Quadras fim de Curso para Filhos
Somos ótimos sonhadores, podemos até dá um curso de como sonhar, mais somos melhores ainda em sabotar nossos sonhos e objetivos.
Até mesmo o mar de águas mais calmas precisa ter aonde desaguar. O curso natural da vida é marcado por encontros inesperados, que mudam todas nossas coordenadas geográficas e nos dão um novo norte. Por vezes estamos à deriva, mas sabemos bem quando o que encontramos é um solo fértil.
Aprendi desde criança
que a vida é uma constante,
vai girando sem parar,
segue o curso, vai avante.
Numa hora tem descida,
noutra logo vem subida,
tal como roda-gigante.
Tempos nebulosos estão em curso. A obscuridade se faz presente no seio da humanidade. A verdade será descortinada no apagar das luzes.
Rafael
estão todos seguindo seu próprio curso, seu próprio ritmo, sua própria estrada. estão todos dançando a música conforme suas vidas com os olhos vendados até seus narizes.
ninguém se importa com seus passos em falso, as justificativas dos meios aos fins. atodos importam apenas colher as rosas, as pétalas, ignorando suas raízes que tiveram todo afinco de brotar beleza abaixo da dor.
estão todos ocupados com suas jornadas egoicas no vazio de uma vida sem tempo. estão todos preocupados com os resultados sem olhar pro próprio peito.
se acumulam de conexões vazias e se perdem sem seus próprios labirintos.
se habituam a nadar na superfície e por fim não encontram nada.
CÂNION DO XINGÓ
Vou seguindo no meu barco
Nesse curso correntio
Águas verdes, Velho Chico
Muito amor por esse rio
Esse Cânion do Xingó
É um tela de Miró
Um lugar que é ouro-fio
Cachoeira
Segue o rio em seu curso
Queda d'água, cachoeira
Fim da linha, acabou
Vida que é derradeira
E renovam-se as águas
Natureza não deságua
Nessa leva passageira.
SÉRIE: O ESTRATEGISTA 43
Há contradições no curso da vida que devem ser observadas: ao mesmo tempo em que se diz que ninguém faz felicidade em cima da infelicidade de outros também se afirma que para uma pessoa feliz existem muitas infelizes e, ainda, que a felicidade de alguém muitas vezes é a desgraça do próximo. Cuidado. A compaixão excessiva é uma armadilha. Não se torne infeliz por compaixão aos infelizes. Dar esmola é caridade, mas Salvador só Jesus o é. Não tenha pena de quem caiu em desgraça; muito provavelmente foi avisado inúmeras vezes e não ouviu. A obstinação pavimenta o caminho da ruína certa. Seja fluído e pronto para recuar se preciso. Estenda a mão, mas encolha o braço. O infeliz está mais propenso a ser invejoso e mau caráter quando confrontado na sua má sorte. Não seja vitima da compensação por compaixão; é uma ação inútil. Muitos perdedores acham que os demais são culpados pela sua sina provocada, muitas vezes, por eles mesmos. Afaste-se. Essa gente contamina.
Uma atitude generosa pode revelar uma alma nobre, mas não costuma ser muito inteligente. Controle-se. Emoção é algo inútil e ruim na estratégia do poder. Deixe que a caridade seja feita no seu nome e colha os merecidos louros de benemérito...de longe. Não seja o agente da ação direta. Infelicidade e amargura de espírito são contagiosas. Se afaste. Quem já está no fundo do poço desejar, por maldade ou vingança do mundo, arrastar qualquer um consigo. Que não seja você. Lembre-se que os vencedores contribuem regularmente para instituições de caridade como parte do jogo de poder e manipulação. Raramente são vistos senão em breves minutos numa festa popular para fotos e vídeos oportunistas. Não se sinta constrangido em fazer o mesmo. Jogue o jogo. O que muita gente quer é dinheiro e nada mais. Cuide de não falhar nessa parte.
DIONILDO DANTAS
A quarentena fez eu fazer um blog, um diário online, mudar de curso da facu. Será que quando acabar eu ainda serei eu?
"Olhe, veja bem, para você ver.
Não desvie o olhar de quem desviaria o curso do mundo por você.
Olhe nos olhos do tolo, que blasonava sobre você.
Procuro você no escuro do quarto e cadê?
Me olhas com desprezo, com aquele seu olhar blasé.
A cada dia mais, tu matas meu querer.
E serei eu o culpado se esse sentimento morrer?
Olhe, veja bem, para você ver.
Você drenou toda a essência do meu ser.
Você, você e novamente, você.
Como sempre, é sempre você.
As vezes, dá desgosto de ver.
O que se tornou eu e você.
Converteu-se em dor, você, que já fora da minha alma, uma fonte de prazer.
Mas olhe, veja bem, para você ver.
Se faz de cega pra uma verdade, que não quer ver.
Um dia será só eu e você.
Até lá, vou tentando esconder a verdade que só eu não quero ver.
Eu amo você..."
Sem entregar-lhe meu presente, agradeço-te, oferendo a trilha pra muitos outros, no curso dos agoras.
***
A vida segue seu rumo, seu curso
E mesmo sem curso, sem nota, diploma ou graduação
A vida dá seu tom, sua nota, na clave de dó
É cada um com seu instrumento, tem outros tocando,
Mas você, com sua clarineta, na verdade está só.
Esse é o trabalho do homem fantástico...
Com todas as suas limitações, sem tempo pra vida
Dedicado ao vazio do espaço vazio
Pra conquistar seu espaço no mundo
Como apenas mais uma engrenagem do rico
Que é indiferente se ele, o trabalhador, morrer.
[CARLOS HENRIQUE MUSASHI - Aracati/CE]
"Se você não quiser ser confrontado no curso de sua existência para ser melhor a cada dia, passarás pela vida como mero expectador do sucesso alheio".
Sonho final
Um dia, num sonho, ele caminhava tristonho, seguia o curso, ele que mal dormia, o percurso era uma oração. No seu confortável leito, em acomodação sempre desfeito, as dores eram trejeitos e incomodação.
O sono, cada vez mais raro, em abandono era-lhe caro quando chegava. Noites de insônia ele fazia poesia, sem cerimônia a lua o espiava e o inspirava. Dores, tremores, poemas com lema pessimista, mesmo assim um artista cujas lágrimas borravam as páginas, mas lavavam sua alma. E orava.
Na calma pedia aos santos que constavam da sua lista de protetores, anjos provedores, a conquista da salvação. Em vão!
Então, no seu monólogo da noite, mendigava perdão, lembrava dos tempos passados, ventos a favor, agora credor de diálogos atrasados.
Deus, como ele amava sua família, a vigília a amigos em perigos e tinha compaixão de irmãos que sofriam.
Mas a oração ouvida, sentida, não olvida, concedeu-lhe a compensação do prazer, ao seu fraco colo, no opaco solo, o nascer de sua continuidade e um final com dignidade.
(Bia Pardini)
Devaneio
A lágrima se perdeu no curso natural devastada pela tempestade que abria gavetas na memória enlutada do esquecimento que se fez presente.
Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos;
nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.
O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza ou até carmim do amor?
Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens falsas, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.
Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, se apropriou daquele passado na gaveta vazia da solidão.
Os ventos violentos cessaram; desistiram do tormento do escuro; as cenas vividas na imaginação aguçando os sentidos se foram.
A realidade de volta ao presente permitiu que a lágrima seguisse seu curso natural e de mãos dadas com a solidão na letargia do tempo olvido nem verso nem rima nem nada...a deriva...
(Bia Pardini)
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