Proverbios Populares sobre Rios e Mares

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⁠“Um chá frio com arroz pode ser tolerado, mas um olhar e uma palavra fria são insuportáveis.”

A vassoura nova, varre melhor, enquanto que a vassoura antiga conhece melhor todos os cantos do patio

Inserida por Ciller

Se queres comer melhor, entao seja amigo da cozinha.

Inserida por Ciller

"Olhar ativo, coração orgulhoso e até a Lavoura dos impios são pecado"

Inserida por Lucas_Rios

“Não deixes de fazer bem [...], estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo”.

Inserida por kellyfaustino

⁠Em vez de perseguir o gato, tire seu prato.

Inserida por carla_pereira

18. Quem esconde o ódio tem lábios falsos, e quem espalha calúnia é insensato.
19. Quando se fala demais é certo que o pecado está presente, mas quem sabe controlar a língua é prudente.
20. A língua dos justos é prata da melhor qualidade, mas o coração dos ímpios quase não tem valor.

Inserida por lubaffa

Em um mar de mentiras e traições, só nadam peixes mortos.

É possível descobrir mais sobre uma pessoa numa hora de brincadeira do que num ano de conversa.

Richard Lindgard

Nota: Pensamento muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Platão. É uma paráfrase do que Richard Lindgard escreveu no seu livro de 1907: Link

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O que é que ele vê nela?

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.

Martha Medeiros
Crônica "O que é que ele vê nela?", 2003

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 5 de Maio de 2003.

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A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Pessoas sábias falam sobre ideias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também.

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai, um "chef", levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Numa ele colocou cenouras, noutra colocou ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que eleestaria fazendo. Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Descacou as cenouras e colocou-as numa tigela. Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela. Então pegou o café com uma concha e colocou-o numa xícara. Virando-se para ela, perguntou:
Querida, o que você está vendo?
- Cenouras, ovos e café - ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ela perguntou humildemente:
- O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo.
O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
- Qual deles é você? - ele perguntou à sua filha.

Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?

Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência.

Paulo Coelho

Nota: Trecho de texto encontrado no blog de Paulo Coelho. Link

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar", publicada por Martha Medeiros no dia 1 de novembro de 2000. Muitos vezes é equivocadamente atribuída a Pablo Neruda.

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Ele nem sabe...

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática e sem aquela necessidade toda de ser amada. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele, mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias todos e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor, ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura. Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

[Sobre o sucesso que faz com as mulheres]
Você já viu mulher gostar de alguma coisa que presta?

Nunca demonstre demais, não dê certezas sobre seus sentimentos. Lembre-se: pessoas gostam do que não têm.

Assim…

Quero-te toda assim, abandonada
em meus braços, louca, embriagada.
Sobre meu peito entregue, possuída,
em corpo, espírito, na própria vida.

Quero-te assim gemendo qual bacante.
que se entrega inteira ao fogo do amante,
que nas chamas do amor e em desvario,
beija, morde, arranha, suplica em delírio.

Quero-te assim, cabelos desgrenhados.
mancha escura em coxins molhados,
pelo suor que emana de teus seios,
altar sagrado dos mais ricos veios.

Quero-te assim nas horas de doçura,
em medrosas carícias, toda pura
afagando cabelos despenteados
como a mãe ao filho, entre cuidados.

Quero-te assim, irmã tão carinhosa
que ao louco irmão aconselha, temerosa
por sua vida do mundo desgarrada,
que a preocupa e faz desesperada.

Quero-te toda assim, fêmea, mulher,
sendo só minha, mostrando que me quer.
Quero-te assim, mistura de mulheres,
mãe, amiga, amante, o que quiseres
ser – e pelo que és – te quero tanto.

Pois se resumes tudo aquilo que sonhei
em dias de angustias e temores,
eu sei
que te quero enfim, pois és a vida
que quero
e junto a ti eu estarei.

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