Porque não
Está na hora de você começar a se valorizar, quem não te procura é porque não sente sua falta, todos tem prioridade, você tem que ser a sua.
"Se Jesus Cristo, sofreu na cruz porque não! Podemos sofrer um pouco também, nada é comparado com o sofrimento que Jesus passou."
Mas quando eu chego, você vai embora, sem demora, porque não vai de vez e continua na sombra a se esconder? Se não vai, vou eu. Que idas e vindas mais prolixa e enganosa... O meu caminho e ponteiro do relógio já sabes, evite-o como de costume, mas o faz infinitamente e de vez.
Não são as culturas com DEUSES, até porque não existem nenhum de fato. O correto é dizer que cada cultura tem as suas ideias de DEUSES, pois ideias, elas existem somente nas cabeças primeiramente dos que as criam, aí sim depois essas ideias são materializadas. Em nenhum momento desde os primórdios da criação, essa suposta materialização de mundos metafísicos assim como um ser magnânimo e todo poderoso, nunca aconteceu, e que mesmo hoje, ele mostra-se INCRÍVEL, INVEROSSÍMIL com sua INEXISTÊNCIA visível em todos os lugares.
O ser humano está muito dividido,
poderíamos ter sempre os mesmos ideais.
Porque não somos mais unidos,
se todos somos iguais?
Eu não escolhi odiar deuses, escolhi respeitar e amar a lógica e a razão, até porque, não há deus nenhum para ser odiado. Seria um louco em odiar o que não existe. Pior ainda, seria carregar esse tipo de lixo dentro de mim.
"O soberbo odeia a humildade porque não consegue enxergá-la como possibilidade real em sua própria vida. Precisa, pois, eliminá-la do seu horizonte de verdades.
Todo soberbo é neurótico em padrão psicopático: mente com ódio, a ponto de querer destruir quem encarne a verdade contrária à mentira na qual culpavelmente crê".
“Os poetas só falam aquelas coisas bonitas do sol, porque nao tiveram a chance de conhecerseusolhos”
Reclamas de solidão! Talvez, porque não adubaste o seu convívio, as amizades e os convívios sociais são como plantas, se não regrar de vez em quando elas morrem. Amizades online é apenas um jogo de palavras cruzadas frias que causam introspecção e isolamento. Diz um velho ditado, não falte ao serviço para que não dêem conta de que você não faz falta alguma. Socializar-se é um compromisso com a própria vida.
Eu te escrevo porque não consigo te olhar nos olhos pra dizer tudo isso. Não porque falte coragem, mas porque me conheço — eu desmoronaria no primeiro segundo. E talvez você nem notasse, porque sempre teve esse jeito contido, quase blindado. Então, eu escolho escrever. Escolho esse caminho porque é o único que consigo agora pra me despedir de você.
Durante o tempo que permanecemos juntos tentei construir um vínculo. Me dediquei de verdade. Fui inteiro, mesmo quando tudo à minha volta dizia pra ser metade. Mas a gente só constrói quando há alguém disposto a abrir a porta, nem que seja só um pouquinho. Você nunca abriu. E eu fiquei do lado de fora, imaginando como seria lá dentro. Tentando entrar por frestas que talvez nunca tenham existido.
Quando você, enfim, disse que estava pronto, a vida me colocou na posição de ter que contar algo delicado, algo meu, íntimo. Eu fui honesto, entretanto, percebi que isso mexeu com você, talvez mais do que você conseguiu me mostrar. Senti você se afastando. Não só fisicamente — mas afetivamente. Como se alguma parte de você tivesse se fechado de vez.
A gente nunca teve um namoro. Tivemos um caso, como dizem. Mas pra mim nunca foi só isso. E é exatamente por isso que agora está doendo tanto. Eu estou sentindo sua ausência, sua distância, esse silêncio que se prolonga e vai criando um vazio entre nós. E talvez esse vazio seja a sua forma de dizer, sem palavras, que não dá mais. Que eu devo ir. E tudo bem. Só que dessa vez, eu quero ir de outra forma.
Não quero bloqueios, apagar os históricos ou fingir que você nunca existiu. Não há motivo pra isso. A gente pode se despedir sem repetir dores antigas, sem apagar o que foi bonito. Vai doer, claro. Como todo fim. Mas talvez essa dor tenha um sabor mais estranho, porque você foi o meu quase.
E o quase dói de um jeito diferente. Porque o quase é aquela linha tênue entre o sonho e a realidade. Ele deixa a gente preso num "e se?". E se tivesse dado certo? E se ele tivesse ficado? E se eu tivesse sido escolhido? O quase é um buraco aberto onde a gente fica tentando encontrar respostas que talvez nunca venham. Mas faz parte. Faz parte ir, mesmo com o quase pesando no peito.
A verdade, é que pra qualquer coisa dar certo, os dois precisam querer. Os dois precisam estar abertos pra se escolherem todos os dias. E eu não posso mais ficar tentando ser escolhido por alguém que não me vê como possibilidade real.
No fim das contas, a gente sobrevive a tudo — até aos quase amores. E se tem uma coisa que eu levo daqui, é a certeza de que fui sincero. Que tentei. Que me permiti sentir.
Eu nunca fui enganado. Não naquilo que realmente importa: o sentimento. Está tudo bem. Eu entendi.
E do fundo do coração, eu desejo que você encontre um amor que te remexa todo. Que te tire do eixo — mas só pelo lado bom. Eu tentei ser esse amor. Aquele que acolhe sem quebrar nada por dentro. Mas sei, agora, que talvez esse jeito não tenha sido o suficiente pra você.
E tudo bem também.
Porque talvez, filosoficamente falando, o mais cruel não seja ser rejeitado... é nunca ter sido sequer considerado a possibilidade de ter sido sua melhor escolha.
Pessoas que usam drogas na maioria das vezes querem sair da lucidez porque não aguentam a pressão que é a vida.
Quando a tristeza é profunda nós a enterramos porque não conseguimos falar sobre ela. Mas, isso não resolve porque as ondas vem e tudo vem de volta para a superfície.
Da diferença entre Ciência e Deus
A Ciência, é porque não pode. Já Deus, podendo TUDO, é apenas porque não quer.
Às 06:30 in 05.04.2025
Lucius
Tem gente que vive leve não porque não sente, mas porque já aprendeu a carregar o peso sem se esquecer de respirar.
