Restos
As caravanas passam
Os cães ladram
O primeiro latiu
Os outros imitaram
Os restos comeram
A poeira subiu
A vida continua...
É feita dos que fazem
Dos que nada fazem
Dos que pouco fazem
Dos que muito fazem
Dos que constroem
Dos que destroem
Dos que pensam
Dos que realizam
Dos que dizem que faz
Dos que ficam na janela
Dos que saem pela porta
Dos que vivem no telhado
Dos entocados
Ou em cima do muro
Dos trabalhadores
Dos enganadores
Dos sonhadores
De quem planta
De quem colhe
De quem destrói
Dos que criticam
Dos que implicam
Dos que edificam
Dos que realizam
Dos que só participam
Que a caravana passe
Que os cães latem
Comendo poeira
E que saiam da frente
Pois eu quero passar
Caminhando
Sonhando
Realizando
Fazendo história!
Espero
Espero, um dia certeza quero, hoje só sobrou os restos nada de importante nada de interesante.Amor igual a dor,nada mudou continuo assim:gostande de quem não gosta de min, chega de procurar deche ele me encontrar, chega de lutar deche ele me conquistar,tudo isso igual a amar, um dia encontrarei alguem que me queira tambem, não sei, quem sabe? talvez possa amar outra vez mais só espero; por enquanto só tenho restos
INUNDAÇÃO
Dilúvio
de silêncio
inunda
a madrugada...
Restos
de lembranças
flutuam
na escuridão...
Afogam-se
ideias,
pensamento,
inspiração!...
Toda mulher sabe o que a faz feliz, o que não sabe é dizer não para as quimeras, para os restos de afeto que recebe e, que por motivos que nem ela própria entende, às vezes, passa uma vida toda fingindo para si mesma que é feliz.
Não podemos está olhando para os restos do passado, Existe um futuro intacto esperando ser descoberto.
O que ficou para trás é uma sombra de lembranças que não voltará a existir.
Podemos recriar uma nova história tentando imitar o que já foi vivido, mesmo assim, será só uma cópia do que um dia já teve sua existência.
Caminhemos para o futuro sem apego o que passou, esquecendo tudo que ficou para trás.
Em nossa composição química corporal somos todos constituídos por restos de poeira estelar e, feito elas, devemos ser luz a brilhar neste palco da vida terrena.
RESTOS
Sobra inveja,
Sobra vaidade,
Sobra egoísmo
E falsidade,
Sobra interesse,
Sobra "amizade",
Sobra de tudo,
E Restos... De verdade!
Tanto que procurei e encontrei felicidade nos restos de chocolate da panela do brigadeiro que acabou de acabar
Noite dos cachorros perdidos
Enquanto o latido
Toma conta das ruas,
Restos são jogados
Como banquete.
Na tentativa
De amordaçar,
Bocas famintas.
Como uma sinfonia absurda
A raiva espumando pela boca,
Já contamina as diferentes formas de vida.
Dessem-lhe pauladas!
Duchas generosas de agua!
Por um breve momento recuam
Mas fome é tanta,
Que seu amo assustado recua.
Corre e com medo se esconde,
Atrás de falsas propagandas
De alegrias gratuitas.
Hoje em dia só é feliz no matrimônio, aquele que ainda consegue ter restos de sentimentos verdadeiros;
Os urubus voam, pairam sobre os restos das suas presas, se deleitam nas suas carniças; algumas pessoas pensam, cobiçam, praticam, e se deleitam nas suas maioras aberrações, inquidades!
Não romantize migalhas emocionais. Você merece um banquete de verdade, não restos de atenção. Não romantize quem só te procura quando convém. Interesse seletivo não é carinho, é egoísmo. Não romantize frieza disfarçada de “maturidade”. Ser maduro também é saber demonstrar afeto. Não romantize quem te confunde. Quem quer, cuida. Quem ama, não enrola. Romantize sempre você e valorize você. Porque o que você merece, nunca é menos do que o seu melhor.
O tempo passa arrancando pedaços de novidades e cuspindo restos antiquados de efêmera materia imemorial.
Cinzas
Talvez o verão tenha queimado os frutos.
As mãos, ressequidas, apenas recolhem restos.
Cinzas, ardores, ossos.
Havia ali,
não se lembra?,
um rumor de desejo,
que nenhuma palavra salva:
todo poema é póstumo.
Botei a boca no mundo,
não gostei do sabor. Ostras e versos
se retraem
ao toque ácido das coisas tardias.
Na sombra insone do meu quarto,
o vazio vigia, na espreita do que não há:
por aqui passaram
pássaros que não pousaram. Fui traído
por ciganas, arlequins e cataclismos.
De nada me valeram
guardar relâmpagos no bolso,
agarrar nas águas as garrafas náufragas.
Vestígios de borracha
Os restos de borrachas que ficam em nossas mesas faz parte de esforço e dedicação, o quanto você quer tentar conseguir chegar ao objetivo e a cada erro é mais um passo. Nunca se queixe por apagar muito, pois você está certo em tentar corrigir seus erros até encontrar o resultado.
A insônia e suas carcaças..
Os restos podres que ficam largados para trás pelo chão da noite..
Os amontoados de poeira que levantam com o vento e voltam, subitamente, a cair pela estrada, para que aí permaneçam, derradeiros, até a próxima chuva..
Os pedaços da gente que deixamos para ontem, para que residam no passado, para que morram como folhas secas, inúteis - ocres e frias..
