Rio
Eu rio dessas falsas juras de amores que me cansam em noites que não param com versos de palavras sem lucidez que deitam em hipocrisias que nada explicam;
Ouço musicas tão depressivas que me fazem lembrar-se do dia em que você chegou fazendo-me te descobrir seus sonhos mais ocultos;
Sei que você melhora cada vez mais a minha vida, deixando que eu direcione meus passos ao teu coração;
Já perdi o medo de amar construindo no final minhas coragens nas melhoras que você me dá para um caminho que me faça acerta;
ERA PARA SER...
Era para ser como o encontro do rio com o mar. A convulsão do encontro antes da calmaria profunda, que é a vocação dos amantes.
Era para ser como um sorriso aberto, largo, pleno, do que se deixou encantar pela entrada dos olhos, pelo que se viu esperado e achado entre as esquinas da vida.
Era para ser como a estrela primeira a brilhar, quando a tarde começa a dormir e a noite lhe toma o lugar e ilumina o céu com o descortinar das estrelas.
Era para ser como um sonho bom, que deleita o sono profundo e faz com que o acordar seja pesaroso e triste.
Era para ser como a alegria de um momento que se eterniza em nós, para além do tempo e das vicissitudes da vida.
Era para ser... E ao não ser, tanto se perdeu, tanto ficou por ser vivido e feito. E restou o sorriso que não veio, o olhar que não brilhou, a estrela que ficou submissa às nuvens, a alegria que não se viveu.
E a vida seguiu assim, como uma nau sem velas, levada pelo fluxo das marés, sem ter sonhos para sonhar e terras novas a descobrir.
E veio o tempo... E ao olhar para trás, tudo era apenas a ausência do que não foi. E o viver - esse dom maravilhoso - ficou como um projeto não realizado, um passar de dias sem sentido e sem fé. E tudo era nada, e tudo era desilusão, e tudo era a certeza dos erros das dúvidas e dos medos.
"Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece, já não se é o mesmo; assim como as águas, que já serão outras."
Assim como o rio que passa duas vezes pelo mesmo lugar não é o mesmo, eu também não sou a mesma de ontem e não serei a mesma amanhã.
E sempre que eu precisar atravessar o rio, não quero que construa pontes, eu vou a nado, só quero que prometa que quando eu chegar a margem, você estará me esperando e ficará do meu lado.
Se a vida é um barco que navega pelo rio, não é Deus o capitão deste barco. Deus é o próprio rio, enquanto você é o verdadeiro capitão. E para navegar com sabedoria e segurança, você precisa conhecer e respeitar as águas sobre as quais o barco flutua.
Terra da Mentira Premiada
Rio de Janeiro - Brasil
Cidade maravilhosa pra enganar turista deslumbrado
governado por um tolo grosseirão: Sergio Cabral.
Em terra de Cabral
bombeiro é cachorro
polícia é cachorrão
trabalhador da saúde pertence ao Filo Protozoa
nem alcança o animal.
Desculpe se faltou rima
mas me sinto sepulcral.
RIO DA VIDA
Há os que nadem na direção certa, junto à correnteza
e de forma tão coesa, que se fundem ao próprio rio.
Há os que nadem contra ele, exaurindo toda força
e criando as próprias ondas, parando nas margens do rio.
Há os que são levados no arrasto, atropelados
engolindo água, rolados, descendo rio abaixo em rodopio.
Há os que simplesmente se neguem ao nado, contrariados
e antes mesmo do compasso, desistem do desafio.
Mas a todos aqueles que em suas águas passarem,
seja de forma dura ou suave, o encontro é com o mar.
É sempre esse o destino do rio.
Vem Chuva! Vai chover como nunca choveu antes;
Vai nascer erva no deserto;
O rio que estava seco vai voltar a correr;
As borboletas que foram embora vão voltar a voar;
As sementes que o sol secou vão germinar e se transformar em grandes árvores.
"Feito rio que corre pro mar, vou até você
Me entrego e deságuo nos seus braços
Façamos, de dois, um só".
A tristeza às vezes se faz correnteza
Na curva do rio
Encontramos a vida voraz com a boca escancarada a espreita...
