Kaliandro Souza

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Era tudo tão escuro, abstrato... Que eu não conseguia me livrar da tal imagem, a imagem do rosto dela. Que por horas pairava na minha mente e perturbava meu 'sono', me dissolvendo, me quebrando. Levando meus pensamentos mais inusitados a tais momentos em que eu tentava deixá-los como inexistentes, irreais e até imaginários, mas parecia fraqueza, me deixava ser conduzido até chegar a um estado deplorável de solidão. Perdia as cores, o brilho, a força, perdia a pouca auto-estima, a esperança. A esperança de viver longe das lembranças dela. As lembranças do rosto dela.

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Era verdadeiro, era indelével, era recíproco, era sincero, era avassalador, era transparente, era onisciente, era forte, era tudo e também nada...

Era você e mais algumas interrogações.

Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…
Era quando você me esgotava me prendia,
mais você tornou-se pretérito imperfeito.

Inserida por Kaliandro

Um abraço distante, um olhar vazio, um beijo frio, um sentimento inoperante, pulsação derreada, um pensamento quase eterno, um jogo em empate...
UM LABIRINTO.

E foi se apagando da minha memória ate não restar nenhuma evidência.
Afinal, era o que eu esperava ansiosamente.

Às vezes você procura uma resposta, pra tudo aquilo e não acha, não é mesmo?
A resposta perde a hora, desaparece, não da sinal de vida, se manda, se evacua.

Inserida por Kaliandro

Naquela hora era...
Naquela hora era ilusão, naquela hora era confiança, naquela hora era saudade, naquela hora era incompreensão, naquela hora era vazio, naquela hora era sensação, naquela hora era suficiente, naquela hora era força e ao mesmo tempo fraqueza, naquela hora era existência, naquela hora era expectativa, naquela hora era presença.
Naquela hora era pra ser amor.

















mas não foi.

Inserida por Kaliandro

Amor indelével, amor destrutível
amor de dentro pra fora, amor que eu desconheço
amor que trasborda amor que seca...

O tempo faz tudo se desgastar
O amor fica monótono, a saudade já não aperta mais,
a ansiedade torna-se inconstante.
e até as palavras passam a não expressar nada...
E o silêncio ajuda.

É preferível fechar os olhos e não pensar na batida do relógio, deixar o barco andar, correr, até naufragar...
Tomar doses de coragem, e encarar os contratempos, porque nada para, não para.

Procuras inúteis, atenção repulsiva, sede afetiva...
Presente, passado, infinitivo num só.

Inserida por Kaliandro

Uma reação residual, inodoro.
Era uma contusão, tudo aquilo.

Inserida por Kaliandro

Eu abri meus olhos, mas não havia luz no fim do túnel.
Se ao menos houvesse.

Inserida por Kaliandro

Suor frio, pensamento quente. Eram 05h00min da manhã, minha cabeça pesava, meu corpo tremia de frio, meus olhos queimavam. Desconheci-me por horas, o que eu achava que era forte, tornou-se fraco, parecia que nada era o bastante, nada era o suficiente.
Rendi-me a imensa dor, que martelava ate alma, com os pés descalços ao tocar o chão, recebi um choque térmico, por segundos fiquei inerte.
Voltei à cama, a cabeça queria explodir excessivamente, tentei respirar, algo prendia, algo sugava o resto de força que em mim restava.
Encontrei-me neste estado por horas, ate suar mais frio e começar a delirar. Era controlador, operante, insaciável.
Vomitei, vomitei e vomitei...
Sim foram três vezes, mas na verdade eu tive vontade de colocar mais do que vomito pra fora, tive vontade de expulsar cada gota de amor, cada pedaço do passado. Aquele passado que ao lembrar me quebrava mais do que qualquer dor física.
Ali estava implorando a Deus por piedade, mesmo não merecendo, implorava.
Tudo ficava cinza, era minha visão apagando, pedindo descanso. Mais não obedeci. Não lembrava mais nada ate chegar ao hospital.
Agulhas, algodão, remédios, sangue, curativos, soro, analgésicos...
Estava sedado, tudo era uma ponte naquele momento, uma ponte para que eu pudesse estar acordado ainda. E ver a vida lá fora...

