Saco
Eu posso engolir minha língua, posso morder meu indicador até sangrar, posso respirar dentro do saco de pão até sufocar, mas ela não vai morrer. Eu posso arremessá-la contra o chão gelado do banheiro, pisar alto e gritar forte, mas ela não vai desaparecer como a fumaça do banheiro. Sua marca de batom vai ficar registrada na minha xícara de zebra, seu sopro leve vai deixar meus talheres sobre a pia e seus passos pontuados vão amassar o que sobrou da festa. A sujeira continua lá. Bem no cantinho do lado bom da cama. Próxima ao interruptor e dentro do carro. A sujeira mora em mim e varre o que houver ao redor. Ela se sente à vontade no meu guarda-roupa e pesa a bolsa de mão. Já avançou para os novos cômodos e aos finais de semana habita a sala e a cozinha. Ontem achei um pedaço de azeitona dentro do lixo do carro. Ela sobreviveu mais de um mês e não cheirou mal. Eu prometi não tirá-la dali, mas ela desapareceu. Desapareceu naquilo que eu mesma criei como o ticket do estacionamento, o comprimido, a garrafinha d’água, o cartão do celular, a alça do sutiã, a trufa, o recibo, as chaves...
Quero aprender a tocar violão para encher o saco de quem me rodeia com músicas de boa qualidade principalmente as que eu mais gosto.
"Não saco de nada, estou por dentro de tudo. Algumas vezes cego, mudo e surdo. Tenho coragem e persuasão pra realizar meus sonhos minha imaginação."
Trecho da música: Diversidade.
O puxa e o saco se equivalem em muita coisa. Ambos são, principalmente, vazios de caráter, e por isso necessitam um do outro para se manterem em pé!
Burocracia é um saco, regras também, o mundo sem você do meu lado também, mas você não pode viver comigo por que pensa diferente e acha que o meu jeito de pensar é errado, errado é o seu por condenar quem é diferente de você *-*
PENEIRA SOPRADA
De pano de saco,
um bordado... Ponto cruz
no bastidor, ponto de marca!
Feitos perdido no tempo...
Um fim no convivo das matriarcas.
Uma casa beira chão,
no terreiro...
Galinha cheiro-verde pimenta
... Home, homem... Soque pilão!
Mas não sopre a peneira,
com a sua venta.
Antonio Montes
Eu prefiro ter uma pessoa em minha vida sendo um “saco”, porque posso costurá-lo, lavá-lo, tingi-lo e usá-lo para outras finalidades. Eu tenho que vigiar é o individuo “faca” que sempre está me ferindo com sua ponta e pode me apunhalar profundamente pelas minhas costas quando eu menos esperar.
BARQUEIRO E CARTA
Lá vai ele... O barqueiro,
com pedaço de rapadura
com seu barco, e seu saco,
e dentada com boca dura
Sacode seu remo ao vento
empurra n'água o remar
segue adentrando no rio
com vontade de chegar.
Em seu estreito espinhaço
sobre o leito deslizando
na pose de cabra macho
barqueiro distanciando.
Como lamina sobre as águas
segue encurtando a viagem
cada curva do rio, lagrima
da saudade em visagem.
O que tu leva barqueiro
com tanta urgência assim,
não, não é o mundo inteiro
não diga isso p'ra mim...
_ Levo carta com saudade
do pulsar de um coração
sonhos alem das margens
sopitando de paixão.
Levo vontade do amor
como se fosse um tom
nota com muito fervor
tilintando sonho bom.
Levo também uma sina
de amar longe dos olhos
uma vida que não rima
oceanos sem abrolhos.
Levo aqui um horizonte
sem alvorecer do dia
miragem alem dos montes
um sonho de fantasia.
Por outro lado o amor
levo com suas vendas
amar de longe é dor
ô bom Deus, me defenda.
Não deixe esse sofrer
parar no meu coração
não quero esse viver
amar longe, não e não!
Quero amor perto de mim
todo dia e toda hora
com diadema de cores
no céu da minha aurora.
Quero pássaros no quintal
em notas do meu coração
chilreando o carnaval
farfalhando o meu quinhão.
Anoitecer, quero sorriso
da noite toda enluarada
estrela d'alva eu preciso
iluminando minha estrada.
_ Barqueiro o que você quer
sinto muito, também quero
mas o querer e o vier...
Pertence ao mundo dos cleros.
Antonio Montes
DIVERGÊNCIA
Na cozinha...
Pulo... Gato
perco o sono
embarco amargo
e pago o pato...
Que saco!
O gato...
Quebrou os pratos
lavados
enxugados...
Espelhado com trapo.
E lá na poça d'água
... É com o sapo...
Que se faz de fraco,
de manhã sedo
em seu buraco...
Fazendo sebo.
Com sua gula... Pula,
pula sem segredo,
em salto alto
pelos escalpos
do velho asfalto.
Antonio Montes
As mulheres eram um pé no saco com força. Os caras eram babacas ao extremo. O amor uma ilusão vivida por aqueles que tinham sorte. Um escritor precisava se conservar, precisava de um bom vinho, precisava da solidão e de uma musa tão especial quanto ela. O resto eram coisas vazias, sem almas, um desperdício de tempo e de energia.
Tudo tem limites,diante disto: Nunca se deve testar os limites da paciência:Porque quando o saco enche é o jeito despachar.
O mais difícil foi saber quem ela era! Que saco essa não dá pra xingar pensei, mas me senti levando um golpe dos mais profundos pois naquele momento percebi que todas as minhas chances com você tinham acabado!
em meio as lagrimas nessa noite eu dormi...
Quando o dinheiro começar chegar ao bolso do pobre, pode saber que são as migalhas caindo do saco dos ricos...
"Você me enche o saco!"
Todos os dias ela estava ali!
Todos os dias ela perguntava se ele estava bem!
Todos os dias ela dizia que lhe amava!
Todos os dias ela esperava um gesto de carinho!
Todos os dias ela se arrumava esperando um elogio!
Todos os dias ela sonhava com o sorriso dele. Sim! Aquele sorriso que ele nunca dava quando estava perto dela!
Todos os dias ela esperava um abraço sem motivos!
"Hoje ele resolveu abraça-la e sentiu apenas um corpo gelado que nada tinha haver com o dela.
Hoje a mulher da vida dele se foi.
Como ele gostaria de poder dizer o quanto a amava, e poder se despedir.
Hoje ele percebeu que ELA NÃO ENCHIA O SACO, ELA AMAVA ELE!
A única certeza que temos na vida é que a qualquer momento podemos partir sem aviso prévio, então valorize quem está ao seu lado porque não sabemos quanto tempo ainda nos resta...
