Poeta
Amanheceu...
Frio intenso...
Árvores chorando em sereno...
Nem brisa sussurrando...
Em meu jardim só ?
Pensava ele = o poeta triste =
Rumor dos mortos...
Nunca esquecidos...
Caminhando....
E no silêncio presente...
Doce perfume inebriante pairava...
Nem uma abelha zumbia...
"De onde vem esse perfume?"
Indagava para si, tal qual sino silencioso,sem receber afago merecido...
Enquanto no frio agonizava...
Seus chinelos no chão arrastava...
Em penosa caminhada tremida...
Olhos lhe aguardavam...
Todo seus movimentos sentidos...
"O que será que o poeta vai fazer?"
Perguntam os pássaros uns aos outros...
Sussuravam baixinho...
A hora e o momento não pediam...
Alegres gorjeios...
E na aurora que o dia bebia em taças...
Pelo mel no ar ele se guiou...
Cada pétala...
Cada flor ele encontrou...
Estrelas deixadas na madrugada...
Com as quais se enamorou...
Eis que setembro chegou...
Olho-de-boneca floresceu...
O quanto Deus é generoso...
Só para fazer o poeta sorrir...
Plantou orquídeas em seu jardim...
Sandro Paschoal Nogueira
Estampa Indesbotável
Como uma plumagem aveludada,
Intrinsecamente em formação,
Expunha sem dar-se conta,
Num nível incomensurável
De percepção; a mais cristalina
Honestidade.
Jamais seria hipócrita,
Como a maioria,
Ou submissa e condescendente,
Compreensiva em tua passividade;
De maneira alguma, jamais seria.
Ela nasceu para confrontar,
Enfrentar, debater, se expressar,
Ela viveu para se opor
E semear sua sinceridade.
Talvez por isso,
Tenha invariavelmente registrado seu jeito,
Naqueles que estiveram presentes,
Nos mesmos recintos que Ela.
Uma estampa indesbotável,
Impressa com maestria,
Em nossa mais decorosa estima.
Ela nasceu para confrontar,
Enfrentar, debater, se expressar,
Ela viveu para se opor
E semear sua dignidade.
Como uma plumagem aveludada,
Intrinsecamente em formação,
Expunha sem dar-se conta,
Num nível incomensurável
De percepção; a mais cristalina
Honestidade.
Jamais seria hipócrita,
Como a maioria,
Ou submissa e condescendente,
Compreensiva em tua passividade;
De maneira alguma, jamais seria.
Ela nasceu para confrontar,
Enfrentar, debater, se expressar,
Ela viveu para se opor
E semear sua sinceridade.
Sê presente
Um prato de comida;
Uma dose de boa vontade:
Um trabalho produtivo;
Um desapego sábio;
Uma Natureza cuidada;
Uma fé quando acordar;
Um lugar onde encostar a cabeça;
Um abraço demorado na pessoa querida;
Um adormecer despreocupado dos laços do viver;
Um intensidade de Amor. Para reforçar os laços
que acumulam o bom animo;
Utopia?? A terra continua girando.
E o tempo?? Bem aí. Na sua frente.
marcos fereS
QUINTAL
Varias picadas no caminho.
Com tuias, uma ao lado de outra;
Com portinholas de ferros em formas
De grades.
Intercalando com cupinzeiros de vários
Andares. De onde se observam as cabecinhas.
Olhando para o horizonte pensando? Sei lá o que?
No solo, massa negra e pedra. Para não sujar
As solas dos pés. E evitar que o magnetismo,
Retorne para a terra. Já acumulados pelas nas solas do
Sapatos.
Os Rios e nascentes já canalizados, não se conseguem perceber.
Apenas peneirar e retirando, se possível , as shigellas e correlatas.
Com a água preta tirada do poço. Se movimentam-se corcéis
De dois mil quilos feito de ferro, que pessoas usam para irem,
Trabalhar na roça.
De tanto engajamento, vão liberando enfileirados; gás carbônico, já servindo para eliminar zicas e dengues.
Sanitarizando .O Rios e nascentes já canalizados e esquecidos,
De onde; não se percebem mais. E apenas peneirando e retiram, quanto possível as shigellas e outras. E devolvem pelos canos, por onde existiam os bambuzais.
No ar, Aves gigantes silenciosas, transportando trezentos; cem passageiros. E libélulas girando suas elicies a todo tempo,
Indo para lá e para cá. Indo sei para onde?
Algumas arvores não frutíferas e fuligem , enfileiradas em calçadas, fazem as sombras para os caminhantes que; se movimentam para inalarem o oxigênio batizado para transportá-los ao organismos já acostumados.
Caminhantes que andam com uma caixinha na mão. Olhando a todo instante. Aprendendo, apreendendo, apreendendo.
Que só observando a Natureza. Que o Homem pode se reconhecer.
Qual a natureza do homem que nasce e vive nesse quintal?
Para essa pergunta. Deixo uma palavra chamada futuro.
marcos fereS
Teoria da Inevitabilidade
A certeza sempre me escapa
Nestes momentos, esvai-se,
Sem mesmo uma olhadela para trás,
Num relance meteórico.
Não obstante, acredito
Ou ao menos tenho um leve espasmo,
Mas talvez nem isso,
De que foi em minha infância
Que tal patologia me aplacou.
Enfim, para encurtar o causo,
Tal moléstia é como aquela intuição
Que nos ronda, antes que
Alguma disparidade ocorra.
Enquanto não soluciono
Os axiomas do indissolúvel,
Continuo a seguir o conselho,
Daquele supremo vermezinho filosófico Que habita minha psique;
Diz ele, em toda tua sabedoria verminal:
“Caro atarefado, não te sobrecarregues,
Pois do ócio vieste e ao ócio retornarás.”
