Poeta

Cerca de 24677 frases e pensamentos: Poeta

Como quisesse erudito ser, poetando
As brancas paginas da imaginação
As quimeras, vestidas de inspiração
Inventaram asas e partiram voando

Inserida por LucianoSpagnol

Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar... as tuas lembranças!

Inserida por LucianoSpagnol

Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido...
Me ponho ao vento por ti clamar:
- como é bom poder te amar!

Inserida por LucianoSpagnol

Ora (direis) ser quem sou! Exato.
Me perdi no caminho, me achei, no entanto
A cada passo, erro e acerto, vários o relato
Vou andando, o atrás se desfez por encanto

Inserida por LucianoSpagnol

As promessas de paixão perecem como fumaça

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade é tudo que se tem, de quem contigo não pode estar!

Inserida por LucianoSpagnol

SEM DITA

Num poema todo criado de incerteza
De noturna inspiração e de tristura
É que eu vi a insônia em desventura
E ( mais que desventura) de rudeza

Ditar em vulgar estro da aspereza
Um ardor na trova sem suavidade
Sem luz, sem brisa da venustidade
Que até nem sei se há tal fel frieza

Uma malícia, mística, uma mistura
Desta feita de medo, de amargura
E da lágrima duma dor derradeira

Ó lampejo, visão aflita e nervosa
Crias a poesia agasta e chorosa
Sem deixar provar a sorte inteira!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/08/2019, 05'35"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CHORO OCULTO

Se me escorre bochornal pesar
Da alma inquietada e tão sofrida
Parece-me afliges querendo voar
Dos lamentos desta copiosa vida

E a minha triste cisma dolorida
Em lágrimas opacas põe a rolar
Nas tristuras e do silêncio saída
Não esquecida, insiste em pisar

E fico, cabisbaixo, olhando o vago
No peito o gosto pálido e amargo
E minha emoção duma cor marfim

Assim, eu choro, um choro velado
Ninguém os vê brotar de tão calado
Ninguém os vê arando dentro de mim!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
29, agosto de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Processo de Beatificação de Pe Júlio Maria De Lombaerde " Servo de Deus"


Ao magistral poeta * escritor Luiz Antonio Bonini Ataliba São Paulo* In memorian afetuosamente, o meu apreço pela contribuição e incentivo em meu trabalho de pesquisa relacionado ao fundador Pe Júlio Maria De Lombaerde " Servo de Deus."

Data de nascimento: 3 de abril de 1942
Falecimento: 11 de outubro de 2018

Louvável tarefa que Solange Malosto, festejada poeta e indiscutível operária das letras brasileiras, avocou-se a realizar.
De fato, esse trabalho de garimpagem de informações e principalmente a sua ordenação rigorosa e científica, para embasar o processo de Beatificação de um sacerdote europeu que iluminado pela ação do Espírito Santo de Deus assumiu o encargo de organizar uma estrutura missionária que agisse em todas as partes do mundo numa ação corajosa de levar a Palavra de Deus a todos os povos.
Se por um lado, o foco desse processo investigativo tinha por objetivo ressaltar o alto grau de fé e esperança do Pe. Julio Pe. Júlio Maria De Lombaerde no estabelecimento de uma instituição missionária que pudesse suportar as dificuldades do momento para levar a mensagem cristã pelos rincões do planeta, alimentado pela carinhosa intercessão de Nossa Senhora pelo sucesso da Missão, não poderia também perder de vista o alcance humanitário dessa tarefa.
Foi caminhando por essa estrada, muitas vezes íngreme que o Padre Júlio Maria conseguiu seu intento, sempre creditado à ação inspiradora de Maria Santíssima e com a anuência de seu filho Jesus, estabelecendo três ramos de ação cristã, qual sejam as Irmãs Cordimarianas, os Missionários Sacramentinos e as Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.
As diversas etapas do processo de Beatificação seguem rígidas exigências, que após cumpridas, vão se agregando em ações jurídicas específicas ao Direito Canônico e cada uma que se conclui, transforma-se em gloriosa vitória em prol da Beatificação proposta.
Neste ponto, a ação dos colaboradores é festejada com todas as honras. Como acontece agora, no processo de do Padre Julio Diário Missionário Pe. Júlio Maria De Lombaerde.
A poeta Solange Malosto destaca-se entre os artífices
dessa abençoada jornada " Luiz Antonio Bonini "

Luiz Antonio Bonini magistral escritor poeta

Inserida por 1solangemalosto

Pequizeiro no caminho

Há um pequizeiro ali
No cerrado, solitário
Onde canta a Juriti,
Num doce cenário...

Onde o vento, venta bom
Onde o tempo tem razão
E o coração cala no tom,
No horizonte do sertão...

Cá tudo é calma, espera
Quem testa, a alma adoça
O gosto é de quimera,
E o povo, gente da roça...

