Que Saudade dos meus 15 anos
Quanto mais observo a simplicidade, a alegria e felicidade de crianças brincando, mais compreendo como deve ser o Paraíso. Improvável existir alguém que não sinta saudades de seus 6, 7 anos de idade.Ser criança é a melhor época da vida terrena.
A Cultura Evangélica Brasileira e a Elite Cultural.
O tapa que a cultura pop deu na cara da conservadora elite cultural brasileira nos anos 90, dói até hoje. Expressões como “neoliberalismo”, “sustentabilidade” e (a mais queridinha de todas) “globalização”, eram como biscoito de polvilho na boca de estadistas, intelectuais, jornalistas e outros. Já para alguns da dita “classe popular”, eram como água de piscina que entrou no ouvido. Enquanto a Europa ainda se esforçava para despachar os resquícios dos entulhos do Muro Berlim, e o Brasil vivia aquela aflição de noiva em dia de esponsais às vésperas da ECO 92, simultaneamente explodiam três bombas no território guarani: o axé, o funk e a música evangélica.
Embora os dois primeiros sejam considerados fenômenos culturais de grandes proporções e, no entanto, de baixa qualidade artística e de pouca relevância, a música evangélica não mereceu nem isso. Foi relegada ao mais sutil dos silêncios: o desprezo.
Enquanto os elitistas caiam de joelhos ante a invasão de toda sorte de lixo cultural norte-americano, músicos, técnicos, cantores e instrumentistas se especializavam buscando o aperfeiçoamento e, em consequência, a profissionalização da música gospel. E isso se dava numa conjuntura cultural totalmente desfavorável: nessa época, qualquer um virava cantor no Brasil, qualquer coisa apoiada numa simples nota era chamada de “música”, tanto que a música eletrônica sem letra passou a ser o hino de muitos jovens nas festas RAVE. Enquanto que para ser um simples cantor evangélico, mesmo um dessas igrejinhas de bairros pobres, exigiam-se mais e mais habilidades e técnicas – não bastava ter voz bonita ou ser o filho ou a filha do pastor.
A década acabou. Mas o silêncio da elite cultural não. Foi necessário que o reconhecimento viesse do estrangeiro: o Grammy latino com Aline Barros. Ainda assim não foi bastante para que a elite enxergasse aquilo que está a um palmo de seu nariz: as múltiplas qualidades da música cristã. É claro que o objetivo de tal gênero não é o reconhecimento, é louvar ao Senhor e com um só propósito: honrá-lo glorificando-o. Mas a falácia do discurso que a elite cultural apregoa aos quatro ventos de “valorização da diversidade cultural brasileira” é de fazer doer! De doer em sua própria pele.
E não é só isso. A rica contribuição linguística ao idioma de Camões atingiu a todas as classes sociais. Jargões como “irmão”, “abençoado”, “varão”, “A paz de Cristo”, “vigia” entre outras, são conhecidos até por aqueles que não creem em Deus.
Dos retiros espirituais que são perfeitas expressões de festividade e harmonia entre os participantes, às encenações de peças teatrais e à dança profética, os evangélicos dão vários exemplos de verdadeira cultura. E não é preciso citar as produções cinematográficas que, embora incipientes, com pouco público e com divulgação precária, vão pouco a pouco ganhando espaço e a admiração de muitos. A saber: meu objetivo aqui não é classificar tal cultura como boa, melhor, superior a esta ou aquela, e sim provar, baseando-me em fatos verificáveis, que é cultura também e merece ser respeitada como tal.
Não obstante, o reconhecimento seja mesmo difícil por sua inerência intrinsecamente lógica. Sim, lógica: a cultura evangélica brasileira cresce como semente plantada na rocha pura. Então, estupefata, a elite cultural brasileira questiona:
“Como pode uma semente ter germinado na rocha pura?!”
Não encontram outra resposta senão o silêncio. Eis sua postura.
33 ANOS.
Cheguei e aqui vou cantar
Para quem quiser ouvir
Basta compreender e aceitar
O que vou dizer a seguir
Foram 33 anos de carinho e atenção
Cuidados de mãe com muito valor
Respeito no coração
Dedicação e amor
Ela tinha fé que eu fosse alguém
Me deu as sementes,mostrou-me o caminho
Hoje escrevo poemas para o bem
Para quem está triste e anda sozinho
Deixou eu seguir a estrada
Para eu encontrar a felicidade
Embora mesmo eu não compreendesse a jornada
Nem trilhasse o caminho da verdade!
