Quem se Apaixona por Si Mesmo Nao tem Rivais

⁠MÉTODO POÉTICO
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Meu método?
O mesmo das Estrelas.
Primeiro, surge uma ideia –
vaga, ou mesmo fantasmagórica.
Ou então uma combinação inesperada
de palavras, por vezes embaraçosa...
Talvez – quem sabe – uma imagem
cujas estranhezas e travessuras
afrontem todos os cânones.
Uma eloquente frase
que cale ao peito
solitária:
sincera
lágrima.
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Em uma palavra: Poeira
– nuvens de poeira desgarradas
vindas dos confins da mente
e das bordas do acaso.
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Mas então, depois de muito vagar pelos meus arquivos,
ou de pairar errantemente sobre os meus sonhos,
algumas delas começam a se combinar
– como se, irmãs, viessem
de famílias distintas –
E eis que surge,
alegre,
a Gravidade,
pronta a juntar em um só giro
o que se queria disperso e sem mais rumos:
Ansiosa para, com violenta ternura,
moldar a forma.
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Por fim, emerge,
do caos girante, uma estrela
– supremo milagre no delirante acaso
de um universo improvável
em sintonia fina.
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Faz-se o Poema
– estranho acontecimento
cuja tenra fornalha interna
queima a pretensão
de alimentar
as almas...
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A ti parece, este, um método por demais aleatório?
É porque não sabes de toda a paciência que foi necessária
para não limpar intempestivamente a poeira errante
que por tanto tempo pairava nos escuros céus
dos meus arquivos, sonhos, lembranças.
Quantas vezes fui tentado a deletar
um quase-embrião de verso,
ou quis me desfazer
da tal metáfora
tão desajeitada!
Mas ouvi a voz:
Guarda este pó
que de ti vieste.
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Sem esta paciência,
não seria possível a criança:
ver, do poema, a forma brotar esperança
como flor que redefine as suas próprias pétalas
e decide, magnífica e hesitante,
se pétalas terá...
.
Ver, da alma poética,
redesenhar-se certo corpo
quando é corpo o que se quer...
E, quando não é isto o que se almeja,
aceitar-se como alma pura-chama,
ou reconhecer-se, mesmo,
tão somente como pó.
a dignidade do pó:
despretensioso,
periférico,
errante.
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Este é o método:
render-se ao que se tornou possível
no oceano do improvável
com a bem ajustada
sintonia fina.
Respirar
a poesia
como destino
que se fez do acaso...
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[BARROS, José D'Assunção. Revista Sede de Ler, 2024]

Você mesmo que me olhas

⁠Você é uma expressão viva da arte
do amor
Da beleza da vida
E da essência
Que te faz existir.
Felicidades, viu.

⁠"Aquele que vacila com os outros está vacilando apenas consigo mesmo"

⁠Há falsos gestores públicos que são ecléticos: conseguem ser ao mesmo tempo, narcisistas, hipócritas, vendedores de sonhos, cabotinos, ilusionistas, medíocres, porta-vozes da razão, concussionários do erário e quejando.

⁠MEDO DE TIGRE-ARANHA
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Tinha um medo crônico de tigres.
Podia ser até mesmo dos que estão nos filmes
enjaulados dentro de uma intransponível tela de Cinema
e incapazes de saltar para a nossa dimensão.
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Se vislumbrava um cartaz de propaganda
estampado com uma só destas feras,
ali mesmo deixava litros de medo
escorrerem por entre as pernas.
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O medo de tigres fora o companheiro
de toda a sua vida.
Desde a mais tenra infância
chorava ao ver desenhos de tigrinhos
nos pijamas e invólucros de refrigerantes.
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Isso tudo, apesar
de não haver tigres em seu continente,
e de sua pequena cidade jamais ter sido visitada
nem mesmo por um velho tigre desdentado,
protegido pela jaula de um circo.
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Tigres...
Esse pânico o acompanhou sempre
a cada dia, a cada instante de sua vida.
Foi a psicólogos caros, mas sem resultados.
Lá estavam, no fundo, sempre os mesmos tigres...
Espreitando, ferozes e listrados, no covil do inconsciente.
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[BARROS, José D’Assunção. Publicado na revista Simbiótica, 2023]

⁠Vamos orar pro Senhor abrir os olhos dele pra que ele mesmo possa se ver como Deus o vê.

⁠Obrigado Deus pêlo dom e pelo talento
E obrigado mesmo pela pobreza, sei que em algumas vezes preciso ser rico, mas as condições que o senhor me deu é o suficiente para mim , vou me contentar com o pouco que tenho

⁠Mesmo a essa distância, sem saber seu nome ou o que te consome, desejo alegria, conforto e paz.
Que seu coração encontre a resposta, sinta o sabor da vida.

Saudade
Começo falando que eu penso muito no meu passado, as vezes acho que estou preso a ele(mesmo não estando) é difícil me desvencilhar dele quando ele vive me assombrando, digo isso por algumas decisões horríveis que ja tomei e me sinto culpado por meu antigo eu, mesmo sabendo que há coisas boas que fiz anteriormente,sei que a minha versão criança me veria com os olhos brilhantes e me acharia um máximo…mas porque eu não consigo mais me enxergar assim?será que é pelas decepções e muralhas que eu tive que escalar sozinha? Ou por achar que todos ao meu redor não estão realmente comigo? Eu realmente não sei, mas vivi, eu espero que você volte na sua versão mais autêntica e pura de todas,sinto saudade de como você não pensava em escutar as pessoas que desacreditavam de você,como você seguia atras do que você acreditava e sonhava,sinto saudade de você,sinto saudade de mim mesma… obrigada por de algum jeito ter me feito forte,você fez o que estava no seu alcance e espero que meu eu do futuro olhe pra essa minha versão atual e tenha orgulho de tudo que eu estou tendo que enfrentar.
Ps:espero sinceramente que você volte.

⁠A personalidade do ser humano é igual a um grão, agente pode amar o mesmo, porém conforme vai se acrescentando ingredientes a esse grão, agente pode deixar de gostar do resultado que se tornou o grão amado. Não gostar de características, mas continuar amando o grão.

⁠Eu era prisioneiro de mim mesmo. À noite, sonhava em mudar, em me tornar outra pessoa, e talvez tenha sido nesses primeiros anos de vida que a ideia da mudança se tornou tão importante para mim.

⁠Pelo jeito almas gêmeas existem mesmo. E, de alguma forma, tive a sorte de você ser a minha.

⁠"Mesmo em um deserto vasto e solitário, onde a areia parece infinita, lembre-se: cada grão é um passo em direção ao seu sonho. Cada passo é um avanço; basta acreditar e seguir em frente."

⁠Mesmo que as cores desbotem-se, mantenha-se aberto para receber ares, luzes e ventos.

⁠Demonstre nos pequenos detalhes, vibre mesmo que timidamente.

⁠Crie seu monopólio, mesmo que num mercado pequeno.

Você me traz medo, mesmo assim sinto conforto em ter você por ⁠perto... O que há de errado comigo?

⁠O amor é uma variável incerta no cálculo da vida, onde o homem pensante probabilístico, mesmo usando a razão, não pode evitar os erros emocionais que distorcem a reflexão e a sabedoria.

⁠Mesmo sobre as pedras, a vida te dá oportunidade para reescrever sua história.

⁠Eu sou o vilão de todas as histórias (menos da minha) e sempre o culpado de tudo, e mesmo que por um milagre eu tenha mudado, quem é que acreditaria?