Quarto Privacidade
Quantas vezes chorei num canto do quarto pois você estava longe? Quantas vezes me machuquei?
Eu achava que não seria capaz eu viver sabendo que se eu não estive ao seu lado você iria sofrer... Pois até sofra... Mas hoje eu vi o quanto eu sou especial e o quanto eu posso ser feliz mesmo estando longe de você. Porque eu mereço, pois te amei, te cuidei, te alimentei... Mas hoje não posso fazer isso mais... A minha felicidade não estará mais ao seu lado.
Você ainda esta longe, mas quando voltar, espero não ter recaídas... Te amo ... Mas terei que me acostumar a fingir que não amo mais... É o melhor a se fazer... E hoje eu vejo um futuro ao lado de Deus, é somente oque importa, ter uma vida espiritual saudável... O tempo em que ficamos juntos foi pouco, mas o destino reservou um lugar pra gente entre suas linhas, então agradeça. O amor entre um homem e uma mulher pode vencer varias barreiras, mas o amor de Deus e um ser, pode vencer todas as batalhas.
Pregue no mural do seu quarto aquelas pequenas fotos nossas, e aquelas simples poesias que fiz pra você. Cole no seu espelho aquela letra de música que eu adoro. Olhe o seu reflexo inexpressivo e vazio, e então sinta a minha falta. E então me procure.
JANELAS
Abro as janelas do mundo
sempre que me fecho
em meu quarto,
onde com palavras,
sonhos e iluminuras
eu inundo.
Arrombando as travas,
vai arrebatando farto
o coração em torrentes,
transbordando dores e agruras
e levando a alegria junto,
em lavas
adormecentes,
até que
pelo mundo,
boiando, já nas alturas,
saltando feito um sapo,
de janela em janela
eu me escapo.
Fecho a Janela do mundo
Enquanto abro a do meu quarto
A reclusão um dia vivida no agora já não me cabe
Pronta pra sair sem olheiras ou cansaço
Juntando-me a sinantropia que sobre o mundo se abate.
BELEZA COLATERAL
Você é...
O sol da manhã invadindo meu quarto depois de uma noite insone.
O arco-íris que surge antes mesmo que a tempestade se finde.
O passaporte esquecido em casa e só lembrado bem na hora de embarcar.
Destino decidido na rodoviária.
Mudança de rota no meio do caminho.
O trabalho escolar entregue depois do prazo.
A prova discursiva sem consulta para a qual não estudei.
Discurso improvisado, sem esboço ou powerpoint.
Apresentação espontânea, sem ensaio ou marcação.
Frio na barriga quando as cortinas se abrem.
Timidez repentina em noite de estreia.
Trailer de um filme que saiu de cartaz antes que eu pudesse assistir.
Último filme de uma trilogia que não acompanhei.
Epílogo que se recusa a ser mais um capítulo num livro de quinhentas páginas.
Argumento que não coube no enredo da minha obra.
A licença poética que dou aos meus devaneios.
Verdade oculta nas entrelinhas da minha ficção.
Uma vida como bônus antes do game over.
Café fresco feito na hora de dormir.
A desculpa que dei pra mim mesmo.
A peça que a vida me pregou.
Um dia de calor em pleno inverno.
Um dia frio em pleno verão.
Fruta colhida fora de época.
Flor desabrochada noutra estação.
Aperto no peito. Dor na alma. Choro contido.
A lágrima mesclada à água que cai do chuveiro.
Paraquedas que se abre a poucos metros do chão.
A neblina em estrada sinuosa numa noite de lua cheia.
O cheiro da maresia na praia numa tarde que deveria ser ensolarada.
Armadilha do destino disfarçada de acaso.
Cenas extras depois dos créditos num filme da Marvel.
O segundo andar de um ônibus londrino.
O lado B de um disco de vinil dos Beatles.
O desfecho inesperado de um filme que justifica e redimensiona todo o enredo.
A música que tocou no rádio, cujo título o locutor se esqueceu de mencionar.
O ninho onde a fênix renasce das cinzas.
O sinal amarelo num cruzamento perigoso.
A nota dissonante que disfarça o plágio acidental.
O arranjo que dá vida própria à minha composição.
A letra que pus numa canção que nem é minha.
Estrela que risca o céu em noite estrelada.
Chuva de meteoros em noite nublada.
O farol em meio ao nevoeiro que ajuda o navio a aportar.
O sonho para o qual tento voltar quando acordo.
Sonho impossível de se realizar.
Um brinde da vida aos que insistem em sonhar.
Quadro sem moldura. Canção sem partitura.
Rima que só encontrei depois da poesia terminada.
A beleza colateral percebida na discreta assimetria de um sorriso.
Arte-finalista que transforma um simples rascunho numa irretocável obra-prima.
Do outro lado da cidade
Num quarto branco com paredes adesivadas
Uma glock, um mentalista, um cacto
Cartas escritas à mão
Promessas guardadas na memória
Você no coração
Na cama um espaço só seu...
Hoje não existe "meu"
Tudo é nosso
Até o céu
Almas em desespero,
trancadas no quarto do mundo...
