Povo
O meu coração
mora onde
o povo está
nesta noite
de agonia
privado
de proteção
e amparo;
pois falta luz
deixando-me
em todos
os estados,
em milhões
de pedaços
e preocupada
com quem
está preso
e com quem
está solto
passando por
essa covardia.
Não há como
ir descansar
tranquila,
Alí em estranhas
circunstâncias
morreu vítima.
O calvário
da tropa
e do General
injustiçado
não faço ideia
até hoje
quando termina.
Perseguido
o povo em
diáspora
no Equador,
e o meu
coração
segue partido
sem poder
de ajudar
e doendo
de tanto
se indignar.
Gostaria
de ter a
unção
para com
todo esse
sofrimento
terminar,
mas estou
por aqui
com os meus
poemas para
semear a glória.
É aniversário
do General,
chora o cuatro
venezuelano,
não há o quê
comemorar,
manter ele
preso é um
amargo engano,
está na hora
de libertar.
Ascurra Poema
Erguida como homenagem
para uma glória patriótica,
És filha de povo de pé
que não teme tempestades,
És cidade poema de métrica
perfeita e de sabores
bem postos rimando na mesa,
Ascurra poema és cheia
de beleza que com teu amor
todos os dias me captura
para ti como doce sentença.
Tem a poesia própria
A exaustão do povo
Buscando uma solução.
Sem resposta insisto,
Continuo escrevendo
Para saber de você.
Tem a poesia própria
O mau líder que os alucina,
Estabelecida a tal covardia.
Sem notícias persisto,
Continuo escrevendo
Para saber aonde está você.
Tem a poesia retrógrada,
A eleição imposta,
Para mandar o sonho embora.
Quero saber
Se você está inteiro e vivo,
Pois já é passada a hora...
Braço do Norte
Entre a Serra Geral e o Mar
a história do povo originário
e dos desbravadores onde
arpeja o Rio Braço do Norte
ergueu uma cidade de gente
honrada e forte que emoldura
com beleza o sul catarinense.
Montes, vales e colinas
repletam com mistérios
o imaginário contemplativo,
Quedas d'água, córregos e rios
adornam com ternura
a terra que retribui com fértil
e gentil beijo ao Homem.
O curso da água doce
com o mar se encontra,
O tamanho do amor que tenho
por Braço do Norte perdi a conta:
Só sei que verei a Lua surgir
e o Sol nascer além da conta.
Notícias falsas
espalhadas
pelo ar para
impedir o povo
de ir rumo à
melhor escolha,
Disseram que
iam combater
o tripúdio desde
o começo,
Percebi que
desejam dar
para trás,
Porém, acho
excelente,
para constatar
que dessa
vergonha
não padeço.
Sevícias reais
antes eram
ocultadas,
Agora não
são mais,
Elas são
bem claras:
só participa
da brincadeira
quem fará os
jogos dos
espectros,
o mundo não é
dos espertos,
e sim dos honestos.
Valorizam por
conveniência
esse tipo
de amnésia
coletiva,
O ser humano
gosta de arrumar
qualquer desculpa
para matar até
a memória afetiva,
Sabendo disso
um grupo político
viu que podia
tirar proveito
investindo
numa ação
protofascista
devastando do
país a nossa paz
e harmonia,
É gente que não
vai parar até matar
com toda a poesia.
Não sei mais como
falar ao meu povo,
estou o desconhecendo,
ele luta por um projeto
de poder e ignora que
vive bem abaixo dele.
Não foi por falta de luta,
falei tanto e constatei
que ninguém me escuta,
onde foi que eu errei?
Não foi por falta de aviso,
mas quando alertei que
o sentimento pátrio havia
se esvaziado já imaginava
de que estávamos em risco,
e a democracia em perigo.
Não sei o quê fazer,
antecipo o meu desterro,
e a única coisa que fica
deste presente é o medo.
