Poeta Viver Sozinho Solidao
Hoje acordei com um vazio, achei que fosse fome; comi e não passou.
Uma solidão que permeava, fui pra multidão e mesmo assim me sentia só.
Aquele aperto que pressiona meu peito, coloquei uma música pra distrair, mas não adiantou.
A saudade apertou mais forte hoje, tentei ocupar a cabeça, porém só conseguia pensar em você.
O nó na garganta veio, mas decidi não chorar; preferi celebrar, escolhi relembrar dos nossos momentos felizes.
Este é o meu primeiro ano longe de você, queria te abraçar, queria te beijar; mas eu preciso aprender que para ter você comigo, eu não preciso te ver, basta te sentir.
O romantismo quebrado, a solidão embriagada e uma estética suja e bonita de quem já viu o amor morrer dentro de um quarto de hotel e ainda assim tentou escrever poesia com o corpo todo doendo.
Hoje o escuro não te assustou,
A solidão te abraçou como velha amiga.
Lágrimas desceram, silenciosas, gélidas ,
Confidentes fiéis da dor que insiste.
O travesseiro, acolheu mais uma noite,
Ouviu sem julgar, apenas compreendeu.
E as cicatrizes, essas marcas caladas,
Caminharão contigo até o vale da sombra da morte— cicatrizes que não somem.
Vale da Solidão
Olá, solidão…
como te chamas no vale do amor?
Sei que teu nome é vaio,
sussurro antigo que ninguém ouve mais,
um sopro frio que caiu do céu.
É tão difícil dizer essas palavras,
porque amar — ah, amar —
é caminhar descalço em chão quebrado,
é dar esperança a quem só quer partir.
Quem quer apenas ser feliz,
não entende a dor de ficar.
Ser amado…
de que serve, se a ausência pesa mais?
Meus sonhos eram teus,
meu corpo, tua casa.
Mas partiste.
E deixaste em mim os escombros do que fomos.
No vale da solidão,
teu nome ainda me chama.
E eu respondo,
com a voz trêmula de quem perdeu tudo.
Um poema sobre a solidão
Sou aquele amigo esquecido,
O que fica para trás na calçada
E que o amor nunca encontrou.
Sou uma biblioteca solitária
Em meio às prateleiras,
Um pequeno príncipe a sonhar.
A rosa que tanto cuidei, um dia desapareceu.
Talvez eu a tenha sufocado demais,
Talvez ela estivesse cansada,
E seus espinhos não quisessem me machucar.
Sou um pintor triste,
Canto sobre o viver e pinto a beleza da vida,
Mas os campos de girassóis parecem diferentes hoje.
Eu tentei dar a você um pouco de cor,
Mas o pincel acabou manchando seu sorriso.
E como doeu não poder repetir o que foi feito...
De esboço a esboço,
Nada pareceu perfeito.
Eu sou as paredes de madeira que me cercam,
Tentando encontrar um raio de sol que me esquente.
Mas ainda sou esquecido...
E é tão frio aqui...
Vivo nas sombras do que foi ou poderia ter sido.
Trago no peito uma rosa que nunca desabrochou,
Não por falta de sol,
Mas porque ninguém ficou tempo o bastante
Para ver o seu vermelho nascer.
Não seria quem sou se não fosse a solidão da cela. Seria mais fútil, mais frívolo, mais superficial.
cicatrizes da noite.
Maldita lua, que em mim faz despertar,
A solidão profunda que insiste em ficar.
Na bruma densa da mente a vagar,
Nos olhos vastos, um mar a chorar.
Mas, apesar disso, admiro teu brilho,
Teu claro aviso em meio ao meu trilho.
Sussurras que essa dor nunca vai ceder,
Um ciclo eterno difícil de vencer.
Carrego as cicatrizes de um tempo que não volta,
Memórias que sussurram nas sombras do meu ser.
A dor do ontem se entrelaça à vida que me assolta,
E no presente, ainda busco forças para renascer.
Oh lua, testemunha de meus segredos,
Guarda em ti a dor que não se desfaz.
E quando a madrugada me traz seus enredos,
Teu brilho é a luz que não me traz paz
A solidão não nos abandona mesmo quando estamos distante de todos.
Talvez seja uma companheira fiel e pela sua intensidade seja tão temida por nós.
