Prosa Poetica
ARTE POÉTICA
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
luarada poética
Que Lua é essa?
Tão linda, que me convida a visitá-la.
Queria Lua, ter uma escada que pudesse chegar perto de ti....
Queria poder em um salto me segurar na primeira estrela para poder contemplar de perto toda sua beleza.
Lua cheia de segredos
Lua cheia de desejos...conte-me tudo...
De repente, vejo se envolver entre os lençóis da noite e ali conversa com estrelas...
Assim me hipnotiza com seus mistérios, que apenas ao vê-la, alivio minha alma.
-Carta poética
Só quero que me ame, como a lua ama as estrelas, quero quê seja minha noite mais perfeita, no apagar das luzes seus olhos possam me vê como eu te quero tanto.
tenho que me declarar pra você todos os dias, pois isso é importante para renovar e inovar meu sentimento por você ...
SEM INSPIRAÇÃO
Às vezes uma poética me entala
Nesta lacuna em que eu ando
Sofro, cá no cerrado, quando
A saudade dentro do peito fala
Inspirações sufoquei nefando
Sem as trovas numa luz sincera
Ah! Cada rima com força quisera
No senso, e não o cântico calando
Sinto que nas quimeras fui rude
Choro cada outrora desta sandice
Já alquebrado, foi-se a juventude
Os versos que não criei por tolice
Por desventura escrever não pude
E assim tornar a prosa na mesmice
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
ALMA POÉTICA
Minha alma poética está de mãos dadas
com a sua alma também.
Com a sua e de mais ninguém. Te quero pra vida toda,
não somente por momentos. Te amar com todas as minhas forças,
Com todo meu sentimento,
Te abraçar uma noite completa,
No cheiro suave das violetas!
Entrelaçando meu corpo no seu;
e ao raiar o sol
que Seu mundo seja eu!
Você é a alma que me segura,
me abraça, me cura e me aquece,
Reacendendo minha sede poética
em tua boca, junto
aos beijos de seus lábios
com amor e alegria
No espírito da sabedoria
À beira-mar o vento e a maresia!
Venha, meu amor, deixe sua mão
Segurar a minha,
enquanto nossos corações
escrevem a mais linda poesia!
S’ERRA
S’erra meu soneto, em rimar-vos tanto
Em verso tenso e saudoso, em vos ver
S’erra a poética inquieta, em não haver
E te ter ao lado, faz-lhe ceder ao pranto
S’erra o poeta, na lira dar-te em canto
Pra vós, e na inspiração mais escrever
S’erra cada verso, em assim te conter
É vazio, solidão, a prosa sem encanto
S’erra compor o longevo, sem apesar
De tantas vezes no engano, enganado
Faz desta ilusão sentimentos divididos
S’erra o lhano verso ao amor versejar
Que das promessas são votos cridos
Nestes erros, errar! qual o culpado? ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 11, 10’01” – Araguari, MG
Ferreirando
POÉTICA CONFISSÃO
Leia-te nos meus lhanos versos singelos
Que o meu coração tem para te poetar
São talhados com tão aguçados cutelos
Da minha inspiração, para lhe ofertar...
Tem amor nos detalhes, e nos paralelos
Do desejo, almejo, e sentimento a arder
Deixa dar-te em pensamentos donzelos
Encanto, tal o luar dum impar anoitecer
Estes foram feitos para ter-te sensação
Afagos, beijos, e muita, muita emoção
Pois, o verso guarda o amor enamorado
Então, amo-te demais, e mais a paixão
E, em prosas puras para ti, essa canção:
- a poética confissão de um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 05’38” – Araguari, MG
EM TRAVESSIA...
Com licença poética, posso subverter
e ser o que inventar...
ter todas as palavras para delirar...
E nesses delírios poéticos,
o céu é o deslimite... um jardim
de lírios e estrelas...
A vida vira metáfora
pelas palavras afora...
anoitece e amanhece
a qualquer delírio...
Os delírios são rios de palavras
ensandecidas
tecidas em rendas de
sentimentos e
atravessamentos...
