Rondo Poesia de Cora Coralina

Cerca de 100491 frases e pensamentos: Rondo Poesia de Cora Coralina

TRETA

São eles, são eles...
Os mandões lá de cima
a velejar em mares de lama
causarem danos e danos...
Desfolharem nosso tesouro
para depois debruçar os frutos
em outros oceanos.

São eles, a provocar o chorar da misera,
rios de lagrimas em nossas vidas
causadores do aborto da esperança,
são eles a causarem, apologia do poder,
lagrimas e desespero da fome,
desconcerto harmônico da família
a falta de esperança no coração do homem.

São eles... O disparate do poder
descarte da dignidade
funeral da integridade e da ética,
são eles, são eles..
São eles os mandões do nosso pais.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

REVERDECER

Passaram-se todas as estações,
e com elas...
As cores da minha pandorga
a balançar sobre os fios do tempo
pendurados em sentimentos eletrificados.

Só a primavera restou...
Toda notável, cheia de flor,
andam dizendo,
que a primavera reflete amor!
É pode ser... Jardins se enche de verde
galhos se renovam, e a felicidade...
Brota sobre os rostos do futuro.

Os sorrisos florescem diante do renascer
e se expandem pela avenida da vida
e o cheiro do nascimento, permeia o ar
... Tudo é novo...
Novo também, é a vontade de mar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

VACANTE


Aquela caneta seca
jogada ao lixo sem valor
toda tinta d'ela se foi...
Rascunhando o nosso amor.

Hoje sem tinta, não escreve...
Romance poesia, não pinta
a felicidade, não torna visível...
O carinho camuflado em sonhos
nem esboça, lindas frases
d'aquele jardim medonho.

Aquela caneta seca,
jogada ao lixo sem nem um valor
toda tinta d'ela se foi...
Rascunhando o nosso amor.

Hoje sem tinta, não escreve...
Romance poesia, nem pinta,
aquela felicidade, ocultou-se
o carinho camuflado em sonhos
nem esboça aquelas lindas frases...
Fantasias de desejos medonho.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

VULTO

Não vou mais viajar de mim... Deixar de
me valorizar, para se acoplar e em ti, eu...
Descobri que o único valor desse mundo
que resta para mim, é esse eu aqui.

Quanta e quantas vezes, me peguei
voando de mim, para pousar em você,
e na verdade quando eu te encontrei...
Você fugia do meu querer.

Por isso... Não vou mais viajar de mim...
Para ficar dividindo meu inteiro
... Lhe dá todo valor do mundo
e se enterrar em meus pesadelos.

Aprendi a reconhecer meu valor,
não vou jogar o eu, na lacuna do esmo...
Resolvi que: serei feliz nesse mundo aqui
... Se eu, cuidar de mim mesmo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FRÍVOLO

Manhã da roça
bacia de biscoito
vento solto
relincho de potro
sentimento afoito
tudo torto, tudo oco.

Barcaça das águas
fundo do mar morto
rabanada do boto
rosa do porto
olhos loucos
rebolo, tolo.

Pena de poema
tema treslouco
tudo ainda pouco
topada no toco
nesse ninho choco
... Tinoco, broco.

Inserida por Amontesfnunes

GALGAR

O tempo passa
a gente passa
hoje passa
o passar passa.

O amanhã passa
o ontem passou...
Tudo passa!
E quando o futuro passar
o passado também passa
e tudo fica sem graça.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

Sentir

"Por que devo sentir ?
Por que devo sorrir quando estou feliz ?
Por que devo chorar quando estou triste ?
Por que devo odiar quem me odeia ?

Por que não posso sorrir para esconder a tristeza ?
Por que não devo chorar de felicidade ?
Por que não devo amar meu inimigo ?
Não seria mais fácil ?

