Prato
A mente aprisionada.
Um obstáculo criado.
Um prato indesejado.
A vulnerabilidade eminente.
Cada prova que a vida cobra da gente.
A que somos submetidos.
A desatinos atrevidos.
Tornamos uma porção de água corrente.
Sem rumo, sem ambiente.
O medo é perigoso.
As preocupações.
As cobranças.
Perder.
Fracassar.
Onde se deve meditar.
A mente tem limite.
Ou não.
Uma indagação que reside.
O fato é que a liberdade vive atada.
Circunstâncias.
A mente aprisionada.
Coagida no campo de guerra.
Tentando.
Caindo.
Levantado.
Ui, calafrio na alma.
A depressão.
É uma verdade.
A gente perde o chão.
Quando a mente entra na prisão.
Giovane Silva Santos
Muda o tempo verbal no prato saboroso, do alimento que lho serve, que o amor já fundiu em todos, inclusive na dor e no desgosto, que agora integra, no olhar do agora, captando que tudo passa, inclusive o saber como agir sem farsa.
Cordeiros não serão imolados,
Os Deuses da discórdia sangrarão.
Vingança não é prato requentado,
Mas banquete aos relegados
Onde os mesmos se fartarão.
É como comer tudo que está no seu prato porque você acha que alguém não passará fome se você não estiver faminto. Você não está ajudando a ninguém a não ser você mesmo.
Quantas vezes colocaram padrões em seu prato com a intenção de que você os engolisse? Quantas vezes as "faltas" ou os "excessos" que falaram que você tem foram motivos de olhares tortos para o seu próprio reflexo? Quantas vezes te questionaram sobre o porquê de postar fotos de corpo inteiro? Quantas vezes você foi motivo de comparações?
Suponho que "muitas" seja a resposta para todas essas perguntas.
Agora, eu gostaria de perguntar: quantas vezes você já teve que ser mais forte que essas situações?
Suponho que todas. Diante disso, as conclusões são livres, assim como você, suas vontades e interpretações. Se inste a pensar sobre suas vitórias, pois elas são muito mais que as medalhas ou provações que você já recebeu.
Eu me vi chorando e ouvindo Ney Matogrosso cantar “retrato em branco e prato” sem entender o porquê. Eu não sabia se chorava porque havia perdido o Rick, se eu o amava, se o queria, porque eu já nem sabia mais nada! Eu me sentia um lixo e nem estava de TPM para isso. Parecia que ele tinha ido para sempre e isso era muito triste. Eu abracei um travesseiro chorando e pensei que as palavras dele foram ásperas, foram rudes! Ney cantava e eu sentia que a música era para mim pois eu me sentia uma tola procurando o desconsolo que eu cansei de conhecer. Eu escrevia, eu trazia o peito repelto de lembranças do passado e colecionava um soneto, uma carta, uma porção de sentimentos e palavras. Eu negava o amor que eu sentia pelo Rick, evitava, mas parecia que ele voltava a me enfeitiçar como se eu fosse uma tola e não tivesse me imunizado para o vírus que era o amor dele. Eu não sei na verdade o que eu sentia pois parecia que eu sentia de repente todo amor e toda dor do mundo e isso vinha tudo de uma vez e caía sobre mim como se eu fosse acertada por um raio e isso me deixava subitamente tonta!! Eu não queria ficar com o Rick, mas não queria perde-lo, diário, e eu sei que você vai dizer que isso é egoísta, porque é! Eu o queria amarrado, preso a mim do mesmo modo que eu fui presa a ele por anos, mesmo sem eu querê-lo agora.
Rico porque comemoro o pouco
Agradeço o prato que como
Acordo e olho pra vida
E penso na minha família e na sorte que tenho de poder dividir a mesma vida .
Talvez seu prato tinha carne hoje, talvez arroz e feijão, talvez você tenha comido hoje, mas para muitos ficou um vazio, um buraco que aperta o estômago e dói a cabeça, enquanto que para outros nem a consciência doeu.
Mulher ganhar entrada gratuita em eventos não é privilégio, é apenas tratá-la como o prato principal da festa, é machismo, um dos mais nojentos e passivos, diga-se de passagem.
Um olhar fixo para o centro do prato,
fez-me lembrar da última refeição,
do gosto, do rosto,
da nossa afeição.
Revolvendo os alimentos,
fiquei absorvido pela tentação,
sobre a qual não tenho ação.
Pois, não consigo refrear essa paixão.
Assim diz o Senhor
“Antes se deleitar com a pura água da vida, do que comer no prato farto de ouro e prata, logo com sede ficarás.”
Giovane Silva Santos
Inércia lastimável,
Prato egoísta da minha mesquinhez que alimenta este gosto intragável,
Que engulho solicitude,
Adoeço com minha ausência,
Cuspimos no prato que lambemos – prato nosso,
Comemos cru – aqui na terra,
Sorrimos – nos sentimos como no céu,
Brindamos e bebemos - sem cair em tentação,
Repetimos – livres do maligno,
E depois, dormimos como sempre – Amém,
Queremos flores, Mais do que flores distribuam o pão,
Que troquem suas guerras por um prato de sopa.
Num gole d'agua sossegue um coração.
Um olhar seja afeto
Um singelo aperto de mão salva da fome, da sede e da peste toda uma nação.
Mas que mundo seria este, bastaria nele sentir as dores e ouvir o coração.
Minha cara de prato,
Meu cabelo bagunçado,
Uma franja mal cortada,
Um nariz de batata,
Um colar enferrujado,
Minha pouca competência em viver
E meu grande prazer em estar vivo!