Sabemos
É o paradigma de realidade da vida
A ilusão de achar que sabemos das coisas porque ouvimos sobre, ou lemos, vimos algo
Motivos que temos que nem ao menos degustamos, não comprovamos, não provamos a nós, nosso sabor
Motivos que compramos dos outros que pegaram de outros que vieram de mais outros
Deturpando a verdade enquanto o que temos
É só a visão da superfície
Pra mergulhar no profundo e não no raso julgo
Temos que passar a rebentação
"Algumas vezes, falamos para nós mesmos que não sabemos o significado da palavra amor e pricipalmente carinho, mas podemos senti-lo.
Algumas vezes, brincamos, sorrimos, pulamos de alegria...
Algumas vezes, aparecem pessoas q nos fazem sentir tudo isso....
Algumas vezes, essa pessoa entra em nosso coração, simplesmente nao sai...
E uma dessas pessoas é vc, mais nao por algumas vezes e sim para sempre... TE AMO! "
Nem sempre a vida é uma via em linha reta, se deparamos em momentos em que não sabemos o que pensar nem fazer. Se depare com a vida, e escolha, continuar na escuridão misteriosa, ou se estagnar na superfície dela.
Faria de tudo
Especialmente voltar
Literalmente ao passado
Impossível, sabemos que é
Zerar a dor.
As pessoas pensam que
Não temos
O direito nem o dever.
Na realidade
O que temos mesmo
Vale nada além da
Obrigação de continuar a viver
Não sabemos mais viver os desafios, vivemos desesperados para viver a vitória. Mas sem desafios, o que há de vencer?
E será que isso é viver?
Sabemos que nos distanciamos de nossa alegria quando lamentar as coisas que perdemos ocupa mais espaço na alma do que a gratidão por tudo que nos proporcionaram.
"Não sabemos de nada e temos a ilusão de que tudo sabemos...
Muitas vezes nossa chegada pode ser também nossa despedida...
O mundo dá voltas... sempre em linhas tortas...
às vezes não há eco no 'obrigado'...
Mas uma coisa realmente é certa... como diz o poeta Fabiano": "Caminhos divergem, mas também seguem lado a lado..."
Sabemos tão pouco do amanhã...
Quase nada do presente...
E mais do que gostaríamos do passado...
Liberte-se!!!
A vida a roda o tempo estão estabilizados sincronizados num só elo, se sabemos onde procurar exatamente onde procurar vomos entrar o caminho da vida.
Sabemos que tudo é um empréstimo, o tempo o lugar o corpo tudo é parte do empréstimo, até voltar para casa que não conhecemos.
O desastre é triste incomoda a ponto de derramar lágrimas do olhos, não sabemos como evitar a tragédia o ser humano não é um ser especial.
'FIM[2]'
Tenta agasalhar-se sob um leito, mas um sono desesperado tenta alcançá-la. Sabemos que não haverá alvorecer. Apenas mares, sem ilhas para aportar. O coração segue latejando o fim de uma difícil jornada. A ausência do ar já lhe é suportável! Tinha sorriso de criança, olhar jovial e esbanjava energia nos braços. Mas carregava um pavor desde sempre: a de insetos! Porém, pouco tempo atrás, percebeu que eles são inofensivos. Há algo mais desesperador que eles!
Que acontecerá com seu nicho de insetos a partir de então? Outros terão pavor como ela? Ou aprenderão cultivá-los? Fora difícil disseminar que havia curado seu medo, que outras pessoas também poderiam ser curadas, seja lá qualquer doença fosse. Que bastaria aceitar o fim como um jogo que nunca se ganha, ou aprender a perder de uma forma diferente, de um modo aceitável.
Suas ilhas foram difíceis desbravá-las, mas tentou percorre-las uma a uma. Hoje é a última! Uma ilha díspar. Nada comparada àquelas paradisíacas que pensara alcançar um dia, com alguns pés de coqueiros e sombras. Perdera o medo dos relógios marcando as horas. Não tem mais tempo guardado nos bolsos para serem gastos no futuro. Sua matéria é agora tudo aquilo que conseguira plantar, com sua simplicidade e bondade. Ela se foi como o tempo, inesperado, levara seus medos e desesperos. Conseguira ter um estilingue, algumas pedras nas mangas e todo as ilhas possíveis que pôde...
