Poetas Românticos
Parafraseando Olavo Martins Bilac, o príncipe dos poetas brasileiros e meu grande patrono sobre amor cívico das estrelas da cultura do Brasil, exercido ininterrupto pela Liga da Defesa Nacional, desde 1918, o poeta diz em seu soneto - Ora (direis) ouvir estrelas, o soneto de número XIII da coletânea de sonetos Via Láctea. " E eu vos direi: Amai para entendê-las!Pois só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas." Assim também vos digo " Amai para entendê-la. Pois só quem ama pode ter ouvido e olhos, capazes de ouvir e de entender a Amazônia. Ela existirá para sempre, bem mais que um grande punhado de verde, distante de tudo que dizem os teóricos da grande floresta.
E pensar que patriota Olavo M. Bilac, nosso príncipe dos poetas dos séculos XIX e inicio do XX, avança em teu sonho para o Brasil unido no Contemporâneo. Hoje novamente, o Brasil inteiro, renova seus votos de amor a pátria, em defesa contra as bandeiras vermelhas, cada qual por civismo, diz um basta em pleno exercício de amor por toda nação. Salve a Liga da Defesa Nacional.
Devemos ser doces como o mel da seiva das flores silvestres e poetas quando falamos com a dor que nos sussurra o coração.
À GENTE BONITA DO MORRO
Onde anda o morro do samba,
De gente bamba, dos grandes poetas...
Onde anda aquela gente fina
Que tirava rima da dor mais profunda,
Mas tinha o prazer na luta diária,
De fazer parte da classe operária,
Onde anda o malandro do chapéu de massa,
Onde anda a essência do Rio de Janeiro;
Onde bate agora o coração do meu país?
Estou cheio de tantos imbecis,
De Dj e MCs que propagam a droga,
O crime e a prostituição
Esse monstro invadiu nossas comunidades
Recrutou os meninos, saqueou a cidade
E se escuda atras dessa gente honesta
Essa raça que faz do funk um merchan pro crime,
Que recruta crianças, que embrutece e reprime
Levando a esperança e manchando a história;
Nos turvando a glória
Dos anos dourados que um dia o morro viveu...
Mil poetas habitam em mim,
Muitos deles vêm das trevas,
Podem ver não tenho estilo,
Sou uma espécie de purgatório
Até os seus dias de juízo...
O MEDO
O que me conduz é o medo...
Os lobos uivam e os poetas
Colhem flores numa pedreira,
Os pensadores repousam
E meditam sobre trilhos,
Eu sei que do outro lado do rio,
Que sou eu mesmo,
Tem um dragão, uma fera um vulcão...
É o meu melhor lado,
Deste lado tem um sorriso,
Tem a sensualidade e a escuridão...
As vezes os lobos comem os poetas,
Mas as flores colorem penhascos
E os pensadores continuam suas meditações...
As vezes o trem dilaceram os pensadores
Mas os poetas escrevem e florescem a vida...
Deste lado tem um sorriso
Que não passa de um disfarçe
Tem a sensualidade,
Que não deixa de ser uma armadilha...
E tem a escuridão que nos tira a noção do perigo...
E o que me conduz é o medo...
PASSARINHOS
Os poetas não vão para o céu
Eles perambulam pelas esquinas
Fascinados pelos crepúsculos
Seduzidos pelas meninas
Os poetas cantam enquanto
Espalham sementes que frutificam no inverno
Mas se alimentam de olhares , sorrisos e lagrimas
Realizam-se nas incertezas
Estabilizam-se nas inseguranças
E amam nas ausências
Poeta é todo mundo e ninguém
É um ponto de vista
Sem ponto e sem vista
Poetas se transformam em e árvores
Ou encarnam animais de estimação
Para sentir o contato
Para ficar com aquele perfume
Que lhe encanta
Poeta não ama apenas, ele ama amar
Poetas não vão para o céu
Para o purgatório ou para o inferno
Eles transitam por esses lugares
Durante as paixões... até que Deus os chamem
E eles se transformam em passarinhos...
POETAS E LOUCOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não existe o poeta
e à parte o louco;
nem o tal do pouco
de cada um:
com seus trapos de sonhos,
letras e versos,
miragens, molambos
de visões incertas
deste universo;
natureza de ambos...
Há um céu que os mistura
em alma e pó,
pois poetas e loucos
unem sons, gritos roucos
e as cordas vocais
no mesmo nó...
ALMAS FECHADAS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Poetas fazem poesias. Em prosa ou verso. Em formas e fôrmas de poemas, crônicas, contos e artigos, porém sempre poesias. Em seus escritos, falam do que sentem ou pensam. Falam também do que pensam ou sentem que os outros sentem ou pensam. Escrevem sobre terceiros na primeira pessoa, e sobre si mesmos na terceira, sabedores de que tanto faz.
