Quebrado
Um coração quebrado ensina de forma rápida e eficaz. Depois disso, qualquer alerta que a vida nos dá sobre essa possibilidade chega rápido ao coração.
Meu coração é como vidro quebrado no chão
Cada pedaço traz sua própria dor
Reconstruí-lo não é uma opção
Cortes, sangue, agonia
É tudo que sinto quando tento, outra vez
Ter meu coração.
Não há vencedores de asas quebradas
O que há é vencedores com asas amareladas por tê-las quebrado.
Vencedores sofrem menos com as asas quebradas que com a justiça de conserta-las.
Não tenho medo de coração partido,
nem de espelho quebrado.
Tenho medo de coração vazio
e de um reflexo de mim nublado.
Não tenho medo do escuro,
nem do perigo que tu és.
Tenho medo que a sua sorte
será meu revés.
Não tenho medo de viver 1 só vida
e que meu fogo seja apagado.
Tenho medo de viver 7 vidas,
e nenhuma ao seu lado.
Quero tudo o que puder me dar,
ainda que seja azar.
"Talvez nos encontremos novamente, mas será como olhar para um espelho quebrado. Os pedaços refletirão fragmentos de quem fomos, mas a imagem completa nunca mais será a mesma. O tempo nos transforma, nos molda e nos reescreve. E embora possamos encontrar novamente os mesmos caminhos, nunca mais seremos os mesmos."
O SENHOR modela a nossa alma,
E não desconsidera os fragmentos,
Nem descarta o que está quebrado!
Antes, Ele nos recolhe com cuidado,
E simplesmente nos restaura
Com tons de amor e de esperança!
(do livro: O Aleph, a poesia de José de Deus)
"O Rei do Espelho Quebrado"
Havia um rei que reinava sobre um castelo de espelhos. Todos os espelhos refletiam apenas a sua imagem — bela, imponente, inatingível. Quem ousava dizer o contrário era expulso do reino.
Mas numa madrugada chuvosa, um trovão caiu e rachou o maior espelho da sala do trono. Pela primeira vez, o rei viu outra imagem: um menino pequeno, de joelhos, segurando uma coroa muito maior que sua cabeça.
Aterrorizado, ordenou que cobrissem todos os espelhos com panos dourados. Mas à noite, em seus sonhos, o menino voltava — e chorava, silenciosamente, por não ter sido visto.
O amor é como um espelho quebrado que você se vê em partes e percebe que tentou colar o impossível. Que amar sozinho é como construir uma casa em areia movediça.
🐍 “A Menina do Teçado Quebrado”
Havia uma menina que morava numa casa onde o silêncio pesava mais do que os gritos.
Ela carregava um teçado velho e quebrado. Ninguém via esse teçado — era invisível. Mas ela sabia que estava sempre ali, pendurado no coração.
A menina tinha um irmão. Pequeno, de olhos bons.
E ela acreditava que tinha sido escolhida para ser sua guardiã.
Não como irmã — como mãe.
Quando a casa rachou por dentro, e os adultos viraram sombras apressadas e barulhentas, ela virou chão para o irmão não cair.
Ela virou calor quando faltava colo.
Ela virou muro quando vinha ameaça.
⸻
Um dia, num sonho antigo e real, uma cobra azul gigante apareceu.
Ela vinha rastejando com olhos que viam memórias.
Trazia ovos enormes no ventre — pesados como verdades não ditas.
A menina sentiu medo.
Mas não correu.
Ela segurou o teçado — quebrado, sim, mas ainda seu — e avançou.
Com o irmão escondido atrás do corpo frágil, ela lutou.
A lâmina rachada feriu a cobra.
E da ferida não saiu sangue.
Saiu água. Muita. Clara como lágrima contida.
A cobra chorou por ela.
Chorou o que ela nunca pôde chorar.
Da boca da fera, saiu um lamento.
E no meio da água, veio a verdade:
“Você não foi feita para ser mãe. Você era só uma menina.
E mesmo assim, você sobreviveu.”
⸻
Quando a cobra adormeceu, a menina ajoelhou.
E pela primeira vez, largou o teçado.
Olhou para o irmão e disse com os olhos:
“Agora você cresce. Agora você cuida de si.
E eu… agora, eu vou cuidar de mim.”
⸻
No sonho, a água lavou o chão, os pés, o passado.
A menina enfim pôde ser criança.
E a mulher que ela se tornaria,
nasceu dali: não da dor, mas da coragem de se libertar dela.
Eu sou o que restou depois da tempestade.
Eles me procuraram.
O quebrado.
O derrotado.
Aquele que caiu e não voltou.