Não sei o quê fazer,
só sei que povo que
não age com civilidade
entre si colabora para
que tiranos se instalem
e se perpetuem no poder.
Não sei por onde começar:
mas sei que terei de algum
dia na minha vida recomeçar,
mistério do tempo samovar.
Caibi
O teu nome de Santo
foi trocado e a bênção
d'Ele permanece,
O teu povo de fé trabalha
e vive em prece;
No Santuário os nossos
pedidos serão sempre
por todos atendidos.
O Rio Uruguai te banha,
o teu verde abraça
e nas folhas verdes
a poesia reverencia
esta gentil cidade
e o acorde italianidade
da gaita imigrante.
Nas tuas águas ricas,
repousam as rimas
e remo no tempo
com coragem,
do Vale das Águas
és doce paragem.
Caibi, meu amor
tupi-guarani,
herdeira tropeira
e além mar,
por tua beleza
deixei-me capturar.
Desfila a falta
De compromisso
Com a razão bem
Na cara do povo,
Não sei se tenho
Dó, medo ou receio.
De quem assumiu
A Revolução como
Vingança e não
Como evolução,
Temo pela vida
De todos os que
Foram injustamente
Levados à prisão.
Desejo em prosa,
Verso e oração,
Todo o dia
Que ali paire e fique
O diálogo e a compaixão.
Como as rodas
de um caminhão,
Gira o sonetário
pelo mundo todo,
Pelo seu povo
ele pede socorro;
Ele caminhoneiro,
petroleiro
E leal guerreiro,
também é Mãe
da Nicarágua
Que reclama
pelo bom filho.
Mãe oceano de amor,
de coragem e poesia,
Fazendo frente contra
aquilo que não serve:
Rejeita o autoritarismo.
Vai além e enfrenta,
materializando bem
Mais que a ousadia
celebrada pelos poemas
Que enervam os tiranos
Só para provar
Que o amor é eterno,
e que os poetas estão vivos.
As letras nos pertencem, nós poetas conseguimos com talento relatar
a conjunturade mais
de um país num único poema.
A consciência tem dado
Voltas em círculos,
Porque levantar
Não tem conseguido,
Há um povo coagido,
A Justiça em exílio,
Quem pensa tem sido
Preso ou perseguido.
A Ditadura ganhou
Um jogo por ela perdido
Feito de falsa promessa;
As flores do calabouço
Devem ter desaparecido,
Nem os generais mais
Antigos escaparam
Do brutal autoritarismo.
A firmeza das ruas vazias
Tem feito a sua cabeça
Com a melodia, eco e refrão,
O mundo vê a agonia
Da Estrella pedindo justiça
Em nome do amor no coração.
Os filhos de Stefania foram
pelos algozes levados,
os filhos de Stefania pelo
povo estão sendo lembrados,
Os filhos de Stefania pelo
Kalush foram homenageados
e da História não serão apagados.
Vou viver e não vou entender
prometeram que iriam trocá-los,
Não cumpriram a palavra
e agora eles estão sequestrados
por quem invadiu, roubou e matou,
e se sente apto para julgá-los.
Deixaram o filhos dela ser levados,
os filhos de Stefania foram abandonados,
Entregaram os filhos dela
de mãos beijadas,
os filhos de Stefania
não serão jamais esquecidos.
Vou viver para recordar que
não se dá a mão e nem se credita
uma chance para quem nunca
cumpriu na vida com a palavra,
Vou viver para contar que
sou testemunha que poderosos
comeram das mãos de uma Pátria
e a deixaram escorrer entre os dedos.
Gravatal
Fiz neste instante uma
breve viagem ao passado,
O teu povo originário
foi por mim lembrado.
A tua terra plana,
ondulada e montanhosa
faz a alma jubilosa
e teu escudo cristalino
me faz fascinada.
O teu povo imigrante
veio para ficar e um
novo capítulo escrever
no sul catarinense.