Vaidades, luxúrias...
Doses doces, de mentiras de alegrias...
Toda fome insaciável.
Carnificina!
O que é amor?
Devorar bocas...
Devorar cabeças...
Ventos frios, resfriam o fogo do inferno...
Onde foram parar nossos abraços?
Talvez em qualquer laço, em outra cama, outro quarto, até em outros passos. Passos nossos esses que ficaram no meio da estrada, que ficamos de seguir juntos sem qualquer restrição, enganação ou ilusão.
Mas a vida muda tudo e temos de seguir em frente, mesmo que seja por caminho diferente porque o que realmente importa é o que fica guardado dentro da gente.
Num quarto, as luzes apagadas, pela janela o brilho da lua ilumina seus traços e a dança começa.
Seu corpo aproxima mais do meu, seus lábios encontram os meus, calmamente e intensamente o ritmo muda.
Seus toques aumentam mais a satisfação e meu corpo se arqueou mostrando a sensação mútua de prazer e a dança continua.
Calor de paixões
Do calor do meu quarto Imagino o calor dos seus braços
Que me envolviam
Que mentiram
Que me prometeram cuidado
Do calor do meu quarto
Sinto toda carícia daquela noite
Em que você me atirou em seu fogo e queimou-me em desejo
Devorando-me as vísceras
Do calor do meu quarto
Nasce um espirito que o deseja secretamente
Impossivelmente
Porque sabe, que é impossível amar o inexistente
Do calor do meu quarto
Nasceu a ideia
De talvez, por um único dia
Ó meu Deus, um mísero dia
Ser seu
Saborear-te o mel
E provar do fel
Que escorre, por entre as pernas
A luz do vento
Eu estava no meu quarto, organizando alguns papéis da minha bancada,
Até que sutilmente um vento quase forte e gelado veio ao meu rosto.
Passei alguns segundos aproveitando aquela brisa tão pacífica que milagrosamente veio na direção exata de meu rosto,
Até que vagarosamente andei até a janela, e coloquei meu rosto bem na frente dela.
A brisa ficou levemente mais forte,
E através da janela fiquei olhando minha rua tão melancólica,
As árvores balançando, o silêncio, e um único garotinho andando de bicicleta contra o vento
E sem perceber, uma lágrima escorreu do meu rosto.
Eu fechei os olhos e senti escorrer,
Senti a lágrima gelada sendo arrastada para o canto do meu rosto pelo vento tão dramático,
E assim fiquei.
E aos poucos, minha alma pesada foi ficando leve
Leve
Tão leve,
Que eu flutuei.
O vento me deitou no ar sem me perguntar
E eu deixei.
Eu abri os olhos
Voltei o rosto para cima
E nas nuvens estava escrito:
"Você está pronta".
O homem forte se dá três oportunidades para
se levantar em tombos de um caminho...
Quarto, quinto e sexto, se houver, serão em
outro caminho.
Apenas mais um alterego desnecessário e negativo presente em minha mente; sim, meu quarto está cheio deles, e mesmo assim me sinto sozinho; será que preciso de auxílio ? Talvez, mas no momento estou em confronto com minha própria realidade; devo travar essa batalha silenciosa sozinho ? Sim ? Certo, vou me cansar, sim, mas não pretendo deixar passar, não vou cair perante uma simples, porém, trágica ilusão de minha própria realidade.
Essa chuva que cai a cântaros povoa meu imaginário...
Pois saiba querido que reservei um quarto no melhor hotel da cidade e quando você sair do trabalho estarei lá a sua espera. Eu vou deixar você escolher a bebida, num extremo sinal de boa vontade. Aproveito para renovar a promessa de muita diversão e horas de amor sem fim.
Eu fecho os olhos e lembro você,
No quarto escuro, o que eu mais queria era te ver,
Pra que insistir,
Se o nosso amor agora chegou ao fim.
Mais uma vez vou te pedir,
Volta pra mim...
É impossivel de viver assim,
Sem tua presença,
Meu mundo para, com você na minha cabeça,
Preciso te encontrar e nos seus braços me jogar,
Pro mundo eu vou gritar que...
É com você que eu quero estar.
A janela do meu quarto, me traz a imagem do meu sonho
E porque não saio e realizo ?
Nossa...
Não consigo abrir as portas,
as portas são de coragem
Tenho as chaves,
Mais estão cobertas de medo.
Agora vivo na casa da solidão,
Espero por ti...
Porque não abres ?
Tu tens as chaves do amor !
Mais não vens
Logo moro,
Logo morro.
Eu nunca fui grande coisa, vivo trancado no meu quarto, escrevendo, ouvindo música e me convencendo de que é melhor estar sozinho. Onde está o amor? Me traga vida novamente. Dessa vez eu não vou chorar. Preciso aguentar essa rasteira, que a vida me passou.
Hoje resolvi não compor no palor do meu quarto,
Mas abri a janela,
Entrou um raio de sol,
Ele compôs para mim.
Não quero música nem poesia,
Ouvi um simples pardal,
Quão perfeita Melodia.
Me ensinou o ordinário passarim.
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