Ritmo
O seu ritmo embala, fazendo-me sorridente decifrando todo o meu querer pausando o meu tempo para que nossa história possa se tornar o nosso filme;
Eu te transformo em minhas inspirações e quando olho o sereno da noite pensando em ti busco as estrelas mais lindas para junto a ti desenhar você do um jeito;
Adiante o ritmo, depois e depois a dor!
Dor morta!...
Dor que faz de conta!...
Dor que anda morta!...
Dor que vira desnorte brasa de tanto praguejar!...
Dor que entre épocas canta ao bondoso ritmo!...
Ritmo que perdura nas docílimas plantas da nossa dor!
Dor que vive para procriar
o destino do ritmo por escorregar
como derretida cera
na consumada alma!
Adiante o ritmo, depois e depois a dor!
Admite,
já não sabes se é do ritmo ou se é da dor...
Jamais te deves importar com a tremenda acção, música,
textura, ritmo, cadência, métrica, desenho, estética, género,
química, física, massa, espaço, tempo, contexto, situação,
rima, estrofes, versos entre outros longínquos atributos
perfilados da poesia, isso é muito e muito antes, logo
depois... cá e lá a bater-te em toda a dimensão do ser
fremente aqui e acolá... É cirúrgico futuro por vir, mas já
veio ao pensamento intemporal!
Basta então antecipares-lhe suas partículas invisuais,
depois romperes as entrelinhas das camadas onde com a
mesma indiferença prevês o tal sentido relativo, exacto,
profanando consoante a sinfonia metamorfose da melodia.
É nesse instante momento sobrenatural que vais sentir e
escutá-la adivinhando-lhe a restante beleza porvir. A poesia
nunca mais será a mesma, um desregulamento torrencial
infinito metafísico, sendo-a apenas!
Ouça a canção que vem de dentro de você, escolha o ritmo, busque a balada, alegre-se com as notas, lembre-se de praticar os acordes diariamente, eles levarão a perfeição da sua obra.
Será que você não está no ritmo do sambinha do Zeca Pagodinho “Deixa a vida me levar”, e por causa disso nem sonha com um amanhã melhor?
Ora, se você não sonha, não projeta e se não projeta, não se lança em busca de realizar.
Mulher de Belém do Pará.
Em sua pele predomina a cor de jambo. Seu gingado é no ritmo do carimbó e siriá. No sangue corre o açaí grosso que o caboclo pegou acolá. Seu cheiro é das ervas do Ver-0-peso. Seu sorriso é de cativar qualquer pessoa que aqui chegar. Não acreditas? Então vem pra banda de cá.
Ouça as batidas do teu coração e assim, componha uma linda canção, num ritmo que só você sabe qual é...
'Bom mesmo é quando crescemos juntos, de mãos dadas. Quando caminhamos no mesmo ritmo, mas simplesmente porque queremos, por livre escolha. Mesmo sabendo que somos capazes de viver e fazer essa caminhada separados. A gente vai brigar, é claro! Vamos querer dormir longe um do outro de vez enquanto e até acho isso bom. Não quero que sejamos um casal perfeito, apenas quero que sejamos nós! Eu e você, sem máscaras, sem medo. Apenas sendo e vivendo, aceitando todos os dias o novos defeitos descobertos um no outro e amando as virtudes. Lembrando sempre o que nos deixou e mantém apaixonados. Haverão dias em que eu vou te dizer pra ir (você também o dirá, nós sabemos! E eu irei), e naquele momento eu realmente vou querer que você vá, mas ainda sim vou te querer de volta (voltarei). Enquanto for leve, verdadeiro, recíproco, livre e nosso. Que seja amor! Quando não mais for assim, acharemos a porta do novo começo. Não tenho convicção que ficaremos juntos para sempre, mas tenho a convicção que vou te querer sempre bem e feliz! Quero que saiba que tenho te amado desde o princípio até agora. E é isso que podemos dar um ao outro, o presente, o agora (que brevemente passará a ser lembrança), mas torcendo para que no futuro estejamos juntos.
Com todo o meu amor.'
O tom da minha voz sempre é suave, mas não se engane; meu coração é um trovão ao ritmo de Rock and roll
(Ruy Marques)
Porque o mundo tem nos imposto um ritmo desumano.
E a gente tem tentado se adaptar a isso.
