Quase
Sei que não sou quase nada, mas se alguma parte de mim é algo, loucura está definitivamente incluso.
Os sons emitidos pelas vibrações
quase imperceptível
das pedras...
São transformados em ações
na alma sensível
dos poetas.
-Liberdade-
Quando te tenho em meus braços
Eu quase posso acreditar
Que um dia seremos apenas nós
Quando se aninha no meu colo e dorme
Eu sinto que posso ser oque eu quiser
Em qualquer lugar do mundo
Não existe nada melhor
Nada
Que sentir o seu sono morno
Nas minhas coxas
Enquanto você estiver em meus braços
Eu serei livre.
Faço parte da tribo das mulheres que nasceu com a sinceridade à flor da pele. É quase uma maldição ser assim no mundo de hoje. Tenho a total desvantagem de não saber fazer doce, e ser sempre direta em meus relacionamentos. Quando eu vejo, já falei demais, já demonstrei demais, já fui muito eu. Estraguei tudo, sem reparos. Essa minha mania de ser direta já me fez perder muitas coisas, em contrapartida, tenho a total certeza que só perdi o que não merecia ficar ao meu lado. Mas eu prefiro ser assim direta, sincera e falar tudo na cara sem rodeios ou meio termos, do que me fazer de sonsa. Sonsa que por sinal eles adoram. As sonsas são sempre sucesso, as mais pedidas, e as mais rodadas também. Elas adoram se fazer de boazinhas, já pegaram todos e já fizeram de tudo, mas juram de pés juntos que tudo o que falam ao seu respeito é mentira, e você acredita, claro! Dignos de pena, ela e vocês que caem nessa conversinha porque é mais cômodo ficar com alguém que finge ser o que não é para te agradar, do que aguentar o tranco que é se relacionar com uma mulher que não camuflas suas vontades e, muito menos usa máscaras e mil truque para conquistar e segurar alguém. Gente como eu, tem no sangue o respeito por si próprio e em cada poro a natureza de ser o que é, custe o que custar. E pago caro por isso. Pago com juros a saga de ser verdadeira e não me submeter a jogar qualquer jogo dizendo amém para todas as regras. Mas eles adoram um doce, um charme, uma submissa. Azar o deles. Aprendi a ver em cada fim, um recomeço mais digno, mais cínico. Aprendi a me jogar na vida, em vez de ficar elaborando joguinhos com alguém que não está disposto a ser de verdade também. Sorte a minha de ser assim: intensa, verdadeira, sincera. Sorte de quem tem a chance de me conhecer por aí. Azar de quem não consegue valorizar gente de verdade e acaba virando fantoche no jogo vazio dos outros.
Eu me refiro a vontade, com tanto dela que é quase a minha oração perpétua, desconfio que por algum momento me acostumei ao ver pétala por pétala do seu sorriso florescer, não quero cair em contradição, pois sei que já é tarde para voar atrás, afinal eu já nasci assim, com um jeito bagunçado de amar, feito um guri, entusiasmado com tudo que trás vida e procurando nos seus olhos motivos para não crescer..
Na solidão da vida
PARTE V:
Rob quase caiu pra trás. Ele conseguiu ler apenas as primeiras linhas que diziam que ela tinha sido encontrada morta em seu apartamento na tarde de ontem, com 3 tiros na testa. Pelo que dizia o jornal, ela foi assassinada por seu futuro marido, que acabou se entregando a polícia. No jornal, ele dizia:
"- Eu segui ela ontem a noite. Descobri que estava sendo traído. Tive certeza disso quando ela chegou apenas hoje cedo em casa. Então eu perguntei á ela onde estava. Ela me disse que estava com um amante e que iria fugir com ele e que não suportava mais a minha cara. Eu não sei como pude fazer isso. Mas eu fiz. Ela mereceu."
Rob deixou o jornal cair, junto com o seu corpo e sua mente inconsciente.
Quando acordou, estava em um hospital. Ao seu lado, seu patrão. Ele perguntou:
- Está se sentindo melhor, Rob?
- Não.
- Não? Quer que eu chame a enfermeira? Sente dor aonde?
- Não é preciso enfermeira. Minha dor é na alma, e não há mais nada nem ninguém nesse mundo que possa curá-la.
O patrão dele, Julius, ficou olhando-o perplexo. Perguntou então:
- Ela era sua namorada?
- Sim. Foi a única mulher que eu amei durante todos esses anos. E ela também me amou.
- Ah, Rob, eu lamento muito, muito mesmo.
- Não lamente. Por quanto tempo vou ficar aqui?
- A enfermeira disse que ainda hoje você pode ir embora.
- Ótimo.