Jamais pretenda saber o que atormenta, entristece ou alegra um poeta, por meio de seus escritos. Não diga nem a si próprio que você o conhece como a palma da mão, mesmo que seja um cigano. As linhas de um poeta estão todas n´alma, e poetas têm as almas fechadas. Isso pode ser lido nas fachadas expostas em seus olhos blindados de poesia.
POETAS SÃO MAUS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Poetas são temerários;
duros; frios; cruéis...
Ficam horas inteiras
a conversar em silêncio,
com seus papéis...
Tecem loas e loas,
de manhã, tarde ou noite,
a qualquer hora...
Depois amassam pessoas
e sem qualquer cerimônia...
jogam fora.
POETAS
Demétrio Sena - Magé
Um poeta não sabe o que dizer
pra não ser acusado de acusar
ou não ter que ajeitar eternamente
o que disse, não disse, no poema...
Tem que ter as versões acumuladas
na vertigem dos versos incansáveis,
pra dar tempo dos próprios arremates
aceitáveis aos olhos dos ouvidos...
Os poetas são todos inimigos
dos amigos, amores, mundo afora
que se flagram a cada inspiração...
São carrascos no fio da palavra
onde a lavra da multiconsciência
vê fantasmas no jogo dos espelhos...
...
Respeite autorias. É lei
A LUA E SEUS AMANTES
Demétrio Sena - Magé
A lua é o eterno clichê dos poetas, fotógrafos e namorados. Aos olhos comuns, é sempre a mesma, em suas únicas quatro poses... ou fases estáticas, até a próxima mudança em sua solidão no deserto celeste noturno... algumas vezes matinal... outras vezes crepuscular... mas sempre a mesma.
Fotografar os desempenhos lunares é ato repetitivo e de pouca originalidade, se não explorarmos o cenário de um céu semi-nublado, por exemplo... pois as nuvens, sim; essas nunca são iguais. Ou se não aproveitarmos interferências terrenas como torres, árvores, postes, insetos ou pássaros noturnos que a "cruzam"... quem sabe até trabalharmos sobreposições com outras fotos também autorais.
Não sendo assim, fotografaremos as mesmas poses lunares que já infestam a web. Isso
nunca será plágio, se realmente a fotografarmos; porque a lua, tanto quanto a rua, é pública... mas é de pouca originalidade, simplesmente apontarmos para ela e dispararmos o velho clique precipitado.
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Poetas da Construção
Sempre ouvi falar dos pedreiros em piadas e comentários. Dizem que têm mãos de ferro, a famosa cantada que nunca falha, e até um prato digno de um banquete. Mas será que realmente entendemos o valor desses mestres das construções?
Escolhemos casas para morar sem imaginar o quanto de suor e dedicação foram investidos para que elas se erguessem. Quando algo quebra ou precisamos de uma reforma, imediatamente chamamos um pedreiro, pois não sabemos fazer o que eles fazem. Estudamos, obtivemos diplomas, somos reconhecidos na sociedade, mas diante do trabalho desses artífices, nossos títulos se tornam meros papéis. Eles não nos ensinam a construir um lar, onde começa uma família. E para formar uma família, começamos com uma casa, erguida pelas mãos calejadas de um pedreiro.
Outro dia, da minha janela, vi os pedreiros trabalhando no condomínio ao lado. Trabalhavam como formiguinhas, em uma dança harmônica de risos e piadas. Paravam para tomar café, dividindo tudo entre si. Compartilhavam um velho rádio, vibrando com as músicas que tocavam, e cada um cantava mais alto que o outro. Havia pedreiros de todas as idades, e um deles parecia ter uns 20 anos. Pensei comigo mesmo: como seria maravilhoso ter a amizade dessas almas vibrantes, que faziam do seu tempo de trabalho um momento de irmandade e fraternidade.
Aqueles pedreiros eram como poetas da construção, escrevendo versos em tijolos e cimento, compondo uma sinfonia de gestos e sorrisos. Suas mãos ásperas contavam histórias de resiliência e amor pelo que faziam. Cada parede erguida era um testemunho de sua maestria, cada lar construído um poema de dedicação.
E assim, entre risos e música, eles transformavam um simples canteiro de obras em um palco de emoções. Eram artesãos da felicidade, criando sonhos em concreto, moldando o futuro com suas próprias mãos.
Todos poetas, cordelistas, são Doutores pois quando os poemas estão doentes, aplica uma métrica, passa umas doses de rimas e manda o SEU (Sr.) Verso ter oração e o problema se transforma em solução...
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