Rondo Poesia de Cora Coralina
Le Village - Pedro Correa
No andar de cima, o delegado
Tinha seus desgostos, seus adversários
Quieto e solitário, residia em seu canto
A frente, a bela dona de casa
Com um olhar cheio de melancolia
Observava pela estreita janela
Quieta e solitária, residia em seu canto
Ao lado, o jovem de sonhos frustados
Sonhos cancelados, planos pelo chão
Quieto e solitário, residia em seu canto
Do outro lado, o velho senhor
Relembrava daqueles momentos únicos
Que pôde viver ao lado de sua falecida mulher
Quieto e solitário, residia em seu canto
Amargura, infelicidade e um ar de tristeza
Rondavam a pequena vila
Cada um com seus motivos
Sorrisos raros e lágrimas constantes
Personalidades diferentes e iguais ao mesmo tempo.
Essências
há um tempo
para caminhar sobre pontes
e deixar que o vento roube
um pouco de perfume
enquanto o olhar se perde ao longe...
ROMANCE
SINTO FALTA DE ALGO QUE NEM SEI DIRETO O QUE É. ALGO QUE NEM SEI SE UM DIA PODEREI TER, MAS QUE FAZ FALTA DE UMA FORMA ÚNICA. SINTO MUITA FALTA QUE, ÁS VEZES, DÓI TANTO E DIANTE DESSA IMENSA FALTA INTRIGANTE EU ME SINTO COMO SE AMASSE SEM PRECISAR VIVER UM ROMANCE.
EFÍGIE
No jardim de uma vasta casa Uma efígie estranha habitava E feito um verme se arrastava Ao relento ou ao vento Seja qual for a estação Chova ou faça sol Sempre lá ela estava Muda... Sentada... E tristonha. Seu olhar perde-se no horizonte De um passado distante Lágrimas instantaneamente Rolam pela sua senil face Falecendo no solo em enlace. Uma sombra sombria Em sua mente percorria E no seu coração já adentrou Depois fora embora Sem olhar pra trás Deixando ser semimorto Extinto de sentimentos Presenteando-a com grande angústia Sugou-lhe a comoção... e a razão Fê-lo prisioneiro da solidão.
RASTROS DE POEMAS
Revisitando meus escritos Antigos e inglórios Tais quais pergaminhos Encontrei tanta coisa Estranha Até teias de aranha E amarelidão no papel Letras de datilografia Palavras do primórdio Tudo revelando o tempo Passante, passado, passeante De fato tudo passou Eu não sou mais o mesmo Hoje gosto de pão com queijo E veja até de cerveja... Do amanhã não sei nada ainda O que sei apenas é que a poesia mora e sempre vai morar em mim Ela pulsa latente, de forma irreverente, não me deixa ficar ausente E assim eu sigo rente eu e a poesia, de mãos entrelaçadas, deixando um rastro de poemas.
A 4 MÃOS
O meu amor é infinito. O meu amor não cabe em si de tanto contentamento. Eu só sei te amar. Eu só sei te amar mais cada vez mais. Eu sou capaz de dar a minha vida pra ficar contigo. Eu seria capaz de dar duas vidas, se as tivesse. Corri o “mundo inteiro” atrás de um amor e descobri que ele está aqui, bem ao meu lado pra sempre. Eu fiz o mesmo durante “longos anos” e para minha surpresa estava tão perto, que é até impossível de pensar, dizer e acreditar. O tempo todo o mundo girava em torno do nosso amor, pois nesse momento todo, nós estávamos sendo preparados para amar definitivamente. Eu já não posso viver sem o teu amor, deixa eu me aconchegar nos teus braços, que me abraça com a força de um deus grego. Se aconchega, se chega, se envereda e se perca em mim, mas tem que ser pro resto da vida.
ÚLTIMO GOLE DE MIM
A CADA DIA UM POUCO DE MIM SE VAI PRA SEMPRE E NADA DE ADEUS APENAS UMA FALTA FICA QUE NÃO SE DISSIPA NUNCA E SALTITA COMO MOLECA TRAVESSA NUM MEIO DE UM CHUVISCO TÃO RÁPIDO QUE NEM CHEGA A MOLHAR DIREITO MAS MOSTRA O ESTRAGO QUE UM SIMPLES AFAGO PODE FAZER A VOCÊ.
MADRUGADA NA RUA XV DE NOVEMBRO EM CURITIBA
A Rua XV e a madrugada
caminham pelas calçadas de Petit-Pave
fazendo graça
até o amanhecer.
As petúnias roxas
ainda dormem seu sono
perfumando o velho bondinho vermelho...
As luminárias da Praça Osório
tingem de amarelo
todas as notas musicais do velho
sax que se ouve ao longe...