Mas não encontraram.
Porque eu renasci no silêncio das noites frias,
nas calçadas onde ninguém me ofereceu abrigo,
na solidão que me forçou a conversar com meus próprios fantasmas.
Eles queriam que eu desistisse.
Mentiram, me traíram, me empurraram até o fundo... e eu fui.
Mas lá no fundo, eu descobri uma verdade:
quem aprende a andar no escuro,
descobre o que é confiar em Deus.
Antes de tudo desmoronar,
eu escrevi nas paredes do meu quarto como quem já sabia que o fim estava próximo.
Palavras como alertas.
Como profecias.
Como quem já tinha morrido em silêncio,
e deixou ecos no lugar de explicações.
Falei das orações.
Do amor que nunca foi verdadeiro.
Da distância que eu previa.
Eu previ o que fariam comigo.
Como um homem caminhando de braços abertos para a traição,
eu deixei acontecer.
Em silêncio.
Sem vingança.
Sem olhar para trás.
Porque há olhos que você nunca mais encara.
Porque há feridas que provam sua honra.
Eu não precisei gritar minha dor.
Não precisei provar nada.
A vida recompensa quem caminha com honestidade.
E eu ainda estou aqui.
Mais inteiro do que muitos que tentaram me destruir.
Eu fui importante — mesmo quando não reconheceram.
Fui espelho.
E espelhos quebram quem foge da verdade.
Aos que buscam meu nome,
que encontrem minha força.
Aos que desejaram meu fim,
que assistam ao meu recomeço.
Eu sou o que restou depois da tempestade.
E o que restou… é indestrutível
Olhos tristes, um sorriso quebrado e um coração em pedaços. Carrega no peito tempestades que poucos enxergam, cicatrizes que o tempo não apaga. Há uma beleza silenciosa na dor, um brilho discreto nas sombras. Nem todo amor chega para curar, mas alguns aprendem a ficar, mesmo entre os destroços.
É difícil não se sentir quebrado quando você está sempre quieto o suficiente para ouvir suas peças chacoalharem.
É melhor consertar um relógio quebrado do que tentar consertar o pensamento de quem não quer aprender.
Silêncio Quebrado
No vazio do quarto sem cor,
um sussurro ecoa, um grito sem dor.
Os olhos perdidos, sem brilho, sem ar,
cansados de tanto, de tudo, de estar.
As noites são longas, pesadas demais,
pensamentos cortantes, promessas fatais.
O peso do mundo despenca no peito,
um nó na garganta, um erro, um jeito.
Mas e se houvesse um toque, uma mão?
Se alguém enxergasse além da escuridão?
Se a voz sufocada pudesse falar,
se o choro escondido parasse de sangrar?
O fim parece doce, mas mente tão bem...
há vida pulsando, há luz em alguém.
Talvez numa prece, num riso, num som,
o silêncio se quebre... e fique um tom.
Se a dor te consome, te afasta, te leva,
segura no tempo, resiste, releva.
Porque há quem te ame, mesmo sem ver,
e um dia, eu juro, vai amanhecer.
**Meta: O Espelho Quebrado**
No vale do silício, ergue-se um trono,
Meta, império de luz e de ilusão.
Promessas de conexão, um mundo sem fronteiras,
Mas nas sombras, escondem-se outras maneiras.
Zuckerberg, o arquiteto, tece sua rede,
Com algoritmos frios, controla a fé.
"Comunidade" é o lema, mas o lucro é o fim,
Vendem-se sonhos, mas roubam-se assim.
Dados viram moeda, privacidade, um mito,
No labirinto digital, perdemos o grito.
Anúncios personalizados, manipulação sutil,
A Meta molda mentes, um jogo infantil.
Reels, Stories, Likes, uma dança vazia,
Nos prendem na tela, na fria ironia.
Metaverso, o novo eldorado,
Mas quem paga o preço, fica abandonado.
Trabalhadores queimam-se na fornalha,
Enquanto os lucros sobem, a ética falha.
Moderação falha, discursos de ódio crescem,
E a Meta, impassível, apenas obedece.
Oh, Meta, espelho quebrado da humanidade,
Refletes nossa ganha, nossa vaidade.
Mas por trás do filtro, a verdade aparece:
Um império que cansa, que entristece.
Que futuro construímos nessa tela fria?
Onde a conexão real se esvai e se desvia.
Meta, talvez seja hora de repensar,
Antes que o mundo digital nos faça desmoronar.
Você sempre quis curar o que achava que eram fraquezas. Mas você nunca esteve quebrado. Há beleza nas imperfeições. Elas fizeram você ser quem é.
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