Solidão não é ausência de companhia.
É o vazio que grita, mesmo rodeado de vozes.
É estar entre todos, mas não pertencer a ninguém.
E essa diferença… mata aos poucos
Solidão a dois: o silêncio que machuca mais que a ausência. Nem sempre a dor está na ausência física. Às vezes, está no olhar que não vê, na escuta que não escuta. Entenda por que o abandono emocional silencioso pode ser mais doloroso do que estar só.
não é solidão.
é invasão consentida.
um tipo de presença que não pede licença
porque sabe que ainda tem a cópia da chave.
•
o lado esquerdo da cama cede.
não por hábito.
mas por teimosia do lençol.
o corpo ausente continua exigindo espaço ~
e eu cedo.
•
a toalha continua úmida.
não sei se é da última vez
ou de alguma memória que escorreu
quando eu não estava olhando.
•
o som do gelo ainda cai no copo.
como se tivesse a quem servir.
mas ninguém brinda comigo.
nem o silêncio.
•
a morte não te levou.
ela só desfez o contrato.
ficou com o nome,
com os papéis,
com a parte que convence os outros
de que você se foi.
mas o resto ficou.
os ruídos leves no corredor.
o perfume que reaparece ~ sem explicação.
essa mania absurda de eu ainda saber
o ritmo da sua respiração
mesmo sem você.
•
ninguém me disse que o luto fala baixo.
que ele deita do meu lado
e às vezes respira junto.
que eu ainda viraria de lado à noite
esperando um corpo
que aprendeu a não chegar.
•
não sei se sinto falta
ou se me converti naquilo que faltava.
na forma da ausência,
no vulto do costume,
no intervalo entre a porta abrindo
e ninguém entrando.
•
não sei mais se sinto falta.
ou se já sou feita só disso.
da tua falta com forma.
com corpo.
com tempo marcado.
com trilha sonora que insiste
em tocar quando não devia.
•
isso não é saudade.
é ocupação indevida.
com senha do wi-fi.
com chave da porta.
com espaço no armário.
uma ausência que não partiu.
só se instalou.
e tem me mantido acordada
no mesmo ponto
em que você deixou de me amar.
como se esse ponto fosse
casa.
fim.
ou castigo.
Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu
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A filosofia do lobo solitário é escolher o próprio caminho, sem medo da solidão, porque sabe que sua verdade não precisa de plateia — apenas de coragem para seguir.
"A solidão não grita, ela sussurra — e é nesse silêncio que a alma aprende a sangrar em silêncio por não ser lembrada."
Solidão não é escolha, é reflexo.
A solidão não foi uma escolha.
Ela veio.
Veio depois de várias quedas,
decepções que calejam mais do que a gente mostra.
Não foi uma decisão consciente,
foi defesa.
Foi instinto de quem cansou de se machucar tentando pertencer.
Parece escolha, eu sei.
Mas por trás dela tem medo.
Medo de ser rejeitado.
Medo de entregar tudo e receber o vazio.
Medo de nunca ser feliz de verdade.
Solidão não é estar só.
É estar com muitos e, mesmo assim, se sentir ausente.
É rir no grupo e, por dentro,implorar por silêncio.
É desejar companhia,
e no segundo seguinte,
querer sumir.
Você entende?
Já sentiu isso?
Sentir tudo… e ninguém notar.
Querer fugir, mas torcer pra alguém vir atrás.
Tive amigos.
Perdi amigos.
Fiz tudo,juro.
E mesmo assim, fui deixada de lado.
Me joguei no amor porque o “meio-termo” nunca existiu pra mim.
Amei como quem não sabe amar pouco.
E ainda assim… fui partida de novo.
A vida é esse ciclo estranho:
cair, levantar, tentar outra vez.
E cada vez dói. Dói diferente, mas dói.
A gente espera, né?
Espera sentir de novo.
Espera ser vista, ser ouvida, ser acolhida.
Espera que, dessa vez, o final seja outro.
Talvez…
Talvez agora seja a minha vez.
De me amar primeiro.
De ser por mim.
De entender que o agora é tudo o que tenho.
Sonhar é bonito, sim.
Mas me olhar no espelho e saber que mereço mais,isso muda tudo.
By Priscilla Reis
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