A certeza sempre me escapa
Nestes momentos, esvai-se,
Sem mesmo uma olhadela para trás,
Num relance meteórico.
Não obstante, acredito
Ou ao menos tenho um leve espasmo,
Mas talvez nem isso,
De que foi em minha infância
Que tal patologia me aplacou.
Enfim, para encurtar o causo,
Tal moléstia é como aquela intuição
Que nos ronda, antes que
Alguma disparidade ocorra.
Enquanto não soluciono
Os axiomas do indissolúvel,
Continuo a seguir o conselho,
Daquele supremo vermezinho filosófico Que habita minha psique;
Diz ele, em toda tua sabedoria verminal:
“Caro atarefado, não te sobrecarregues,
Pois do ócio vieste e ao ócio retornarás.”
Deus está sonhando
O Criador está sonhando.
Como saber?
Sua mente não está cheia
de pensamentos ocupando
espaço. É porque ali. Algo foi criado.
Se funcional? Depende como e quando
foi creado. Por isso, as diversas formas,
o o sente. Se feliz. É leve. É porque
é funcional o bastante para crear uma
realidade. Verdadeira. Boa , ou não tão boa.
Mas está ali. E um dia ela, se encaixa em
alguma história que foi plasmada.
Preenchendo o vazio do uni-verso.
Com a energia da Vida.
Da Vida nada se perde.
O que é bom para um. É mau para outro.
O que é mau para outro. É bom para um.
E assim o universo se amplia.
Pensante, vivido e sofrido.
Mas chegará o momento.
diferença não existirá.
Porque ambos os lados serão
indiferentes. Pela seleção natural.
Há de equilibrar os contrapesos.
a ponto de extinguir sentimentos sofridos.
Porque o Criador, também está aprendendo,
no agora. Ele sorri. Quando sua creação sorri.
E chora quando sua creação sofre.
O fato é: A Vida jamais se extinguira.
Pela fato de se passar para outros planos de consciências.
Ou mesmo , transmigrar para outros corpos.
Para continuar novos ciclos.
Do Criador não se perde nada.
E Ele se conhece através de nós.
E sua Neutralidade permite a justiça
na distribuição de todas as forças
realizadas.
Por isso. Não existe, nós e eles.
O bem e o mal.
Um cochilo do Criador. E tudo
muda de lugar.
Deus toma partido da Vida.
E Justiça e Misericórdia.
Ainda vão habitar o coração
das criaturas da terra.
Quando as forças já equilibradas.
o sofrimentos , ora observados
serão como o cair natural de um
fio de cabelo.
Bons sonhos Criador.
marcos fereS
A Coxia
Palco vazio.
Atores na coxia.
Começa a peça,
Donde antes não havia.
Primeira cena. Na ribalta se exibiam.
Atores interpretando. Plateia, aplaudia.
Sonhos. Queremos sonhos. E por peça isso acontecia.
Fecham-se as cortinas. Todos juntos na coxia.
Uma apertava o vestido. Outro, o script relia.
abrisse e as cortinas. E no palco subiam.
A plateia fascinada. Nenhum barulho faziam.
E a peça prosseguia. Quando o cair da lona.
Toda berlinda aparecia.
Se o que era caixa. Ribalta. Não se sabia.
Misturava-se tudo coxia, araras, atores roupas e bijuterias.
E o povo nada entendia.
Sonhos , precisamos de sonhos. Era o que queriam.
E o canastra. Que sempre queria aparecer.
Improvisou um texto. Para a peça socorrer.
E chamava também a plateia, para o teatro vir fazer.
Se subia no palco, tanta gente. Como nunca se viu.
Em certo momento? Não sabia. O que era coxia,
Caixa, plateia ou rouparia.
Todo mundo falando, todo mundo reclamando , todo mundo improvisando.
E ninguém mais se ouvia.
E da plateia se ouvia. Os sonhos, cadê os sonhos?
E pouca coisa de bom se fazia.
Fecham-se as cortinas.
E os atores saiam. A plateia não via.
E teatro esvaziou.
Era muita realidade encenar. E repetidos fatos para sonhar.
E a peça, divida. Só duas partes encenou.
A parte por detrás da coxia. E a parte, onde toda a plateia via.
Não entendendo nada. Foram o teatro esvaziando.
E o sonhos. Queremos sonhar.
O teatro estava fechado, para nova coxia arrumar.
Marcos fereS
Não sei se é trova ou esculacho,
escritos que risos provocam,
assim em pencas, bananas no cacho
daqueles que engraçados se arvoram
No planeta está faltando respeito,
de tudo desejam fazer gracejos,
chegam devagar e mesmo sem jeito
concedem-se direitos, mas vão para o brejo
Mesmo que seja por brincadeira,
não se deve a poesia esculachar,
é uma arte linda e alvissareira
que só os poetas sabem captar
Nathy e o Embate Furioso
Enquanto os outros
Trilhavam o caminho,
Ela decidiu sobrevoá-lo.
Enquanto outros
Dos pedregulhos se ocupavam,
Dedicou-se às nuances
Que assentavam o firmamento.
Nathy e o Embate Furioso,
Contra a Profunda
Superficialidade Insistente.
Fantasticamente provável,
Como o espectro odioso
E o espírito amável,
Confundindo-se num fluxo,
Serenamente estimulante.
Nathy e o Embate Furioso,
Contra a Profunda
Superficialidade Insistente.
Enquanto outros
Dos pedregulhos se ocupavam,
Dedicamo-nos às nuances
Que assentaram o firmamento.
Enquanto outros
Trilhavam o caminho,
Nós decidimos sobrevoá-lo.
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