Sangue
"O Cultivo da Ilusão?..."
Eu sou aquele que enterra memórias, regando-as com sangue e falsas glórias. Meu jardim é feito de rostos sem nome, onde crescem promessas que o tempo consome.
Entre espinhos e risos cortantes, danço na terra de amores errantes. Podem chamar-me de farsa, de louco, mas sou eu quem decide o que resta, o que é pouco. As flores sussurram segredos banais, crescendo belas, mas sempre letais.
Pois quem as toca com fé ou desejo acaba perdido, sem cor, sem beijo.
E eu sigo, sem culpa, sem dor aparente, cultivando o vazio que nasce na gente.
SANGUE SECO
Um sussurro no morro ecoa,
O asfalto quente guarda histórias não contadas,
Nas vielas, o vento carrega o lamento,
Sangue seco — marcas não apagadas.
A favela respira sob o fogo cruzado,
Cada treta é um verso que o tempo não apaga,
Irmão contra irmão, o ódio herdado,
Enquanto a fome rasga a alma e a chaga.
A rua tem memória, o muro tá rachado,
Sombra da bala perdida, criança assustada,
O prato vazio é o grito calado,
E a justiça? Cega, surda, engravatada.
Sangue seco na terra, cicatriz do destino,
A quebrada chora, mas não abaixa o queixo,
A cor da pele é sentença, o futuro é pequeno,
Enquanto a sirene corta o vento, rasga o ninho.
A farda que deveria proteger é a mesma que invade,
Botina no pescoço, o joelho na garganta,
A mãe chora no beco, o corpo estendido no lote,
A viatura passa, a vida vira planta.
Cadê o herói? O mapa tá manchado de roxo,
A mídia pinta o morro como covil de bandido,
Mas ninguém vê o sonho do mlk no busão lotado,
Ou o pai que vende bala pra ter pão dividido.
O sol nasce no barraco, ilumina a resistência,
A arte é arma, o grafite na laje é poesia,
A quebrada dança no funk, quebra a sentença,
Enquanto o sangue seco clama por justiça todo dia.
O sistema é laço, a favela é o alvo,
Vidas viram números no jornal de domingo,
O jovem é caça, o futuro é algo,
Mas a revolta fermenta no copo de pinga.
A paz é utopia quando a guerra é concreta,
Mas a fé tece redes onde o Estado some,
Nas vielas, a glória brota na esquina aberta,
E o sangue seco grita: "Nossa voz não some!"
Sangue seco na terra, mas a luta não seca,
A favela é raiz, não tem medo de trator,
Cada passo no beco é uma semente na terra,
E o grito do morro ecoa: "Amanhã vai ser maior!"
(O vento leva o verso, a quebrada não esquece,
No sangue seco, a história insiste em doer.
Mas enquanto houver chão, o povo pé-no-chão reescreve
O amanhã com as mãos — pra quebrar o que vier.)
FANTI MC
O coração não sente
Ele se corrói.
As lágrimas desaparecem
Trocadas por sangue
Cortes fervem
Em uma doce agonia.
“O respirar nos enche os pulmões de ar e oxigena o sangue para que possamos persistir. Às vezes, é lento e cadenciado, em tom de meditação. Em outras, é eufórico e acelerado, no ritmo angustiante da ansiedade. Mas o último suspiro, esse sim, é o mais sôfrego e significativo de todos, pois denuncia o entregar da nossa morada física.”
Esperança e Otimismo compõem o sangue que corre nas minhas veias e artérias, abastecidos da mais pura, consistente e insistente fé raciocinada
Jesus,
prepara-me como Tua noiva.
Tira de mim todo orgulho,
lava-me no Teu sangue e enche-me do Teu Espírito.
Que minha lâmpada esteja acesa,
que meu coração Te espere em fidelidade.
Vem, Noivo amado…
Vem buscar a Tua Igreja. Amém.
"Foste morto, e com Teu sangue compraste…”
gritam os salvos, com glória e contraste.
De todo povo, tribo e nação,
Deus fez um povo, fez sacerdotes em adoração.
Se vires sangue nas minhas letras
Podes crer...
É porque estou a escrever com o coração
Eu vivo escrevendo
Ideias incontroláveis
Pela minha mente
Hoje eu só te vejo...