- Eu preciso voltar ao restaurante, mas assim que você receber alta, me ligue e venho buscá-lo.
- O.k. Muito obrigado, Sr. Julius.
Julius foi embora, e no fim da tarde voltou para apanhar Rob.
Os dias se seguiram tristes e vazios. Nada mais importava para Rob. Seu amor nunca mais voltaria. Nunca mais.
Depois de uma semana ele resolveu visitar o túmulo de Clara. Contemplou sua linda foto no epitáfio. Chorou, deixou uma rosa vermelha e então disse:
- Você me prometeu que ficaria para sempre comigo. Pois eu lhe faço essa mesma promessa. Eu irei vê-la mais cedo do que imagina, meu amor.
O CASO DO ESPELHO
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos: – Mas o que é que esse retrato de meu pai está fazendo aqui?
– Isso é um espelho – explicou o dono da loja.
– Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
– O senhor. . . conheceu o meu pai? – perguntou ele ao comerciante.
– O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era somente um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
– É não! – Respondeu o outro. – Isso é o retrato de meu pai. É ele sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
– O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho.
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
– Ah, meu Deus! – gritava ela desnorteada. – É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim!
Eu te encontrei sem procurar
Quase não deu pra acreditar
Eu que te amei
Recebi o amor que você me deu
Talvez não eu soube cuidar
Talvez tanta felicidade só veio nos atrapalhar
Eu tive medo de te perder e te perdi
Você que tanto falou de amor pra mim
você que tanto não queria saber do fim
foi embora e me deixou aqui
Triste sou eu agora sem saber se quero que volte ou que apenas suma
Não exista mais dentro de mim.
tudo a
ver
tudo a moldar
tudo
a parir
derepente o caldo
entonou
e o copo antes quase a
transbordar
veio a gota d'agua e derramou-se
sobre
o que havia de acontecer e a realidade
que existia
foi-se
como que por magia o
esperado
tornou-se fumaça e
diçolvel
no vento a passar....
que derradeira desilusão
mas uma vez o
destino
me prega uma peça
eu
autora de meus
dias
cambaleando me sinto agora...
na ponta dos
pés
ouso pisar
para não desperta as
feras....
acaso poderia eu
saber ?
que neste mundo
quem manda é um covarde a se
esconder
de verdadeiros atos cavados
no coração
de quem ousa ser a
diferença?
Pai de Bondade semeaste estas terras onde moro, a terra esta quase ser fertilidade, cultivai sementes diversas para que esta plantação farta de tantas coisas boas, regai todos os dias pela manha e ao cair da noite, para que a noite até amanhecer posso dormir sem preocupação, frutificai esta plantação com muita coragem, perseverança, força e muita persistência para nascer e crescer nesta terra quase infértil, quando chegar ao tempo de colheita, estas sementes possam proliferar em outros campos com muitas graças, coragem e persistência nos campos onde não tem amor e esperança. Obrigado meu Jesus Semeador
Quando não dá certo, natural sofrer...chorar...muitas vezes, até mesmo, quase se acabar de tristeza...mas é bom não se esquecer que a vida está aí...que ela segue em frente. Talvez, algumas vezes não tão rápido como gostaríamos...mas ela segue em frente...a princípio, lentamente...mas depois sempre acelera...tudo se ajeita...tudo se resolve...viver é assim...uma madrugada...uma manhã...uma tarde...uma noite...e novamente a madrugada...a manhã...início...meio...fim...reinício...
