Rumo
Neste país
tornei-me peregrino;
Aqui não paro,
estou de partida.
Vou indo rumo à terra prometida;
Terei descanso
chegando ao destino.
Das vontades...
Já quis rasgar o mar com braçadas rumo ao horizonte e nunca mais ter que vestir roupas.
E pensei, erroneamente, que essa vontade havia passado...
Taciana Valença
Conduzindo-me rumo a natureza, me vejo voejando pela superfície do Éden. Ao passo em que volto largo-me do meu eu, e enxergo com clareza sobre a face de Adão a minha face. Talvez nós tenhamos comido do mesmo fruto, em que não careceríamos.
DESEJOS
Na minha mente vivo navegando
Sem rumo, sem estrada e sem parada.
Pensando apenas no destino que é seu coração.
Vivo a te procura e te imagina, passei até a delirar e imagina nós dois... Esse caminho é cheio de perigos e espinhos mas tenho foco no seu amor!
Oh meu bem, quero esta só ao teu lado, e quando for de amanhã eu estarei ao teu lado.
E quando envelhecer estaremos só nós dois,
Nossa casinha e mil histórias a contar.
Só espero que quando eu acordar, tudo isso se torne real.
O que me dói é não ter o amor correspondido... Vivo em delírios.
Com esse pequeno amor fragmentado e não correspondido♡.
Permaneça sempre na perseverança no fruto do espirito em intensidade rumo a constância infindável.
GL:5,22-23
E apenas um sorriso pode salvar seu dia,um abraço pode mudar seu rumo,uma palavra amiga pode confortar sua alma, não se deixe levar por nada negativo ,seja luz e positividade, faça além de você alguém feliz, estamos aqui vivendo batalhas, são necessários os momentos felizes para dar energia para lutar, e não desperdice, aproveite cada um deles e mude o mundo a seu redor. Só você é capaz de construir essa estrada e seguir para sua vitória
ANDARILHO
Sou um ser humano
Como outro qualquer,
Vago pelo mundo sem
Rumo nem direção,
Ando em retas
E círculos também.
Passo por estradas empoeiradas
E no asfalto porque me convém,
Conheci os campos
Aves e animais como ninguém.
Uma enorme quantidade
De pássaros transformando
Seus cantos em melodias.
Nas cidades muitos carros
Barulhentos e fumaça no ar,
Árvores enormes por acaso
Desprovidas de ramos e folhas.
Pessoas, muitas pessoas!
Num vai e vem louco, frenético
Alucinante, parece sem rumo
Sinto-me às vezes no meio deles.
Ando maltrapilho por todos os lados
Beber é um pouco mais fácil,
Para comer se na lata de lixo encontrar,
Não é sempre que alguém de bom coração,
Com um prato de comida para minha fome matar.
Por outras vezes só levo desaforo,
Meu nome é mudado e
De vagabundo sou chamado.
Em dias de Sol
Caminho enquanto posso
Nos campos, nas sombras
Das árvores descanso
Na cidade em qualquer canto
Nos dias de chuva
Tenho água para o banho
Muito difícil um córrego encontrar
E lagoas, nem pensar
Impossível um chuveiro
Para eu me lavar.
Deste jeito caminho molambento
Com roupas sujas e rasgadas.
Mãos e pés encardidos
Cabelos sem cortar
Unhas sem lavar
E dentes sem escovar!
Não tenho calo do trabalho
Os meus são os do sofrimento
Carrego as amarguras do passado
Que hoje geram sofrimento
Não vejo um futuro brilhante
Carrego no peito muita tristeza
Poderia ter tido mais sorte na vida
Mas minha ferida não cicatrizou
Machucada pelo tempo
Que ainda não curou.
