Por Tras da Janela
Olho pela janela
Comtemplo o céu
O tempo fechado
Prometendo chuva
Hoje você me acordou
Prometendo amor eterno
Eu aceito cada detalhe
Entre sorrisos e beijos
O abraço nos conecta,
O dia parece mais lindo
Com você aqui.
Amei e não fui amada.
Mas o sol nasceu na minha janela,
e o mar é imenso
e as nuvens são ternas.
Não fui amada,
porque não deveria ser.
Porém, há muito amor além de mim,
além de ti,
um amor profundo nas coisas todas.
Não fui amada, mas sou amante
das coisas sublimes que atingem meus sentidos.
E a ti, que não pôde me amar,
sigo amando,
mas um amor agora mais contido,
de quem não espera senão um “bom dia”.
Bom dia para você também!
Aliás, fui amada,
mas não por ti, não naquele momento, não naquela maneira,
e há uma imensa beleza em não ser amada
como há uma beleza na dor e na tristeza
na ausência e na chuva
que são lacunas entre momentos alegres.
O que seria do som sem o silêncio?
E quem não me amou segue amando
outra, para ele mais bela, mais encantadora,
aquela que fez dele cativo,
e a outra fez dele um abrigo,
e eles um ninho de amor.
E eu a ave sem ninho,
voando entre uma árvore e outra.
Os solitários também lutam para viver,
também se agarram à existência,
e, embora ninguém testemunhe,
acumulam um sem número de experiências,
os solitários também vivem grandes emoções,
pena que ninguém reconheça!
Vi estrelas brilhando da janela do meu quarto. Vi um corpo feminino suando apaixonado. De tudo que vi, foram os pequenos e gratuitos momentos, que mais marcaram a minha memória!
Ainda tenho o hábito de levantar olhar pela janela e pensar numa música, as vezes aleatória as vezes conforme o humor, a única constante nas manhãs frias por aqui é você.
[...]desabrochar
ao acordar destramelo a janela
lá fora o silêncio empoeirado
e cá adentra a alva donzela
num frio do julho do cerrado...
desabrocha... e a vida se revela!
© Luciano Spagnol -poeta do cerrado
16 de Julho de 2020, Triângulo Mineiro
Cantilena
Um violão um luar uma janela
Uma canção inspirada
O olhar da linda donzela
Está feito o laço da amada
Fecha os olhos e esqueça onde está
Deixa o grito do silêncio falar, ouça
Abra as portas e as janelas do ar
Deixe a luz do sentimento entrar
O quarto parece apertado
E o retrato do mundo lá fora não me causa mais apreço, pois a janela da sala pra dentro revela uma realidade cruel...
Tamanha vilania aquele retrato fictício do meu mundo!
As vezes sinto falta da paz
Da velha paz eternizada de um velho quadro mentiroso que me aponta sonhos mortos
Que me aponta.
Na calunia da noite, uma luz entra pela janela, a lua, e ela estava ali, delicada, ela dançava em sua faze cheia, ela parecia feliz, ela escutava as lagrimas, sorrisos e desabafos de seus amantes, por isso ala dançava alegre, ela dançava pra aliviar a dor, a dor de estar sozinha, mesmo sabendo que ao seu redor tem trilhão de estrelas, e isso o que doía nela, e dói, dói...Dói ate hoje
Cada vez que você abre a janela da alma e olha pra dentro de si mesmo, enxerga a luz no fim do túnel.
É, a vida nem sempre é silenciosa mesmo.... tudo às vezes parece vendaval. Abre a janela, olha lá pra fora; escuta o temporal, agarra o que te dá leveza e corre pra chuva. Fuja dos trovões, aconchegue-se; mas molhe-se, mergulhe, respingue, contempla o reflexo na água. O mundo é bem mais bonito neste espelho, porque é de lá que a gente consegue enxergar a beleza de todas as coisas; a sensibilidade que reflete levemente o coração.
@-@-@-@-@-
Uma da manha!
O sono não vem!
Abro à janela do quarto e lá esta a mais pura beleza. A natureza!
O azul se confunde com o preto e as poucas estrelas dão o toque final à bela visão que agora tenho.
Piscando, piscam, piscam... E logo entendo como uma mensagem.
Segundos depois, invade o meu quarto uma fina, leve e refrescante brisa! Fecho os olhos.
Abro e me chama a atenção uma única estrela.
Vermelha, oras verde, oras branca e hora amarela. Piscando mais rápido que as outras, parece se comunicar comigo.
Encantada, me vejo presa a ela!
Sem conseguir entender a mensagem que ela me parece enviar. Faço um pacto!
Amanhã no mesmo horário estarei aqui. E você? @-
Meu gato fugiu pela janela - moro no oitavo andar,
Fiquei um pouco triste;
Mas ninguém mandou ele tentar me abandonar.
Da janela
Jesus vem 1, do alto da colina
Observava atenta e imóvel
Com sua face cega da neblina
No seu silêncio imemoriável
Um grande lençol branco gaivota
Que Cobria a mata virgem 2
Com sua proteção devota.
Bem cedo, o sol penetra seu sossego selvagem
Espalhando seu calor
Secando o orvalho da folhagem
Iluminando e aquecendo seu interior.
É o nascimento do dia,
As borboletas bailam ao sabor do vento
Os pássaros cantam de alegria
A cigarra e seu sinal barulhento
Abelhas fazendo mel com amor
Formigas trabalhando sem parar
Colibris de flor em flor
Que dia lindo! Todos a saudar.
Eu contemplo essa linda geografia
Da casa dos meus pais, da janela,
Talvez a perpetue numa fotografia
Ou pinte numa grande tela.
Fernando Luiz Silva
14/03/2005
*1- Pedra situada no morro do Barata em Realengo.
*2- Mata situada no morro do Barata em Realengo.( que não é tão virgem assim.)