Acelerados pelo poder da tecnologia e, na tentativa de acompanhar a capacidade de processamento instantâneo de terabytes de informações das máquinas, na era da comunicação, sofremos por passar despercebidas aos nossos olhos comunicações e informações tão importantes, sensações tão cotidianas e necessárias para aprender o sentido da nossa existência e, quem sabe evoluir.
A criança chora pedindo ajuda e atenção;
o idoso caminha vagarosamente para atravessar a rua, carregando além do peso das lutas o das sacolas que vai alimentar os filhos e netos; o pobre continua suplicando um prato de comida; o marginalizado nos suplica no silêncio e na exclusão um banho e um prato de atenção e carinho.
Não obstante ao que suplica fora de nós e de nossas casas, ainda existe súplica na nossa convivência, aquelas que gritam aos nossos ouvidos surdos.
Aquele amigo que se cala, mas precisa da nossa ajuda para descobrir o motivo da dor que torna seu grito mudo; o pai que se isola no medo de sentir-se ignorante diante de tantas mudanças de valores; o filho que na tentativa de chamar atenção da falta de tempo se recusa a seguir ordens ou ignora os conselhos; ou ainda, a própria natureza, que clama por misericórdia dos homens que esbanjam do consumo desenfreado de recursos.
O mundo grita em silêncio e nós permanecemos surdos.
Os olhos estão fixos nos aplicativos e, nas telas enquanto tantos passam, chorando em silencio do nosso lado.
A alegria do filho que tirou uma melhor nota, ou da filha que se destacou na apresentação do balé passou despercebida porque algo foi compartilhado naquele instante no aplicativo do seu celular. Era um vídeo que mostrava a maldade alheia que é usada para zombar a desgraça que abala a estrutura política do país.
E a gente segue despercebido enquanto o mundo pede paz!
Enquanto a vida pede vida.
O carnaval, que antigamente era um festejo para dizer adeus a carne onde se agradecia pela fertilidade do solo e pela produção ( visto que na quarta-feira se inicia um período de jejum e abstinência) esse já perdeu o sentido e o valor.
Aliás, é isso que vem acontecendo com a gente também.
Tudo é velocidade, tudo é mudança necessária para se alinhar com o que o mundo prega....tudo para nos 'adaptar'!
Ainda que gente lá no fundo não concorde.
Ainda que a gente não se sinta bem e não se adapte.
E a vida vai passando e no ano inteiro, vamos fantasiando nossas próprias emoções e tornando a vida um grande festejo de carnaval.
Mais ainda falta falar do maior clamor, esse que vive em nós, que agita nossa consciência e nos questiona a noite quando colocamos a cabeça no travesseiro e lembramos do quanto a vida poderia ser diferente se ...
Ah... esse clamor, a gente ignora...a gente não tem tempo para pensar, afinal estamos muitos cansados e ocupados.
A modernidade tem nos exigido muito e a gente precisa repousar o corpo cansado.
E a gente dorme.
A vida inteira.
E vai se esquecendo que somos SERES humanos!
Dançar
Como se ninguém nos contemplasse
Dançar
Um ritmo novo
Dançar
Novos caminhos e horizontes
Dançar
Até a exaustão
Voar
Pela mais alta elevação
Sonhar
O impossível, a loucura!
Dançar em voo sonhador!
Louca? Não, sou sensata!
Da vida...não fales nela,
quando o ritmo pressentes.
Não fales nela que a mentes.
Se os teus olhos se demoram
em coisas que nada são,
se os pensamentos se enfloram
em torno delas e não
em torno de não saber
da vida... Não fales nela.
Quanto saibas de viver
nesse olhar se te congela.
E só a dança é que dança,
quando o ritmo pressentes.
Se, firme, o ritmo avança,
é dócil a vida, e mansa...
Não fales nela, que a mentes.
Quando trabalho uma coreografia, percebo que tudo é uma questão de ritmo e tempo, cada canção tem inicio, meio e fim, hoje percebo que tudo pode ser coreografado, pois tudo é musica e não importa como você dance o importante é como você marque o tempo, divida os atos e sinta o ritmo
Ela sabe ser demais
Mesmo com o pé atrás
Dando espaço para o meu
E dá ritmo pra mim
Que sempre fui assim
Sem jeito pra me mexer
Ela faz de mim
O que ela quiser
E me faz melhor
Porque ela é tão mulher
Não só no dizer
Ela é o verbo acontecer
E eu o verbo mais feliz
Sou amor
pra ela
sou amor
só dela