Poética da gratidão
Gratidão é elo
a nos (re)ligar a nós mesmos,
ao outro e ao universo
Gratidão é o mais belo poema
escrito com a pena do coração
da alma do corpo inteiro
Gratidão não carece rima
já é coisa rica
repleta de verso
frente e verso
verte abundância
exala amor
em concordância
com a abundância
a gratidão faz bem ao coração
a gratidão faz bem à alma
a gratidão faz bem ao corpo todo
humaniza e harmoniza
baliza nossa divindade
uma infinidade de possibilidades
amorosas e harmoniosas
se abre em todo nosso ser
Ser luz
dentro e fora da gente
luz que ilumina e anima
tudo e tod@s
Namastê!
Luzerna Poética
Linda a qualquer hora
do dia e da noite,
embalada pelo coral
da passarada no Meio Oeste
És minha Luzerna amada
deste solo catarinense.
Minha Luzerna poética,
és filha radiosa que esplende
neste Vale do Rio do Peixe,
e herdeira do Contestado
que mantém o peito apaixonado.
Linda a todo momento
é a minha Luzerna poética
que sempre encontra
abraçar a conciliação,
e faz um paraíso sublime
deste distante rincão.
Linda Luzerna poética
que me leva ao som da fanfarra
e da risada da juventude
ao Trapiche do destino
para caminhar contigo.
Minha Luzerna amada,
na cachoeira Linha Dois Irmãos
tenho a minh'alma lavada,
minha poesia cidade,
habitante poema do coração
e embaladora alegre canção.
Com os cabelos cobertos
de flores e escrevendo
poesia por onde em ti passo,
minha Luzerna adorada,
peço sempre aos franciscanos
que intercedam junto a Deus
para que sejamos abençoados.
Mafra Poética
Mafra da minha História,
minha Mafra poética,
O balançar das araucárias
do meu destino falam
das minhas memórias
que um dia hei de contar,
Nunca deixei de te amar
nesta vida mesmo longe
de ti tendo que caminhar.
Poética Mafra poética,
por tudo o quê fostes,
és e para sempre serás,
Tudo de ti em mim
para sempre sobreviverás.
Mafra poética e amorosa,
quando fecho os olhos
ou vejo uma nectarina,
Recordo que há muita
História a ser contada
nesta Bela e Santa Catarina.
Noite bastante acolhedora, a minha mente poética em constante atividade, trazendo a tua presença para os meus pensamentos, deixando esta ocasião ainda mais enriquecida pelo poder do teu charme, que aguça a minha imaginação intensa, numa expressiva criatividade
Um sorriso verdadeiro, cheio de vida, que ilumina como as estrelas, detalhes atraentes, primorosos, uma desenvoltura atrevida, emocionante e uma certa doçura, olhos que refletem a tua grande intensidade e uma dose sensata de loucura, essência da poeticidade
Imagino que até o teu perfume é provocante, passando as mãos pelas tuas curvas e que muito suave é a tua pele, mas é evidente que concordamos que somente a superficialidade não é o bastante e sim apenas uma parte de uma interação sincera e muito fascinante.
A flor poética
A tua flor é um casto amor,
Ardo o teu doce coração...
A noite bem-amada à flor
Ardo o teu ser perfumado.
Amo a tua flor primorosa,
O primor és um doce langor
Amo o teu doce coração;
O ser bem-amado sem vida.
A tua flor é um doce fulgor,
Colhi o teu doce perfume...
O ser dócil ao teu coração.
Amo o teu beijo formoso,
Florirás o meu divino beijo
Amo o teu doce coração.
“Minha perdição”
A desgraça de uma vida poética é ter seus atos enxergados de forma vil e barata, onde os aplausos não valem nada.
O convite para o belo banquete, a cobiça veemente, a ausência que se sente é a loucura proseando calmamente.
Os talheres prateados estão espalhados pela grandiosa mesa e seus convidados são aqueles que refletem sua imagem na prataria cara.
Olhe ao redor e veja uma vida fadada aos anseios dos idiotas, semelhante à velha anedota que só faz rir os inocentes.
A ironia do desperdício de palavras sensatas é como a bela flor pisoteada, aviltada e depositada de forma sutil naquela alma lavada.
Os ladrilhos já não estão sob meus pés, a caminhada na qual te falava deixou há tempos de ter sentido,nada mais afeta meus anseios.
