Queimar
Quando sinto o sol queimar minha pele, quando vejo o suor molhar meu rosto, sinto orgulho por está buscando minha sobrevivência.
Quero mesmo que o sol brilhe pra mim, pode até queimar que é bobagem, a pele descasca e tudo é novo ''de novo''!
A dor é intensa devo queimar meu corpo até as cinzas então que sopre o vento e que esse se torne uma grande tempestade e que essa me leve pra longe da dor.
Melhor esperar e aguentar a inexplicável saudade, que queimar a lingua sem sentir o maravilhoso sabor do amor.
Preciso da sua sinceridade e claro do teu amor para queimar com a chama que queima, mas não se vê;
Eu não consigo evitar pensar em você, mesmo acordado me pego imaginando em nossos afagos e carências se desatando;
E quando me bate a saudade fecho os meus olhos e me transporto para seu lado;
”Pegar toda raiva, escrever tudo no papel. Pegar o papel, rasgar, queimar e esquecer. Pegar um novo papel e começar, mas diferente, um papel vermelho agora, o anterior era amarelo, vai pegar amarelo por que? Por que a mesma coisa? Por que a mesma pessoa? Vamos mudar, vamos tentar…”
Sei que você vai deixar tudo pra trás, nossos erros e acertos não contam mais. Sei que vai queimar nossos beijos, abraços e sonhos interrompidos. Sei que vai tentar apagar nossas lembranças por um ódio que surgiu em meio todo nosso amor. Mas saiba que as memórias não são tão simples de ser apagadas, nossa história é inacabada e eu sei que nunca vai ter fim, você continua aqui dentro de mim.
Fogueira
Angela Rô Rô
Por que queimar minha fogueira?
E destruir a companheira
Por que sangrar o meu amor assim?
Não penses ter a vida inteira
Para esconder teu coração
Mas breve que o tempo passa
Vem num galope o meu perdão
Porque temer a minha fêmea?
Se a possuis como ninguém
A cada bem do mal do amor em mim
Não penses ter a vida inteira
Para roubar meu coração
Cada vez é a primeira
Do teu também serás ladrão
Deixa eu cantar
Aquela velha história, o amor
Deixa penar, a liberdade está (também) na dor
Eu vivo a vida a vida inteira
A descobrir o que é o amor
Leve pulsar do sol a me queimar
Não penso ter a vida inteira
Pra guiar meu coração
Eu sei que a vida é passageira
E o amor que eu tenho não!
Quero ofertar
A minha outra face à dor
Deixa eu sonhar com a tua outra face, amor.
E se eu queimar,
toda memória existente,
E acreditar,
Que existe um mundo diferente.
Eu vou chegar em um lugar só meu.
Ao inventar a vela de acender, buscou o Homem produzir luz que se apaga, ao se queimar totalmente a derradeira porção de seu pavio. Até a luz elétrica tem seu ciclo de luminosidade, precisando ser renovada sempre. Pobres Homens-deuses, com o poder nas mãos: inventam e reinventam luzes. Acreditam que a claridade decorrente dos holofotes dos cargos que ocupam os deixam mais luminosos e, até quem sabe, eternos.
Eu escrevo e, escrevo e, escrevo. Eu escrevo até doer os dedos e, queimar minha alma. A sensação de asfixia é grande, é exorbitante. A garganta pigarreia e o corpo desmorona. Eu tento, eu tento, mas eu não consigo libertar minhas dores. De escritora amadora, passei a ser o buda no caminho do nirvana. A minha cabeça pede trégua, meus músculos pedem trégua, meu coração pede trégua. Tudo em mim levanta a bandeira branca, mas só consigo ouvir o sopro do vento lá fora, não tem ninguém para responder. Não tem ninguém com vontade o bastante para fazer com que eu pare com isso. E, eu escrevo e, escrevo e, escrevo, mas o nó continua entalado em mim. Eu escuto músicas reflexivas que me ajudam, naquele dó escravo do piano, eu me sinto um pouco melhor, mas volto a escrever. Não me falta inspiração, me falta dedicação. Me falta ser viva assim fora do papel, fora dos meus textos. Todos os dias a caminho do trabalho, pegando o transporte público, eu me transporto dentro da bolha e, fico lá. Fico lá, observando as pessoas a minha volta, escuto suas conversas, eu rio em silêncio, tiro minhas conclusões e, as vejo partir. E, é assim que me sinto, uma espectadora observando a vida das pessoas, observando o resquício de vida que parte, sem eu me dar conta. A cada dia, um dos meus suspiros leva mais um sopro da minha vida. E, eu continuo a escrever e, escrever, para que assim me sobre alguma coisa. Eu não queria ser lembrada, não queria marcar a vida de ninguém, não queria me tornar passado ou futuro, sempre quis ser presente, quis ser vida, quis ser alegria, quis ser luz, mas acontece que escritores deixam sua marca no mundo. Escritores são lembrados depois de suas mortes, depois de terem vivido suas vidas mesquinhas. E, eles escrevem e, escrevem. E, eu não paro de escrever e; escrever, porque minha vida se tornou um labirinto cheio de caminhos que me carregam de volta para o ponto de partida. De todas as minhas escolhas, nada parecer mudar, nada parece dar certo, nada parece seguir o rumo do mundo. Me arde o peito correr e, perceber que corri em círculos, apenas. Minha cabeça me arrebenta os neurônios. E, eu quero chorar para isso acabar, mas o sofrimento é insistente. Se ao menos alguém lesse meus textos, a dor seria menor, mas não é. E, os meus temores começam a se tornar realidade, porque as coisas nunca mudam. O meu relógio biológico estagnou no tempo e, agora eu me sinto presa. Eu estou presa. E, eu continuo a escrever; eu continuo, porque isso é a única coisa que não acaba, porque é a única coisa em mim que é capaz de mudar o curso natural das coisas.
Em se fazendo uma fogueira santa tome cuidado para o fogo divino não queimar o coração hipócrita e a mente cauterizada.
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