O dia começa no vai e vem
pelas calçadas
e no cheiro adocicado da pipoca
estourando na panela preta.
Um raio de sol faz nascer
arco íris nas gotas d’água
da velha fonte
com sua sereia de metal...
O tempo, aqui
segue calmamente
acordando tudo com muita calma...
COLINAS
quando não couber
em meus olhos
a ausência das tardes
e todas as cores adoecerem,
a certeza da saudade
vai sobrevoar as colinas
onde os louva-deus
se levantam
e o amor se aquieta
no coração de um pássaro
e a menina corre sozinha
soprando dentes de leão ((ao vento sul))
Nesse algo que sempre se debate dentro de mim...
O segredo da resposta que eu espero é o curioso existente em você.
Você sempre me mostrou que o horizonte é logo ali...
Sem engano
Se o amanhã me trouxer flores,
E junto das flores não houver espinhos,
Desde já me despeço,
Pois sei que não estarei mais vivo.
Pois a beleza que encanta,
As vezes se perde no descaso,
E a verdade se oculta no sorriso,
Como se não deixasse rastros.
Você veio até mim
por meio das palavras
se instalou em meu coração
e fez sua morada.
Agora diz não mais querer,
que tudo não passou
de uma charada.
Me deixou triste, sem palavras.
Como pode usar assim,
palavras vazias, para iludir
Brinca com os sentimentos
como quem brinca de esconder.
Mas não se esqueça,
um dia tudo volta a acontecer,
não na mesma linha,
mas ao contrário do
que se pode ver.
ALMA AFLITA
Angústia e dor
O que fiz de errado no passado
Deus ta me cobrando agora
Deus é justo e correto
Não desampara um filho seu
Lacrimejando eu vou
Porque sou ateu
Pagando com dor
O que não fiz por amor.
E ao chegar aurora
A escuridão me abraça
Na vida não tem volta
Faça o bem agora
Deus bondoso caridoso
Mantém minha alma limpa
O choro que chorei
Cumpri o meu destino
Pendurado numa corda
Jesus vem me seguindo.
E ao chegar aurora
A escuridão me abraça
Na vida não tem volta
Faça o bem agora
Poeta Antônio Luis
2:26 AM 12 de fevereiro de 2015
A flor do poeta
O néctar, a sua alma mais profunda
O pólen que germina em palavras
inspiradas nas tenras folhas esvoaçantes
os mistérios, dos perfumes das pétalas
As cores, o amálgama da beleza,
solidão misturada em fantasias
O caule que a brisa dobra
são sentidos que a poesia abriga
No outono, a flor do poeta
canta folhas secas, nostalgia
A sedução não é mérito da primavera
é o ocluso na bela flor da poesia.
Daria voz aos pensamentos, traria para
Fora as emoções e sentimentos
E daria férias à alma.
No interior vazio e silencioso, carente
De suas crianças arteiras e levadas,
Trocaria o fundo fosco.
Faria dos cacos e da sujeira entranhada
Uma fogueira. A mais bela luz
E brilho aos olhos.
Plantaria girassóis, rosas e pintaria,
Pintaria esse céu interior,
Trocaria o cinza pelo azul.
Redecoraria o interior com sorrisos,
Os mais belos. Obra prima de
Deus doada à humanidade.
E no reencontro entre almas brindaria
O amor, a vida, a continuidade
E nossas metamorfoses.
Adoro-te sobre todas minhas forças
és importante para mim
sobre tudo de bom poder ser ainda melhor
junto a ti, óh querida!
Adoro-te sobre todas minhas teimosias
que tenhamos amor até o final de cada sol
de cada surgir de lua, que do coração
brote alegrias infinitas ao seu lado.
SÓ QUERO NAMORAR
estou aqui de passagem
só quero namorar.
só quero namorar
sem pensar em me casar.
poeta Antonio Luis
Os pensamentos voam para longe
Mas mal conseguimos andar
Nessa estrada da vida
Onde comigo você devia estar
Fabiola e Fernanda
Uma parece à noite
A outra parece o dia
São duas meninas
Na minha vida uma alegria.
As duas tem personalidade
Estuda com amor
Eu fico com saudade
Dessas duas flores
Não sei quais as dores
Que elas sentem
Mais o que desejo
É somente o bem o bem.
A Fabíola tem sangue moreno
Sangue quente do nordeste
A Fernanda não tem sonhos pequenos
O caráter das duas enobrece
A família agradece
Siga os sonhos seus
Tenha fé em Deus.
Poeta Antônio Luís
"Como é bom te carregar nos meus olhos e inevitavelmente, sentir o impacto da sua presença nas batidas do meu coração." (...)
Aislan Fonseca
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