O teu povo nadando
contra as correntezas
ergueu Pátria Brasileira
por dois tratados esta
reserva da Princesa.
Só sei que a tua gente
fez cidade com virtude,
luta, festa e sabor,
Gravatal poética és
merecedora de mais
de um poema de amor.
Guatambú
Guatambú do meu destino
resolvi abraçar no caminho,
porque teu povo amigo
sempre está comigo.
Guatambú do Oeste Catarinense
que me faz ir pela estrada
em busca da tua gente.
Guatambú banhado
pelo Rio Uruguai tu és
o meu rincão de paz,
tu sempre me põe na tua paz.
Guatambú da Cascata do Rio Tigre
da gente que não desiste
e do rebanho bem cuidado.
Guatambú que eu amo tanto,
do cheiro de erva-mate carinhoso,
de tudo aquilo que fazes tão gostoso
e me faz sonhar com os olhos abertos.
Jaborá
Do Meio-Oeste és herdeira
do povo originário,
a tua História é inoxidável,
És início e consolidação
de um povo honrado que recebeu
a Itália no sangue e a força
tropeira que ergueu
este encantador refúgio desta Nação,
A tua gente é parte
da minh'alma e do meu coração.
Os teus nomes Rio Bonito
ou Lajeado Bonito,
nunca fizeram o meu
coração confundido.
Como Sede dos Poyer
e depois São Roque,
não há outro lugar que convença
para que eu te troque,
tu és a minha real pertença.
Quando finalmente
te elegeram Jaborá,
sempre soube que lugar
melhor do que o nosso não há,
mesmo que teu nome
carregue o mistério
do significado de uma planta
ou que seja aquele que faz
só sei que de todo
o Alto Uruguai Catarinense
te amo a cada dia sempre mais.
Jaguaruna
Onça preta um dia
encontrada por teu
povo originário
talvez explique o teu
nome que para uns
ainda é misterioso.
Meu Campo Bom
e onça preta
em tupi-guarani,
Te amo a cada dia
mais e não saio daqui.
Sesmaria de Campo Bom
adquirida na História
pelo homem bom,
continência ao Sargento.
Sesmaria catarinense
que depois
pertenceu ao Padre,
o Capitão também
era o herdeiro,
foi o Coronel quem
a habitou primeiro.
De Sesmaria elevada
a Freguesia que assim
te exalto com toda
a merecida poesia.
Na História europeia
além mar foste construída,
onde tua vida começa
na Lagoa de Garopaba
é no Rio Urussanga que termina,
e assim nasceu este
amor para toda a minha vida.
Minha Jaguaruna
incomparável
te devoto a minha
lealdade inoxidável.
De Laguna foste desmembrada
e tua emancipação escreveu
na História da Pátria,
é nas linhas de poema
que exalto a tua bravura
e te assumo poesia eternizada.
Leoberto Leal
Terra de povo originário,
batizada de Vargedo
por dois caçadores,
Lugar belo e acolhedor,
és a minha cidade
que devoto o meu amor.
O nome foi mudado
em homenagem ao líder,
A agricultura te ergueu
cidade por mãos do teu
gentil colonizador,
Te devoto a minha vida
e todo o meu amor.
Quedas d'água poéticas
no Rio das Pedras,
Ribeirão do Ovos e do Braço,
Verde catedral abraçando
o céu e os nossos sonhos
amorosos e risonhos.
Do Itajaí Sul infinito
e do Vale Europeu
é o recanto mais lindo
e o poema interminável,
sublime, eterno, absoluto
e perpétuo amor meu.
Os nordestinos
são tão povo
brasileiro quanto eu,
a voz que o Nordeste
me dá nenhum ninguém
nesta vida me deu.
Nem mesmo
nascendo de novo
o insatisfeito que atentar
contra os laços de afeto
haverá de prosperar.
O Nordeste é bastião
da Cultura, do espírito
pátrio sobrevivente,
da poesia e da nossa gente.
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