Posso Ficar Triste sem Dinheiro
Negro, choroso e triste fica o coração, quando o homem se recusa a pensar pela razão da sua massa cinzenta.
P E P I T A
Quando me foges ao longe
Fico tão triste, desprezado,
Torno-me em vida de monge,
Nesta solidão do meu fado.
Foste sempre o meu outro lado,
O calor no frio dividido em dois,
No aconchego do nosso estrado,
Erguido no antes para o depois.
Fica-me no olfato o perfume,
Do teu cheiro de puro ciúme
Tão louco e canil que agita.
E queima como o forte odor
Dos teus sonoros flatos de amor,
Minha terrier cadelinha, Pepita.
(Carlos de Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 10-01-2023)
INSPIRAÇÃO
Quando tu queres,
Eu fujo...
Quando eu entro,
Tu sais.
Isto, é triste, é demais!
É casamento desfeito
Sem reconciliação
Ou perdão,
Nem jeito
De nos tornarmos a amar.
A voltar
A acertar
O tempo certo
No nosso relógio de vida,
Neste destino tão incerto
Da minha relação
Vivida,
Trágica,
Quase autofágica,
Com a minha inspiração.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-02-2023)
TRISTEZA
Hoje, não estou triste.
De que vale a tristeza
Se ela já existe
Na correnteza
Da vida em riste?
Vá, gostariam,
Preferiam,
Que eu fosse
Homem de ardileza?
De que vale a tristeza
Se a vida é certeza
De uma incerteza
Atroz?
Por nós
E por mim,
Ainda assim
E pelo meu fadário
Eu viro a tristeza ao contrário,
E antecipo-lhe o fim.
E se ela me perseguir
No cimo do meu calvário:
Vou-me rir
Tanto, tanto,
Como se fosse um pranto
Tornado falsário.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 19-03-2023)
CORUJA NA NOITE
Ave agoirenta que pela noite cantas
O teu chorar negro e triste, piedoso,
Ó coruja bruxa, és só tu que espantas
O meu sonhar tornado em teu gozo.
Nunca o presságio da morte
Seja o teu piar fúnebre de sorte;
E que eu viva sem ser soturno
Como esse teu gritar noturno.
Tens sibilas de assobiar
Medos e enredos de arrepiar,
Nos ares e arfares intranquilos
Das profundas dos pulmões,
Ó coruja dos meus sarilhos,
Castradora de emoções.
Não me queiras comer vivo
Que apenas sou um nativo
Das correntezas da noite,
Tela escura, meu açoite,
Chicote nas minhas costas,
Em carne viva às postas.
Não esperes amores de mim
Ó coruja malhada das torres,
Eu só queria no meu fim
Não ouvir o teu piar,
Esse tão sombrio cantar,
Ó ave das minhas dores.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-01-2024)
TÃO BREVE
Minha ida e dolorosa mãe,
Linda moçoila, se soubesses
A triste sina deste penar,
Voltavas no meu pensar,
E, se pudesses,
Para sempre, sem vacilar:
Eu não teria hora para nascer,
Nem tempo para acordar.
Guardavas-me dentro de ti
Para me livrar
Desde que nasci,
Desta vida de sofrer
Em que me afundam
Tantos que abundam,
Só pelo prazer
De me ver
Por ti, a chorar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-03-2024)
Eu não cobro mais nada de ninguém. Eu vejo, fico triste, mas fico na minha. Acha que tá certo, então continua!
É triste ver as pessoas serem dóceis com seu predador e ignorarem aqueles que mais desejam as proteger.
Minha Alma Triste
Minha alma está triste.
Por que motivo afinal?!
Pensava eu estar entre homens de Cristo.
Mas quiz o «LOGOS» mostrar-me, sinal,
Que estes eram carnais,
Nada de espirituais,
E o Senhor me disse:
Filho meu, por isso,
Está tua alma como esteve a minha...
Naquela hora em que mentira,
Me matara, por falar minha boca a verdade,
Que tais homens, por servos da impiedade,
Serem, sem de novo nascerem,
Tua alma entristeceram.
