Ruas
Queria…
… mergulhar nas ruas do esquecimento
apagando memórias que doem,
com meu pincel descolorir momentos
desta alma em sofrimento
queria não recordar
porque de tanto o fazer, mesmo que involuntariamente,
foge-me a vontade de voltar a acreditar
Refugio-me no fumo de um cigarro, entre quatro paredes, com ele me intoxico
Queria…
como eu queria…
que uma pequena estrela em minha mão caísse
uma centelha de brilho me desse neste olhar mortiço,
nesta vida que ainda me falta viver.
Nada dizendo, tudo digo,
Não desejo que me entendam, só que me deixem comigo.
(dedicado ao meu irmão que faleceu no dia 12 de março de 2012)
Pessoas andando pelas ruas, com a alma vazia, com o coração colado por um pequeno fio de linha preta.
Sem saber por onde vão, ou aonde irão chegar, rezando para isso tudo acabar.
Sozinhas porém acompanhadas;
O vento bate como um lento sino de igreja, trazendo todas as lembranças de volta.
Lembranças de tormenta, lembranças sangrentas, cujo as quais desejam esquecer.
Para onde vão? A que horas chegarão?
Ninguém sabe, eles apenas buscam um lugar para se refugiar.
FUGAZCIDADE
O tempo parece escasso
Há tanta coisa a fazer
Andando nas ruas do espaço
Não tenho mais vida a perder
E naquela noite escura um labirinto de ruas escuras espalhava-se a minha frente, e a morte esperava-me em cada esquina...
PEDRAS
Ao caminhar pelas ruas, instintivamente, chutas as pedras que te sobrepõe ao caminho.
Fazes isso automaticamente, pois temes serem essas pedras, empecilhos a lhe tolherem as oportunidades da vida.
Homem descrente que és, mal percebes que aquelas pedras nenhuma ação conflitante exercem em tua vida.
Aprende a ver nas tuas próprias atitudes, os entraves reais ao teu crescimento e evolução, tanto espiritual como material.
Aprende a decifrar as charadas que colocas em teus caminhos.
Aprende a compreender que as ervas daninhas e as pedras que nele aparecem, foram semeadas por ti mesmo.
Como? perguntar-te-ás. Mas quando a tua consciência repousar à noite, encontrarás as respostas para todos estes questionamentos.
Vive tua vida, paulatinamente.
Compreende que não se pode dar dois passos ao mesmo tempo.
Tudo tem seu tempo certo.
Não há nada que possamos fazer, senão acreditar cegamente na Inteligência Divina que rege nossas vidas.
Aprende a aceitar que há uma força maior que a tua, que tudo rege com perfeita justiça e sabedoria.
Portanto, aprende agora a tirar as pedras que já colocaste em teus caminhos. E cuida, para que outras não venham depois destas.
Abre teu ser ao Criador!
Vai em busca da tua paz.
Fragmentos 22/04/2012
Eu tive esperando por você o tempo todo
E pelas ruas da cidade, que eu sempre caminhava
Eu via seu reflexo entre as paredes e os muros pixados
Eu não sei, talvez eu esteja ficando louco
Mas eu vejo você em tudo e em todo mundo...
Dia após dia, dormir? Isso seria uma brincadeira pra mim
Eu me vejo a ponto de chorar só de pensar em sua face triste
Mudando de forma e de lugares, algo distante, mas, não de pensar
E nesses contos que vão longe, eu fecho meus olhos e reflito
"-Ela não é apenas uma miragem, ela realmente está aqui e
eu sinto seu calor."
Eu estive a esperando o tempo todo
O que eu digo, as vezes, pode representar uma loucura
Mas, eu realmente ouvia sua voz nas doces canções de flash-back
Eu a estive espiando, não sei se você percebeu
Mas eu estava caminhando com você, junto a sua sombra.
Vago pelas ruas em minha solitária ronda e vejo os semblantes tristes das pessoas, qual dor as aflinge? Será o amor perdido ou talvez perdas materiais,não sei porém a minha sina conheço, andar por aí sem nunca encontrar, minha luz,meu refúgio,meu lugar,
alguém que traga uma razão para existir...
Minha alma busca incessantemente um amor,uma saída
pois possuo a solidão como companheira de meu aflito coração.....
O Outro Bicho
Sem destino certo, caminhava pelas ruas como um cão farejando alimento. Eu estava faminto.
Se batia à porta das pessoas, a hostilidade das donas e seus maridos causava-me medo. Minha presença provocava-lhes repugnância.
Sequer podia transitar nas calçadas frente a restaurantes sem ser vigiado ou humilhado por seguranças. Mendigos prejudicam a reputação do comércio, diziam.
Minha esperança era revirar o lixo nas lixeiras de restaurantes e, quando encontrava algo comestível, lançava-o goela abaixo sem me importar com o cheiro e o gosto desagradável.
Aquela manhã tornei-me objeto de curiosidade de um garoto, provavelmente em seus seis anos de idade. Enquanto investigava o lixo de um restaurante ao lado da escola, pelo pátio, um menino olhava-me fixamente. Estava atônito pelo espanto de perceber um homem sujo e tão magro se misturando ao lixo e dele comendo voraz.
O garoto não dizia palavra alguma. Apenas encarava-me com seus olhos insistentes que, por um momento pareceu-me gritar: “não coma isso. É lixo!” Senti-me envergonhado.
