Ponta Cabeça
Nas voltas que a vida dá, fui muitas vezes jogado de ponta-cabeça; e daí; meu prumo são as estrelas.
Você me desestabiliza
Me faz mal demais
Você faz tudo virar de ponta cabeça
E antes que enlouqueça esqueço de nós
Você faz com que perca o equilíbrio
Me faz pensar loucuras
Em fugir da realidade
Logo depois coloco a cabeça no lugar
Depois de mais um ato covarde
Me vejo entrando em colapso
Daí eu traço um plano fugaz
Minto pra mim mesma que sou capaz
De apagar nossa historia
De tirar da memoria
O que não sairá jamais
Escrevo chorando
Rimando pensando
Virando a cabeça de ponta cabeça
Para criar algo que ninguém
Jamais esqueça
Porque para mim o esquecimento
É a morte
Sorte de quem não esquecido
É amado escolhido e valorizado
Que não guarda ódio em seu
Coração
Quem nunca virou o rodo de ponta cabeça e fingiu que ele estava te fazendo uma jura de amor só pra não achar que estava sozinha? Eu lembro que quando tinha 11 anos eu gostava de conversar com aquela vassoura que tinha "cabelos"...
Às vezes, é preciso que viremos a ampulheta. A vida vira junto, de ponta-cabeça, mas é necessário. Serve de recomeço, é como se a contagem se reiniciasse.
O Mundo precisa de remédios
A impressão que tenho é que o mundo está de ponta cabeça. Ou eu dormi tempo demais, ou o mundo não dorme há vários dias. Talvez seja essa a razão do seu estresse e descontrole. Gaze e sanativo sempre à mão. O mundo precisa de remédios.
Eu estava terminando de estender as roupas do Michel, meu filho de 1 ano e meio, enquanto ele dormia, quando Mariana entra chorando em casa, sem nenhum material da escola, e com o rosto sangrando. Antes que ela pudesse se acalmar e se explicar, tratei de ver logo uma sutura para aquela ferida, que nem sabia ainda se deixaria alguma cicatriz. Meus conhecimentos em enfermagem, vez por outra, têm muita utilidade, principalmente em acidentes domésticos comuns. Mas graças a vinda inesperada do Michel, a faculdade ficou pra depois. Mas, não se tratava de um acidente. Minha filha mais velha, Marina, 13 anos, não havia conseguido chegar ao colégio porque foi assaltada e ferida no meio do caminho, passando por uma rua estreita, ao lado da rua principal que dá acesso à entrada lateral da escola, e que não pode ser perigosa as 7:30 da manhã, mas foi. Segundo a declaração assustada e nervosa da minha filha, ela não conseguiu tirar a mochila das costas com a rapidez que eles queriam, os livros caíram no chão, e eles, tão jovens quanto ela, e tão nervosos quanto, arrancaram a mochila, os livros, e saíram correndo a tempo de deixar um arranhão com a faca que eles usaram como arma. Os três dias que se seguiram ela não quis mais ir à escola. Chamei a situação dela de trauma, ela, porém, chamou o próprio estado de culpa. E eu não entendi o que ela quis dizer. Dias depois, achei, não por acaso, rabiscado num bloquinho cheio de anotações umas reflexões dela sobre aquele dia:
"A marca que eles deixaram no meu rosto não me agride tanto quanto a vergonha que me fizeram passar diante da minha condição impotente. Não que eu tivesse alguma pretensão de reagir com violência, mas não consigo parar de pensar que não vai ser diferente com eles nem comigo. Eu estarei na minha condição de garota bem de vida, cujos pais podem dar oportunidades que eu não desperdiçarei, enquanto eles não terão oportunidades alguma porque os pais deles também não tiveram, e enquanto eu morro de medo, eles morrem de indignidade. Nenhum objeto levado vai me custar mais do que custa a vida deles e eu sinto amargamente a dor de não poder fazer nada."
Exatamente hoje faz 4 meses que isso aconteceu. Estou na sala, preocupada, como sempre, esperando que ela chegue em casa, com a expressão cansada e satisfeita de todos os dias, com o teclado debaixo do braço e uma mochila carregada de cadernos. A cicatriz no rosto da Marina, mais perto do queixo que dos olhos, é quase imperceptível agora, leve e sutil, tal qual o sorriso tímido. A maneira como ela resolveu se livrar da ‘culpa’ e da ‘impotência’ é tão nobre que eu tenho esperanças no mundo e muito, muito orgulho da educação que eu e seu pai demos a ela. Ela está dando aula de reforço e iniciação à música na favela que fica algumas quadras perto da escola. Depois de almoçar, sai correndo e só volta no fim da tarde com um sorriso que me ensina a ser melhor.
O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer".