E me disse ainda: Tua triste alma, saia...
Dessa situação, sem perder a calma,
Pois se eu morri,
E morte e mentira venci,
Assim também, os vencerás...
Porque vivo e o meu sangue, dei por ti,
Para que a tua tristeza, tenha fim...
Ainda que os homens procedam assim!...
Os Latoeiros
Em segunda epístola de São Paulo a Timóteo, encontramos um apóstolo triste, prevendo até a sua morte. Enquanto em I aos coríntios. 13, temos um apóstolo falando de amor. Voltando ao primeiro caso, temos um apóstolo deprimido, muito só. Ele estava como disse, desamparado, a abandonado, por todos ou quase todos. Para ele se sentir só, tinha que ter muitas razões. Um tal "Latoeiro" causou-lhe muitos males. Paulo, diz mesmo " O Senhor lhe pague, segundo as suas obras".
Ao longo da nossa caminhada cristã, durante a nossa peregrinação neste mundo, encontramos muitos "Latoeiros" que nos perseguem; que nos julgam mal; que nos deixam sozinhos, quando estamos doentes; "Latoeiros" que as vezes são os colegas de ministério, que em certas situações, nao têm nenhum amor e nos deixam sozinhos; "Latoeiros" que nos batem, como se fossemos um latão. Às vezes as marteladas doem e muito. Por vezes, quando precisamos de ser confortados ou concertados com amor (que tudo edifica), levamos com um martelo de "Latoeiro". O "Latoeiro é um homem sem misericórdia, que só sabe dar é marteladas no metal. Mas Paulo tinha com ele o "Médico amado", "Lucas" que estava com ele, felizmente.
Este confortava Paulo ao invés dos "Latoeiros". Às vezes quanto menos esperamos, vêm os "Latoeiros" bater com os seus martelos. Geralmente todos os crentes verdadeiros, passam por estes géneros de tribulações. Quem nunca foi perseguido, por ser humilde e verdadeiro?! Às vezes Além do diabo, que sempre nos acusa, temos muitos, que a única, coisa que fazem é mesmo nos acusarem, do pecado, que fizemos ou não! Às vezes tudo o que precisamos é de um apoio. Mas nesse casos, lá estão os martelos para nós derrubar. Mas graças a Deus pelos "Lucas" que são médicos e nós confortam e dão alguma cura às nossas enfermidades.
Depois temos os "Marcos" que um dia nos tratou mal, mas agora no caso de Paulo é uma benção. Depois temos os "Demas", que amam o mundo, são hipócritas.
Mas graças a Deus, que nunca nos deixa só. Ele não nos deixa nunca, mesmo que à nossa frente tenhamos a morte, Deus continua connosco. O Senhor está conosco, ele é vida e nos vai levar para o seu reino celestial. Não é uma ilusão, de verdade está conosco. E tudo isto, porque nós o amamos. Ele jamais nos deixa, pois nos ama.
Eu nem sempre sou triste. Só há dias em que há um pouco de tristeza em mim e há dias em que há um pouco de mim na tristeza
Não há nada mais triste e difícil de matar que um amor! Hoje fiz mais uma vítima. Foi duro olhar em seus olhos e ter que matar algo que merecia viver. Tive que sufocar lhe até a morte, e segurar as lágrimas ao testemunhar seu último suspiro. Porém, não me julgue sem conhecer toda a história, matei muitos amores, mas sempre foi em legítima defesa.
SOU POETA (SIDNEY)
Sou poeta.
Sou alegre sou triste.
Vivo das contingências,
Que transformo em fatos.
Não tenho momentos.
Sou do acontece.
Se triste, lamento,
E me encasulo.
Alegre?
Rejubilo!
Igual natureza.
Transpiro beleza,
Procuro flores, papel lápis.
Mas sou poeta.
E como tal não sei meu momento.
Chorarei quando precisar.
Sorrirei quando apetecer.
Extasiarei com lástimas.
Ou exultações.
Acima de tudo sou poeta.
Poeta da dor
Do encantamento
Das ilusões
Poeta do amor
Poeta da vida.
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