O sinal da escola tocou anunciando o término do recreio.
Lacrimaram meus olhos em ver aquele menino, meu Deus, livre de qualquer preconceito, na inocência de sua vida, com as mãozinhas trêmulas me oferecer da sua lancheira para comer.
Mendigo não é lixo. Há um Cristo em cada um deles que se veem nas ruas da cidade e corre sangue nas artérias da luz e nas roupas da caridade. Seja mais solidário.
O falso mundo moderno, onde os primitivos estão nas ruas, e os adeptos ao modernismo estão de baixo de um teto.
- Um Mundo Melhor
Andando nas ruas de qualquer cidade, vemos inúmeras coisas que muita das vezes, passamos despercebidos, ou fingimos que foi despercebido. Passamos por milhares de pessoas que não conhecemos, e cada uma delas, carrega com sí algum tipo de problema, e não damos nenhuma demonstração de carinho para nosso proximo,para mostrar que, para existir um mundo melhor, só depende de nos mesmo, seja demonstrar com apenas um abraço, ou ate mesmo, um simples bom dia.
O nosso dia a dia é tão corrido que, não observamos o que se passa ao nosso redor, não nos deparamos com um imenso desamor que ocorre nesse mundo, e quando muitas pessoas observam esse dasamor, pensam em se mudar, pensa que todas as pessoas a invejam, mas não penssam que para tornar um mundo melhor, temos que começar deonde moramos.
Andei pelas ruas mais escuras, pelas avenidas menos movimentadas. Atravessei obstáculos, bati, apanhei, sofri, chorei, sorri. Senti os medos mais profundos, e enfreitei-os. Congelei no frio, fui torturada pelo calor. Machuquei meus pés, cansados de tanto andar. Carreguei minha cruz como nenhuma outra pessoa pode carregar.
A vida não me engana mais, não mais. Desistir não é meu forte, prefiro arriscar a minha sorte.
Quando chove e a chuva transforma em lama a poeira das ruas, o cheiro da terra molhada me traz a impressão de que estou revisitando lugares onde já estive em outros tempos e em outras ocasiões. A chuva que borrifa o chão e que tem o poder de revelar as lembranças de ontem me provoca uma sensação real de que eu já vivi dias melhores.
E por assim amar tanto a chuva que, quando chega, chega como um presente, nestes dias de sequidão e fumaça me recinto do som da garoa batendo no telhado e embaçando a vidraça da janela por onde eu vejo e espero esse tempo seco passar. Quando chover de novo eu quero estar desvestido a caráter e me envolver neste espetáculo como um personagem atuante da cena e não como mero espectador.
É tempo de estiagem no cerrado. É tempo de fogo, frio e calor ao mesmo tempo no planalto central. É tempo de nariz sangrando, de ar rarefeito, de casa empoeirada, de tosse, pigarro e de garganta seca ao Deus dará. É tempo de fuligens de queimada flutuando na brisa fraca como se fossem bruxinhas negras a pousar quase que propositalmente nas poucas superfícies brancas que ainda temos para olhar.
Chove chuva! Chove sem parar. Chove e lava a minha alma repleta de tanta vontade de ver este céu desabando. Caia como gotas prata e faça brilhar a pouca folhagem que ainda vigora. Chove, porque de tanta secura o cerrado padece e por sua falta chora.
Sendo assim, só me resta esperar que em breve o céu se feche, escureça e a chuva se derrame em minhas mãos como uma bênção. Quero provar o sabor das nuvens novamente. Desde agora já estou pronto para ser engolido por qualquer temporal que venha sem aviso. Se a vida é como uma chuva que cai intensamente e logo passa, viver é quando a gente se lança no meio da tempestade e se deixa molhar sem medo.
"RUAS DESERTAS"
Pobre mulher de todas as esquinas que andas a vender? o aspecto do teu amor?
Ninguem o quer. cheira o esqueleto e o suor.
Pobre mulher de todas as ruas que andas a vende? carne de calafrio?
Ninguem a quer. cheira o poço frio.
Pobre mulher de todas as garras que andas a vender? A tua solidão?
Ninguem a quer. trazemos-la no coração.
Pobre mulher de todas as esquinas ja sem carne nova como as outras meninas. . .
Ninguem te quer! cheiras a terra. cheiras o siencio. cheiras a cova.
"Quero tanto esbarrar com você em alguma esquina qualquer das milhares de ruas dessa cidade, te contar o que se passa e como as coisas podem ser. Mas me calo, enquanto o coração manda dizer que eu te amo. Seguro meu coração desesperado, dobro, guardo no bolso, e tento agir com a pouca sanidade que ainda me resta."
Quanto vale uma vida?
Muitos dizem que a vida é o bem maior, mas não é o que vemos nas ruas abandonadas...
Então quanto vale um vida?
Chuva é a água que o Senhor manda para limpar as ruas de sangue derramado dos inocentes, são águas para limpar nossas almas e dar bençãos. Chuva limpa, chuva purifica.
Pela manhã, me vês caminhar pelas ruas, alegre e desajeitado. Pela noite, não me encontras, pois estou escondido dos olhares que me buscam.
Poeta das ruas
soldado do asfalto
seguindo em busca do meu objetivo deixando meu legado...
Porque no dia em que o poeta morrer, suas palavras em meus versos serão eternizados!!!!
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