Inserida por Kaliandro

Você não tem nada pra fazer em casa, e inventa de sair, o bar das redondezas foi seu primeiro refúgio. Pediu dose dupla da bebida com maior teor de falta de memória do dia anterior, bebeu num só gole seco, acaba bebendo todas e mais algumas. O álcool parecia circular pelas veias deixando um estranho rastro, uma sensação quase indefinível que sondava por todo o corpo fraco. Esquece o senso real das coisas e comete tudo quanto você imaginar enquanto o efeito da vodca ainda age no seu corpo, nas suas veias, na sua cabeça.
Você delira, delira mais um pouco e enche seu pulmão de nicotina. Fica tonto, sai andando. Tentando andar, e depois senta. Procura o celular, vai à agenda e encontra aquele número que nem precisava procurar, porque você tem gravado na cabeça de trás pra frente, você liga, desliga, e depois liga novamente. Ninguém atende você fica inerte, sozinho e infeliz.
Horas e horas de vodca depois, você não agüenta e para, diz o quanto ama a vida, e o quanto a vida não te ama. Você consegue pensar ainda, então você tenta. E a única coisa que chega até sua cabeça é a lembrança dela. É.
As horas passam e o dia chega você sai fora e vê a claridade da luz nos seus olhos, Já era suficientemente adulto para considerar todo tipo de problema passageiro, hesitou nas conclusões sobre vida e mundo, você percebe que além de um momento, a vida é uma história escrita como tatuagem, que não se apaga totalmente, que permanece em você, com vestígios, com feridas, com qualquer coisa. Permanece!
Chega em casa com uma dor de cabeça tão forte, a madrugada invade o quarto pouco iluminado deita, dorme...
Dez horas se passam, você acorda e vê que tudo passou, é, passou!
A dor de cabeça, o gosto da vodca e a lembrança insistente na sua cabeça.

Tive vontade de dizer muitas coisas naquele momento, tive vontade de lhe explicar como era realmente a vida.
Tive vontade de poder ensinar tudo o que eu já havia passado, aprendido, ou imaginava ter presenciado.
Porém nenhuma dessas coisas saíram da minha boca. Tudo o que eu tinha havido feito foi enclinar-me para o lado e estendido os joelhos sobre o chão.
Teria sido mais fácil ter vomitado todas as palavras que outrora circulavam em minha mente, talvez não houvesse nenhuma reação inversa á tal devastação. Talvez tudo tornasse relaxo, talvez mudasse esporadicamente ou não.
A marcha da história é irreversível!
Ocasionalmente havia humor, afeto, singularidade . Enquanto tudo se traçava á determinado ponto, tudo ia se diluindo ao mesmo tempo - a vontade de mudar, a maneira insana de imaginar as coisas.
Vez por outra havia verdade nas palavras. Embora que ás vezes fosse quase nunca.

Inserida por Kaliandro

Quando amo, amo por inteiro. Quando sinto saudades, sinto de maneira demasiada. Quando quero vou atrás. Quando erro peço perdão. Quando perdoou esqueço. Quando mantenho distância controlo. Quando me arrependo aprendo. Quando desisto não luto. Quando luto não perco. Quando perco me contento. Quando me contento me sinto sagaz. Quando crio expectativas me bate ansiedade. Quando não vale a pena nem levanto. Quando levanto vou até o fim. Quando vou até o fim me entrego. Quando me entrego me perco. Quando odeio me sinto fraco. Quando não tenho força me equilibro. Quando não posso não ponho os pés pelas mãos. Quando me controlo não me reconheço. Quando enxergo acredito. Quando sinto demonstro. Quando escolho exigo.
Quando vivo, vivo sem medo

Inserida por Kaliandro

Você pode me iludir com suas lágrimas, você pode me iludir com suas palavras, mas não me ilude com seus atos.
Vigiei teus passos, controlei teus pensamentos, tomei conta dos teus planos, explorei teus ideais, vivi tuas músicas, idealizei teus objetivos.
Tenho algumas neuras, mas procuro jogar todo ódio ralo abaixo diariamente.
E Nada, nada me cega mais que teu nome.