(Albert Einstein)
“E você mudou tudo. Bagunçou todos os cantos possíveis. Me revirou de ponta cabeça. E me fez ficar confusa ainda mais. Tirou meus pés do chão e quebrou o coração de gelo da menina que se fazia de rocha, apesar de ser tão frágil e possa até se apelidade de maria-mole. Me fez viciar em ti. Me fez ter um desses piores sentimentos e me perder nessa confusão de pensamentos (…) Você revirou tudo. Me bag...unçou e nos bagunçou. Me fazia tropeçar nas palavras e sentir sua falta de uma forma absurda mesmo que fosse só por uns instantes sua ausência. E depois se foi. Me sufocou de tanta saudade. Mas disfarcei como sempre, neguei a eu mesma, fingi ser forte e segui como se sua ausência não fosse nada. Que tanto faz você aqui ou lá. Mas dessa vez não consegui fingir.Porque vc sabe é só ao seu lado que posso ser feliz (…) E logo eu que sempre fui forte, havia acabado de conhecer a minha fraqueza, e que mesmo negando tantas vezes, necessitava de tua presença, mesmo depois de bagunçar, machucar, e virar completamente todo o meu mundo de cabeça para baixo.” Eu precisava e preciso da tua presença . . .
DE PONTA CABEÇA
Deitei cabeça combinando
Com a cabeceira da cama
Na madrugada acordando
Pensando em quem me ama.
Vi tudo diferente
Um pensamento encaixo
Algo muito atraente
E eu de cabeça pra baixo.
Era ainda uma hora
E quarenta e quatro minutos.
O sono me foi embora
E aqui relato os assuntos.
Fico a pensar, reprimido
No sentimento, o afeto
Deixo o amor escondido
E os olhos bem abertos.
Pois eu perdi o meu sono
Também perdi uma chance
Fui inconsequente, insano.
Não dominei um romance.
Na vida eu tive perdas
A madrugada é prova
Dores e amores de cedas
O peito transformo em cova.
Enterro coisas bem lindas
Para nascer coisa nova
Pessoas amadas, infindas
Que em nosso ser se renova.
Autoria própria
Um pensamento virou o mundo dela de ponta-cabeça. A ideia de que nosso conhecimento é limitado e de que é impossível sabermos se as coisas são o que parecem. Estamos adormecidos, inconscientes da verdadeira natureza das coisas.
Céu Azul
Meu céu azul de tecido grosso
Inclinada de ponta cabeça
Num jorrar de sangue inquietante
Parecia um ato de bravura
Talvez para um bem maior
Alguém me torturou
Para que eu me sentisse melhor
Num céu azul busquei bons pensamentos
Pensei no teu beijo e tua voz no meu ouvido.
Lutei para viver mais um dia
Até te possuir por completo em meus braços.
Vou te receber no meu céu azul
Para me salvar de quem quis meu bem
A vida às vezes vira a gente de ponta cabeça e chacoalha até derrubarmos tudo aquilo que carregamos. Nos tira a roupa, nos elimina a coragem e o que chamávamos de possibilidade. É como se algo tão denso nos fosse colocado no colo que é obrigatório soltar tudo o que se tinha para suportar o peso. A vida nos embaralha, um sopro tão forte nos transformando em meros desconhecidos, desconexos. E quando a gente volta a postura normal, restam olhos e semblante perdidos. Lábios secos e carregados de medo. Parece até que a vida teve fim e o que poderia ser, não nos pertence mais. Mas é só quando a gente coloca o pé no chão que entende: possibilidade mesmo não são aquelas coisas que imaginamos que nos pertencem, não é ter embaixo dos braços um punhado de quase certezas que contam com o acaso e com a sorte. Possibilidade é começar do zero – com as mãos vazias. É mais do que acreditar – é fazer acontecer."
Domingo e os seus rituais.
Vassoura de ponta cabeça atrás da porta,
sal no fogo.
Convidando visitas de prosa ruim se retirarem.
Des/Conexão
Não sei se está o mundo de ponta cabeça,
ou se de ponta cabeça estou eu.
Não sei se está doido o mundo,
ou se a doida sou eu mesma.
Não sei que palavras eu inventaria
para descrever o mundo e/ou a mim (...)
Então, vez por outra eu planto bananeira
e tento me conectar com os dois lados.
☆Haredita Angel
"Distante ao positivismo no Submundo o pódio esta de ponta cabeça, o mais desprezível esta em destaque... Sem ovação, mas com reconhecido asco até aos residentes e aspirantes. Ladeira abaixo, eu abraço as trevas e em alta velocidade ao mais profundo gueto do Submundo me afasto do Mundo dos homens. Logo vou precisar de uma máscara, a minha própria face me assusta e a minha origem esta cada vez mais em evidência. Cansei de fugir e não sei mais se quero fortalecer uma nova mentira."
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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