Poesias sobre o Frio
não é da essência dos latinos americano, ter a frieza de um europeu.
Mas creio que também não deve ser , ser um idiota com síndrome da quinta série
Um lugar que não devo entrar mesmo com permissão ;
O frio quente entre eu e você ;
A distância perto da infelicidade escondida;
O Abraço que se escondia no frio da dor ;
Estamos distantes
Mesmo próximos estamos distantes. Nossas conversas outrora tão cheias de brilho e vida, hoje são vazias e singelas.
Nossas mensagens que antes duravam horas e horas, agora são simples e repetitivas como simples "bom dia" e um "dormiu bem".
Estamos distantes, há um tempo atrás podíamos dizer que nossos corações batiam na mesma sintonia, e que juntos éramos capazes de enfrentar o mundo, mas hoje já não somos assim.
Quando penso em nós, muitas vezes não vejo o nós.
Não sei ao certo se o futuro me assusta, mas sei que em muitos pontos ele me traz dúvidas.
Estamos distantes e não estou falando sobre estarmos em lugares distintos, só queria que você soubesse que estamos distantes.
Ele é um sonho que eu nunca ia querer sonhar
Uma pessoa impossível de amar
Mas alguém que valeria a pena tentar.
O homem de gelo
Ele caminha pelo mundo sem sentir o vento,
sem notar o toque suave da vida sobre a pele.
Os dias passam como sombras,
as noites são apenas ausências de luz.
Ela estende as mãos,
um gesto simples, um olhar cheio de sol,
mas ele as recolhe, como se fossem punhais,
como se carinho fosse ameaça,
como se amor fosse fraqueza.
Ele acredita que ser forte é ser pedra,
que ser homem é não precisar de nada,
que doçura é invenção dos fracos,
e romantismo, bobagem sem propósito.
Mas sua alma está trincada,
como vidro exposto ao frio do tempo.
Não sabe que a força real não está na dureza,
mas na coragem de se deixar tocar.
Ele não entende que o amor não é um inimigo,
que o cuidado não diminui, apenas preenche,
que um gesto de afeto não exige retribuição,
mas pede espaço para existir.
Porque ninguém nasce de gelo,
ninguém foi moldado para o vazio.
O que ele chama de força é apenas escudo,
o que ele chama de fraqueza é só um nome que deram ao medo.
Frieza se trata com calor,
insensibilidade se cura com toque,
a solidão não se impõe,
se dissolve,
quando alguém insiste em ficar.
Esse mundo é tão grande
mas cá, dentro está tão pequeno, apertado
olho para os lados, so vejo tua imagem
distorcida, esta desparecendo, estou com medo.
"Estamos distorcidos, o que sentimos destrói tudo
no espelho, nada
não há nada, tudo está vago
frio e solitário."
Mas antes...
colher o algodão,
lavar com ternura,
secar sob o tempo,
aperfeiçoar sua doçura...
[– o frio se aproxima, em silêncio].
" TÁ FRIO? "
Eu sou do sol, do céu azul, calor,
da pele exposta ao bronze de verão
e ter, no corpo inteiro, a sensação
da liberdade entregue ao seu sabor!....
Sou eu por lenha seca na paixão
e combustível pronto para o ardor
que se fizer, por chama de um amor,
presente no teor da relação.
Aqueço a carne, o peito, em fiel carinho
chegando como a aurora, de mansinho,
num dia ensolarado sobre a areia…
Tá frio? Chegue mais perto e corra o risco
de se abrasar comigo em meu aprisco
e se embromar de amor na minha teia!
O frio e a paisagem.
Entre névoas e neblinas que dançam no frio, e um vento que conta segredos ao léu, há um pedaço do mundo perdido, um sul europeu sob o céu fronteiriço.
Ponta Porã e Pedro Juan, irmãs, separadas apenas por linha imaginária e discreta, misturam-se línguas, misturam-se danças, e as vozes do tempo ecoam inquietas.
Vieram tropeiros, vieram guerreiros, os guaranis, os espanhóis distantes, os portugueses bandeirantes, gaúchos e correntinos sonharam, nesta terra de vida vibrante.
O mate aquece, o tereré refresca, bebida que cruza as eras e laços, um ritual sem começo ou fim, que une estradas, povos que cresceram entre os ervais da região.
O frio borda a paisagem em prata, mistura emblemática sob o verde dos campos e matas a névoa esconde o que o tempo deixou, lamentos perdidos no vento antigo, memórias que a alma soprou.
Mas há calor nos rostos, nas mãos, na fronteira que nunca se encerra, onde o passado caminha presente, escrito nos traços desta terra.
A noite chega e eu fico mal
A noite chega e eu desabo
A noite chega e eu já não sei mais no que pensar
A noite chega e eu choro
A noite chega e tudo fica cinza e sem cor
A noite chega e o que me resta são os pensamentos
A noite some e a luz ilumina o quarto
O sol chega e tudo fica claro
O sol chega e tudo volta a ter cor
O sol chega, mas a chuva cai
A chuva cai e o dia acaba virando noite
A noite chega e eu fico mal
Não vejo o frio como ausência de calor.
Na forma mais poética de enxergar o mundo,
é o jeito do inverno falar sobre o amor:
aqueçamos nossos corpos no abraço.