Apenas em fotografias
Lembrando do que falávamos
Ideias todo dia
As nossas promessas
Foram escritas A beira-mar
Até a onda mais pequenas
Foram suficiente pra apagar-lhes
Nunca mais irei escrever
Se não for pra tu leres
Nunca mais irei escrever
Se não for pra mexer com
Os seus sentimentos
Eu escrevo enquanto chove
Não é mera coincidência
É o céu chorando comigo
Entre o sangue que jorrava da minha alma e o fogo que ardia em meu espírito, vi meu próprio rosto na guerra interior.
O berço da existência
Não é a pedra que se ergue,
nem o sangue que flui no ser.
Há um sopro que emerge,
um antes que nos faz ver.
Se a matéria é um corpo sem alma,
um vaso sem o que há de conter,
quem desenha a linha da palma?
Que inteligência faz o ser?
Não é o acaso, a vã corrente,
nem o pó que se aglomera.
Há um desígnio, uma mente,
que a forma invisível gera.
Como o vento que move o moinho,
sem peso, sem mão, sem cor,
assim essa essência, esse caminho,
é a razão do nosso fulgor.
Ela tece o fio do invisível,
na urdidura que a vida teima.
Do Nada que se faz indizível,
nasce o cosmos, o corpo, o poema.
E em cada pulso, em cada fibra,
no menor inseto, no mais vasto céu,
ecoou a primeira vibra,
da Luz que antecede o véu.
Assim sou eu, reflexo e certeza,
dessa Consciência que me sustém.
Não sou a forma, mas a beleza
do que na essência me contém.
Danyyel Elan
sangue e lápis
asas da liberdade
entre linhas
algo que poucos
podem captar
perdi-me e me refiz
em refúgio abstrato,
disforme.
depois que te conheci,
ó Poesia,
ganhei forma no caos
que era meu rosto
torto.
meu eu-lírico
tornou-se
meu sangue,
meu respirar,
meu garfo.
dou corpo à dor,
a entalho—
para que ela
encontre o cinzel
e ali morra.
me dissolvo na escrita;
morro no papel
para renascer em cada linha.
se um dia eu calar,
morremos juntos:
verso e peito.
entre escrever e alívio,
escolhi sangrar.
quem escreve pra curar
continua doente.
Sangue se cobra e se paga com sangue. Amor, zelo, raiva, inveja, todos têm seus preços. Na vida, tudo que tem valor requer um pagamento, tudo precisa de seu sustento. No comércio da vida, o próprio caminho cobra seu preço. De uma forma ou de outra, ninguém sai devendo, mas alguns pagam preços altos e dolorosos. Por isso, sempre grata, Esú traz, e ele mesmo leva.
"A criatividade está no sangue de cada gente do Brasil,
População que tem que ser estudada, de um a mil"
Não deixarei herdeiros de sangue.
Deixarei herdeiros de ideias.
Filhos do pensamento e irmãos de recusa
Almas Gêmeas
A minha irmã querida,
Que amo além da vida,
Não de sangue,
Mas, se precisar te dou o meu,
Te amo mais que a vida,
Minha irmã querida,
Meus dias todos contigo,
São sempre mais floridos,
E até nos dias nublados ou frios,
Ou quando olhando para o lado,
Só o vento e calafrios,
Você sempre esteve lá,
Seja,
Para rir,
Seja,
Para me salvar..
Te amo amiga que hoje chamo de irmã,
Porque foi-se o tempo que esse tempo passou,
É eterno,
Tão eterno como sou, é e somos.
Às vezes, o sangue é menos forte que a fé alheia — e quem não finge crença se torna estranho dentro da própria família.
Pensamentos intrusivos me geram a energia necessária para materializar a minha arte de sangue em poesia e fazer valer a pena esses pequenos momentos da vida que estou vivendo. Pra mim é uma questão de inteligência e sagacidade viver esse extinto de sobrevivência da vida enquanto não vamos para o sono eterno. Essa existência é simplesmente a energia gerando mais energia para a lei do universo continuar sendo essa eterna harmonia e destruição onde os seres vivos mortais estão inseridos e se auto digladiando para se resumir tudo em teorias de vida pós morte ou a inexistência absoluta.
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