Um dia fui lá
Para a montanha subir
Um grande amigo me indicou,tinha que ir
Companheiro de luta homenagear
O homem chegou e disse assim:
Que está acontecendo homem? Você é guerreiro
Levanta essa cabeça reaja enfim
Pegue sua armadura cavaleiro!
De sujo que eu estava levantei
Vi uma luz que me sacudiu
Me mostrou as belezas do Rei
Um presente que ninguém ali viu
Um coração para edificar
Boas obras agradecer com gratidão
Para sempre eu quero estar
Dentro do vosso coração!
Fé sempre
Confiança
Paz no coração
Porque a paz não tem preço
E o amor...
Esse, devemos ter sempre
Em nossa essência
Para podermos caminhar com graça
Com beleza
Harmonia
E muita gratidão.
Abraços em todos
Felicidades para todos vocês
Amigos e irmãos
Do coração
Muitas bençãos para todos nós
Com saúde e alegria
Em nossa jornada
Forte abraço
Família
Tudo de bom
De belo
De maravilhoso
Amém
NINGUÉM ME VIU
Eu estive por aí, demonstrando que não é sobre ser preta, mestiça ou morena.
É sobre esse fogo aceso na alma, que qualquer tristeza queima.
Embora nascida num país que não enxerga suas riquezas ou as vendem em seus esquemas.
Eu rompi todas as barreiras, atravessei continentes, fiz valer a pena.
Esperei por horas o socorro, a ajuda, o resgate
Mesmo sabendo que há governos que querem que o povo se mate.
Acreditei que apareceria um bombeiro brasileiro, ou um cachorro que late. Talvez eu não tinha "os quilates".
Mas eu me fui, eu e minha cor de chocolate.
E agora é tarde, de nada serviu a minha faculdade.
Meu esforço, aos 26 anos, formada em publicidade.
Viajada, feliz, levando esperança para a minha sociedade.
Levei pessoas e amigos a conhecerem outras cidades.
E agora, a minha trilha é para vocês desconhecida.
Vocês já devem ter me encontrado, sem fôlego, sem vida.
Eu só queria que vocês imaginassem como foram meus últimos momentos.
As dores e as frustrações que tive antes de me ir, os piores sentimentos.
Não é sobre cair, sobre acidentes, ou sobre vulcões.
É sobre nascer em um país que aos seus cidadãos vende ilusões.
E eu estou consciente que amanhã, a minha história será amnésia.
Meu corpo vocês terão, mas minha vida ficou na Indonésia.
Enquanto os jornais ganham sustento através dos cliques sobre o acidente.
Agora, sobre mim, fala todo mundo, inclusive o presidente.
Mas, na verdade, eu sou apenas mais um número, mais uma pérola que a ostra brasileira pariu.
Estive brilhando fortemente entre vós, mas enquanto tive vida, ninguém me viu.
IDADE DO SUJEITO OU IDADE DO ORGANISMO DO SUJEITO?
A idade em anos não é do Sujeito que tem a função de gerir o Organismo, porque o Sujeito é eterno!
A idade em anos é do Organismo do Sujeito pela temporariedade do Corpo do Organismo do Sujeito!
Assim,
Eu sou eterno, mas, o meu Organismo é temporário pela temporariedade do meu Corpo!
Não é por acaso que dizem: "Que a sua Alma descanse em paz!".
Por isso, não me pergunte quantos anos de idade eu tenho, porque eu sou eterno!
Mas, pergunte quantos anos o meu Organismo tem!
Portanto,
Não pergunte: Quantos anos você tem?
Mas, pergunte: Quantos anos o teu Organismo tem?
Sobre 26 anos: só agradecer por todos os aprendizados e descobertas sobre mim mesmo. Não foi fácil, mas passei essa etapa, fim de ciclos, a cada ano mais experiências.
10 ANOS EM OLINDA
Querida Jéssica,
Não se trata de quanto tempo eu estou em Pernambuco, mas sim de quanto tempo eu me neguei a me envolver com a política. Faço militância política há muitos anos. No período em que saí de São Paulo, devido às decepções políticas que tive na época, continuei me envolvendo, mas apenas nas políticas nacionais, relacionadas ao governo Lula e aos nossos ministérios. Ignorei completamente qualquer instância municipal e até estadual.