Numa tarde destas, numa laranjeira a beira da cerca de um sítio já quase sitiado pela cidade, nasceram duas laranjas que, sem pretensões nenhuma não almejavam nada, a não ser que a própria natureza se encarregasse de fazer delas o que quisesse. E assim foi, amadureceram lindas entre folhas verdinhas, uma foi logo colhida e colocada em uma travessa de vime bem no meio da mesa na casa dos proprietários do sítio a outra ficou na árvore bem pertinho de um ninho onde filhotinhos de sabiás logo descobriram por meios de bicadas o sabor delicioso da fruta. Fizeram furinhos que ficaram maiores e que alertaram através do perfume alguns insetos e até abelhinhas e, assim, de repente uma população de espécies se aconchegaram na frutinha e no entorno dela. Uns gostaram dela madurinha, outros já apreciaram passadinha e alguns - tem gosto para tudo - adoraram ela quase podre, mas foi unânime entre todas as bicadas da bicharada que a laranja estava ótima. Depois disso tudo ela caiu no chão, e entre uns dias e alguns meses, brotou de suas sementes, outra laranjeira. E a outra laranja? Ninguém comeu, ninguém cheirou, simplesmente quando ela estava madura colocaram no freezer para um dia fazer algum doce que não foi feito e ela acabou esquecida na gaveta de frutas, congelada no tempo. Se um dia você for colher alguém para trazer à sua vida, que seja para apreciar seu perfume, que seja para ouvir suas histórias, ouvir suas risadas, que seja para compartilhar o por do sol, que seja para se refrescar na chuva, que seja para alimentar a alma com carinho, que seja para sentar do teu lado de mãos dadas e deixar a natureza fazer o que quiser com o tempo. Mas não deixe de maneira nenhuma esquecida num canto da casa, num canto da vida
"Quase toda manhã, compro um café e sento na praça para apreciar as pessoas. Elas são engraçadas, passam correndo, gesticulando, falam alto ao telefone, meio lesadas. Não parecem possuir sentimentos muito menos problemas. São máquinas auto destrutivas e, de certa forma, isto me transmitia segurança, alívio e até receios. Os imaginava em um tabuleiro de xadrez. Os enamorados são as primeiras peças eliminadas. Eu os repudio. Essa felicidade genérica em suas expressões é tão momentânea e superficial. Excepcionalmente hoje, observar os pássaros parecia-me imensuravelmente mais interessante. Observem-os. Tão livres e coloridos, o maior de seus problemas é migrar no inverno para um lugar tropical.
Ah o calor!
Contudo, a parte mais aguardada era às 10hs, a saída da ruiva misteriosa da livraria, tão bonita e despreocupada. Se a mesma fizesse parte do jogo, certamente seria a rainha, ao julgar pelo livro de Jack Kerouac apertado entre seus braços. Da loja até a esquina mais próxima, ela desfilava uns cinco metros, parecia tão decidida e firme. Eu gosto de admirá-la, como um irmão, um avô, até mesmo como o pai dos seus filhos. Eu poderia esbarrar nela propositalmente e elogiar sua escolha literária, perguntar se passou pela prateleira dos livros menos procurados e encontrou o meu por lá. Arrumaria um emprego na livraria e a indicaria Bukowski, colocando um bilhete entre as páginas, tal qual sendo um convite para jantar. Em meia hora de conversa, ela me acharia um cético fanático, mas iria rir sobre minha forma de ver o mundo e soltaria frases de Nietzsche para que nossos assuntos entrassem em sincronia. Nos viciaríamos um no outro. Ela me conheceria bem e eu decoraria o aroma que ela traz. Entretanto eu sempre ansiaria o fim. Quem sabe a ruiva era uma engenheira ou professora, será que se importaria em casar-se com um escritor falido e sem ideias? Eu ficaria cego por seus encantos e até arriscaria compor o poema amoroso mais babaca, todavia o mais apaixonado que poderia ser feito.
Mas qual é a cor daqueles olhos?
Podem ser aquele tipo de arco-íris fatal, um carnaval tão convidativo, tão belo... Armadilha tão tentadora. Quem sabe se ao invés de ficar bebendo nas madrugadas de insônia, eu a observasse dormir. Quantas aleatoriedades levariam-me a arrastá-la ao melhor restaurante, ajoelhar-me diante dela e falar durante dez minutos sobre o quanto a admiro, persistindo na certeza de que a tal ruiva é sim o meu amor pra vida inteira.
Mas como se nem ao menos sei o nome dela?
Ainda desconheço o melhor método de indagar alguém. Qual é a melhor forma de tentar uma aproximação imediata se eu não gosto de apertos de mão e beijinhos no rosto me deixam nervoso? Reflito por mais alguns minutos e percebo a inutilidade de todo este esforço.
Poderíamos brigar, eu sairia bravo, poderia sofrer um acidente. Posso passar mal e descobrir que tenho apenas alguns meses de vida.
É. Não vale a pena tentar montar esse quebra-cabeças de cinquenta mil peças.
Existem pessoas que despertam nossos interesses, sentimentos confusos, estranhos. Convive-se com ela por um determinado período e é obrigado a admitir que o cachorro é sim o melhor amigo do homem. Passa um tempo, sofre-se o suficiente até chegar ao extremo de conhecer outro alguém. É o ciclo interminável da incapacidade de ser só. O medo maior é morrer sozinho, mas é sempre assim. Tenho que me acostumar com despedidas, trens partem o tempo todo, assim como os pássaros que acabam sempre voltando aos ninhos. Não importa o que aconteça, eu estarei toda manhã sentado na praça com o meu café amargo, contemplando o retrocesso humano.
Até o dia do xeque-mate..."
À medida que caminhamos os obstáculos ficam mais difíceis.
Minha atual fase está quase no Game Over de tão complicada...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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