge de santa, eu prefiro fingir que sou um demônio, se você sobreviver e aguentar o meu lado mau, eu te apresento meu lado bom!
