Ruínas
"Coração em Ruínas"
Te esperei na janela da minha agonia,
com os olhos molhados, sem despedida.
Te chamei nos silêncios da noite vazia,
mas tua ausência falava mais que a vida.
Fiz de cada lembrança um abrigo incerto,
construí castelos no chão do talvez.
Tua distância era um grito tão perto,
que doía mais do que a tua vez.
Amar-te foi sede que nunca termina,
um vinho amargo servido em paz.
Meu jardim ficou sem flores, minha casa em ruínas,
e mesmo caído… eu te quis mais.
Agora sou verso que o tempo apagou,
sou a rima perdida, sou só saudade.
Teu nome ficou onde o meu se calou —
no escuro final da felicidade.
O CANTO DAS RUÍNAS
Caminho entre escombros,
não de pedras, mas de ideias
que o tempo julgou inúteis,
mas que em mim ainda acendem velas.
Ouço o eco do silêncio
das vozes que não quiseram calar,
perseguidas, vencidas, vencendo
na memória de quem ousa pensar.
Vejo no cinza dos muros
as cores que negaram pintar.
Tantos tentaram impor moldes,
mas o pensamento há de escapar.
Não há grilhão que contenha
a febre de um verso solto.
A mente livre é tempestade
que não se embala no mesmo porto.
Se tudo o que nos resta é o caos,
se viver é administrar abismos,
que ao menos o verbo seja nosso,
mesmo entre os ruídos dos cinismos.
Pois há beleza em ser falho,
em não saber, em não caber.
A arte não é conforto:
é um espinho doce de se ter.
Entre ruínas e sussurros, caminho sem direção,
Carrego cicatrizes onde um dia houve canção.
As árvores, como sombras, sussurram meu passado,
E a névoa, espessa, engole tudo que foi sagrado.
Mas há algo que pulsa — fraco, mas verdadeiro,
Como se o chão gritasse: “a dor também é um viveiro.”
Não sei quem sou, nem pra onde vou caminhar,
Mas se houver flor aqui, quero ser o primeiro a regar.
Ecos do Nada
Prometeram sentido — tarde demais.
O altar já estava em ruínas,
e a fé, como um fantasma que jaz,
sorria com suas mentiras finas.
Ergui minha alma como quem cospe sangue
em direção ao céu rachado.
Mas só ouvi o eco que nunca responde
e o silêncio, de novo, ensurdecido e alado.
A moral — um teatro de bonecos partidos,
pendurados em cordas de culpa e dor.
Choram por virtudes que nunca existiram,
rezam por um bem que fede a horror.
O tempo é uma piada repetida
contada por cadáveres em festa.
E a verdade? Uma prostituta envelhecida,
sábia demais para ainda ser honesta.
Nada é profundo. Tudo é abismo raso.
E quem ousa olhar… afunda.
Pois pensar é morder o próprio atraso,
e viver, uma doença sem cura, vagabunda.
O amor faz dessas coisas com a gente:
Hoje, castelos de sonhos...
Amanhã, ruínas...
☆Haredita Angel
19.04.22
O mundo não vive de ilusões. As pessoas é que se deixam iludir, projetando, nas respectivas realidades, edificações fantasiosas, fadadas, desde já, às ruínas da desilusão.
EM CADA RUÍNA
Em cada ruína já tecida
Um garotinho sem um trocado fizera parecer
Que costumava andar sem rumo e descalço
Para da terra se sentir vivo. Dela crescer
Foram vários espinhos Que o furaram
E vários cortes que sangrou
Dos solos ruins e os bem cuidados
Que aquele menino já pisou
Não se cansa nem descansa
De trilhar este rio de eixos
Mesmo sabendo que irá se ferir
No mar das incertezas de enfermos
E quando não menos, em cada sã relance de ruínas
Que vaga, sonda e prevalece
O garoto descalço que não conhece
Abraça o mundo que o entristece
Volta e meia o tempo que enfraquece
A força de ventos fortes que devastam
As dores não são ilusões que aqui padecem
Deste rio de descompassos.
Feito um psicólogo, um livro fechado.
