Relógio Parado
Se tudo fosse uma questão de hora, eu ajustava os minutos do relógio e nos colocava em sintonia. Meu tempo encaixando com o seu. Fácil, marcava da gente se encontrar às 21h em frente à torre Eiffel pra dar um toque romântico à nossa história. Não parece mais bonito assim? Anotar na agenda um dia, mês e horário pra gente voltar a se amar? Um quase conto de fadas particular. Mas tem tanta realidade aqui. Você vira a esquina e eu sigo reto. Fico aqui pensando que nossas mãos entrelaçavam e eu descansava minha cabeça cansada do dia no seu peito quente e acolhedor. Cê vai atrás da tua vida e eu vou ficar aqui tentando arrumar a minha. Tentando guardar o seu lugar. Quem é que a gente culpa por não ter se encontrado no momento certo? Eu tô aqui tentando aceitar. Sabe? Tô meio que odiando o mundo por não ter me colocado na hora certa pra te encontrar. E você era a única pessoa que acreditava nos meus sonhos e, consequentemente, acabava fazendo com que eu acreditasse em mim.
Não é essa a pior parte, afinal? Continuar vivendo, mas, ainda assim, lembrar? Ganhar um prêmio e querer te ligar? Dizem aqui que ainda é amor, mas eu teimo que é costume. Acho que é um pouco para me enganar, mas prefiro pensar que eu tô só aprendendo a te tirar da minha vida, o sentimento já era. Não era?
Eu me lembro, se é o que quer saber. Mesmo sem seu cheiro. Sem as promessas que foram se perdendo com o tempo. Sem sua voz que, vez em quando, eu nem lembro mais como é. Eu lembro mesmo sem ver suas fotos felizes nas redes sociais. Mesmo tendo excluído seu telefone do meu celular. Eu lembro. Dos filhos, dos planos, das viagens, dos gritos, dos motivos de você ter ido e das centenas de razões pelas quais você deveria ter voltado.
O vento levou o cabelo e o relógio me trouxe algumas marcas, mas o meu eu cresceu. Alguns podem não confirmar a veracidade, isso deve-se, talvez, pela dureza da honestidade em minhas ações e comigo mesmo. O que importa é que um dia será uma mera passagem, estando certo ou errado.
O relógio descompassa o peito
por pisar num futuro que não vêm.
Como uma promessa nunca cumprida
longe no horizonte nos olhos de alguém.
Tanta coisa passa despercebida,
vai que este olhar passou também.
Engraçado, parecia ser notado
a maleáveis sorrisos na boca de outrem.
Todos temos problemas parecidos,
os meses, os minutos corridos
que passam arrastados a correntes
entre a gente quase repetidos.
O ciclo termina, dia vem
pode ser tudo igual ou diferente
só depende da gente afinal
a engrenagem do relógio é a mente.
O óbvio descompassa o peito
por não pisar no futuro que via
Como uma promessa nunca cumprida
longe no horizonte tomando outra via
Tanta coisa passa sorrateiro,
de despercebido não sou o primeiro
Engraçado, parecia estar atento
e a maleáveis sorrisos virei um detento.
De problemas parecidos com de alguém
os minutos, os meses, os anos
planos que levam a gente a ser
o acerto do tempo dentro dos enganos.
O ciclo repete, fevereiro, confete...
Mar de gente e folia, ilusão que repete
Quem via na vida tomar outra via
o que não devia se desviar do que via.
O peito descompassa o relógio...
Temos todo tempo do mundo. Repita!
Temos todo tempo do mundo. Reflita!
Temos o mundo em todo o tempo, A vida.
Batidas repetidas,compassadas programadas,
Relógio inglês , impetulante, acordar, levantar,deitar, sempre ritmada.
A busca do comum , do diferente , um motivo ,parar sorrir e falar ‘’a gente ‘’,
A cada dia sei ,que nada muda , mais ela vivo e ela continua
um momento ,um olhar se transfigura , ele simplesmente muda
Ele foca em sua figura , o resto some , evapora ,desfoca
Cronologia.