Quando cheguei a Pernambuco, há 10 anos, e agora em 2024 completo 10 anos aqui, continuei sem me envolver com a política local, até porque eu não conhecia a cidade e estava passando por um processo de adaptação. No entanto, a militância está no sangue da gente; é algo que fervilha dentro de nós.
Comecei a trabalhar como camelô na praia de Olinda, em uma área frequentada por pessoas de classe A, militares e até extremistas. Automaticamente, meu lado militante começou a despertar. Levava a bandeira do movimento negro, do arco-íris, do movimento LGBTQIA+, além de outras bandeiras, como a "Lula Livre". Foram tantas bandeiras que às vezes colocava três ou quatro no mesmo dia, incluindo a do MST.
Fui conhecendo pessoas, mas ainda assim, não me envolvia com a política local. Até que veio a campanha de Teresa Leitão.
O comitê de Teresa Leitão ficava no centro de Olinda. Eu já a conhecia de algumas ocasiões em que ela esteve acompanhada da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, em visitas à cidade. Por isso, decidi ir até o comitê para falar com Teresa, já que a conhecia de São Paulo, onde ela havia estado com Luiza Erundina.
Eu não via Teresa Leitão há muitos anos e não tínhamos uma amizade próxima. Observava a aproximação dela com a então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, e o tempo foi passando. Foi nesse contexto que conheci Dona Ana. Eu disse a ela: "Não quero saber de política, não quero saber de política. Vou segurar a bandeira aqui, como todo mundo está segurando bandeira, e está todo mundo ganhando um troquinho, ganhando R$ 100 por semana dos partidos de direita, né?" Mas eu não ganhava um centavo. Segurava a bandeira porque queria participar da campanha de alguma forma.
Estando ali das 7:00 da manhã às 7:00 da noite, eram 12 horas diárias, de domingo a domingo. Aquele ponto acabou se tornando um espaço de encontro para o pessoal do PT. Começou a aparecer gente do PT, e fizemos algumas atividades, uma delas foi um aniversário simbólico para Lula, que reuniu em torno de 150 a 200 pessoas. Foi uma coisa belíssima; até hoje tenho lembranças muito boas daquele dia.
Ali, comecei a me envolver um pouco mais, mas, mesmo assim, ainda resistia. Dona Ana estava sempre lá na barraca, até que, aos poucos, fui me aproximando mais, conversando com Teresa Leitão, e comecei a me envolver de novo na campanha. Era a campanha coletiva de Olinda, com Dona Ana, Paulo, Breno Almeida, e uma moça cujo nome não me recordo. Foi assim que conheci Vinícius e outras pessoas.
Apesar disso, eu ainda era muito preso ao meu trabalho, com 12 horas diárias, das 7:00 da manhã às 7:00 da noite, com pouco acesso à internet e à informação. Vivendo naquela bolha da praia, meio que diariamente, você acaba sabendo que existe um mundo político acontecendo. Eu continuava acompanhando as questões do governo federal, mas não me ligava muito na política local. Além disso, em termos de mídia e propaganda local, somos péssimos. Basicamente, só recebemos notícias do que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, e no Sul; aqui no Nordeste, a cobertura da mídia progressista de esquerda é muito ruim.
Enfim, acabei me envolvendo, e agora estou de volta, já envolvido de tal forma que não tem mais volta. Vamos à luta, porque voltei para ficar. É claro que sou uma pessoa limitada, por conta dos meus problemas de saúde, o que me impede de participar de determinadas coisas para que não aconteça algo fora do meu controle. Por isso, meu conhecimento é extremamente limitado, e na maioria das vezes prefiro me calar e ouvir, para aprender com vocês e adquirir maior conhecimento sobre política local, estadual, e sobre a história do Nordeste. É mais ou menos isso.
Fernando Kabral
Perigosa não é a mulher que esconde a idade, é a mulher que a revela. Se ela não tem medo de dizer isso, não espere que ela tenha medo de mais nada.
Ontem eu era garoto, os dias eram dias, os meses eram meses e os anos eram anos. Hoje sou adulto, os dias são segundos, os meses são minutos e os anos são horas.
... Não tenho tempo nem para explicar essas palavras.