Por que não sentir o que ninguém sente ?
Por que não posso ser diferente ?
Afinal, não somos todos diferentes?
Mas ao mesmo tempo iguais"

Inserida por Noby

A discussão sobre a morte

Falamos da morte como inexorável,
às vezes tentando ignorar
sua postura austera,
intransigente, inquebrantável...

Não há entre os homens vivos
nem entre os mortos, entre sábios ou tolos
alguém que saiba responder,
além de delírios ou hipóteses
o que é a morte, nem o que lhe segue,
qual sua verdadeira causa ou intenção...

Poetas e pensadores, não raro a descrevem,
arriscam seus palpites, outros falam em tese:
“a morte é o fim de tudo, ou início de nada.”
a sonhos e a pesadelos se atribui teorias,
doutrinas bem intencionadas...

a morte poderia ser, mas ela não é
não há Por vir, nem De vir,
tudo é abismo e talvez....

Mas se a vida ignorasse a morte,
se não houvesse pesar nem temor,
físico, metafísico ou moral?

A morte não seria o que é
nem o que não é...
a morte é apenas uma rima
que o homem tenta decifrar...
mas lhe falta tempo, espaço e sorte.

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

O eu poético

O eu poético não sei dizer quando estará em ação
Só sei dizer que algum dia ele me dará a mão
Ou será que não?

De vez em quando
Acho que ele estará faltando
Porém, sei que então
ele está do meu lado aparecendo ou não
Só eis a questão
Se ele gosta de mim ou não.
Será que tem um relógio na minha mão?

Inserida por JPPR

Sobre a verdade

A verdade não é relativa,
não a minha, nem a tua,
a verdade de cada um
é inexorável como o sol,
todos a verão...

Mesmo que a ignorem,
saberão da sua existência
cruzarão com ela
face a face...

Minha verdade
assim como a de Pilatos
não é relativa...
ela não é discurso de Cícero
nem retórica de Homero
ou banquete de Platão.

A verdade é transparente
e purificadora, na tragédia
e na comédia ela revela
a alma do seu agente
expõe o abismo das palavras
a verdade não é divina
a verdade é humana
é a soma das nossas ações.

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

Letra Bacana
Por: Alexandre d’ Oliveira

Meu poema é livre, minha bossa
é prosa e com isso eu faço que você
sem drama entenda aonde
eu quero chegar.

Que seja de qualquer maneira
assim consiga dentre acordes
maviosos no meu violão
te acompanhar.

Meu ritmo nobre numa letra bacana
enquanto encanto no samba.

Por isto faço prumo
para ouvir você dizer que me ama
e assim entenda o que quero
mostrar morena da cor de jambo.

#alexandrrpoeta.com

Inserida por arsoliveirapoeta

ASSEAR

Pela rua a água
lava catacumba
e afoga as magoas.

Mareja a saudade
d'aquele sentimento
e da frágil felicidade.

Enxuga as lagrimas
fincada no tempo
rascunho do desalento.

Pela rua a água
vai lavando as calçadas
as favas e as lavras.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

INÉRCIA

Dia de finado
... Flores...
rascunho da calma
... Lagrimas.

Dia para chorar a vida
celebrar a morte
E sentir saudade
... Da partida.

Dia de finado
... Lagrimas...
Água da alma
poesia da existência.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TRAMONTANA

Ponte aérea,
aponta a fera
globo, atmosfera...
Tantas asas no ar!

Voando a terra
n'essa grande era
qualquer um pode chegar.

Ponta fina
aponta afronta
e por sua conta
não desconta.

Passa da conta
tonta, atonta...
A linha reta da ponta.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Amantes em Liberdade

Sinto a liberdade no olhar dos amantes
Apaixonados e delirantes,
Sonhadores noturnos,
Em dias que se clareiam,
Em faces que se maquiam
Aos sons da poesia.

Vejo os amantes em liberdade
Que soltam em voos longos
Fundo mergulho, profundos gostos,
Em jardins a perfumar.

Tocando em violas,
Falando em prosa,
Pondo o coração em versos,
De quem sabe, oh Deus, amar!