- No fundo, ainda sinto que ela tinha medo de insetos...
"Viva a vida da melhor forma possível, pois tudo tem um fim; não obstante, só não sabemos como será esse fim".
Anderson Silva
A história da nossa vida
Poderia ter sido contada
A partir de simples olhares
Coisa que sabemos decifrar
Desde cedo
Colares de mau olhado
Olhos que causam medo.
Passagens bonitas
Belas, muito belas
Todas elas tiveram seu tempo
Num passado que ficou
À deriva de olhares
Passagens fraternas
Olhadelas furtivas
Olhos aos pares
Esquivas
O brilho que se apagou
Num olhar do passado
E que nos olha de outro jeito
Entre todos
Somente um olhar
Jamais se apagaria
O brilho do amor eterno
Pois amores eternos
São olhos tristes
Olhando pro par de olhos
De quem insiste em não os ver
E vão brilhar mais além
Das estrelas no firmamento
Eterno pranto
Sem retorno e sem apelo
Porquanto seria preciso
Olhar em nossos olhos
Para vê-lo.
Edson Ricardo Paiva.
Dimensões.
Nós sabemos a vida
Não sabendo-lhe a forma adequada
Isto dito ao vento
No momento, existo!
Posto isso, pouco a sei, além de nada
Morte, as tive algumas
Enquanto a vida se amontoa ao vento
Por acaso, à esmo, à toa
Lacuna entre duas ausências
A vida é uma duna
Uma efêmera presença
Que passa despercebida
Até por alguns dos presentes
Uma página já lida
E também já virada
A morte mais estranha
Que se pode ver vivida
Passou tão depressa
Quem a leu, na sanha de virá-la
nem se lembra de nada
Passou dessa para a estante
Num canto esquecido da sala
Na casa da eternidade
Se confessa arrependida
Pelas coisas que não fez
Se percorre uma vez
Removendo o pó estrada
Pó de existências
Passageiras como nós
Fugazes e sós
Instáveis, incríveis
Existências perecíveis
Voou como instante
O pião na fieira
A fogueira, a esperança
O choro do filho, a vaidade
A verdade, a meia verdade
O barulho do cristal quebrando
O orgulho ferido, a ira propensa
A pequena diferença
Entre o sempre
e o de vez em quando
A esperança perdida
A mesa posta
Pra quem gosta de comida em fogo brando
Morte, as tive muitas
Madrugada, olhar perdido
Coisas tão distantes
Vivendo apenas uma vida
Não dá tempo de estar juntas
Se o poeta não juntá-la em versos
Nalgum canto empoeirado
Lá na sala do infinito
Assim, ao menos por um mero instante
Se ficaria bonito, nunca saberemos
Porque tudo tem três lados
Um peão num barbante.
Viveu para o mundo
Algo assemelhado
em ao menos uma das dimensões
Morreu para a vida
Por breve descuido.
Edson Ricardo Paiva
Tenho a nítida impressão
de que não sabemos, absolutamente
Para onde estamos indo
E rumamos perdidos
Feito barco à deriva
Um dia depois do outro
E outro, e outro...
A Lua se põe no horizonte
Enquanto o Sol se esquiva,
discretamente.
E a gente aqui vai vivendo
Ou vendo a vida passar
Talvez exista alguma diferença
Pouca gente pensa nisso
Temos um compromisso
Muitas vezes mais importante
Em cumprir o expediente
Os filhos crescem
A gente chega lá
No Espaço Sideral
A escola termina
São tantas grandes conquistas
Que eu chego a perder de vista
Algumas coisas muito mais distantes
Nesta comprida Estrada
Como aqueles longínquos laços
Que muitas vezes selávamos
No momento
Em que simplesmente
Nós todos nos cumprimentávamos
Com um arcaico sorriso no rosto
um prosaico abraço
e mais nada