O tempo passa..
As horas voam..
Os segundos se dissipam sob os ponteiros do relógio sempre apressado.
Calendários marcam dias,
Datas comemorativas.
Festividades, anuidades e melodias.
As melodias da vida!
Que se dissolvem e acontecem nesse tempo óbvio.
Quanto tempo demora um mês pra passar?
Perguntara o poeta na canção.
Mas na realidade, o tempo realmente existe?
Cíclico.
Divino.
Passivo.
Cronologicamente dominante.
Domina a vida do trabalhador.
Do vendedor que sai em busca de seu sustento.
Da mãe, que aguarda ansiosamente seu filho dormir.
Para que tenha tempo pra um breve descanso.
Tempo..tempo.. tempo!
Há tempo de tudo!
Pra tudo.
Exceto, para um tempo com nossos pensamentos.
Mas se não houvesse esse ditador,
Como organizaríamos nossas vidas?
Seria mais fácil ter tempo para tudo?
Ou esse "tudo" se tornaria um nada perante a imensidão finita de viver?
Depressão é uma bomba relógio, infelizmente quem estar por perto se "fere" com os estilhaços.Doenca cruel e silenciosa.Lamentável
O tempo da vida não deveria ser medido pelo relógio, mas sim pelos momentos. A quantidade de dias vividos é menos importante que a qualidade das recordações. Ter uma vida extensa só é válida se, antes de tudo, ela for intensa!
O relógio marca meia noite,
ela entrou no lugar
Mas se olhar matasse
estaríamos todos
condenados
Depois de um beijo você
não consegue se livrar
Dos lábios peçonhentos e
do perfume venenoso
Ela começou a rebolar muito
sexy
E me olhando
Ela conseguiu me controlar
pela mente
Este lugar é uma prisão
Eu estou acorrentado
Eu desisto
Estou à sua piedade
Ela não quer me soltar
Ela disse que gosta de
dançar sozinha porque
Ela é uma garota baladeira
Ela não liga para mais
ninguém
Ela está em seu próprio
mundinho
Eu amo essa garotinha
baladeira
Eu amo essa garotinha
baladeira
Ela é uma garotinha tão
baladeira
Eu... Eu tenho que sair
daqui, está começando a
girar
Mas não há escapatória
dessa confusão em que
estou
Ela não consegue resistir à
tentação do pecado
Então, puxe a gola pra cima
antes que ela crave os
dentes, yeah
Os ponteiros do relógio
Muito já se falou sobre o tempo, mas quase nada se disse sobre os ponteiros do relógio. Cazuza, Drummond, Shakespeare, Nietzsche, Fernando Pessoa, talvez Sócrates e outros tantos se debruçaram sobre o tempo e colocaram no papel aquilo que de repente brotou em suas imaginações, como se estivessem ali debaixo da cama só esperando que se deitassem para fazê-los levantar e brincar com as palavras.
E os ponteiros? Você já reparou nos ponteiros do relógio? E não venha me dizer que é de somenos para ser observado, Mário Quintana falou de algo muito menos importante e foi louvado pela crítica, basta ler "Pausa" e ver que os óculos sobre a mesa são bem menos relevantes que esses dignos operários do tempo, que não param um segundo sequer para fazer a máquina do mundo girar.
A má notícia é que, se você não foi capaz de reparar nos ponteiros, os quais estão a lhe consumir dia após dia, pense no tanto de pequenas minúcias que perdeu ao longo de todo este tempo (impossível fugir do tempo).
E porque é impossível fugir do tempo, passemos então a observar tudo que se pode ver, sentir ou tocar. Já parou pra pensar que os ponteiros do relógio formam uma família com três membros, provavelmente pai, mãe e filho? E que eles se abraçam mais vezes por dia do que muitos que se acham donos do tempo?