Guarda o amor pra outro dia, guarda o amor pra outra ocasião. Guarda o amor pra quando for sentimento. Guarda o amor pra quando você pisar na terra. Guarda o amor pra quando você abrir o olhos. Guarda o amor pra quando for verdade. Guarda o amor pra quando você realmente sentir. Guarda o amor pra depois viver. Guarda o amor pra depois amar. Guarda o amor pra depois ver no que dá.
Guarda ...






Ou então joga fora tudo isso que você pensa que é sentimento.

Inserida por Kaliandro

Uma tarde inteira de sorrisos, uma noite inteira de conversa.
Aquele vazio que sentia esporadicamente, hoje compreendo e chamo de espaço. Aquele sentimento inacessível que outrora era incompreendido hoje chamo de liberdade.
Uma vida inteira, uma brasa nas mãos, um ditado verbalizado, um único acesso, um único meio, um único obstáculo.

Inserida por Kaliandro

Cansado de ouvir as mesmas histórias, os mesmos conselhos, as mesmas indagações, os mesmo sermões ...
Pra mim viver é arriscar e arriscar combina bastante com se arrepender. Então, não é se privando que vive, que ganha e conquista.
Vontade de jogar tudo pro ar, e o que cair e quebrar que se foda.

Inserida por Kaliandro

Era cedo e ao mesmo tempo tarde. Aquele olhar te filtrava, aquele momento repugnante te consumia. Você se mantém com os pés no chão, porém um pouco relaxo. Conta nos dedos os minutos que passavam e você joga fora, sem nenhuma importância. A historia final você sabia de trás pra frente e vice versa. Era tudo uma questão de coragem...
Coragem pra sentir, coragem pra viver, coragem pra tentar, coragem pra ir, coragem pra olhar, coragem pra entender, coragem pra decifrar, coragem pra falar, coragem pra obstruir.
Coragem!
E como tudo que depende disso, precisa de uma atitude...
Atitude faltou naquela hora.

Inserida por Kaliandro

Um dia qualquer de novembro, um ritmo dançante, amigos em comum, vibrações positivas, um sorriso bobo, um coração pulsante, um pouco de álcool, uma conversa sem coerência, um afeto instantâneo, um beijo roubado, outro correspondido. Uma noite de silêncio, após, um dia de perguntas. Uma semana de diálogos e uma vida inteira de textos.

Um diz: Que seja eterno enquanto dure, o outro diz que dure enquanto seja eterno. Um ama chuva, o outro ama sol. Um adora ver filmes a noite, o outro adora ouvir um dance. Um adora Beatles, o outro ama The Calling. Um detesta ironias, o outro é irônico por vida. Um diz: Adoro quando você canta pra mim, o outro diz: amo sua voz roca sem ritmo. Um adora verde, o outro detesta amarelo. Um é impaciente, o outro espera se possível a vida inteira. Um odeia suspense, o outro ama comédia. Um espera o momento chegar, o outro traz o momento.
Um completa o outro.

Inserida por Kaliandro

Os dois falam, um ouve. Os dois discutem, um perdoa. Os dois fazem planos, um realiza. Os dois olham, um fixa. Os dois desabam em pranto, um retorna a seu estado de espírito em segundos. Os dois se encontram, um some. Os dois sorriem, porém só um fica alegre. Os dois se entendem, mas só analisa.
Os dois em um termo nenhum.

Inserida por Kaliandro