Na poesia, agridoce canção
Deste seco chão, de cheiro
De primavera, de inspiração,
No caminho, há um pequizeiro...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

bafios

eu era simplista
bastava a valeria
na agonia fui artista
poetando com maestria
na busca de conquista
baixas, também alegria
sem querer ser alarmista
no é fugaz, até a ousadia
abaixou a crista
e as dores em cortesia
fizeram da queixa ritmista...
e o dia, leveza vadia.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
8 de outubro, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TORMENTO
Divagando pela veneta
Da noite
Destrancando minha gaveta
Das aflições em açoite
Entre as estrelas e a lua
Na janela das saudades silentes
Em delação tão minha, tão sua
Vou trovando motivos urgentes
Nos lamentos com agrura crua
De um tempo que já se foi...
E neste silencioso agudo
Só a alma põe-se falante
E assim, então, eu a saúdo
Segando o tormento dissonante
Versando a solidão em suspiros rudo.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/04/2013, 01’45”
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CERRADO ERUDITO

Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Tão triste desmatado
Fui as lágrimas soluçantes
Fui por ele calado
Um dia cerrado, gigantes
No seu torto encantado
Só para me recordar
E não pude fascinar

Fiz uma poesia
Como poeta do cerrado
Soltei brados de fantasia
Pra tê-lo do meu lado
Mas a lembrança esvaia
Pelo axioma empoeirado
Neste preço tão alto
Do belo desnudado

E então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Chorei... Ante a força do sertão
Até quando este estado?
Surrado. Resiste a civilização

Ainda andei sobre o cerrado (...)

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
01 de abril de 2018
Domingo de Páscoa
Paráfrase Paulo Vanzolini

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DE CARNAVAL (de outrora)

Distante da folia, o cerrado me afigura
A saudade como um saudoso tormento
Lembrar dela é uma sôfrega tal tristura
Esquece-la é nublar o contentamento

Ausentar de ti é a mais pura amargura
Todo momento é gosto sem fomento
Máscaras sem brilho nem alegre figura
Uma fantasia no samba sem afinamento

E no saudosando os tempos de outrora
Enquanto fugaz vão-se os anos, enfim
O que tenho pra agora, só silêncio afora

De toda a diversão a quietude em mim
É regente, pois já não sou parte da hora
E meu carnaval vela o traje de arlequim

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Carnaval
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

TARDES DO CERRADO

É o entardecer no cerrado das tardes de todo dia
Solitário no silêncio, chega à noite e, o olhar tardia
Se tarde é, todavia, o tardar apressa a hora vazia
Enchendo de quimeras a noite que no céu sombria

E no breu do tal entardecer que a noite tão pedia
O sol no horizonte abrasa-se e o adormecer regia
Nos galhos tortos, recria, tal qual o poeta na poesia
Em um entardecer rubro, árido e de aspereza fria

Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia

Sem saber se é pranto, choro ou remia que prazia
Adentro no entardecer do cerrado que a noite espia
Com seu luar gigante, reluzente que o denso lumia
Vai-se a tarde, num lusco e fusco, e a coruja pia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março, 2017, 18'00"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

BOCA DA NOITE

na boca da noite, calar-se
o cerrado se cafua
o sol fustigado
a lua nua
o céu estrelado...
Anoitece, e o dia recua.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANTANDO O CERRADO (soneto)

Essa vossa árida serena formosura
Que as exibe, és casta e tão tanta
Tanto mais a cena vossa apura
Quanto mais os olhos prende e encanta

Mostrais vossa diversidade em tal ventura
Com uma graça igualado duma infanta
Que põe alfim alguma desdita e tristura
E o espanto se aumenta ou se aquebranta

De tal beleza entrajais, oh vária flora
O meu enlevo, de guita tal tecendo
E destecendo o desencanto, um engano

Que, se ei perdido o extasiar outrora
Agora és só elogio os faço dizendo
Pra asinha referir-te como tal soberano

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Abgar Renault

Inserida por LucianoSpagnol

AMANHECÊNCIA

Na manhã do cerrado, a amanhecência
O sequioso sol escorre numa enxurrada
Dissolvendo a noite numa transparência
Do azul visceral do alto céu da esplanada

O dia flana no horizonte com paciência
Onde a luz sem um pouso certo, calada
Suga o primeiro brilho, adiante essência
Da mão de Deus traçando a madrugada

Deglutindo o breu, o espasmo nascente
Beija o dia virgem do alvorecer inocente
Devagarinho qual uma gentil namorada

O pólen do raiar se espalha tão ardente
No enxuto sertão do chão árido vigente
Num espectro mágico e Deia iluminada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

à rotina

todos os dias
o mesmo cerrado
as mesmas cortesias

bons-dias!... diário
nas mesmas heresias
dum mesmo cenário

e nestas galimatias
rotina é meu rosário
minúcias e alegorias

pra ornar o obituário!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
09/10/2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

nega

não apresso mais
arriei a armadura
cansei do jamais
d’alma em candura

paz...

tudo vai à frente
a sorte lá traz
o silêncio presente

e o tempo voraz!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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