Queda
"Devido às quebras de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa luz no fim do túnel será desligada."
A QUEDA
MILÔR FERNANDES
“Um tombo, um deslize físico, um salto no espaço,
e está em toda a divulgação do mundo sem fronteiras”.
É terrível cair.
Não é apenas o orgulho que cai
Quando caímos
Mas toda a segurança interior
Equilíbrio de cérebro e pessoa.
Caindo nos perdemos;
E alguma coisa
Fica lá, em toda queda.
Algo irrecuperável,
Alguma perda total e absoluta
Para sempre e um dia.
Alguma perda total e absoluta
Para sempre e um dia.
Parte de um todo nosso, interior
Jamais recuperado.
Caímos e jamais nos levantamos
Outra vez os mesmos.
Tudo que é vivo teme a queda,
Vive em função da queda que virá,
Fatal.
Diminuímos o efeito da queda
Pela espera da queda
E chamando-a de outros nomes:
Tropeção (que é semiqueda),
Trambolhão (que é quase queda)
Esparramar (que é queda e meia)
Despencar (que é grande queda)
Eufemismo tudo para o efeito
Único, moral e contudente
Da palavra sinistra,
Fato e fator,
Acontecimento físico e metafísico.
OS QUE JÁ CAÍRAM, AH!
No paraíso, na rua, na História,
Na escada.
Caiu Humpty Dumpty
Na aventura de Alice.
Caiu a própria Alice.
Caiu a mãe de Hamlet,
Caem as folhas no outono,
Mais triste quando cai à tarde.
E depois do primeiro homem
E da primeira mulher
Todos os grandes caem
Em seu dia e hora.
Caiu Saul, e Jonas, e Golias,
E também os muros que cercavam
Os poderosos donos de Jericó.
Caiu Tróia e caíram os romanos.
Lúcifer levou nove demorados dias
Em sua assustadora queda,
A mais profunda queda registrada.
Há grandeza nos homens que caem,
Não se respeitam, porém as decaídas,
Mas ambos ocupam o mesmo lugar
Na composição eterna da caída
Humana.
A gravidade é a negação da vida
Desde a invenção dos tempos.
A beira rio
A cascata em queda livre
Desafia a gravidade, cai mansa
O tortuoso barranco
Deixa o rio caudaloso e sereno
A paineira debruça seus galhos sobre as águas
E se faz firme e não cai
A escadinha toda torta
Rachada pelo tempo, nos leva
E nos entrega ao rancho beira rio
Que ostenta o velho fogão a lenha
Este que aquece a panela de ferro
Tem tutu e galinhada!
Ás vezes piaba e pirão...
Neste tal tem prosa e tem piada
Tem amizade, na chegada
E saudade na saída!
São velhos companheiros
Que ensina a molecada
A cuidar de quem nos cuida
Sem cobrar nada.
A viola chorosa entoa em mi
É uma cantiga daqui
Fala de nós e de Davi
De uma luta histórica
Que parece sem fim
Mas com final feliz.
...........” Catarino Salvador “..
Será minha queda perante as tuas palavras. Só isso. Só minha culpa. Minhas confusões e minha falta de coragem,eu poderia te deixar ir,mas eu não quero. Até certo ponto,quero ver até onde eu te amo. Até certo ponto,quero ver até onde aguento. Eu ainda posso te amar? Eu ainda posso aguentar? E antes de responder as minhas próprias perguntas,já estou te dando adeus. Sem despedida melancólica ou choros de oceanos,apenas,um até breve. Eu sei que você vai voltar.
Sonho, sonho mesmo, mas sonho alto. E ainda tem gente que diz que quanto maior o salto maior a queda. E daí, quem vai cair sou eu. Quem foi que disse que não posso cair, aonde está escrito isso?.. Se eu cair, não se preocupe pois sei me levantar.
E quem disse que eu tenho medo de cair? a queda já mais me faz desistir, tenho força pra cair e levantar e continuar. Isso é preciso isso é necessário.
Um grande herói não desiste logo quando tropeça mesmo na queda levanta e recomeça, seu alvo é até o final segue decidido e sem pressa.
Amar não significa jogar-se de um precipício com a certeza de que seu amado estará no final da queda com os braços abertos para te segurar.
Uma queda sempre será uma queda!
Muitas vezes você deseja tanto uma coisa que passa a coloca-la acima de outros sonhos. Ai quando você está no lá alto, a ponto de conseguir toca-la, você tropeça e cai de lá de cima. A queda é tão forte que você mal consegue se levantar, não basta ser forte, não basta ter pessoas para te erguer, uma queda sempre será uma queda, se levantar é fácil, difícil é curar os machucados que ficarão; Mais é ai que você se olha caido no chão, você repassa a cena da sua queda muitas vezes para tentar entender o porque de você não ter previsto uma coisa tão ridícula, com tantos sinais, tantos alertas, mesmo você sendo sempre cauteloso você caiu. Então você olha para cima, se levanta e diz pra você mesmo que haverá outros sonhos, outras conquistas e com certeza muitas quedas. Mais se uma coisa você vai aprender, não basta querer, não basta apenas sonhar. Nada se cria sozinho mais evolui e se transforma com o tempo.
A queda por mais dura que seja, não machuca o fraco e nem oprime, machuca o coração e o tempo é o responsavel pela cura,
Somente alguém em quem você esteja apoiado pode provocar sua queda.
Do livro As Chaves da Autoconfiança.
Depois de uma queda, tentamos nos levantar como se nada tivesse acontecido, ou como se estivéssemos ainda melhor, mas o mais difícil é pensar como seremos melhores, são tantos caminhos a seguir, tantas vertentes a escolher, é preciso abandonar alguns vícios, pessoas, lugares, costumes, é duro, mas, é necessário, assim se dá a mudança, o renovo. Porém a ânsia de querer saber se está certo ou errado é tamanha, que muitas vezes nos impede de mudar e continuamos na mesma homogeneidade de sempre...
