Resignação
Saber sofrer é aprender padecer com resignação a injúria que foi imposta, por mais dolorosa a sensação da perda de quem gosta e de chorar a seco a própria fragilidade frente ao irremediável. Seja egoísta com sua dor, não divida esse fardo para aliviar o peso dos ombros, deixe-os calejar. Ele é de sua propriedade, de uso único e exclusivo.
A Fé aliada a sua filha Esperança são importantíssimas para a nossa resignação diante das vicissitudes da vida neste vale de lágrimas.
Tudo é uma questão de suporte, paciência e resignação. A emoção, em equilíbrio, ajuda, a razão prepara, mas o suportar-se com a ciência da serenidade em ação, é o sustentáculo de uma vida sem ilusão.
Momentos
Há momentos na vida que precisamos esperar os acontecimentos com calma e resignação.
Há momentos que temos que ir a busca a ferro e a fogo, ou perderemos a oportunidade única de obtê-lo.
Corra atrás.
A fé não tem preço!
A fé que transforma, é colhida na humildade e na resignação do filho, nas palavras de nosso Pai.
Os que ostentam, e estipulam preços, são isentos de valores.
Boa sorte e resignação para quem sai. Boas vindas e coragem para quem chega. A vida é um eterno sentar-se e levantar-se de cadeiras estofadas de egos, status e poder.
Em tempos difíceis a resignação pode ser um alívio para a nossa existência. Um homem aprendiz não conhece suficientemente nada ele só aprende.
Combate
Depois da guerra veio o silêncio.
Que me atormenta o pensamento,
Sem sentir resignação,
Que me faz doer o coração,
Pelas sevícias daquele embate,
Todos os dias em combate.
Quer a dormir ou acordado,
Sem estar em guerra sou soldado,
E tanto tempo já passou,
Para mim a guerra ainda não acabou,
Sonho com ela todos os dias,
Nalgumas noites quentes ou frias.
Foram dois anos de tortura,
Sem fraquejar e com bravura,
Combatia o meu inimigo,
Não o via mas estava comigo,
O seu rosto nunca mostrava,
A minha arma nunca se calava.
Nos ouvidos as balas zumbiam,
Passavam por mim e fugiam
Nunca acertaram no meu corpo,
Que me queriam ver ferido ou morto,
Em combate nunca pensava na morte,
Quando acaba, pensava: tive sorte.
Tinha vinte anos apenas, o tempo passou,
Agora já sou ancião, mas a guerra não acabou,
Sonho com ela sem querer sonhar,
Fiquei com as sequelas no meu pensar,
Ninguém mais se lembrou de mim,
Ainda sofro por tudo o que com ela sofri.
Ainda vivo para ir recordando,
E com a guerra também sonhando,
Tenho os distúrbios na minha mente,
Que vou sentir para sempre,
Enquanto o tempo não me levar,
Quando acontecer a guerra vai acabar.
Ao levantar-se e aceitar, sem resignação, a imagem que o espelho reflete, é o mais puro sinal de maturidade!!!
Você está preso em seu mundo
Sem luz e tempo
Numa resignação silenciosa
Você suporta a solidão
Você não quer mais continuar assim
Porém você não vê mais o caminho de volta
Mil medos em sua alma
E seu coração terrivelmente pesado
Minha alma está rendida de indignação
Não há como aceitar e ter resignação
Aprisionar alma de poeta é maldição
Voltamos a idade média cheia de condição?
A fogueira está acesa
Estamos sem defesa
Por enquanto esta é a certeza
Daqueles que se encontram pelas redondezas
Regozijo estão sentindo
Aplausos repercutindo
Olhos arregalados assistindo
Gargalhadas refluindo
Esqueceram?
Dormiram?
Entorpeceram?
Enlouqueceram?
O feito está feito
Não há como ficar rarefeito
Nem como ficar satisfeito
Mas há como ser refeito
Não se mexe com alma de poeta
Isto é coisa certa
Somos uma sociedade secreta
Somos sacerdotes da palavra que decreta
Tomem tento
Fiquem atentos
Pois vão engolir os próprios excrementos
Aí nós poetas vamos ouvir só lamentos
E vamos dizer apenas amém