E deles, libertos atos são feitos,
Em tons de regras impunes,
Vão-se enamorando...
Sem pecado e com ardor,
Encobertos de álibis e de presumes
Tirando de si, tudo que dentro sentia.

Inserida por GilBuena

REMINISCÊNCIA

Pagina branca sobre a mesa
... Uma carta ao tempo
uma nuvem ao vento
rascunho dos sentimentos
... Alveja a saudade tesa.

Uma sombra ao chão
Olhos tristes, atentos
feitio de um pensamento
trilhos de contentamento
... Coração moda paixão.


Feito da imaginação
pautas cheias, poemas belo
esquecimento amarelo
passos treloso no castelo
... Mãos sofreguidão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

E lá estava eu
Na chuva novamente
No silencio de cada gota
Triste e solitário, como sempre

Apenas ouvindo a chuva e a solidão
Cada gota tocando meu rosto
Enquanto lembrava de seu sorriso
Um sorriso tão lindo
Mas que nunca será para mim

Eu te amava de todo o coração...
Cada segundo, cada momento...

Lá estava eu, te olhando
Com ele...

Você nunca se importou comigo
É difícil acreditar que nossa amizade simplesmente acabou de um dia ao outro
Mas não irei desistir de minha vida assim
Irei apenas lhe guardar no coração
E tentar te esquecer
Fugirei por toda eternidade
De tudo que lembre a ti
Adeus...

Inserida por Victorfrei

É tanta a vontade de voltar
E à ti outra vez implorar
Talvez eu não mereça seu perdão
Não hesitei em magoar-te o coração
Foi em vão tudo o que jurei
Enganado prometi o que não cumpriria
Amor tão puro que por ti eu cativei
Na ilusão de que tudo venceria.

Inserida por danielribeirog

Inocência perdida

"Na varanda onde me encontro, me vejo enfastiado e risonho
Olhando para o chão onde as crianças brincam e se sujam
Na ladeira a beira da rua movimentada pelo caos
De ladrões, facções, revoltas, lâminas e oitões

Cena nada bonita para uma criança e nem mesmo para um adulto
O mais incrível disso tudo é que todas as crianças enxergam as flores
As aves e o seu próprio reflexo no esgoto
Ou na poça de sangue

Quebram janelas com suas faltas batidas no futebol
Perdem-se em meios os becos no esconde-esconde
E o sentimento nostálgico faz-me contestar
Onde esta toda a minha inocência de antes?

Se foi quando?
Quando estava dormindo e tento mais um pesadelo?
Quando estava alisando o travesseiro e imaginando seu cabelo?
Quando estava mordendo a toalha e imaginando o pescoço de alguém

Quando?
Será que se foi quando eu traguei você
e a matei dentro de meus pulmões para que eu possa
Respirar o seu ar, e inalar o seu doce veneno?

Pode ser que ela tenha saído
Na noite em que me disse não
e virei um caminhão de uma bebida
Inflamável

Bem, não sei quando foi
Sei que como você
eu a quero de volta
De volta
Volta?

Volta, porque não aguento mais a desesperança
Da dor da lembrança, da inocência e manhas
Que tinha quando era criança
Quero voltar a ser como antes e ver meu reflexo na poça de sangue! "

Inserida por TiiagoDaniell

COM A LUA

Com a lua
outra noite eu fiz com giz
o nome d’ela nas estrelas
E só para vela e ser feliz
bordei uma serenata pra ela.

Ela da janela
Eu, na calçada de uma noite crua
ao lado, todo ouriçado de um,
poste com arandela, portando...
Uma meiga luz amarela.

O vento...
despejava brisa, atiçava vontade.

Ofertei um ramalhete de flor
e paixão, era aquela...
Toda carregada de amor!

Era assim, tanto amor!
tanto amar!
Que o tempo nos deixou
mas o meu amor...
nunca há de se acabar!

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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