As vozes que ressoavam em meus ouvidos conseguiram acalmar meu ímpeto incontrolável, foi como tempestade que dissipa em um piscar de olhos; neste instante a calmaria é minha glória.
"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
Raras são as pessoas desse quilate espiritual, capazes de renúncias desse porte. Zilda Arns inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo. São beneméritas da humanidade, cuja biografia vale por um tratado de direitos humanos.
Fui seu colega no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e tive o privilégio de com ela conviver. Sua morte desfalca os que travam o bom combate, de que falava São Paulo, e enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária".
CEZAR BRITTO
Presidente do Conselho Federal da OAB".
A dor.
A dor, tão bela,
silenciosa, inquietante,
tão sedutora, e tão simples.
Tão poética.
Dor é mentira,
é a raiva que tira o sossego,
a raiva que quando negada, é patética.
Dor, também é amor.
É traição;
Dor é rancor,
e também, atração.
Causar dor,
é de longe mais simples que fazer sorrir.
A dor te toma a lucidez,
e a magoa, passa a lhe cobrir.
A dor é exitante, degradante,
é envolvente, doente;
É o vazio da alma, que anseia por um ser.
É o pequeno desejo, de algo, ter.
É a cegueira da mente, clamando por ver.
Poética
Alma derramando
Gota a gota
Letra a letra
Vou montando palavras
Vou montando meu verso
Derramando sementes
Vogais e consoantes
Faço meu poema
Teço todas as letras
Entendo sentimentos
Entendo sensações
Palavras em metáforas
Preenchem espaço vazio
Ao final de cada frase
Ar entre parênteses
Encontros e despedidas (crônica poética)
E como já dizia Milton Nascimento em uma de suas composições '' a hora do encontro é também despedida''.
Estava eu sentada na varanda em um dia de chuva refletindo sobre esse vai e vem, essas idas e vindas, esses encontros e desencontros que a vida nos proporciona. Tanta gente passa pela gente e tão pouca realmente fica, cada pessoa que cruzam nossos caminhos levam um pouco de nós e deixa um pouco de si.
Lembro bem daquelas férias de verão do ano anterior, conheci pessoas tão especiais e, uma apenas uma específicamente, me encontrou, encantou, fez sentir, fazer sentido, me inspirou, tocou fundo e foi tocado. É meus caros leitores, tanta gente passa mas somente aquela faz seu coração vibrar! Digo eu tão jovem, mas também tão inexperiente na arte de amar.
Esse tal de amor tão impontual e imprevísivel me deixou impaciente, sonhadora e iludida. Poucos experimentaram nessa vida a sensação de sonhar acordada, esperar uma ligação, aguardar ansiosamente pelo fim de semana com aquele sorriso estampado no rosto que chega até soar brega e cafona.
Mas havia um questionamento, porque um sentimento abrangente poderia me tirar o sono, porque o sinônimo de amar seria sofrer e porque aquela afeição passou aligeirada e intensamente.
É, agora eu entendo esse chegar e partir que vai se repetindo nas estações, tem quem vem e quer ficar, quem veio só olhar, gente que vem pra acrescentar e aquelas que vão pra nunca mais. É assim, encontros e despedidas.
POÉTICA
Lavra/Sítio/Tempo: Edson Cerqueira Felix | N. Iguaçu – RJ, BR (25/04/2014).
Preito à: George Cerqueira Felix | Literatura Brasileira | Poesia Brasileira | Sarau Poético de Manguinhos.
Homem valente, #GeorgeCerqueiraFelix psicologicamente, sujeito aos laços, dos enlevos de aços.
A afeição pranteia em situação difícil, na grandeza da mata espessa que guarda escondido, um amante escolhido.
A separação, o desdém do estado social, expurga por baixo da forração, os olvidados, os negados, os negrados.
http://suavidadedeestilo.blogspot.com.br/2014/04/poetica.html
De forma poética
Passo uma idéia patética
Pro papel, busco inspiração, olho pro céu.
Um tonel de solidão
Em todos os cantos
Cada qual na sua função
Escondendo os prantos.
Letras tortas, papel reciclado
Falo de poesia sem sentir
Faltam sentimentos em todos os lados
Ódio ou frieza, não sei distinguir.
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