Preste a nos engolir
recolhemos então o que nos resta de coragem e travamos com ela a grande batalha
matar ou morrer de fome...
Somos como um rio e não podemos represar as águas. Elas pedem liberdade e movimento. As marés conectam-se ao sabor dos ventos, sentem a influências das fases lunares e refletem a beleza do céu. É preciso ouvir a voz do rio com o silêncio do coração. O canto do rio é uma comunhão de elementos. Cada gota de chuva tem o sentido universal da essência da água geradora de vida. Há muitas águas no rio da vida.
Gosto de relembrar das vezes que te fiz rir, que te abracei,que te consolei.
Rio de quando lembro das suas piadas sem graças, das suas caras e bocas parecendo um(a) idiota.
Vejo nossas fotos. Quanta coisa mudou, quanta coisa o tempo levou.
O tempo é como o rio que, inexoravelmente, ruma ao mar.
E o rio, às vezes, frequenta cenários deslumbrantes e não pode parar, nem assim, para contemplá-los melhor.
Outras vezes, penetra em paragens desconcertantes, incomodativas, e tem de percorrê-las sem o tempo da pressa.
É o curso. É o tempo. Preciso e feliz. Desconhecido.
Talves, por valorizar-mos o brilho ao invés da jóia, o rio e desprezar-mos a fonte,a lua em detrimento do sol, a poesia nos esquecendo do poeta, enfim, valorizar-mos o efeito nos esquecendo das causas, não conseguimos, ainda, transceder as aparências!
No rio que flui do tempo, só experimentamos marolas, pois,
para se pegar às grandes ondas, é preciso coragem para se lançar no desconhecido.
Hoje é aniversário da cidade do Rio de Janeiro, isso já é um bom motivo pra fazer um texto. Primeiro, porque a cidade merece por sua exuberância, muito pouca, diga-se de passagem. Segundo porque é conhecida mundialmente como a "Cidade Maravilhosa", e sendo maravilhosa assim, temos que comemorar, né? Não. Em partes, quem vive na cidade e adjacências vai entender do que eu to falando. Talvez devemos comemorar a violência que assola o dia e a noite das pessoas, comemorar a hegemonia do tráfico, inclusive no asfalto. Vamos assoprar a velinha também aos responsáveis por tanta desordem do trânsito e do transporte público de péssima qualidade. Quando 'marketeamos' a cidade do Rio de Janeiro, mostramos a exuberância, os pontos turísticos, que são bons, não há quem negue. É uma maquiagem pura e simplesmente para um bom lucro do setor de turismo, que também não estão errados. A gente tem que valorizar o Brasil, né não? Valorizar pra quem quer passar umas férias, um final de semana. Caros turistas, é melhor ficarem na parte da maquiagem, porque a valorização da cidade é só pra vocês. Olhem que lisonjeante. O cidadão que mora aqui não merece tamanha valorização, imaginem. Ele ja sabe que tem que acordar de madrugada, pegar um ônibus lotado e viajar por mais de 2 horas até chegar ao trabalho. E se quer ir mais rápido, vai de metrô, mas já ta acostumado com a super lotação. O cidadão que mora na zona norte não precisa de tanta valorização, ele sabe que o papel e a lata podem ser jogadas ali na rua mesmo, todo mundo faz isso. E o lixo ali continua, a maquiagem só vale para aquela parte que os turistas mais frequentam. O papel e a lata no chão, varre depois. Da desordem, a gente já tá acostumado. Mas turistas, vocês não. Aqui tem que ser como é na fotografia, lindo, limpo e perfeito. Mas só na maquiagem. Entra ano passa ano, e vamos continuar comemorando a hegemonia, a segurança, o transporte público o papel e a lata jogadas na rua. Ah, também vamos comemorar a beleza da cidade na fotografia, na pintura. Talvez ano que vem entre ai mais uma ou duas categorias pra comemoração. Então, parabéns Rio de Janeiro, por cada vez mais nos encher o orgulho de quem vê de fora, e deixar cada vez mais enjoados quem vive dentro dessa realidade grotesca e mal cuidada por quem deveria cuidar de você.
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