Não existe nada mais previsível e indiscreto que esse tal de "anos". Embora não seja bem-vindo e muito menos convidado, é sempre o primeiro a chegar camuflado na sua invisibilidade no dia do meu aniversário. E pior, cada um que chega se nega a ir embora. Por mais que eu tente escondê-los, lá estão eles, sorrateiros embaçando meu olhar, pesando sobre a minha pálpebra, congestionando minha memória, roubando a elasticidade da minha pele, desgastando minhas articulações, minando meus hormônios, entupindo minhas artérias. E eu não sei se isso é um privilégio ou castigo, sei apenas que um dia se tornarão tão insuportavelmente pesados que eu não vou mais conseguir carregá-los.
Já faz alguns anos !
Já faz alguns anos,
que modifiquei, o meu modo de vida.
No mesmo instante, que olhei para Cristo,
a minha vida mudou.
Agora não vou mais chorar,
nem pra trás olhar,
pois aceitei Jesus e certo estou,
que vou morar na Cidade de Luz.
Você meu amigo, que vive no mundo,
a se iludir, aceite Jesus,
e venha comigo, morar no Provir.
Ontem te vi do outro lado da rua.
Nesse momento, a parede uma geleira
deslocou de sua imensidão branca e caiu do mar azul
sem fazer nenhum som.
Um carvalho gigante caiu nos verdes campos,
com suas poucas folhas vivas.
Fazendo uma velha mulher que dava comida a suas galinhas
olhar de leve para cima.
Do outro lado do universo, uma estrela
de massa equivalente a três milhões de sois explodiu
e desapareceu. Deixando um ponto verde nos olhos do astrônomo
e um vazio no meu coração.
Aquele momento em que a corrida dos anos é reduzida a um simples instante. E o tempo para. É raro esse feito.
A vida da gente é um acúmulo de vivências que viram passado e, à medida que os anos ficam para trás, são tantos momentos para organizar que é quase impossível detectar o que realmente importou e o que vai virar mais uma lembrança perdida e sem relevância.
Cheguei a meio século de vida e agora? Será que vai mudar algo significativamente? Acredito ser esta a preocupação de muitos, mas eu prefiro acreditar que vai mudar sim! Pra melhor!
A vida, apesar de tantas dores, nos proporciona incontáveis alegrias. São aprendizados diários, vindo de escolhas diárias. Quem garante que fez ou fará escolhas certas? E quem determina o que é certo ou errado? Eu prefiro pensar que qualquer escolha feita, pois faremos quer queiramos ou não, serão degraus em nossa escala evolutiva, como pessoa, como espírito e como parte da Centelha Divina que somos.
Foi preciso viver estes cinquenta anos para contruir o ser que sou hoje, cada momento, cada dor, cada alegria, perdas, conquistas e principalmente o ato de poder gerar seres humanos dentro de mim, somaram na minha alma e me direcionaram para ter um olhar mais direcionado ao que de fato tem valor, as ditas virtudes, tão almejadas por todos, que são: verdade e caridade.
Firmei na verdade que a matéria fica no mundo material e o que levamos ao deixar este mundo é tudo que pudermos doar de nós, de bom, para o bem comum. Assim, creio que estarei levando uma bagagem mínima que seja, sempre com a impressão que poderia e deveria ter feito mais e mais.
Enquanto este dia não chega, sigamos amando ao próximo, fazendo o bem, sorrindo e sendo feliz no que pudermos ser.
13/09/2021
O milagre do verdadeiro amor é unir laços invisíveis de forma indivisível, ainda que a separação física seja de incontáveis anos-luz do espaço-tempo. Afinal, a distância é relativa quando o laço é de amor.
Um dia como mil anos
Eu espero, eu contemplo, esse momento, esse dia, por mais de mil anos as algemas me impediram, mais de mil anos as grades obstruindo que eu passe, foi longo o tempo que meu rosto se esbarrou nas portas de ferro, fui visitando cadeias e cadeias do pecado, uma escuridão, como um porão sem janelas, um sorriso sem graça, a esperança morta, tristezas, angústias e misérias contornaram minha mente, e a morte encurralou meu coração.
Um dia, aquele dia, nesse dia, pode ser hoje, agora, nesse momento eu creio, que as paredes podem cair, as muralhas desabar, onde as asas possam se abrir, o pensamento voar, o equilíbrio emergir, a liberdade surgir, o Espírito que não me foi apresentado, agora contemplado, senhor, és ti que quero sentir. Oh pai amado, misericórdia e vida, eu peço, um dia com o gozo do teu Santo Espírito que traduzirá em mil anos, ao nome de Jesus, eu creio, seja glorificado teu santo nome através de minha vida.
Giovane Silva Santos
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