Não sei se devo reclamar para alguém
Sou do mundo e filho de ninguém
Um pobre sem esperança
Hoje minha revolta está nestas linhas
Não tenho certeza se critico os governantes
Se contra o governo esbravejo,
Se jogo a culpa aos ricos
Ou porque sou fruto
De uma sociedade perdida
Sinto-me um rato de esgoto
Fedorento e por este mundo perdido
Sem família, amor e muito humilhado,
Até com bandido já fui confundido
Não tenho forças para lutar
Meus sonhos o tempo matou
Meus olhos sem brilho,
Minha vida destruída,
Cair e levantar já não são possíveis,
Hoje sinto minha vida perdida.
Você passa e encontra muitas flores na sua jornada rumo ao seu objetivo final. Mas existem aquelas que se destacam por sua beleza indescritível e são essas que tem os seus espinhos mais afiados.
Ricardo Baeta.
Não sei se um dia verei.
Os humanos lutando contra fome
e o descaso. Mudando o rumo da
desigualdade social e batalhando
individualmente para vencer
a própria corrupção.
O tempo corre sem rumo ou direção
Anda sempre às pressas, ora tropeça
Ora voa como a penagem sobre as árvores
Passado era como criança desleixada
É jovem como as garotas vaidosas
Sabia como a velhice que a todos pega neste presente
Onde se espera um futuro melhor
Tempo que tropeça e espanta
Eu a vi e já não mais o vi parada
Congelada no tempo da era...
Que a jornada rumo à
felicidade, nos traga
conhecimento, boas histórias e
muita força... Para não
desistirmos dos nossos sonhos.
Abrir portas, quebrar correntes,
gostar dos cabelos, mostrar os dentes,
caminhar sem rumo, cheirar a flor.
Tudo isso é possível,
mensurável e atingível,
se antes do passo, for amor.
Aponte outro rumo para justificar sua letargia!... não seja outra desculpa da sua infelicidade oriunda da escolha imposta pelo supérfluo!
O andarilho e o nojo:
Muito me incomoda o andarilho,
alguém caminhando fora do trilho, sem rumo, crenças mundanas e descompromissado...
Um ser quase inanimado, transcendente, desinteressado, bi-dimensional...
Animal sem presas sujo e fétido, vestido de carne putrificada.
Esse ser errante é agressão viva, às concepções das minhas moralidades esdrúxulas!!!
Combatido e não vencido, é como um Deus encarnado que escarra, mija e caga na cara do mundo, sobre a face da alma desesperada e disfarçada!
É uma presença tão incômoda que parece dizer: Será que você não vê a verdade à sua frente, idiota?
O andarilho, esse ser errante quase ilusório e transitório existe pra me incomodar, toda a santa vez que os meus caminhos se cruzarem com os dele; derramando sobre mim o meu próprio nojo.
Sabe aquela pessoa que te faz enxergar
Que é aquele rumo da vida que você quer levar?
Aquela pessoa que te faz esquecer
Que a aquela dor não irá mais doer
Que você não sente mais a solidão
Quando ela te pega e toca na sua mão
Você não vê a hora dela chegar
E ao seu lado estar
Essa pessoa é VOCÊ [...]
E farei de tudo para não te perder
Viva como uma folha que da árvore caí... sem rumo, nem destino, somente o doce flutuar do aqui e agora....
O MUNDO
Navego dentro de mim
o rumo que o mundo esqueceu
procuro o dono de tudo
e esqueço, que o mundo, sou eu.
Esse mundo se foi com as flores...
Floresta, norte sul, leste oeste
adeus frutos, adeus amores
tudo hoje, tornou-se agreste.
Com toda água poluída
até mesmo nos lençóis...
O chão, sem verde, sem vida
o ar, não é mais para nós.
Os rios estão soterrados
pelos arados do chão
os peixes, todos finados
não sustentam mais coração.
Cadê os machados que um dia!
Propagaram esse meu fim
hoje jaz! Estão finados
nem esperaram por mim!
Mas eu vou, um dia vou...
Como todos que estão indo
nesse dia de muito horror
vou com tudo aluindo.
Antonio Montes