Quando Morremos Sorrimos
estamos mortos, sinta meu coração,
morremos mas ainda vivemos.
somos imortais, bebemos a vida,
sinta a eternidade em meus olhos,
nada pode viver para sempre...
toque meus lábios veja a eternidade
,toque meu coração frio...
venha comigo e lhe darei a eternidade,
seja minha para sempre...
prove o sangue dos mortais...
a escuridão será tua para sempre...
estamos mortos,
mas. ainda vivemos no ar da eternidade.
sinta o meu coração frio...
venha viver a arte da eternidade,
toque meus lábios,
o amor pode ser eterno,
o prazeres faz parte da dor
entenda esse sentimento,
venha para meus braços,
sinta o perfume da morte,
sinta meu amor para sempre.
por celso roberto nadilo
Morremos antes mesmo de nascermos, por isso, procuramos a nossa alma instalados em corpo humano, que para muitos, o melhor que fazem passa por alterar as características do corpo em que habitam.
Enquanto vivemos, aos poucos morremos. Como pedaços arrancados do ser, vemos quem amamos desfalecer. Nos restando a dor da saudade, lembranças que trazemos da tenra idade. E a esperança do reencontro, nalgum lugar da eternidade.
A vida que vem depois que morremos, não se manifesta antes que os nossos olhos se fechem, mas, imaginamos tudo o que nos tornaremos, quando não mais estivermos perto do nosso corpo mortal.
Aqui nascemos, aqui crescemos e aqui morremos; brigamos por ser, ter e poder; e esquecemos que para onde iremos, não seremos e nem teremos...
Morremos de medo de morrer
Porque não temos maturidade suficiente
Para entender essa nova situação.
Morrer não significa o fim,
É uma porta que se fecha prá esse mundo
E uma janela que se abre prá uma nova vida, numa outra dimensão.
Talvez a transição entre a vida e a morte seja gradativa, ou seja, morremos sem perceber. Nos afastamos dos amigos, da família, do companheiro(a), saimos do emprego, de casa, da cidade, paramos de nos alimentar direito, de beber água, de sorrir... De repente olha-se em volta, nada mais é sentido, tem ou faz sentido, ninguém mais nos nota e então percebemos que fomos preparados para o fim e já estamos, há algum tempo, vivendo em outra dimensão.
“ Morremos um pouco a cada dia. Ressuscitamos metafisicamente ao anoitecer, com o bálsamo da poesia”.
“Eu creio que a morte seja uma punição
Muito severa pelo erro de Adão,
Morremos pelo pecado,
Por um prazer consumado no jardim da redenção.
A vida, sem fantasias ou utopias poéticas
É de fato a arte do desencontro.
Ser feliz é um evento raro, quase impossível,
Fato que não ocorre sem suas consequências inevitáveis,
E sempre se dá com efeitos penosos para quem ama.
Perder é parte comum entre quem ama e quem se deixa ser amado.
E sofrer não pode ser barreira intransponível
Para nos impedir de amar...”
No gozo libertamos a alma.
O corpo perde os sentidos.
Por segundos, morremos.
Será a morte um gozo eterno?