Vem, deita, se aconchega.
Fica mais um pouco.
DIA DE FRIO NO CERRADO (soneto)
A manhã de nevoa branca e fria
num úmido dia, e tão invernado
em maio nas bandas do cerrado
embrulhado pela geada ventania
Ruflante folha, em triste romaria
e a garoa, em um tom enxarcado
num bale, do inverno anunciado:
faz frio, frio que frio no frio viria
Arfa no peito este frio ardente
achega no cobertor cavaleiro
é frio que sente, e mais sente
Vergado, olhar gelado, cordeiro
ó dia de frio no cerrado, gente
escasso ao sertanejo costumeiro!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 maio, 2025, 169’29” – Araguari, MG
Frente fria
Trago a Trago Te Esqueço
Como dizer o que sinto por você?
Quando te vejo, viro refém do frio na barriga, do suor nas mãos do tremor nas pernas.
Sinto que vou derreter.
Ah, quem me dera fosse só isso.
Mas não.
Meu coração já se aliou a outro alguém
Por bem, me calo -- não quero causar estragos.
Sigo trago a trago, tentando em vão.
E então, sigo em frente:
Feliz por te ver
Triste por não dizer que combinamos tanto...
Que, se um dia esse amor acontecer, vamos nos arrepender de não termos começado bem antes.
O Luar
Em uma noite fria, o luar aceso, tua pele a minha, um desejo.
Em um abraço que aperta, o tempo que para, em cada beijo que incendeia a alma rara.
Sobre o brilho prateado que nos cerca, nossa paixão se entrega.
Um amor que arde intenso e sem fim, presente eterno não só pra mim.
No abraço que nos funde, sem freio e sem pudor, sinto a brasa acesa do nosso amor.
Nossos lábios se entregam em beijos vorazes, desvendando desejos, em chamas e em fases.
Que o mundo se esqueça, que o tempo se perca.
Nessa dança que seduz, somos fogo e desejo sobre a Luz
Início do inverno
Uma estação que nunca me soube bem.
Quando chega, meus ossos choram —
de dor, de tanta dor —
como se lembrassem do fim que dei a nós.
Te sentir era como estar diante de uma lareira,
crepitando como fogos em noites de dezembro.
E aquela sexta-feira, que devia ser celebração,
virou apenas mais uma — sem você.
O inverno segue em mim,
com minha tristeza, minhas dores,
e uma saudade tua… absoluta.
O frio tem voz...
Ele fala no silêncio das madrugadas, no vento que corta a pele, no vazio das ruas desertas.
O frio sussurra ausências, revela solidões, convida à introspecção.
Mas também ensina: é no frio que se valoriza o calor, é no inverno da vida que se aprende a força da esperança.
Toda estação fala. E o frio… também tem voz.
O frio que vem de dentro
Aqui está bem frio.
Faz uns três anos que não ficava assim.
Mas não é a esse frio que me refiro.
O meu vem de dentro —
de uma saudade,
de uma ausência...
É a falta de algo que nunca tive,
não nesta vida...
e nem sei dizer em qual deve ter sido,
mas meu corpo sente —
e não desiste.
Fui dormir,
e meu peito queimava gelado,
se expandindo por todo o corpo,
me deixando gélida.
E não há edredons,
nem cobertores que me aqueçam,
até que eu durma
e, finalmente, o esqueça...
Num canto muito aconchegante, protegido do frio demasiado que faz lá fora, felizmente, distante do caos inoportuno que pode perturbar a minha mente,
Estou diante do fogo imponente de uma lareira que esquenta o meu corpo, ouvindo uma intensidade sonora que aquece a minha alma e afaga os meus ouvidos,
Sinto um alívio bastante almejado que se propaga rapidamente, que agora é expressado por estas palavras que estes meus versos proferem
Este é o poder do imaginário que tem um nível alto de realismo e detalhamento que me leva para várias versões de paraíso, intensificado pelo meu senso poético.
Agora ou nunca
Tchau! Estou indo à beira do rio pescar e ver como está o frio.
Perguntei pro meu tio se o meu cavalo ele viu.
Tenho que afastar a égua dele, pois está no cio.
O lago que pretendo ir é tão sombrio que tem seu próprio brio.
É bom que eu pegue peixes, porque da última vez me serviu.
Passei um pouco de trabalho, mas nada me impediu.
O cheiro da fumaça, da água, da mata e do cavalo foi a combinação que me confundiu.
Ir aos lugares naturais assim, meu coração residiu.
E ir para outros cantos nunca ninguém me pediu.
Se bem que outro dia um convite semelhante alguém expediu.
Mas também, a pessoa nem persistiu e ainda nem se decidiu.
Ainda estou parada na porta me imaginado com uma companhia dessa e meu pensamento sorriu.
Pensei no dia que teríamos se eu aceitasse tal convite.
E também pensei nas horas que eu perderia ao lado de gente indecisa.
Seria uma pena desperdiçar o meu dia único, entre eu e minha pessoa.
Bom! Deixa eu ir de uma vez porque a minha vontade doida de ficar só ainda não sumiu.
Tomara que não me liguem, senão terei um grande desafio.
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