A barca do Porto, ou o ubar que vem e vai
Vivo este momento de menino, um desdém
Um fim de outono que não me satisfaz.
Quando chegar o momento de fazer a última pergunta, o que virá depois colocará em dúvida todas as respostas que teve durante a vida toda.
Antes que termine o dia
Não reconhecerão o quão denso era a treva que pairava em mim.
É uma noite sem fim, apática à qualquer luminosidade.
Sou como o limbo a girar freneticamente numa bússola sem norte,
a carência de sentido encarnada em solidão.
Não me perguntem: "tudo bem?" Direi que sim.
E fingiremos todos acreditar um no outro.
Não diga que Deus há de me valer, ele não virá...
A minha solidão é um ermo habitado por pessoas alheias
que observam passivamente os vitrais foscos de um templo em ruínas.
Eu sou o templo em ruínas.
E tenho a carne lacerada pelos cacos dos vitrais.
Me apaxonei por voce...
depois que desistiu de me conquistar
quando você não queria mais ficar
afinal de contas foram meses a contar
Eu precisava de um tempo
para ter confiança e voltar a amar
mas não simplesmente amar...
sem ser amada
esse era meu medo de ficar apaixonada
Eu queria me esconder
para não mais sofrer tanta desilusão
neste mundo sombrio de escuridão
Mas com o passar do tempo
vi que você era diferente
no meio de toda essa gente
e eu uma mulher com coração inocente
E você chegou como uma luz
acendeu meu coração
me mostrou o verdadeiro amor
e em meu peito você instalou-se
e em minh'alma impregnou-se
E fez das minhas ruínas um palácio
da minhas noites um farol
que mantêm sempre a chama acesa deste amor tão lindo
até o raiar do sol neste ciclo infinito
Eu te amo!
Como você pode estar sorrindo quando tudo esta se acabando pessoas se matando por um coração quebrado você esta sendo enganado,roubado esta tudo vermelho,vermelho para o câncer suicídio,pobreza e você não pode sair desse lugar eles tem todo o poder sobre ti por que você faz exatamente oque eles querem...posso lhe afirmar que estou em ruínas por me importar com isso
Não devemos abrir mão desonhos e desistir de projetos por uma única pessoa que entrou e depois saiu de nossas vidas. Devemos sim é abrir as janelas e as cortinas, estender a cama, nos colocarmos de pé, ajeitar o cabelo, o coração, a alma, e a vida, e se dar uma nova chance, tentar de novo. Desapegar do passado, ajeitar a sua casa interior, ler um bom livro, buscar á Deus em oração. Dar o primeiro passo, e se dar muito amor e valor também. Mesmo em ruínas a vida continua e você esta vivo. Cabe á você mudar a paisagem.
Voltarei...
Esboço, palidamente embora,
meu olhar sobre o dia de amanhã.
Medos, receios... temores
Segredos jamais revelados.
Guerra
Falta de paz pra todo lado.
Vamos embora?
Chega de extermínios.
Estou cansada de destroços.
Quero que pare toda e qualquer destruição
É na significação integral da palavra
um crime.
Em condições subumanas segue a humanidade...
Em total falta de empatia
em extinção estaremos um dia.
Quando meu corpo virar pó,
depois do adeus e despedidas
estou tão certa que voltarei...
Do reino dos mortos regressarei – com uma única intenção:
desatar os nós... colocar as coisas no lugar.
Fazer deste mundo um bom lugar pra morar.
LÁPIDE
Estou com crateras no coração
E aqui já sinto as implosões
Meus habitantes estão em ruínas
Buscaram tanto pepitas e minas
Que hoje têm o seu campo minado
Aqui não é lugar pra refugiados
Invoco ao que há de mais profundo
Ao que aqui jaz se chamou mundo.
Um Pequeno prédio é demolido para que um grande arranha-céu seja construído, quando sua vida parecer estar em ruínas permita que Deus entre e faça a obra acontecer.
Na manipulação do hábito recorrente, encontro no cansaço o declínio que apressa a queda das máscaras que a hipocrisias performa
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