Mas o ônus dos ponteiros é serem partes essenciais do tempo, e girarem em torno do círculo repetidas vezes no mesmo lugar. Pessoas serenas, pensantes e pontuais, nunca atrasam. Devem se comunicar entre si através do carolinês, enquanto o filho usa o peculiar dialeto tique-taquês.
Quantos de nós não estamos sendo partes essenciais do tempo, mas parados no mesmo lugar?
Como disse Arnaldo Jabor: "Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais".
P.S.: A moça da meteorologia também fala todos os dias do tempo. Não podia me esquecer dela...
A VIDA É UMA RODA GIGANTE!
Vejam que interessante!
Parece um relógio imenso, que roda ao prazer do tempo, levando a vida gente, com alegria e encanto, sem medo se divertindo, com chorando prantos.
Logo que se inicia, ela roda devagar, numa contagem progressiva, que parece não chegar.
Oh! bela adolescência sem compromisso, brincalhona e sem juízo, que maior idade de infante, parece longe de tudo, parece muito distante.
A contagem progressiva, começa acelerar e a contagem regressiva, parece não caminhar.
Ah! Depois de um tempo e de repente, chega-se a responsabilidade, deixa a fase de adolescente e atinge a maior idade. Ufa, até quem enfim!!
É a época de aproveitar, a saudável juventude, paquerar, festejar, namorar, antes que a coisa mude, pois começa se apaixonar, com certeza vai casar.
E ai, numa correria imensa, vai a família aumentar.
Essa Roda vai rodando, e a gente sem perceber, o velho tempo passar.
Os filhos crescem se casam, chegam netos. Doces pirralhos!
E quando nos acordamos, chegam os cabelos grisalhos.
E a velha Roda Gigante, não para em nenhum instante, continua a rodar.
O tempo parece voar e numa velocidade precisa, acelera a progressiva e a regressiva aumenta e quando se menos esperar estamos chegando aos setenta.
É ai que a coisa pega!
A Roda em disparada, na contagem regressiva, no embalo da progressiva, a gente sente coragem e pára pra refletir, com o desejo de ficar, mas a alma quer partir.
E a gente de qualquer sorte, querendo fazer-se forte, tenta enganar a morte e não deixa o corpo sentir, e a cada volta da Roda vê um amigo partir.
É nessa história de vida, de lágrimas em cada partida, no meu canto, meu abrigo, no meu pranto e timidez, vou cedendo aos amigos, com prazer a minha vez
Eu lembro bem, ninguém estabeleceu uma data certa ou marcou no relógio a hora exata pra ir embora de vez. Só fomos adiando aos poucos a conversa, e o “oi tudo bem” cada semana mais mecânico. As novidades que apareciam já não tinham razão de serem divididas: porque, sem convivência, que graça tem ficar compartilhando a vida? Que graça tem você ficar na plateia, quando na verdade eu queria você participando do meu espetáculo. Na verdade, acho que a gente foi se acostumando à ausência. E quando viu, já não se precisava mais.
Eu sei; é duro, é esquisito. Há bem pouco tempo isso nunca seria possível, nem naqueles pesadelos que levam embora o sono às 3h25 da madrugada. Mas quando não se faz mais questão de estar presente na vida do outro, o que se tem à fazer é simplesmente aceitar que embora um dos dois queria ficar, a partida já foi iniciada e não tem como consertar o que se foi quebrado. Sentimentos se esgotam, cansam. Você e eu bem que tentamos. Mas uma hora dessas, a gente se perdeu. Ou melhor eu cansei de esperar pelo o que de fato nunca foi meu.
Annynha Rodrigues
A decepção é como os ponteiros do relógio a cada segundo ele caminha em busca do minuto, das horas... tudo é uma questão de tempo. E o tempo é curador.
..."Existe pessoa tão mentirosa que olha para o relógio, ver que são três horas e diz que faltam quinze pra três!"... Ricardo Fischer
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